“Apresento-vos o novo presépio de Natal! Mais inclusivo e laico, como o nosso governo ordena. Já não contém animais para evitar maus tratos a estes e para agradar ao PAN. Já não contém Maria, porque as femininistas acham que a imagem da mulher não pode ser explorada. A do carpinteiro José, tão pouco, porque o sindicato da CGTP IN não autoriza. O Menino Jesus, foi retirado, porque ainda não escolheu o género, se vai ser menino, menina, ou outro. Já não contém Reis Magos, porque podem ser migrantes e um deles é negro (descriminação racial, xenófoba). Também já não contém um anjo, para não ofender os ateus, muçulmanos e outras crenças religiosas. Por último, suprimimos a palha, por causa do risco de incêndios e por não corresponder à Norma Europeia NF X 08-070. Ficou só a cabana, feita de madeira reciclada de florestas que respeitam as Normas Ambientais ISO 1432453425422. Já agora, tenha um Natal de merda, para aproveitarmos a dita para biomassa e gerarmos energia sustentável e proteger o nosso planeta.”
Texto que me chegou via Internet sem referência de autor. Esta é certamente a visão sínica de algum artista, mas a apontar para a realidade de ideologias vigentes que pelo exagero que expressam permitem exageros também!.
Será que não há limites para a ironia?
Não é aceitável que se confunda o que é Sagrado com a política.
Se a crítica é um direito, penso que não tem que ser brutal, contundente e até perigosa.
Mafalda Freitas Pereira , também tive dúvidas em postar o texto aqui mas sobretudo pelos desejos de natal que augura e que achei grosseiro! Quanto aos temas que aborda acho-os, embora exageradamente apresentados, bastante adequados ao que se passa por trás dos bastidores da política: o esvaziamento de valores cristãos, da pessoa humana, da família e do próprio Estado. O aspecto irónico do texto situa-se precisamente no não apresentar contexto e deixar campo aberto para mais que uma interpretação. Eu tentei fazê-lo no título: O NOVO PRESÉPIO!
António Cunha Duarte Justo, de tal maneira estamos a sentir o esvaziamento de valores cristãos, da pessoa humana, da família e do próprio Estado, que julgo ser desnecessário usar este “tipo de arte” que fere e torna ainda mais triste a actual situaçãco em que vivemos. Apontando verdades, distingue-se pela negativa.
É pena!!!
Mafalda Freitas Pereira , creio que a esmagadora maioria das pessoas não se poderá dar conta do que está a acontecer na europa: a abolição da cultura europeia através do socialismo marxista-maoista aliado à promoção da islamização. O esvaziamento cultural e a agressão contra as tradições ocidentais torna-se mais notório onde as mesquitas aumentam e em certas leis (especialmente a nível de regulamentação escolar e de legislações implementadas pela Organização Mundial de Saúde) que passam nos parlamentos sem grande discussão pública.
António Cunha Duarte Justo, sim. Também penso que uma grande parte da população não está a aperceber-se das mudanças que estão a acontecer não só na Europa. Com a migração, por necessidade de fugir das guerras ou por ambição à procura de melhores condições de vida, por intuitos expansionistas ou vinganças, vamos assistindo à perda de características, hábitos e tradições e, para o bem e para o mal, vamos ganhando outras que se vão consolidando por regras e imposições políticas, pela industrialização, pelo mercado, etc. …. Será isto o fim de algumas civilizações tal como eram conhecidas? Será isto uma inevitabilidade?Que se pode dizer, por exemplo, da ocidentalilação da China? Daqui a uns milhares de anos ou nem tanto a História dirá.
Hoje mesmo já não há raças puras.
Óbvio que agora toda a agressão contra a nossa religião, cultura e tradições; enfrentar a violência e os actos terroristas; pensar nos que sofrem na pele as guerras e nos que sofrem as suas consequências; as alterações climáticas….
Enfim!!! Tudo isto constitui problema de proporções extremamente preocupantes, pensando nas gerações futuras.
Mas mãos de Deus!
Mafalda Freitas Pereira, é verdade! De facto, um grande motivo histórico para consolação no suceder-se das civilizações, é o facto de, geralmente, ao expirarem terem dado oportunidade a um passo em frente, dando origem a novas perspectivas! Segundo analistas até as guerras foram grandes factores de desenvolvimento humano.Obrigado Mafalda pela sua reflexão que me fez surgir a ideia de reflectir sobre o Islão e de que tentarei fazer uma reflexão no fim de semana!
Não é o governo que ordena que o estado seja laico. É a constituição e, antes disso, a declaração dos direitos humanos.
Não vale tudo para se fazer passar a ideia política de cada um.
Mário Lobo , sim, cada instituição tem as suas tarefas específicas e o Estado tem muitos pedreiros procurando cada um dar-lhe alguma configuração. O governo não ordena que o estado seja laico mas muitas vezes abusa da laicidade como estados confessionais de caracter religioso abusaram e abusam do Estado.
E o que tem isso a ver com a laicidade do estado?
A proposição é altamente precisa:
“Mais inclusivo e laico, como o nosso governo ordena.”
Mário Lobo, o assunto é muito complexo não isento de interesses, o que pressupõe diálogo aberto fora de combates ideológicos de toda a espécie de modo a respeitar a pluralidade de crenças e descrenças dentro da sociedade! Entendo Laicidade/secularidade como própria de estados não confessionais que garantem proteção de crenças sejam elas religiosas ou políticas. Será função do Estado não fomentar crenças religiosas, ateias nem laicas. Nele vale a opinião do espaço público. Também um Estado de crença socialista não adopta uma religião oficial, mas tem de respeitar hábitos e costumes das maiorias e em especial daquelas que lhe emprestaram identidade cultural nacional. O respeito pela liberdade de consciência e de crença seja ela teista ou ateia, religiosa ou política deve obrigar a todo o Estado; naturalmente surgem conflitos de interesses também de caracter de ideologia política e de ideologia religiosa; ambos se balanceiam estando dependentes das reações da sociedade. Não é fácil para um Estado secular favorecer o convívio harmonioso de crenças religiosas e políticas; isto torna-se mais difícil ainda para os governos quando se identificam ou promovem princípios ideológicos difíceis de enquadrar no espectro das ideologias.
Haverá sempre um conflito de valores e ética interfiram eles a religiosidade e a secularidade. Divergências fundamentais entre princípios éticos e valores morais podem surgir quando crenças seculares entram em conflito com doutrinas religiosas também elas defensoras de de valores éticos e morais (exemplo aborto, eutanásia independentemente da crença). Nem os princípios seculares devem excluir os religiosos nem os religiosos os seculares numa secularidade virada para as populações). Tudo muito difícil porque não há nenhum Estado nem instituiç1bo virgem nem sem roupagem de valores sejam eles de que origem forem. É natural que haja conflitos em programas ministeriais ou governamentais ao decidirem, por exemplo, o que deve ser ensinado nas escolas, particularmente em questões éticas e morais e como é fácil de observar por vezes favorecendo a ideologia marxista. O facto de surgirem conflitos é saudável para a vitalidade de uma sociedade e de um Estado. Naturalmente que haverá sempre a tendência de forças religiosas e políticas por influenciar políticas públicas e a legislação e ocupar campos do Estado, quando este o que deve é reflectir a sociedade.
Será do interesse de todos diminuir as divergências entre os princípios e éticas seculares e as crenças e éticas religiosas. Também a ênfase em valores seculares pode levar a uma forma de intolerância em relação a grupos religiosos.
Para promover um convívio harmonioso, é crucial que o estado adopte uma abordagem equilibrada, respeitando tanto a diversidade religiosa como princípios e éticas seculares, garantindo a proteção dos direitos e liberdades individuais. Também neste campo, a diversidade de opiniões é certamente enriquecedora.