Neonazis portugueses combatem com as Forças Armadas Ucranianas
A milícia armada Azov é uma organização militar neonazi e de extremistas criada em 2014 por Andriy Biletsky (1) e foi incorporada na Guarda Nacional ucraniana depois de atuar contra os separatistas pró-russos no Donbass. Ela opera sobretudo em Mariupol na Azovstal de que é dono o oligarca Akhmetov. O batalhão é declaradamente racista e tem a participação de portugueses (2). Tem acolhido milícias estrangeiras (3) (também elementos nazis alemães) (4). A participação destas milícias no exército ucraniano tem sido importante e utilizada para legitimar a afirmação de Putin de querer desnazificar a Ucrânia! Putin deve ter-lhes muita raiva porque este batalhão já lhe causou muitas perdas! Já a 13.06.2014 o Batalhão Azov com as forças armadas ucranianas conseguiu obter o controlo sobre a cidade estratégica Mariupol. O regimento foi apoiado financeiramente, entre outros, pelo oligarca ucraniano e membro da comunidade judaica Ihor Kolomojskyj (5) (isto pode ajudar a compreender as tensões entre a Rússia e Israel). Na fase inicial do conflito armado entre combatentes pró-russos e ucranianos em 2014, a cidade de Mariupol foi primeiramente ocupada pelo lado russo e depois libertada pelas tropas Azov.” Em Dezembro de 2014, o Presidente Petro Poroshenko concedeu a cidadania ucraniana a Serhiy Korotkich, um lutador de unidade bielorrussa; Korotkich pertencia aos movimentos neonazis na Bielorrússia e na Rússia desde o final dos anos 90. Após a incorporação do Regimento Azov na Guarda Nacional (Brigada de Reserva das Forças Armadas da Ucrânia) a 12 de Novembro de 2014, o então Presidente da Ucrânia Petro Poroshenko referiu-se aos membros do regimento como “os nossos melhores combatentes” e “os nossos melhores voluntários” numa cerimónia de entrega de medalhas. (6) O oligarca bilionário Akhmetov, apoiante do Azov entrou em pânico quando houve divulgação das actividades nazis e racistas do grupo. A cidade portuária de Mariupol tem sido defendida principalmente pelo Regimento Azov da extrema-direita da Guarda Nacional Ucraniana. Em agosto, O cientista político ucraniano Anton Shekhovtsov descreveu o batalhão como abertamente extremista de extrema-direita.
O neonazista português, Mário Machado, acompanhou à Ucrânia 20 dos seus correligionários que foram incorporados nas milícias na Ucrânia (7).
Caso suspeito constitui o facto de os EUA e a Ucrânia não terem aprovado a Resolução da ONU sobre “o combate à glorificação do nazismo, neonazismo e outras práticas que contribuem para alimentar as formas contemporâneas de racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância relacionada”(8).
O francês Adrien Bocquet que esteve ultimamente de serviço na Ucrânia ao lado dos soldados ucranianos, testemunha:” quanto aos militares Azov, estão por todo o lado, até em Lviv, fardados e com aquele símbolo neonazi no camuflado… crimes de guerra com os quais fui confrontado foram perpetrados por militares ucranianos e não por militares russos…”. Na guerra da nossa informação não se fala disto nem das armas que o ocidente fornece à Ucrânia são também para abastecer forças nazis (9)!
Assiste-se a um confronto próprio de um país dividido na linha fronteiriça interior entre o bloco da Federação Rússia e o da Nato. A 23 de Dezembro de 2014 a Ucrânia que até aí era um país com estatuto de Estado não-alinhado (não pertencente a nenhuma aliança militar), por decisão do parlamento de Kiev resolveu esforçar-se por entrar na aliança militar da NATO. A partir daí assentou-se o confronto entre a Rússia a Nato.
É importante tentar informar-nos de um lado e do outro para notarmos as armadilhas de uns e outros! Em tempos de guerra não se limpam armas e por isso tudo o que vem à rede é peixe, independentemente dos extremos de onde venham! É importante estarmos atentos para não cairmos nas redes de uns ou de outros, a não ser que queiramos ser peixes de engorda! Veja-se a crónica do conflito (10)
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo,
(1) (https://www.theguardian.com/world/2014/sep/10/azov-far-right-fighters-ukraine-neo-nazis ; O símbolo do Regimento Azov é o “Anjo Lobo”, um instrumento de caça forjado em ferro que foi usado no passado para capturar lobos O símbolo do Regimento Azov é o “Anjo Lobo” que foi usado pelos nacional-socialistas. https://es.wikipedia.org/wiki/Wolfsangel ; https://de.wikipedia.org/wiki/Regiment_Asow
(3) Vários destes indivíduos, pertencentes ao movimento nacionalista, de supremacia branca https://www.abrilabril.pt/nacional/mario-machado-incorporou-neo-nazis-portugueses-em-milicias-na-ucrania
(4) https://www.dw.com/en/the-azov-battalion-extremists-defending-mariupol/a-61151151
(6) https://de.wikipedia.org/wiki/Nationalgarde_ (Ukraine ) ; https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=1025161101767522&id=100028209248645
(7) https://www.abrilabril.pt/nacional/mario-machado-incorporou-neo-nazis-portugueses-em-milicias-na-ucrania e https://expresso.pt/guerra-na-ucrania/2022-03-08-neonazi-mario-machado-anuncia-que-vai-combater-para-a-ucrania–e-espera-que-o-juiz-altere-a-medida-de-termo-de-identidade-e-residencia- A «acção humanitária 1143», liderada pelo neonazi Mário Machado, cumpriu o seu propósito de integrar elementos da extrema-direita nos «meios de defesa» da Ucrânia, confirma o seu advogado (2). Mário Machado: «consegui entrar nesse país, completamente despercebido, e fui ter com patriotas portugueses, ucranianos, ingleses, alemães e espanhóis que me deram todo o apoio»; https://kzsection.info/green/m-rio-machado-pedido-de-ajuda-opera-o-ucr-nia1143/sJ6gqKeZoIdmiHk.html
(8) Do que não se fala: https://antonio-justo.eu/?p=7198
(9) https://www.youtube.com/watch?v=ZoKnhXnp-Zk&t=1211s
(10) https://www.lpb-bw.de/chronik-ukrainekonflikt
Por favor! @Desnazificar” a Ucrânia! Caro Justo, são interessantes as suas justificações para o discurso mentiroso do autocrata/ditador Putin. Mas é interessante ler como se dão voltas para tornar as verdades em mentiras e as mentiras em verdades. Mas Putin faz o mesmo. Desculpe, mas já não há outra forma de o (não) dizer. E não, não expõe aqui apenas a sua opinião porque desde 2014 se interessa pelo tema. Faz aqui declarações influenciadores, ou que o pretendem ser. E antes que me acuse de alguma coisa, com todo o respeito, também eu dou a minha opinião é em momento algum quero ofender. Mas sinto que é necessário ir contra esta narrativa, que agora até tenta interpretar a “desnazificação” de Putin, quando assistimos ao assassinato de civis . Aliás, ele já declarou, para justificar a chacina, que TODOS são nazis. Cromes de Guerra??!!!! Pode dar as voltas que quiser! Os Russos serão julgados e condenados! ELES são és ocupantes, não ao contrário! Desculpe Justo, nos seus textos prende-se com pormenores, nada mais.
A situação é clara: um país ocupante e outro que é ocupado, certo? Qual é a dúvida? Vale a pena distrairmos as mentes com pormenores quando a realidade dura e crua é má demais. Tente por um dia focar-se nesta invasão sem pensar nis EUA, OTAN,… apenas no que aconteceu. Já tentou?
Carla Moita, não acertou certamente na interpretação de tentar fazer o meu texto dizer o que ele não diz nem de me meter num lugar onde me não encontro! Enfoco a perspectiva geoestratégica nos meus textos, porque essa é a tela onde se vão fazendo as mais diversas pinturas e que os “matreiros” das narrativas procuram encobrir, para mais facilmente levarem o povo à manjedoura que lhes interessa!!
É verdade que desço ao pormenor, ao detalhe porque dele é que depende a compreensão do todo. Há um provérbio alemão que diz:” O diabo está nos detalhes” – o que quer dizer, são as pequenas coisas que importam.
Uma outra expressão da inteligência popular alemã também o confirma: “É aí que o cão é enterrado”, quer dizer, aí é que se encontra o núcleo de um assunto.
Caro António Justo! Tomei a liberdade de compartilhar. Estou totalmente de acordo.
Meu caro Justo,
Se o teu texto não for um tratado de maiêutica para nos obrigares a sair do nosso conforto noticioso, formatado sabe-se lá por quem, sou obrigado a manifestar o meu total desacordo….
Até entendo que o Putin não goste de ver a Nato “dominada pelos imperialistas americanos” a encostar-se ao seu “quintal” e plantar mísseis….
Não podemos esquecer Krutschov e seus mísseis em Cuba que o Kennedy obrigou a retirar…
Mas quando se entra em invasão, eufemisticamente chamada de intervenção especial, quando se ocupa a Crimeia, o Donbass e Donetsk, quando se cometem crimes de guerra, como o de Bucha, não será um batalhão de neo-nazis que poderá justificar tais actos.
Só um paranóico, imbuído de ideais imperialistas, que sempre fizeram parte do ideário russo, como Putin…
Talvez tenha calculado mal.
Os cobardolas dos europeus e americanos desta vez, acordaram e saíram do seu conforto.
O que já deviam ter feito aquando da ocupação da Crimeia.
Haverá informação distorcida…
Acredito que sim. Isso faz parte da guerra. Aliás, os russos nem nisso pedem meças ao ocidente.
A sua ‘ajuda’ contribuiu para a eleição do afamado Trump para presidente dos USA.
O poder instalado em Kiev não será flor que democraticamente se cheire…mas sempre terá um “odor” bem melhor que o de Putin e seus serventuários.
Justo, sempre a considerar-te.
Escreve.
Adoro ler-te embora, por vezes, consigas arrancar-me a este dolce fare niente a que fui obrigado a remeter-me.
Obrigado.
Um abraço.
Caro Gil,
obrigado pelo vislumbre que permites nos quintais sombreados da minha escrita!…
Aprecio a tua manifestação mas também confesso que não gosto nada do cheiro a curral quer da Nato quer da Rússia!
Grande abraço, amigo!
Caro justo
A Europa esteve em paz durante mais de 70 anos … e isso provou que aprendeu com os erros do passado e a paz voltará, após esta loucura do PUTIN.
Aquilo que se vê, em África, por parte da China, da Rússia, da Arábia Saudita e de alguns Emirados, apoiando rebeldes ou ditadores, ou alugando extensões de terra arável, tem a ver com acessos estratégicos a matérias primas ou alimentares para a sua sobrevivência futura . Os Países Europeus, já no Sec.XIX e nos princípios do Sec.XX fizeram o mesmo em África … onde proliferam (ainda actualmente) conflitos chamados regionais ( Etiópia, Somália, Sudão, Nigéria … Sará Ocidental…).
Agora o imperialismo ( conquista de outros países e invasões ) reveste já outra natureza … O Ocidente aprendeu com o passado e a invasão da Ucrania pela Federação Russa .
Interessa perspectivar o futuro do ponto de vista filosófico . Há alguns que acham que as guerras fazem parte da natureza humana . A própria Igreja acha que as guerras são inevitáveis! Eu entendo que as guerras são evitáveis, pois a sociedade tem evoluído nesse sentido … Mas pode haver um doido e mentecapto como o Putin que provoque uma terceira guerra Mundial , não sendo , porém provável ! Quanto aos imperialismos serão cada vez mais económicos ! As guerras não terão tanques nem aviões … Mas terão o conhecimento como arma ! Os poderes físicos e de territórios … perderão valor !
Os imperialismos de que falas serão passado !
Um abraço Justo “ cave Merkles e Sholtzes” que só ligam aos interesses da Alemanha …
A monstruosa guerra provocada pelo louco e paranoico Putin e seus comparsas oligarcas, czaristas, saudosistas pró-soviéticos e autocratas – eles sim extremistas neonazistas – é intolerável no séc. XXI e, a todos os títulos, mundialmente condenável, excepto um pequeno e reduzido número de putinistas fanáticos e doentes que não querem vero óbvio.
Invadir um país independente e destruir e arrasar tudo e todos sem um mínimo de respeito pela sua terra e pelo seu povo inocente é, por si só, um abjecto e abominável crime de guerra.
Por mais que Putin e seus submissos acólitos pretendam, falsamente, justificar a sua hedionda e assassina guerra contra a Ucrânia, não têm desculpa ou perdão algum, sendo urgente eliminar esta bando de facínoras e assaltantes que estão a pôr em risco, inclusivé, a paz Mundial.
O nosso amigo Justo, que muito prezo, estimo e respeito, não defende, seguramente, esta cáfila de bárbaros invasores.
Glória para a Ucrânia e seu martirizado povo.
Abraço
António Cunha Duarte Justo se fosse possìvel.
O problema está nos que pretendem controlar os mais desfavorecidos.
Luis Aguiar, era necessário iniciar-se uma cultura de paz!: uma nova maneira de ver que possibilite ver também com os olhos dos outros!