DE EDUCAÇÃO ASSIM ATÉ JESUS GOSTA

Uma estruturação equilibrada da pessoa precisa de programas e ritos

 António Justo

Acabo de visitar uma família amiga muito querida e desanuviada. Dela faz parte o Daniel, de quatro anos, muito reguila e maroto (sinal de saúde e inteligência). Passou-se uma tarde alegre sem que a criança no Daniel passasse desapercebida. À despedida, o Daniel já me considerava parte da casa e por isso me fazia caretas. A mãe, pensando que ele já estava a entrar de chancas, disse para o filho: “Não faças isso, o Jesus não gosta!”

Quem não gostou fui eu e o Daniel. E isto motivou-me a escrever este texto.

Não gostei da frase porque a mãe está, assim, a transmitir ao filho a ideia de um Deus controlador, fazendo de Jesus, no caso, um auxiliar de educação pela negativa. Ainda bem que não disse “Deus castiga!”

Na educação é relevante ter-se em atenção a imagem de Deus que se transmite às crianças. Cristãos conscientes não baseiam a educação em proibições nem autoritarismos. Procuram, no respeito mútuo, não só amar mas também mostrar que amam, para, deste modo, proporcionarem calor emocional, aquele sentimento de comunidade, fruto da vivência da relação íntima, mais fortificada quando é acompanhada de brincadeira. Naturalmente na educação também é necessário estabelecer limites até porque as crianças, por vezes, não têm consciência dos limites ou querem experimentar até onde podem ir.

 

O Deus de Jesus Cristo é o Deus do amor. Por isso a educação cristã deve transmitir à criança a mensagem de que é incondicionalmente amada por Deus independentemente dos seus serviços prestados. A educação cristã contradiz assim a norma social que avalia as pessoas pelos serviços que prestam.

Cada criança precisa de receber muito amor, estima e apreço de forma gratuita. Sintonia e compaixão são virtudes que contemplam de maneira especial as necessidades das crianças que não devem ser submetidas apenas à rotina do programa da vida diária.

A melhor maneira de educar é o exemplo que se dá na vivência da fé no dia-a-dia. Coisa não fácil quando somos puxados por tantos afazeres que por vezes nos impede de tomar consciência da presença e das necessidades do outro.

A educação cristã nas famílias além de contribuir para a sua boa higiene psíquica, espiritual e social desempenha um papel salutar na sociedade.

Uma família para se expressar, criar laços e ter uma existência equilibrada e salutar precisa de ter rituais que se repetem regularmente e que dêem oportunidade para criar momentos fortalecedores da identidade e de comunidade. Assim, uma tarefa familiar (lavar a louça!), um beijinho ao levantar, ao chegar do trabalho e uma oração ou leitura de alguma história edificante ao deitar criam momentos comuns e oportunidades de aproximação que doutra maneira se perderiam no programa individual de cada um.

Segundo estatísticas alemãs, uma família cristã reza pelo menos uma vez ao dia com os seus filhos. Constata-se como muito importante a oração antes do deitar, a oração da noite ou a leitura na bíblia para crianças; estes e outros ritos ajudam a transmitir a fé e o sentido de comunidade familiar. O que se faz em conjunto fomenta laços de amizade. Também a frequência regular do culto religioso tira a criança de uma certa anonimidade e dá-lhe projecção social, além de fazer a experiência de oração pública a Deus. Na paróquia a criança vive a fé também através do envolvimento social. A frequência dominical da liturgia além do aspecto religioso é um elemento estruturador de vida e cria na pessoa sociabilidade e prepara para o silêncio interior e para se ver numa perspectiva que não só a individual.

Muitas paróquias onde a afluência dos fiéis é grande, ainda apostam na rotina de uma missa dominical mais dirigida para adultos (criando enfado nas crianças e preocupação nos pais). Urge o imperativo de conceber o culto com para-liturgias (actividades) a partir da perspectiva da criança. Muitas actividades dominicais tornam-se em incómodo e aborrecimento para a criança. Uma má experiência da criança no serviço litúrgico na tenra idade torna-se, mais tarde, na maior vacina contra a frequência da missa dominical, devido à experiência na infância vivida. Há diferentes tipos de espiritualidades e as crianças também têm a sua maneira de experimentar e expressar espiritualidade.

As crianças desenvolvem muitas das suas potencialidades fazendo. O participar no serviço litúrgico com sketchs, com pequenas cancões ou recitações, ou, também, no serviço de acólitos, em actividades de escuteiros, etc., torna-se em verdadeira iniciação de desenvolvimento e enriquecimento da personalidade individual e social de quem participa.

Em família também há momentos menos felizes em que algum dos membros perde a paciência por se encontrar sobrecarregado por algo que não controla e então não reage adequadamente a alguma atitude do filho.

O emprego da violência deve ser tabu em família, mas se por acaso cai uma esquecida, uma bofetada, isto é considerado como resultado da própria fraqueza e como tal acompanhado de um acto de contrição comum, acompanhado de uma reflexão sobre o acontecido e porquês sem querer incriminar ninguém (O bater ou uma bofetada falta ao respeito e ao caracter inviolável da pessoa que já o é inteira na criança). A violência não pode ser justificada cristãmente mas reconhecida e reparada no reconhecimento da fragilidade humana. O emprego da violência é brutal e fomenta a brutalidade. Uma maneira de se integrar o positivo e o negativo na pessoa, para se não ter a necessidade de se refugiar nalguma abstracção, poderia, quando uma criança não está a ser tão boa, ser considerada como um Jesus abandonado e quando a pessoa faz tudo bem, ser considerada Jesus ressuscitado. Sim, em cada um de nós há um Jesus abandonado (na cruz) e um Jesus ressuscitado. De educação assim até Jesus Cristo gosta.

O desejo de transmitir a fé à criança e a experiência concreta de comunidade torna-se cada vez mais premente em famílias cada vez mais stressadas porque determinadas externamente e numa polis que pensa promover sociedade sem a experiência da comunidade, caindo no equívoco que é suficiente um comportamento com um conjunto de princípios individuais regulados por leis e éticas morais ad hoc.

Grande parte dos pais cristãos sentem uma certa tensão e preocupação pelo facto das crianças se encontrarem expostas a uma sexualidade permissiva e grosseira imposta pela sociedade e até por programas escolares de caracter ideológico. Isto e uma total privatização em torno do computador, pode impedir a criança no seu desenvolvimento (falta de contacto social imediato). Há cristãos mais conservadores ou mais progressistas. Em sociedade muitas famílias cristãs são exemplares. Quem convive com diferentes tipos de clientes nota, muitas vezes, uma grande diferença de comportamento entre eles. Geralmente quem tem uma educação religiosa consciente é mais altruísta e tem maior capacidade de empatia.

Investigações sociológicas mostram que pais com prática religiosa regular se sentem bastante seguros na educação e nota-se “entre eles uma harmonia digna de nota em questões educativas “.

Para terminar permito-me colocar aqui uma oração que quando era pequenito repetia em situações que poderiam meter medo. Naturalmente corresponde a uma pedagogia popular nem sempre reflectida; mas muitas coisas valem também pelo efeito que provocam!

São Bartolomeu me disse, que não tivesse medo de nada, nem da noite nem da sombra, nem do que tem a mão furada…Quatro cantos tem a casa, quatro velinhas a arder, quatro anjos me acompanhem, esta noite se eu morrer.

 

© António da Cunha Duarte Justo

Pedagogo

Pegadas do Espírito no Tempo

A QUEM BENEFICIA O OLIMPO REPUBLICANO PORTUGUÊS?

Aeroporto Mário Soares – Imposição de mais um modelo controverso à consciência portuguesa?

António Justo

Não queremos ver Portugal limitado a uma casa assombrada dos espíritos políticos

Na república, a virtude não parece mercadoria que se venda nem que se coloque em lugar nobre! Seria embaraçoso colocá-la nos altares da nação porque então a corrupção comprometida passaria a não ter atracção nem cobertura. A República que era contra os ídolos da Monarquia, sem pôr a mão na consciência, substitui-os pelos ídolos da república.

Aquela república dos homens do avental aproveita-se para entronizar, no lugar dos deuses, os seus comparsas, de maneira qualificada mas discreta. Um Portugal desaportuguesado, o portugal de cima, continua a implementar modelos controversos para assim eternizarem um país de espírito faccioso e divisionista. Cultiva-se um ideário de consciência política partidária individualista que se quer confundível com a consciência comunitária portuguesa (que consequentemente degenera num patriotismo empolado). Em vez de se auto-incensar, a política deveria ter como tarefa fomentar especialmente modelos da cultura e da integração no imaginário português. Na carência de um ideário cultural nacional, fomenta-se uma sociedade de tipo casa assombrada ocupada por espíritos políticos. Precisamos de menos ruído político para nos intervalos do seu silêncio termos espaço público para a cultura. Só assim poderemos dar ao povo a oportunidade de se tornar rei de si mesmo e desviar-se do paternalismo que conduz à subjugação.

Proposta precipitada de Marcelo Rebelo de Sousa

O senhor Presidente da República precipitou-se ao sugerir (15.01.) que o possível novo aeroporto de Lisboa, a ser construído no Montijo, se chame Aeroporto Mário Soares. Ainda o ovo não saiu do ânus da galinha e já as bochechas políticas têm um nome redondo para lhe dar. Com estas e outras o senhor presidente revela-se como um oportuno continuador de um regime de comparsas e amigos preocupado em colocar os seus “santos” no Olimpo de Portugal para o povinho venerar! Como povo habituado a ser colocado à procura de gambozinos não nota sequer que o senhor presidente, à boa maneira do centralismo francês aportuguesado, se adianta com a proposta.  Com este procder, prescinde da formação de opinião a partir do povo e indirectamente pressupõe a questão da decisão da construção daquele aeroporto, como facto consumado. Deste modo vem dar continuidade à realidade macrocefálica de uma capital sem corpo e também não tem em conta a falha sísmica do Vale do Tejo.

O rescrito da nação terá de deixar de ser delineado só pelos caracteres políticos do Estado. Portugal precisa de uma outra narrativa que não a política, uma narrativa com um fio condutor não do poder mas do espírito cultural, para poder tornar-se num impulso criativo para uma geração de novos portugueses e novos políticos. Não precisamos só de homens, que, de regime em regime, se afirmem pela oposição ou pela afirmação, precisamos de personalidades da cultura com capacidade de atrair uns e outros. Mário Soares é uma grande personalidade dentro do partido socialista português mas como personalidade nacional provocou grandes bens e grandes males.

O futuro de um povo depende do cuidado dos seus mitos

O pressuposto do futuro está na memória. É natural que um país precise de pessoas de referência que permaneçam no ideário popular para, de forma duradoura, configurarem o sentimento de identidade nação-povo. O que não é natural é que devido ao provincialismo antiquado da classe política, refugiada em Lisboa, os políticos continuem a querer impor os seus corifeus como personalidades exemplares para o país.

A República portuguesa seria bem aconselhada se procurasse fora da política as suas personalidades de referência. Portugal tem tido, na sua história, personalidades de alta relevância na cultura, na literatura, nas artes e nas ciências; este é o campo propício onde se encontram personalidades de referência nacional e internacional, propícias para a fomentarem a sustentabilidade da alma portuguesa.

A república tem produzido personalidades demasiado partidárias e controversas para poderem servir de exemplo e funcionarem como factores de integração do povo português. Mário Soares teve o mérito, de, com outros, impedir a implantação da ditadura comunista e neste sentido se provar como democrata mas nunca poderá ser um homem modelo consensual, sendo, assim, impróprio como factor de identidade nacional. Não se contesta a sua imagem como ícone partidária na paisagem democrática.

Enquanto, numa democracia partidária, a política e a notícia escandalosa continuarem a dominar o espaço da arena pública, a cultura do país está condenada a definhar!

A quem aproveita isto?

Em política há sempre uma pergunta que deveria ser sempre colocada como prova dos nove do que se faz ou pretende fazer: quem se beneficia com isto?

Não seria de benefício para Portugal querer construir um regime político sobre as cinzas do estado novo sem ter consciência de que para se construir um Estado moderno seria também necessária a coragem de se reduzir a cinzas os malefícios crónicos da república e que infelizmente Soares também incorpora e representa. Um povo é um rio que flui ininterruptamente não podendo ser interrompido nem transformado em barragens sucessivas desta ou daquela ideologia!

 

De República vermelha para república arco-íris

Algo não é racional na lógica republicana e na política que tem seguido de colocar os seus ídolos no Olimpo republicano! Por um lado muda o nome de Ponte Salazar para Ponte 25 de Abril e por outro combate e infama o Salazar como se ele não fizesse parte da república. Ou será que querem fazer do Olimpo republicano apenas um lugar para a esquerda e para maçónicos? Num Portugal inteiro, o Olimpo republicano precisa de todos os “santos” para venerar! (Já que falamos em “santos”; não haverá aí uma Maria da Fonte que, para desenfastiar, possa figurar como santa no Horizonte republicano?! Tem talvez a desvantagem de cheirar a povo num Olimpo iluminado que para continuar a ser coerente consigo mesmo terá de ser masculino!)

Já numa acção operada no nevoeiro, os políticos tinham trocado o nome de Aeroporto da Portela para Aeroporto Humberto Delgado; sem o povo notar se vai concretizando uma política de tigela! Gago Coutinho e Sacadura Cabral ficaram a ver navios! O cultivo da memória da história de Portugal tornar-se-ia embaraçosa para os nossos boys que percebem mais de política de interesses do que de cultura!

Em tempos em que governa a instabilidade emocional, penso que seria um acto de racionalidade, optar-se pela denominação de AEROPORTO POVO DE PORTUGAL, num país que se diz republicano democrático e, nessa qualidade, não gostaria de santos!

Portugal dos Pequeninos

O Olimpo português é um lugar sem exigências e como tal não faz sombra à corrupção política. O problema surge para os terráqueos que vivem num Estado em bancarrota e a ter de festejar os seus responsáveis como grandes estrelas no seu horizonte!Vivemos contentes num Portugal político dos pequeninos!

Os tempos políticos que correm, dado serem propícios a gerar muitos políticos do oportuno, deveriam deixar os políticos viver à vontade, mas exigir deles o critério de não terem o descaramento de desonrar o povo obrigando-o a ajoelhar perante os seus nomes. Porque não dar o nome das localidades aos aeroportos? Pouco a pouco se vai tendo a certeza que nos encontramos numa democracia sem baronesas mas que tropeça nos barões.

Cada sistema é coerente em si e como tal constrói os seus “santos” que se querem intocáveis! Doutro modo não haveria fiéis! Para os da sociedade de baixo vale a moral dos sentimentos; para os da sociedade de cima vale a ética dos interesses! Por estas e por outras é que reina a confusão!

António da Cunha Duarte Justo

© Pegadas do Espírito no Tempo

 

A “PONTE SALAZAR” DEPOIS “PONTE 25 DE ABRIL” COMEMOROU O SEU 50° ANIVERSÁRIO

A Ponte Salazar, inaugurada a 6 de Agosto de 1966, passou há 42 anos a ser chamada Ponte 25 de Abril. Era na altura a quinta maior ponte suspensa do mundo e a maior fora dos EUA.

Uma República envergonhada de si mesma rouba ao passado o que não lhe pertence na esperança de viver do princípio, que o povo é massa de manobra e tudo o que vem à rede é peixe e o que não mata engorda.

Em nome da liberdade, os abrilistas apropriaram-se do nome da ponte. Agora, nos meios socais, parte da esquerda sisuda e arrependida reconhece que fez mal e por isso, surgiu entre ela a ideia de lhe mudar o nome para Ponte da Liberdade, como se a liberdade tivesse dono e em Lisboa já não houvesse uma Avenida da Liberdade anterior à revolução!

O povo português tem sido enganado ao ver ser atribuída a liberdade em Portugal à revolução de Abril. O movimento da liberdade já há muito se encontrava no coração e nas actividades de muitos portugueses de esquerda e de direita que actuavam não só nos ambientes comunistas.

É ilegítimo querer fazer passar a ideia que a liberdade e a democracia eram propriedade de forças radicais da esquerda.

Os senhores abrilsitas até da razão se apoderaram ao assenhorarem-se da revolução cultural em via também em torno do Bispo do Porto, Dom António e da camada jovem que vivia o espírito do movimento 68 e anteriormente pelas grandes discussões de preparações para o Vaticano II no meio católico. Doutro modo teriam de consequentemente assumir também as barbaridades e traições executadas por uma esquerda radical anterior e posterior ao 25 de Abril.

Um dia a ponte 25 de Abril voltará a ser chamada Ponte Salazar, não por razões de revanchismo ou de saudade de autoritarismos mas por razões de memória e de justiça num povo que precisa de pontos salientes para melhor se orientar.

Vive-se bem da ideologia servida ao povo como ópio tranquilizante. O problema é crónico mas pode ajudar a lucidez de o reconhecer.

António da Cunha Duarte Justo

© Pegadas do Espírito no Tempo

CASAMENTOS NULOS SE EFECTUADOS COM CRIANÇAS DE IDADE INFERIOR A 16 ANOS

O Lugar de Meninas menores é na Escola e não no Casamento

António Justo

Segundo informação do Ministério Federal do Interior, na Alemanha são conhecidos 1.475 casamentos com menores  de 16 anos. 361 deles são menores de 14 anos. A maior parte são meninas que se encontram casadas com homens muito mais velhos.

Na Alemanha, os partidos da coligação (CDU-SPD-CSU) concordaram em proibir casamentos de crianças. De futuro, serão anulados os casamentos de pessoas com menos de 16 anos. O projeto de lei do ministro da Justiça Maas, deve ser implementado o mais rapidamente possível.

Na Alemanha a Idade de consentimento sexual atinge-se aos 18 anos. A imigração de países islâmicos representa um desafio ao direito alemão da família. A CDU quer uma lei não diluída por o casamento de menores violar o bem-estar da criança e a decência moral. Assim se quer impedir que o regime patriarcal de casamento discriminador do sexo se volte a instalar na sociedade alemã.

Há temas que se encontram na fila à espera por Godot! Na Europa, o código civil não se encontra ainda adaptado aos costumes de imigrantes muçulmanos, o que provoca por vezes uma certa cumplicidade destes com a Sharia. A tentativa do projecto de lei do ministro Maas é uma medida que tenta opor-se à ” lei religiosa Sharia” que se aplica tacitamente nas nossas sociedades ocidentais na sombra das mesquitas.

Nos países islâmicos a questão do abuso da mulher não é encarada com grande apreciação porque o próprio profeta Maomé se casou com uma menina de 9 anos e a pática da escravização de mulheres e crianças (e a política de casamento) sempre se mostraram como grande factor de expansão e de recompensa económica.

Segundo a UNICEF os países com maiores taxas de casamento infantil são, Níger (com 75%), Chade (72%), Mali (71%), Bangladesh (64%), Guiné (63%). Na Indonésia também há uma grande percentagem de casamentos infantis. Na Índia também há muitos casamentos infantis, tendo este costume sido introduzido aquando da invasão muçulmana.

Muitas famílias dão a filha ao que oferecer mais dinheiro para resolverem problemas económicos. O fenómeno dos casamentos infantis é já muito antigo e anterior ao islão. Os invasores muçulmanos, na sua política de expansão recorriam à escravização como factor económico e praticavam muitas vezes a pirataria roubando mulheres e meninas não casadas o que levou povos e grupos a introduzir no seu meio o casamento infantil como medida de autodefesa e de preservação.

Há países islâmicos que civilmente não permitem o casamento infantil de meninas. Mas estes Estados reconhecem a lei islâmica da Sharia e como os tribunais religiosos têm o poder de substituir o código civil então este torna-se letra morta.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Espírito no Tempo

DEUS NÃO É IGUAL A DEUS

Existe um Islão não político?

António Justo

Factores impulsionadores da violência

O Islão considera a política e a religião como uma unidade inseparável (sem separação entre poder secular e poder religioso) e, ao mesmo tempo, subjuga a dignidade da pessoa aos interesses da comunidade e segue o princípio selectivo da evolução dando a razão ao mais forte. Como na ditadura do proletariado também no islão o indivíduo é meio e não fim em si; os interesses do grupo justificam a imolação do indivíduo porque o que está em causa é a justificação da superioridade da cultura (instituição) e não a relação pessoal e comunitária; tais pressupostos fomentam a violência e a guerra porque vinculam totalmente a pessoa (individual, religiosa e politicamente) ao sistema seu que se afirma contra outros sistemas.

Cultura do gueto contra cultura aberta

Uma sociedade para ser pacífica tem de ser plural, tem de partir da liberdade e da dignidade individual e não dos meros interesses da instituição que faz do crente um escravo de Deus e da religião.

Os políticos ocidentais não se importam com a dupla estratégia dos membros de países de cultura árabe: os muçulmanos, no estrangeiro, exigem abertura social-cultural da sociedade acolhedora para se afirmarem nela como gueto e a nível nacional interno perseguem ou discriminam quem não for muçulmano.

Assim se processa um método sub-reptício de invasão de uma cultura pela outra sem contrapartidas nem acordos bilaterais correspondentes. O argumento muçulmano usado, de que a nossa sociedade ocidental deve abrir-lhe totalmente as portas pelo facto de se definir como sociedade aberta, não é coerente e não legitima, por outro lado, que a sociedade muçulmana do país de origem se afirme como monolítica e fechada, quando, no estrangeiro, se afirme na sociedade aberta como gueto.

Representantes islâmicos escondem, no seu diálogo com os políticos e com os representantes de outras religiões, que na sua religião mais que de religião e ética se trata de poder e influência religiosa e política. Considerando as coisas meramente sob o pressuposto do poder, o grande forte da cultura islâmica perante outras culturas reside ainda no facto de não distinguir entre religião e política, entre poder religioso e poder secular, considerando o islão como factor de identidade nacional, cultural e individual.

Representantes do islão, para defenderem o seu satus quo, procuram, inteligentemente, confundir os parceiros de diálogo dizendo que Maomé tinha ao mesmo tempo uma função religiosa e política (falava ao mesmo tempo como profeta e como guerreiro comandante. Deste modo as mensagens de Maomé são consideradas ao mesmo tempo políticas e religiosas ou conforme dê mais vantagem; esta foi uma estratégia que o islão fez e faz na sua política imperialista. Palavra de honra e vinculativa só há em relação aos da própria religião.

Uma outra estratégia de branqueamento da violência islâmica é afirmar-se que fundamentalistas também os há nos cristãos.

Naturalmente todas as pessoas trazem consigo o bem e o mal mas há uma grande diferença quando se valem da violência e da repressão.

Neste sentido, a religião muçulmana torna-se num instrumento político que através da instrumentalização do súbdito muçulmano opera uma invasão agressiva, ao não permitir liberdade individual ao crente e ao utilizar a religião como único factor de poder e de expansionismo hegemónico (pena de morte, procriação, mulheres e escravas) e definir como muçulmano todo o filho de pai islâmico (por isso, uma muçulmana que se casasse com um não muçulmano constituiria motivo de vergonha e desonra para a família que chega a motivar assassino por motivo de honra, como acontece, por vezes, também na Alemanha). Como se verifica, o poder islâmico é de uma congruência insuperável no sentido de fazer valer a sua posição perante os de fora. O Islão não mudará enquanto não se abrir à teologia e enquanto continuar posse de associações e funcionários com um emaranhado de interesses que ligam a religião ao chauvinismo nacional. Exemplo: Ditib – confederação de associações turcas na Alemanha – tem representado interesses antidemocráticos da Turquia que com o seu ministério da religião e correspondente envio rotativo de imames vê o fascismo turco ser apoiado na Alemanha em contraposição com os princípios democráticos da sociedade alemã. Na Alemanha e noutros países as instituições conservadoras islâmicas são muito fortes e consideram-se os únicos parceiros de diálogo e a política como precisa de parceiros organizados, para o diálogo, fomenta-os; os muçulmanos mais liberais são arredados dos órgãos de co-decisão e deste modo impede-se um Islão mais humanista. Assim se vai formando uma sociedade paralela de religião totalitária. Na Alemanha nas ruas das grandes cidades, torna-se visível uma invasão islâmica no vestir das mulheres. Depois de mais de 40 anos de presença turca cada vez se nota mais o avanço do islão de lenço na cabeça.

A liberdade religiosa no cristianismo e nos países ocidentais favorece o avanço do Islão que não concede liberdade nem contrapartidas e por outro lado enfraquece a laicidade nos países de cunho cristão.

A proibição de interpretar o Corão de maneira histórico-crítica (ao contrário do que acontece no cristianismo) reduz a espiritualidade individual ou grupal a uma incrustação de palavras cultuais e culturais que permanecem estáticas nas mensagens éticas do século VII. Assim, a religião muçulmana é uma religião política sendo uma farsa falar-se do islão político, quando, na realidade, o que a jurisprudência muçulmana só permite o islão político porque só considera a liberdade e a dignidade individual da pessoa numa relação de subjugação e de súbditos da sua cultura árabe e esta como a única verdadeira; uma certa tolerância só é taticamente usada num período de transição até que o grupo islâmico se torne maioria. O islão é intolerante, servindo-se da ambiguidade, como meio de afirmação, e do fascismo religioso não só como factor identitário mas também como estratégia hegemónica. Na Europa há cientistas do islão que, pelo facto de defenderem uma análise histórico-crítica do Corão e de Maomé, vivem sob vigilância policial para não se tornarem vítimas de algum atentado islâmico. O Corão tem muitas revelações jurídicas que requerem localização histórica para não prolongarmos ad infinitum muitos dos seus costumes primitivos.

O islão também tem, muitas vezes, má fama por não reconhecer que o terrorismo islâmico tem a ver com o islão: por toda a parte se assiste à prática da violência islâmica no mundo mas publicamente afirma a sua vontade de paz e não se observe em nenhuma parte manifestações islâmicas contra o terrorismo.

A interpretação oficial de que o Corão é literalmente palavra de Deus dá razão e motiva os terroristas muçulmanos a fazerem o que fazem porque isso está escrito no Corão e Maomé foi o primeiro a dar o exemplo de violência e não cumprimento de acordos. Os líderes islâmicos continuam a manter longe deles a autocrítica e não se preocupam por uma auto-compreensão mais adequada aos tempos modernos.

O Deus de uma cultura espelha a realidade do Homem dessa cultura

Para se poder compreender textos antigos, a sua leitura terá de ser feita no seu contexto histórico e também serem submetidos à análise histórico-crítica. Querer interpretá-los apenas literalmente como fazem os muçulmanos e os Testemunhas de Jeová leva a confundir o seu espírito com o corpo (escrita) que lhes dá forma.

O mesmo se diga sobre a história do desenvolvimento da consciência ética e moral! Por outro lado a revelação de Deus também não se deixa reduzir a uma rima, nem ao casulo de uma cultura nem tão-pouco à imagem que esta faz dele para se poder definir e subsistir; o lugar da revelação de Deus é a pessoa que vive em comunidade e como tal só serve o Homem a cultura que o liberta e não a cultura ou religião que o subjuga com armaduras pesadas e impostas para fazer dele apenas soldado e se afirmar à custa dele. Soldado implica guerra, a não ser que se entenda como irmão da caridade e do amor que que disponibiliza a sua vida em serviço do próximo vendo em cada pessoa um filho de Deus independentemente da sua fé ou crença.

Deus revela-se à medida que o Homem é capaz de entendê-lo e a sua imagem de Deus é a melhor definição do que ele é e pretende ser. Por isso embora só haja um Deus, há contudo diferentes e quase contraditórias imagens dele (religiões). Por isso Deus não é igual a Deus e consequentemente religião não é igual a religião.

Em relação ao islão necessitam-se diferentes abordagens dos textos sagrados, como se faz na teologia ocidental; isto ajuda a evitar fundamentalismos sem a necessidade de se desfazer dos textos nem, por outro lado, de amarrar o sentido à casca das palavras ou aos interesses de uma instituição em que a dignidade humana não seja o princípio de soberania social.

A nossa percepção depende do contexto porque somos feitos também de comunidade

Em geral, o erro dos dirigentes muçulmanos vem do facto de não permitirem a análise contextual histórico-crítica, considerando o Corão como um monólogo de auto-revelação divina: um monólogo sem parceiro que o entenda.

O ser humano só se reconhece no diálogo ou no encarar um oposto (o rosto do outro leva-me a reconhecer e a perceber o meu rosto, sem necessidade de, para ser, negar o outro!). Por isso o ser humano é o resultado do diálogo em diálogo. No diálogo pessoal e cultural de Deus com o Homem revelam-se simultaneamente Deus e o Homem na continuação do diálogo criador-criatura. O entender do homem é, também ele, uma revelação de si mesmo e de Deus. Deus dá-lhe a mão para que o humano deixe de rastejar e se levante na afirmação-procura do que é mais que uma imagem projectada num ecrã material.

No princípio era a Palavra, a Informação e esta tornou-se carne, revela-nos já o evangelho de S. João. Do diálogo surge comunidade, a comunidade dialogante que não se reduz ao diálogo do eu com um tu mas que se realiza no nós (comunidade). Por isso Deus é trinitário, não se reduz ao deserto de um monólogo de um ausente consigo mesmo, nem à crusta da terra porque esta encobre vida. É comunicação do ser, expressa no estar, no sempre a tornar-se (acontecer).

Deus é a relação por excelência que faz da vida relação, não podendo ser limitador da relação como quer o Islão, com muitas frases do Corão, que procura, através delas, aprisionar Deus na cultura árabe e legitimar a opressão e a perseguição dos vizinhos (dos fora do gueto: os denominados ímpios ou incrédulos). Também muitos muçulmanos terroristas justificam o seu agir violento com o Corão, interpretando-o à letra mas não notando que muitos textos do Corão se encontram em contradição e que neles Alá muda de opinião conforme os interesses da situação, por vezes muito mundanos.

Naturalmente, o conteúdo do Corão ou de uma revelação não pode ser reduzido ao contexto histórico ou a uma história edificante para o tempo. Trata-se de ver o que a casca do texto encobria para hoje melhor compreendermos a verdade profunda que ele esconde e que também hoje usamos para melhor nos definirmos, percebermos e expressarmos. Não se trata apenas de descobrir o conteúdo ético ou histórico mas a espiritualidade que dele brota como eco de Deus, na expressão que encobre o exprimido.

Em contexto apologético, representantes muçulmanos falam muito de justiça e misericórdia que são naturalmente valores que se referem ao tratamento, ao manejo exterior e que se podem encontrar também no Corão. Mais importante que a justiça e a misericórdia é o amor, o amago do que é vida, relação, o único suporte de tudo o resto.

O Islão tornar-se-á cada vez mais anacrónico se não se orientar mais no sentido da espiritualidade e não permitir a análise histórico-crítica das suas fontes.

© António da Cunha Duarte Justo
Teólogo e Pedagogo
Pegadas do Espírito no Tempo,

O ESTADO ALEMÃO NÃO HONROU AS VÍTIMAS DO ATENTADO DE BERLIM

O factor medo na política de informação pública e na atitude política

António Justo
Só um mês depois do ataque terrorista islâmico perpetrado em 2016/12/19 junto à Igreja da Memória num Mercado de Natal de Berlim, o Parlamento Federal conseguiu comemorar os mortos e outras vítimas do atentado e isto devido ao incentivo das muitas críticas na imprensa e nas redes sociais. O Estado alemão não honrou oficialmente as vítimas do atentado islâmico: um atentado cheio de simbologia contra o Estado e contra o cristianismo.

O medo encontra-se enraizado na coluna vertebral

A classe política alemã tem medo de dar demasiado espaço público a assuntos como a criminalidade porque desbeneficiariam a imagem pública dos estrangeiros e em especial a dos muçulmanos que se salientam pelas suas exigências à sociedade acolhedora e também pela organização de extremistas em torno de mesquitas e de clãs árabes em Berlim e noutras cidades. Uma censura camuflada da informação revela-se de resultados positivos a nível social; assim a Alemanha não se tem visto confrontada com o nacionalismo como acontece em França que segue uma política de informação mais liberal, neste sector.

A Ministra do Trabalho prometeu compensação às vítimas que seriam pagas pelo fundo para vítimas de acidentes rodoviários. Deste modo relega a questão para “acidente de trânsito”.

O presidente do Bundestag, Lamert, no discurso proferido no parlamento, referiu que um Estado, que garante a liberdade religiosa como um direito humano, “pode e deve exigir dos muçulmanos uma discussão com a sua religião e a conexão fatal entre fé e violência fanática, de forma vigorosa“, disse ele.

Com o atentado terrorista de Berlim a classe política revelou uma atitude cobarde para com as vítimas. A Alemanha é o único país que depois de um atentado terrorista evitou celebrações públicas.
A gravidade desta omissão assenta no facto de um atentado terrorista com fundamentação política ser politicamente ignorado pela classe política. Estamos em ano de eleições na Alemanha e a classe política quer evitar tudo o que faça lembrar os seus erros. O medo do medo chegou à política legitimando o ataque de certos grupos que dizem que ela apenas reage e não age. Há razões objectivas para se ter medo de se viver em cidades que habitamos que levam muitos cidadãos a sentirem-se estrangeiros no próprio país. Não se trata de tomar opções drásticas como faz talvez levianamente Trump mas de convencer os muçulmanos a serem mais moderados e contidos na sociedade que lhes permite elaborar um futuro mais digno do que teriam na própria sociedade.

Hoje a opinião do mainstream autocensura-se evitando ou banindo perguntas críticas com o argumento de poderem fomentar a xenofobia e o populismo. Falta a coragem de argumentar em público com sinceridade e parte-se da consideração de uma sociedade imatura em que não se pode confiar a verdade em vez de a preparar para a multiplicidade e para o dever da interculturalidade.

O medo tem as suas origens sobretudo numa desigualdade social que cresce. A sociedade média encontra-se cada vez mais instável; poucos sobem na sociedade isolando-se em elites e outros vêem que seus filhos, embora nas mesmas condições de formação, estão condenados à depravação.

Muita da camada social decadente sente-se injustiçada e desfavorecida em relação aos refugiados que, por vezes, recebem maior apoio do Estado do que os necessitados nacionais.
Os terroristas combatem o modelo de sociedade ocidental e esta limita-se a construir fossos de combate entre si ou a meter a cabeça na areia. Estabilidade interna e liberalidade encontram-se em tensão alta.

O luto recusado

As vítimas de Berlim encontram carinho e empatia cordial por parte dos cidadãos mas não na sociedade política donde seria de esperar um gesto público de respeito do Estado pelas suas vítimas.

Familiares das vítimas queixaram-se do “luto excluído” e da falta de cultura do luto. De facto não houve imagens das vítimas.
Tal é o medo dos partidos e de um Estado perante um povo que, em parte, os responsabiliza pelo acontecido e por um Estado que perdeu o controlo sobre os refugiados que albergou em 2015 (cerca de um milhão). O culto da culpa praticado na Alemanha não parece conveniente nem oportuno para vítimas alemãs. “Vítimas alemãs não se enquadram no conceito do culto da culpa – em que só pode haver delinquentes alemães e não há vítimas alemãs”, relata um desiludido. Uma certa benevolência de tratar pública e politicamente os muçulmanos na Alemanha fomenta em muitos a inveja de serem desfavorecidos.

A república mudou a partir dos acontecimentos de Colónia

Os cidadãos das potências europeias e, por empatia, também os dos países pequenos encontram-se movidos por uma onda dos sentimentos que em certos meios toma a expressão de uma guerra civil de moral contra moral.

O poder da emoção pública aumenta e mete medo também aos políticos que, em tempos de eleições, se deixam determinar mais pelo medo. Em vez dos factos surge o poder das emoções e das ideologias que determinam um espírito irritado e irritadiço na sociedade.
Nas conversas domina a preocupação e a falta de orientação. O eu individual e o eu social não se encontram em harmonia.

Na passagem do ano de 2015 Colónia e outras cidades alemãs congregaram grupos de refugiados principalmente do norte de áfrica com a finalidade de apalpar, roubar e abusar de centenas de mulheres alemãs reunidas em torno da Catedral para saudar 2016. Este fenómeno repetiu-se na mesma noite noutras cidades. A informação sobre o assunto foi, em parte, manipulada e adiada para não causar aversão contra os muçulmanos. A partir daí a sociedade deixou de ser a mesma; a desconfiança tem vindo ocupando os espaços da confiança. Diminuiu imenso a confiança na imprensa e nos políticos. A ideia que a sociedade tinha em surdina, já desde há muitos anos, de que as informações relativas a abusos e criminalidade de pessoas de cultura árabe eram branqueadas, viu-se confirmada na manipuladora política de informação dessa noite e nas hesitações dos dias seguintes. Depois de Colónia essa preocupação encontra-se mais velada na prática de se procurar justificar a maior criminalidade árabe com problemas de meio social e de precaridade económica como se nas mesmas cidades não vivessem outros tantos ou mais alemães nas mesmas condições sociais. Às vezes a explicação de um fenómeno ainda o agrava mais por substituir a tomada de apoios para os grupos sociais concorrentes.

O medo na Alemanha tem uma certa legitimação, dado o povo estar atento e reagir aos acontecimentos. Era tabu ter medo de expressar o medo ou crítica a uma sociedade hóspede que se comporta, por vezes como se fosse senhora da casa. A sociedade aberta não é consequente ao evitar uma cultura de conversação aberta.

A sociedade ocidental, de uma maneira geral, tem uma atitude complacente para com o delinquente (mesmo a nível de tribunal) e uma atitude indiferente para com a vítima, independentemente de ela ser nacional ou estrangeira. Talvez esta atitude corresponda a uma projecção da própria sombra recalcada no sentimento inconsciente de que o próprio bom viver se deve à exploração.
© António da Cunha Duarte Justo

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