ASSÉDIO SEXUAL – O MOVIMENTO #ME TOO

O movimento #Me Too e o Assédio sexual em empresas no lugar de trabalho

#Me Too, são duas palavras e um endereço de internet, que se tornaram num movimento mundial, onde pessoas relatam momentos em que foram vítimas de assédio sexual. A actriz Alyssa Milano estimula outras mulheres a partilhar a sua experiência de vítimas de assédio. A iniciativa contribui, pouco a pouco, para a consciencialização e desbravação da matriz masculinizante da nossa sociedade.

Segundo o jornal “Die Zeit”, o Instituto de investigação Komma fez um estudo sobre a problemática de assédio sexual em 131 empresas alemãs. Delas 24% declararam que são do conhecimento de ter havido uma vez ou mais vezes queixas de assédio no ano. E 37% declaram não ter havido queixas.

69% das empresas consideram como assédio sexual o pendurar Calendários de pin-up (sexuais) na parede; 88% consideram o ir com clientes a um bordel como dignos de correctivo; 81% consideram o colocar a mão no joelho da mulher uma forma de assédio e 44% consideram também as anedotas de caracter sexual como assédio. (Naturalmente se esta investigação fosse feita num país do Sul os resultados seriam diferentes.)

A discussão pública sobre o sexismo e o assédio sexual é útil e oportuna, mas torna-se difícil determinar a fronteira entre um gesto simpático de um homem em relação a uma mulher e a atitude de um caçador sexista. A fronteira também varia de mulher para mulher.

Louvar uma mulher pela sua beleza, pode ter o seu quê de irritante, mas louvar uma mulher pelas suas capacidades de trabalho também pode fazer dela um objecto de propaganda para o trabalho ou para uma certa masculinidade. Por vezes quanto mais se pensa mais complicado se torna o que é simples de apreender.

Uma discussão exagerada também pode levar homens e mulheres a jogarem na defensiva; precisamos de manter uma responsabilidade livre baseada no autodomínio e no respeito, para não chegarmos à mumificação (Chador ou Hijab) de corpos e dos espíritos. O homem tem de aprender a dominar uma certa natureza de caçador, herdada do seu pai primitivo, e virar-se mais para o vegetarismo como se vai ganhando consciência em alguns segmentos da sociedade.

Não se trata de criar uma sociedade regulada pelo medo e pela tesoura na cabeça. Trata-se de evitar extremos ou agressões contra a dignidade da pessoa. Facto é que a mesma sociedade, por outro lado, não tem problemas morais, nem tão-pouco a mulher, de se colocar ao lado de um automóvel mostrando as pernas para que o carro se torne também feminino!

Por outro lado, silenciar o problema real do assédio sexual corresponderia a continuar a vitimar as mulheres e a defender o sistema machista que temos e que teima em manter as mulheres em baixo, ou na posição horizontal.

Torna-se necessário rever e alterar uma imagem de homem baseada no poder e na violência e ao mesmo tempo evitar a masculinização da mulher. Liberdade, dignidade humana e responsabilidade devem poder coexistir sem se criarem novos medos ou tabus.

O que é preciso é começar a mudar-se a matriz do poder. E também os homens têm de começar a criticar os homens quando estes se permitem abusos para com colegas femininas. O respeito é um bem necessário em toda a relação.

António da Cunha Duarte Justo

19.11.2017, Pegadas do Tempo,

 

ANTIBIÓTICOS ENFRAQUECIDOS – UMA AMEAÇA SE NÃO HOUVER PRECAUÇÃO IMEDIATA

Morrem 25 000 pessoas por ano na União Europeia, devido às bactérias resistentes aos antibióticos.

A UE já disponibilizou 350 milhões de euros e este ano cedeu mais 200 milhões a ser gastos até 2020 na pesquisa de produtos que possam obstar à resistência das bactérias.

Há bactérias que conseguem adaptar-se aos antibióticos e vão-se tornando resistentes aos novos.

Apesar dos milhões contra bactérias assassinas, se não forem tomadas medidas drásticas, também na prevenção, não haverá medicamento que ajude.

“o problema é tão sério que ameaça as conquistas da medicina moderna”, dizia em 2014 a Organização Mundial da Saúde.

O uso e abuso de antibióticos, também na agricultura, fomenta a formação de bactérias cada vez mais resistentes a novos antibióticos. Medidas de higiene nos hospitais, o isolamento de pacientes infectados, o mínimo de antibióticos na pecuária bem como menos receitas de antibióticos são precauções urgentes a tomar.

António da Cunha Duarte Justo

DECLARAÇÃO DE LISBOA SOBRE OS DIREITOS DOS IDOSOS

Realizou-se em Lisboa a 21 e 22 de Setembro a 4.ª Conferência Ministerial da UNECE sobre o Envelhecimento.

Foi um evento muito louvável atendendo às resoluções tomadas, reconhecedoras da dignidade e da importância do papel e do potencial dos idosos na sociedade.

Todas as medidas que proporcionem a fase do envelhecimento com dignidade são mais que justas para com uma parte da sociedade que contribuiu imenso para o bem-estar da sociedade e que não se encontra abrangida pelas reformas do Estado.

Há tantas potencialidades, tanto saber e tanta riqueza adquirida escondida que é preciso disponibilizar para uma sociedade activa mas absorvida pelos problemas do dia a dia.

Uma sociedade que se dá ao luxo de dosear os nascimentos não pode discriminar os mais idosos.

Junto aqui a DECLARAÇÃO MINISTERIAL DE 2017 EM LISBOA

Em Portugal grande parte dos reformados recebem reformas de miséria cujos aumentos não cobrem sequer a inflação nem acompanham os aumentos dos ordenados.

Isso deve-se também ao facto de não estarem cobertos pelos interesses dos sindicatos nem pela classe política que não tematiza, em programas de eleições a defesa eficiente dos reformados. Isto explica-se pelo facto de os próprios reformados não estarem conscientes da sua força na balança dos votantes e se deixarem distrair com aumentos ou promessas de algum prémio de “10 euros”.

 

António da Cunha Duarte Justo

A CIMEIRA WEB SUMMIT TERMINOU COM UM EVENTO DE MAU GOSTO

Tecnologia aproveita-se da Sombra dos Mortos

António Justo

Que a tecnologia venha a revolucionar a nossa maneira de viver será um facto, mas que cimeiras de tecnologia sejam aproveitadas para propagar ideologias não abona em favor de seriedade científica.

A cimeira Web Summit (6 a 9 de novembro em Lisboa) fez o seu jantar de despedida no Panteão Nacional, entre os túmulos. Em si, um desejo pio de acabar com a morte.

O evento até parece inocente! Mas torna-se num acto com imensa densidade simbólica! Na paródia da vida, a malta desta “farra„, embora junta em Lisboa, não conhece a festa portuguesa que é humana e universal (é povo) não se esgotando nas farras, porque estas só são para alguns! Que pena, a falta de gosto que deixa!

Escolhem lugares altos da cultura para se celebrarem no desrespeito da tradição, dos vivos e dos mortos! À vaidade das elites celebrada no Panteão junta-se o cinismo dos niilistas que quereriam ver o fim da civilização ocidental aproveitando toda a oportunidade para atacar precipitadamente tabus.

 Neste gesto revela-se a vontade da agenda mundial niilista! Primeiro acabar com Deus, depois acabar com a religião para finalmente acabarem com a dignidade humana!

No Portugal do cinismo e da inocência, podem permitir-se isso: profanar a calmaria dos restos mortais, porque é terreno propício para se dar nas vistas. A preservação da paz dos mortos baseia-se no sentimento de piedade (e em tabus); esta é abusada quando se torna numa tentativa deliberada de desacreditar um falecido ou sua filiação religiosa ou grupal. (A educação médica e a pesquisa nos cadáveres não perturbam a paz dos mortos se forem baseados no consentimento das pessoas ainda em vida.

Hoje, a nível ético é mais fácil a disposição para seguir a inércia e a entropia, distrai-se o povo e faz-se o negócio com o apoio do escândalo. Portugal quer estar à frente da agenda do niilismo na destruição dos valores que o fizeram crescer e aparecer.

Tudo isto parece fazer parte de uma agenda já iniciada noutros sectores, se não me falha a memória, nos anos 90 pela organização mundial da saúde; política de educação sexual escolar, etc.

Apesar de bons aspectos da WEB Summit, o evento final revela-se, como fazendo parte do cumprimento de uma agenda internacional, na linha da destruição de valores que apontem para o respeito da pessoa. Em nome do progresso tudo se torna legítimo. Isto é possível numa civilização decadente. O mesmo não fariam um país muçulmano nem tão-pouco na China!  Sim ao desenvolvimento e ao uso da tecnologia, mas não ao seu abuso!

António da Cunha Duarte Justo

O PROTESTANTISMO E A EMANCIPAÇÃO NA EUROPA – Ideais entre Dependência religiosa e Dependência política

Apresentação do Livro

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É com gosto que vos apresento o livro de informação e reflexão sobre o legado protestante na cultura ocidental e a afirmação de Ideais entre Dependência religiosa e Dependência política.

Se clicar nalgum dos Links indicados em baixo, poderá ver o índice e ler alguns excertos do livro, que também pode adquirir.

Desde já lhes fico muito agradecido pela atenção

António da Cunha Duarte Justo

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