Candidato a Director Geral – Um Atentado contra o Diálogo
António Justo
Está aberto concurso, para o lugar de Director Geral da UNESCO, até dia 30 de Maio. Seria uma vergonha se fosse escolhido o ministro da cultura do Egipto Faruk Hosni. Este homem, que parece ter muitos apoiantes seria perigoso num lugar daqueles. Como refere o FAZ de 24.05, ele seria “a vergonha da UNESCO” e prova-o apresentando apenas algumas citações de Hosni contra Israel.
Para se ter uma ideia do calibre daquela personalidade passo a citar afirmações do candidato: “Israel nunca prestou um contributo para a civilização, para uma época, só se apoderou dos bens dos outros”.
“A cultura de Israel é uma cultura desumana, uma cultura arrogante, agressiva e racista, que se fundamenta num princípio simples: roubar o que lhes não pertence para depois o apresentar como algo próprio”.
Hosni declarou-se no próprio país como “inimigo figadal”duma política que tente estabelecer relações normais com Israel.
Hosni terá afirmado a disposição de queimar livros judeus se estes se encontrassem na biblioteca de Alexandria: “ Se os houver queimá-los-ei à frente do teu rosto” relata o jornal.
O povo judeu é o que no mundo mais prémios Nobel têm, quantos terá tido o Egipto?
Quais são os povos que hoje no mundo mais perseguem outras religiões e pessoas que não se deixem assimilar pela cultura árabe?
O candidato desqualificou-se para um cargo de tão alto nível.
Esperemos que a UNESCO não use duas medidas para desculpar o egípcio! De facto, pelo menos na Europa, a opinião pública dá-me a impressão de tratar os povos árabes ou muçulmanos como crianças, não os tomando a sério. Podem dizer as maiores barbaridades e são sempre desculpados.
António da Cunha Duarte Justo