VOLKSWAGEN DÁ UM PRÉMIO DE 3.950 € A CADA SEU TRABALHADOR NA ALEMANHA

Exemplo de um Capitalismo de Rosto humano

120.000 trabalhadores da Volkswagen  na Alemanha, vão receber este ano um bónus de 3.950 € como recompensa da produtividade do seu trabalho.

Em 2015, a produção foi ainda mais rentável pelo que os trabalhadores receberam 5.900 euros de prémio.

A empresa Volkswagen não só paga bem como até faz comparticipar os seus trabalhadores nos lucros da empresa.

 Deste modo não  são só os accionistas os premiados pelo bom rendimento dos trabalhadores mas também os efectivos do trabalho que assim se sentem parte da empresa.

Este é um bom exemplo de um capitalismo que faz lembrar o capitalismo do mercado social nascido na Alemanha mas que o capitalismo anglo-saxónico tem destruído também na Alemanha. Toda a empresa deveria seguir o exemplo da VW: poderia reservar p. ex. 10% dos lucros para prémio e reconhecimento do trabalho dos empregados.

António da cunha Duarte Justo

ENSINO PÚBLICO ESTATAL VERSUS ENSINO PÚBLICO PRIVADO

Quem financia quem? Ensino Público ao Serviço da Esquerda?

António Justo

Na intervenção do governo com o fim de rescindir os contratos do Estado com o ensino associativo particular, o que está em causa não são os gastos com o ensino, o que está em causa é a estruturação da ideologia radical esquerda! O dinheiro do orçamento sai do contribuinte e as escolas privadas ficam mais baratas ao orçamento do estado que as públicas. Da análise e classificação das 621 escolas do ensino secundário em Portugal resulta que o ensino privado é mais económico e com melhor rendimento (1). O governo de Costa deixa-se orientar por ideologia e sensibilidades oportunas e não por dados matemáticos ou de direito comercial. Não há honestidade intelectual?

As nossas deolindas da política, agressivas e invejosas, querem ver tudo alinhado em uniforme ideológico sob a batuta avermelhada do MEC! Agora, que o BE e o PCP têm mão no governo geringonça, aproveitam a ocasião para avermelharem ainda mais o MEC, deitando ao charco os contratos de associação que os governos de esquerda e de direita criaram e cumpriam desde 1995. A discussão pública sobre as escolas privadas faz lembrar uma sequência do episódio da ideologia do sindicato único nacional, que o vermelho PCP pretendia impor à verde democracia de Abril.

O PS ao explicar que os contratos de associação são apenas uma „forma de suprir as carências da rede pública“, demonstra bem o seu entendimento de democracia e cultura plural. Querem o domínio da vontade do Estado sobre a vontade dos pais (2).

A rescisão dos contratos vem criar mais discriminação porque então os privados passarão ter de aceitar só filhos de pais com posses. Estes terão de suportar o ensino privado com as propinas e ao mesmo tempo o ensino estatal com os impostos (sofrem dupla tributação!). Ou será que a esquerda radical não quer ver gente pobre a frequentar colégios particulares? O MEC já interfere e controla as escolas privadas e avalia os respectivos alunos nos exames nacionais…

A esquerda radical qualifica os colégios particulares com contrato como parasitas quando, o que querem é servir o próprio parasitismo na estrutura do MEC e vê-lo como garante da sua clientela. De facto o MEC concede benesses à Esquerda através do subsídio indirecto a sindicatos da Fenprof, etc. gastando muitos milhões de euros com delegados sindicais, seus multiplicadores, dispensados de horas lectivas ou de dar aulas, coisa que num Estado rico como a Alemanha não seria possível (3). É escandaloso ver-se como um Estado pobre como o português se dá ao luxo de subvencionar ideologias no seio dos seus funcionários.

Concretamente, segundo o Relatório do Tribunal de Contas relativo a 2009/10 o ensino com contratos de associação com o ensino particular e cooperativo fica mais barato 400 € por aluno do que o ensino estatal (custo médio por aluno estatal 4.921,44 euros anuais, aluno privado 4.522 €) Estatísticas relativas a esse ano, referem que o Estado poupou 21 milhões de € ao deixar os alunos frequentar o privado.

Os resultados das investigações da OCDE e do PISA falam a favor do privado. O dever do Estado deveria ser fomentar a iniciativa privada e a diversidade de iniciativas e oportunidades, em vez de fomentar o regime monopolista totalitário, de formação em massa.

O MEC continuará a não dar conta do recado enquanto continuar a privilegiar ideologias políticas e a não servir um Portugal plural onde a qualidade de ensino deveria ser prioritária (4).

Com as medidas que a esquerda pretende muitos milhares de professores passariam ao desemprego e milhares de alunos perderiam um ambiente e uma comunidade escolar em que vivem.

O Estado já perdeu em segunda instância quatro processos devidos a cortes de verbas a colégios com contrato em 2010, o mesmo acontecerá, certamente, com os actuais cortes.

Os partidos do governo comportam-se como donos da nação usando o Estado como palco para fazer política ideológica em vez de fazerem política consensual para o povo; em vez de servirem o povo e o país servem-se do povo e das infraestruturas do estado para  se instalarem e imporem os seus credos. A natural consequência será o surgir de uma política conservadora consequente.

António da Cunha Duarte Justo

www.antonio-justo.eu

 

Portugal entre a Censura da PIDE e o Tráfico de Influências de ABRIL

 

VAMOS NACIONALIZAR A REVOLUÇÃO PARA LIBERTARMOS A LIBERDADE ABUSADA

 

Por António Justo

O Espírito democrático entrou pelas portas da sacristia e da caserna; agora seria chegado o tempo de o deixar livre sem os empedernimentos factuais e ideológicos; precisamos de todos, da direita e da esquerda, de crentes e não crentes. Um Portugal adulto não pode manter-se em contínuo ajustamento de contas nem num medir de forças adolescentes numa atitude de abuso e de ilusão do “eu é que tenho razão, eu é que tenho a solução”.

Somos um país demasiado pequeno para podermos continuar a dividir e a combater uns aos outros. Já Confúcio constatava: “Se não há consenso sobre os fundamentos, é inútil fazer planos em conjunto” (1). Daí a razão de constituirmos, depois do Renascimento, um povo indefeso sempre à mercê dos ventos das ideologias do tempo. Do pão preocupa-se o estrangeiro! O pão amanhado pelo povo não chega para manter os gandulos da nação que, como a cigarra, vivem do seu cantar e deste modo obrigam a nação à eterna condição de pedinte, como se constata principalmente a partir das Invasões Francesas!

Vai sendo tempo de se reconciliar Portugal e de se dar início a um discurso político integral, de afirmação pela complementação e não só pela contradição e difamação. Continuar a política nas pegadas do passado seria continuar a sacrificar o destino de um povo ao desejo insaciável de alguns egos insatisfeitos.

 

Embora a revolução tenha sido feita pelos soldados não é legítimo metê-la na caserna da esquerda (2); há que nacionalizar a revolução para libertar e dignificar a liberdade abusada. O Regime de Abril não é propriedade de ninguém; não se reduz a Abril nem a Novembro; o que temos devemo-lo, primeiramente, aos soldados e a um povo habituado a apoiar e a seguir, de cabeça baixa, quem se põe à sua frente. Temos de abandonar o hábito de povo a viver dos ardinas da praça pública, dos ardinas jacobinos que passam a vida a vender ideologias engomadas e bem penteadas para só eles viverem das cabeças distraídas pelas artimanhas dos seus penteados (3).

 

A censura do Estado novo e uma sociedade fechada tinham mantido o sistema de Salazar com todas as virtudes e defeitos que lhe eram próprios (4). Depois começou a haver brechas na Igreja e especialmente a partir do Concílio do Vaticano II revolucionou-se o mundo; O movimento eclesial anterior ao Vaticano II (não notado pelo poder secular) foi decisivo no reconhecimento dos sinais dos tempos e na fomentação da coragem que depois se expressou no movimento 68 e finalmente no 25 de Abril.

 

Actualmente o povo encontra-se desiludido e desconsolado mas não é contra a democracia, é apenas contra as casernas da maçonaria e dos partidos. O autoritarismo, a censura e o dirigismo não ficaram apanágio do Estado Novo, eles continuaram de maneira feroz mas refinada no Regime de Abril, através de um dogmatismo ideológico de monopólio da verdade, de uma censura transformada em tráfico de influências e da tesoura na cabeça de muitos pensadores, jornalistas e políticos; esta censura discreta e suave foi conseguida e inteligentemente instalada através de um dirigismo ideológico de uma esquerda radical infiltrada nas estruturas do Estado através dos saneamentos em todos os lugares chaves do Estado (5). Fomentou-se uma sociedade a viver de falsas esperanças, uma sociedade de fanatismo informal, de saber jacobino e farisaico. Enfim, tornamo-nos numa democracia à primeira vista, uma democracia oportunista que faz do Parlamento o lugar alto para os galos da nação. Esta situação não deixa ninguém acordar para o acordo do entendimento entre todos como seria de desejar! Assim Portugal é condenado a continuar a viver, abaixo das suas possibilidades, naquela “apagada e vil tristeza” dos vencedores encantonados em moralismos sem razão. Assim, a elite de Abril tirou a inocência e a alegria à nação; já ninguém tem vontade de cair no engodo do cantar: “somos livres”!

O factor segurança e a mentalidade de se “ter o rei na barriga”, tanto no velho como no novo regime, estabelecem a resistência à mudança de uns e de outros, sendo estes os factores do eterno adiamento de Portugal.

Resta a todos libertar a liberdade da velha censura da PIDE e da nova censura do Tráfico de Influências do  ABRIL. Este será o caminho para nacionalizarmos a revolução e assim libertarmos e dignificarmos a liberdade abusada.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

  • 1- O nosso actual “governo geringonça” é a melhor prova de abuso e oportunismo ideológico a ditar leis às costas do povo – sem pré-anúncio programático nem discussão pública – enfim, um governo a actuar pela calada da noite num povo sem telhado nacional!
  • 2- Ramalho Eanes foi a personalidade chave da revolução; ele dirigiu o 25 de Novembro.
  • 3- Os pensionistas e os funcionários do estado representam 80% da despesa do Estado! A revolução não obedece a uma política elaborada. Era fruto de ideologias encabeçadas por pessoas como Otelo (Brigadas Revolucionárias) e por pessoas do PCP. Álvaro Cunhal aterrou então em Lisboa com orientações de Moscovo e Mário Soares de França com orientações do Ocidente.
  • 4- Abrilistas recalcados esquecem que Marcelo Caetano já tinha iniciado uma política aberta que conduziria ao desenvolvimento que outras nações europeias depois também conseguiram sem a necessidade de uma “revolução” nem a consequente subordinação a ideologias que vivem da divisão do povo e da razão, atando-os a uma a uma só lógica enganadora.
  • 5- Também por isso os festejos do 25 de Abril se tornaram rituais institucionais que se celebram a si mesmos à margem da realidade da nação. Festeja-se Abril nas costas de 10 mil combatentes mortos no “ultramar” e de quase um milhão de retornados explorados e injuriados e de povos das colónias abandonados à fúria de algumas forças revolucionadas. Não se trata de querermos um revisionismo histórico mas de que Portugal encare a realidade de olhos abertos para integrar no seu ideário sucessos e fracassos.

FOMENTO DA ENERGIA SOLAR – UM INTELIGENTE PROJECTO DO GOVERNO

Por António Justo

O Governo, ao tencionar apostar no fomento de fontes renováveis, está a promover potencialidades enovadoras e futuro de qualidade.(http://www.dn.pt/portugal/interior/governo-aposta-na-energia-solar-e-repensa-investir-em-barragens-4988744.html ).

De facto, a energia eólica e fotovoltaica (com grandes potencialidades em Portugal: cada casa tem um telhado que poderia ser transformado num centro de produção de energia), energias que se revelam como não poluidoras e como potencialidade insondáveis de investimeto particular.

A Alemanha promoveu, já há mais de 20 anos, a produção de energia fotovoltaica, podendo cada casa ter paineis solars fotovoltaicos que produzem energia para consumo privado próprio, sendo o supervit da energia  produzida comprada e redestribuída pelas companhias de electricidade. Isto dá-se numa Alemanha com relativamnte pouco sol. Mais rentável seria em países do sul.

A implementação de mais barragens para produção de energia hidroelectrica revelar-se-ia, de uma maneira geral, em má política porque destruiria o ambiente.

A energia fotovoltaica também poderia ser utilizada, quando produzida em demasia, de maneira a ser escoada e utilizada  para elevar a água das barragens que já passou pelas turbinas e em mini-hídricas de maneira a esta ser reutilizada e regulada em momentos de maior consumo energético. As barragens e as mini-hidricas poderiam, deste modo funcionar como reservatórios hidroeléctricos com potencialidades adequadas a períodos de maior necessidade.

Mais em:  https://antonio-justo.eu/?p=1461  “Energia Solar – O Investimento do Futuro” 2010

“Democratizar a Economia através da Microprodução eléctrica” http://antonio-justo.blogspot.pt/2011/04/democratizar-economia-atraves-da.html

António da Cunha Duarte Justo

MINHA VIDA NA MALA – Reparar e Memorizar a Importância do Emigrante

Projectos, Comemorações e Iniciativas

Por António Justo

A organização de exposições e outras iniciativas sob o título “MINHA VIDA NA MALA”, no âmbito de celebrações comemorativas dos emigrantes portugueses, poderia tornar-se num factor de promoção e revitalização de associações e iniciativas lusas na diáspora e, ao mesmo tempo, num apelo à consciência portuguesa para valorizar a imagem dos emigrantes portugueses pelo seu papel de embaixadores de Portugal e pelo contributo económico e cultural, que deram e dão, para os seus locais de proveniência e para a sustentabilidade das finanças portuguesas.

O objectivo principal do projecto seria focar o itinerário e o papel da vida migrante; celebrar a presença dos portugueses nos diferentes países e motivar a nova geração de emigrantes a desenvolver o associativismo e o lusitanismo universalista propagador de uma cultura de povos em festa. Ao mesmo tempo fomentar a memória e o agradecimento que Portugal deve aos emigrantes na qualidade de constantes factores de desenvolvimento do país e para quem o país se tem mostrado ingrato.

Criar recursos lusos de apoio e fomentar sinergias entre associações e as mais variegadas instituições em Portugal e na diáspora. Contribuir para espalhar a festa portuguesa a acontecer dentro e fora de Portugal: arraial, museus, celebrações e diferentes iniciativas tendentes a avivar a memória e presença migrante no palco da lusofonia e nas comunidades da diáspora espalhadas pelo mundo

Conteúdo do projecto: Num trabalho de rede de consulados, missões, associações, artistas, professores, assistentes sociais e multiplicadores culturais, activar entre os emigrantes e em Portugal iniciativas concretas viradas para diferentes públicos.

Um apoio financeiro poderia provir do MNE, União Europeia, bancos, etc.

Resultados a esperar: celebração dos emigrantes – do Homem como caminheiro – fortalecimento da consciência migrante, intercomunicação e fortalecimento operacional das associações e inclusão das mais variadas personalidades em actividades das associações. Fortalecer a consciência dos emigrantes no seu papel de embaixadores de povos/culturas e de apoio ao desenvolvimento. Fortalecer a consciência nacional de um povo cujo génio se encontra dentro e fora do país.

A coordenação poderia ser feita pela Secretaria de Estado para as Comunidades, por universidades, Associações empresariais, Instituto Camões, consulados, missões, associações e possíveis parcerias sob um comité ad hoc. (Fiz esta proposta, já lá vão muitos anos, à Secretaria das Comunidades – ME- mas não houve resposta).

O projecto poderia constituir uma oportunidade para reflectir sobre a identidade portuguesa e possibilitar a objectivação de histórias de famílias que partem e que ficam, que vão e vêm

Cada pessoa ou família envolvida no projecto poderia apresentar uma mala, a ser exposta e elaborada com materiais, imagens, objectos, documentos, lembranças, tudo relacionado com uma vida entre paragens e em que a mala se tornou símbolo de vida e companheira. Trata-se de conhecer e divulgar, também com postais, cartas, músicas, etc., o contributo da emigração em termos geográficos e sociológicos valorizadores do nosso povo e das nossas terras. Nas associações ou iniciativas seria importante envolver artistas a apoiar a elaboração das malas.
Em museus de emigração, poderia haver uma secção com malas de migrantes forradas e recheadas com fotos e materiais que testemunhassem currículos e destinos individuais.

Atendendo ao rosto amarelo de um Estado envergonhado, devido à emigração carente (o que tem impedido a sociedade portuguesa residente de honrar suficientemente a contribuição dos emigrantes para o seu bem-estar e desenvolvimento), agora que já tem imigrantes que mostram a atractividade de Portugal, poderiam ser unidas, expressões que incluam emigrantes e imigrantes. (Aqui há também um outro capítulo de grande débito e de reparação que ao país tem em falta em relação aos “Retornados”). Enquanto a consciência nacional não se encontrar à altura de fazer reparação e de reconhecer as suas faltas em relação ao passado faltar-lhe-á a lucidez necessária para dar forma ao presente de forma a prestigiar o futuro.

Quanto a celebrações anuais (10 de Junho e outros festejos comemorativos) um tal projecto poderia assumir proporções regionais, nacionais ou mesmo internacionais. A estender-se o projecto a Portugal (por exemplo ligação com a festa migrante) implicaria que as repartições da cultura das Câmaras, bancos, alguma faculdade universitária e os meios de comunicação social se tornassem, possivelmente, iniciadores e promotores de tais projectos. Este projecto, depois de realizado nos diferentes locais, poderia tornar-se depois numa exposição itinerante.

Não há família nenhuma em Portugal sem experiência migrante. A migração marca a paisagem e a alma de Portugal. É uma constante característica de organização da vida familiar portuguesa e do seu Estado. A emigração é, na realidade, uma das cinco quinas que marcam o país.

Este é um contributo para um “Brain” de ideias que poderia preparar um projecto a ser assumido por um Secretário de Estado, institutos superiores, jornais, pelos deputados, conselheiros da emigração e outras parcerias.
António da Cunha Duarte Justo

“MINHA VIDA NA MALA” Uma ideia já velha mas que ainda não ganhou pernas para andar

A ARCÁDIA, Associação de Arte e Cultura em Diálogo, dedicada à terra e ao Homem, deseja, em colaboração com diversas entidades, elaborar e promover o projecto de Malas Migrantes para focar a vida e o papel da vida migrante na sociedade portuguesa. Este projecto poderia tornar-se numa exposição itinerante.

Não há família nenhuma em Portugal sem experiência migrante. A migração marca a paisagem e a alma de Portugal. É uma constante característica de organização da vida familiar portuguesa e do seu Estado. A emigração é uma das cinco quinas que marcam o país.

Cada pessoa ou família envolvida no projecto poderá apresentar uma mala, a ser exposta, elaborada com materiais, imagens, objectos, documentos, lembranças, tudo relacionado com uma vida entre paragens e em que a mala se tornou símbolo de vida e companheira. Trata-se de conhecer e divulgar, também com postais, cartas, músicas, etc., o contributo da emigração em termos geográficos e sociológicos valorizadores do nosso povo e das nossas terras.

O projecto poderia constituir uma oportunidade para reflectir sobre a identidade portuguesa ao possibilitar a objectivação de histórias de famílias que partem e que ficam.

Neste momento do projecto, o senhor secretário de Estado das Comunidades poderia apresentar ideias e modos de elaboração do projecto e painéis com dados da emigração, de modo a que esta iniciativa da ARCÁDIA – Associação de Arte e Cultura em Diálogo se tornasse num projecto de exposição itinerante, por Portugal e pelas comunidades. Neste sentido, também o tradicional encontro de emigrantes poderia ser organizado na vila da Branca, sob o patrocínio da edilidade de Albergaria-a-Velha e de Aveiro.

Este projecto poder-se-ia concretizar no Verão de 2013 ou de 2014. Nele poderiam contribuir e participar as mais diversas entidades.

Um terço de Portugal vive no estrangeiro sendo inegável o impacto do contributo dos emigrantes para o desenvolvimento de Portugal.

O MNE poderia elaborar também um projecto de digitalização aberto ao público online com conteúdos relacionados com a vida e a história da emigração.

A Universidade de Aveiro em colaboração com o MNE poderia tornar-se na patrocinadora e orientadora de tal projecto.

A exposição de “MALAS MIGRANTES” – “MINHA VIDA NA MALA” poderia ser alargada a outras iniciativas de projectos camarários e poderia ser apadrinhada por um Município ou cidade com disponibilidade de espaços e patrocínio dum museu local.

O local de arranque poderia ser a Quinta Outeiro da Luz e possivelmente a vizinha quinta do Outeiro na Branca, Alb.-a-V. O projecto que a ARCÁDIA pretende realizar na sua sede teria um outro impacto se fosse realizado nas perspectivas aqui sugeridas.

Aqui está uma ideia aberta, duma associação sem fins lucrativos, que poderia vir a constituir um projecto colectivo de grande alcance. Neste sentido agradecia a sua colaboração.
António da Cunha Duarte Justo
Presidente da ARCÁDIA
http://www.arcadia-portugal.com/blog.html, 21 de Agosto 2012.