TRÁFICO DE PESSOAS – ESCRAVIDÃO MODERNA

Na Nigéria uma Menina custa 750€ e um Menino 1.245€

Embora a escravidão tenha sido legalmente abolida, há redes criminosas que raptam mulheres e adolescentes recorrendo também a outras formas de coerção, sequestro, fraude e engano. Muitas menores são raptadas e obrigadas a sexo até ficarem grávidas.

Muitas delas são levadas para fábricas de bebés onde o comércio de bebés floresce nas sombras da lei.

A Organização das Aldeias de Crianças SOS chama a atenção da necessidade de implementar processo criminal contra traficantes de seres humanos que são mediadores de crianças para o mundo inteiro, especialmente para os sem filhos. No dizer da Organização, a maior parte das fábricas de bebés encontram-se no sul da Nigéria. O problema já é antigo; em 2006 foram libertadas 300 mulheres dessas fábricas.

Há muitos casos de adoções ilegais, mas também os há de escravidão infantil, abuso sexual e tráfico de órgãos.

O chefe da polícia de Lagos afirmou que meninos custam 1.245€ (500.000 Naira) e meninas um pouco mais de metade (Cfr. HNA, 18.01.2020).

O comércio com bebés também se dá no Gana, Chade, Libéria, Egipto, Etiópia, Serra Leoa, Uganda, África do Sul.

A burocracia para a adoção de crianças é muito complicada, o que facilita o negócio dos traficantes de crianças.

O tráfico com crianças e da escravidão de pessoas atinge dimensões orbitantes.  Também na Europa há muitos casos de escravidão, especialmente na prostituição.

Segundo estimativas das organizações da ONU, atualmente, no mundo, há cerca de doze milhões de pessoas em situação de escravatura. Metade delas são crianças e adolescentes. O tráfico de menores é, depois do comércio de armas e drogas, o mais lucrativo.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

A MODO DE BALANÇO ENTRE A ERA DA ENERGIA FÓSSIL E A ERA DA ENERGIA RENOVÁVEL

Na Passagem da Era do Petróleo e do Carvão para a Era das Energias renováveis

Por António Justo

Com 2020 iniciamos um ano redondo de fim de década, o que convida a fazer uma tentativa de balanço sobre o passado e o que nos espera no futuro.

Como pontos relevantes de referência básica temos a primeira guerra mundial que iniciou o fim das nações na qualidade de potências individuais. Temos o comunismo a tornar-se no elo de ligação e coerência que deu expressão mundial à União Soviética como grande potência que hoje se prolonga na influência ideológica; por outro lado os USA com o capitalismo que deixaram de ser apenas um país para se tornarem na superpotência mundial, a partir da sua intervenção na I e II Guerra mundial. Ficaram assim a atuar no subconsciente dos povos e nos bastidores do palco mundial, de um lado, o capitalismo americano e do outro, o socialismo facetado.

A uma Europa enfraquecida pelas guerras e reduzida ao mero âmbito de nações, para poder sobreviver em relação aos USA, à Rússia, às potências surgentes da Ásia só lhe resta a alternativa de se organizar através de convenções e contratos na União Europeia.

À II Guerra Mundial seguiu-se o grande crescimento económico europeu, tendo dado origem ao maior período de paz na História da Europa e consequentemente houve um grande desenvolvimento no que se refere aos direitos humanos, responsabilidade social, espírito democrático, liberdade de imprensa e de mercado e à revolução tecnológica em via.

Temos pela frente o grande dilema climático e a necessidade de produção de energia sem base no carvão e no petróleo (grande problema tecnológico a solucionar será o do armazenamento de energia em baterias) para apostar certamente no desenvolvimento e construção de reatores de fusão à base de hidrogênio, como os ingleses já procuram fazer.

Como a vida social e política costuma andar atrelada à económica, tudo dá a entender que, no futuro, as zonas geradoras de riqueza e de conflitos passarão do Ocidente para o Oriente, como se observa na afirmação mundial da China em relação aos USA. As tempestades económicas são sempre acompanhadas por devastações sociopolíticas.

A destruição do Globo não tem que acontecer, talvez as nossas esperanças se encontram mais flutuantes nesta era muito caracterizada pela mudança e pelo receio do domínio de “dinossauros „económico-políticos.

Já não serão as políticas nacionais a determinar o desenvolvimento das regiões, mas sim grandes empresas anónimas (Google, Apple, Facebook, Amazon, Tencent, Alibaba, Visa, AT&T e outros que surgirão, chamarão a si as atenções e os interesses); estas concorrerão entre elas na tentativa de concentração de capitais e de poder ao lado do poder ideológico político na disputa comum pelo domínio das grandes massas.

A inovação tecnológica necessária, se acompanhada por uma cultura do senso comum e da honestidade, prometerá um futuro melhor e ainda mais agradável do que o de hoje. Para isso seria necessário que os valores surgidos da civilização judaico-cristã e greco-romana (baseados em relações pessoais humanas) não sejam substituídos por relações individuais baseadas no útil comercial (influência asiática).

A vida é contínua mudança e a plataforma que lhe dará consistência e sustentabilidade é a fé/esperança que nos acompanha no caminho, não nos deixando ficar sozinhos! Um povo, que não cultive a fé e a esperança, patina em si mesmo e não avança.

A esperança assemelha-se ao nadador que, para se afirmar em frente, se apoia na resistência que lhe oferece a fragilidade da própria água que o sustem.

A atitude da classe política europeia ao transpor para o povo o peso das dívidas e ao reservar para as elites o luxo descomunal, fomenta assim a chamada reação do “populismo” e dos ‘coletes amarelos’; estes são muito sensíveis à mudança axial que paira no ar e de que muitos ainda se não deram conta e por isso se limitam, por vezes, a discursos do medo do medo!

O Brexit pode ser interpretado como uma reação de medo no mesmo contexto e também um sinal da falta de coesão de uma Europa envelhecida incapaz de dar respostas de caracter orientador e de sentido para o tipo de nova sociedade que vai surgindo (O Papa Francisco poderia servir de modelo para o novo homo politicus que urge criar – as peias ideológicas impedem, porém, os políticos de reagir aos sinais do tempo. A mentalidade extremista e exclusivista de uma esquerda ativista e de extremistas da direita mais não são que a continuação do fanatismo das antigas guerras de religião só que encoberto com indumentárias de democracia e de luta em nome de algum bem desgarrado.

Pelo seu lado, o mundo do operariado do sector produtivo sente-se inseguro perante a inteligência artificial que o vai arrumando pouco a pouco. O capital que o trabalhador possuía era a energia do seu trabalho manual sublimado no Dinheiro. Atendendo à dicotomia entre economia produtiva e a economia financeira e correspondente anulação dos juros, desvaloriza-se também a energia laboral do trabalhador em benefício da energia das máquinas e do anónimo. As inovações tecnológicas já se fazem sentir também no clima dos trabalhadores e seus receios em relação ao futuro; cada vez se torna mais seu anseio serem funcionários do aparelho estatal.

Por seu lado, as elites já incluem no seu agir a instabilidade social e o incómodo social; elas vão dando um passo de cada vez, tendo assim já abdicado da História.

Embora a pobreza mundial diminua, nunca houve uma época com tão grandes desigualdades sociais como a de hoje: regentes e oligarcas permitem-se a nível de salários e de gestão da vida (energia desviada) o que não se permitiam reis em relação aos seus súbditos: hoje estamos a ser cada vez mais burilados, através também do pensamento politicamente correto, como massa súbdita e anónima na grande máquina da anonimidade económica e política, que vê o seu trabalho simplificado através do controlo total de tecnologias e cabecilhas.

Estamos a passar do século do petróleo para a era das energias renováveis… O expansionismo económico chinês em rivalidade com o americano obrigar-nos-á, pouco a pouco, a desquitarmo-nos do domínio americano e também de muitos dos valores da sociedade ocidental. A não ser que o poder asiático se torne tão forte que provoque a união dos povos do ocidente com a Rússia.

Por enquanto a sociedade ocidental encontra-se numa fase de desconstrução não só por fraqueza própria, mas pela concorrência de novos protagonistas mundiais e por interesses estratégicos da ONU, interessada em desvalorizar a influência cristã no mundo no sentido de adquirir o controlo total sobre as sociedades para ir substituindo a concepção cristã da pessoa pela de indivíduo da China (relação mais de serviço). Se olharmos para os dados estatísticos do desenvolvimento económico dos países neste século, será de esperar que depois dos anos 70 já não será relevante a problemática política e económica entre a China e os USA, mas sim entre a China e outros países asiáticos.

© António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

 

 

ELEIÇÕES NO REINO UNIDO – EU E GRÃ-BRETANHA EM DIVÓRCIO

A mais velha Democracia do Mundo optou pela sua própria Independência

António Justo

A 12.12.2019, Boris Johnson (Conservadores Britânicos) conseguiu a maioria absoluta nas eleições gerais (43,6 %)! Com grandes perdas ficaram os Trabalhistas (32,2 %) e os Liberais Democratas com 11,6 %.

O Partido Nacional Escocês (SNP) afirmou-se com 3,9 %. Nicola Sturgeon, vê nos resultados um mandato para um segundo referendo sobre a independência da Escócia, dizendo que este é  o momento dos escoceses “decidirem do seu futuro”. O SNP venceu em quase todos os círculos eleitorais.

Para a EU e para quem esperava um outro resultado, o populismo passou a explicar tudo. O que os não parece interessar são as razões do surgir do chamado populismo e correspondentes nacionalismos! Por isso a Europa cada vez está a assumir mais um rosto nacional democrático. Este é o momento dos conservadores e do Brexit.

A democracia ganhou, independentemente dos interesses económicos das partes. Numa época de grandes transformações sociais e políticas, fica atrasado quem se agarra a velhas ideias mais ou menos progressistas! Os britânicos distanciaram-se do socialismo enquanto os chamados populistas avançam.

Uma política desenfreada da EU, em favor da imigração de um islão contrário às liberdades ocidentais adquiridas, não interessa aos tecnocratas europeus, dado estarem mais interessados no petróleo e nos investimentos árabes. Trump está a fazer escola na  Grã-Bretanha. Na verdade com a vitória dos conservadores a EU e os estrangeiros perderam.

Acabou-se o cansativo jogo do ping-pong entre a EU e o RU e dentro do RU;  com Boris não há volta a dar ao Brexit que será possível até 31 de Janeiro!

Boris Johnson terá também que terminar as negociações das relações futuras com a EU até finais de 2020.

Por sua vez, a Grã-Bretanha, com o apoio de Trump, tornar-se-á numa grande concorrente da EU e os seus sinais não ficarão desapercebidos a outros países europeus. A situação da Escócia e da Irlanda do Norte serão futuros pontos de discórdia entre o RU e a EU.

Quanto ao nosso PM António Costa não será motivo para fazer alguma correcção na sua política. Ele dá a impressão de ter de andar sempre no balancé, seja dentro do partido seja nos pretendidos aliados!

Independentemente da capacidade das pessoas há que atender aos sinais dos tempos e a que a onda Europeia só chega a Portugal em tempo protelado!

Em geral, pelo que se observa na Europa, a Democracia continua a ser um grande meio de controlo das ganâncias do poder! É um facto que na democracia mais antiga do mundo a democracia pulsa, apesar de tudo!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

IMPORTAÇÃO DE CARROS USADOS

Provedor da Justiça gratuito em caso de conflito com autoridades

António Justo

Já em 2016 o Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE)” condenara Portugal, relativamente à matéria de importação de carros do Espaço Europeu. Este ano  a EU advertiu novamente Portugal para que cumpra a lei europeia.

A sobrecarga, que o Estado Português impõe a emigrantes ou a quem importa carros usados da EU, revela-se como uma exploração do próprio povo e maltrata os direitos dos portugueses no espaço económico europeu!

Pode ler sobre isto no Expesso de 27.11.2019 (link em nota 1)

Muitos portugueses não reagem e o Estado vai adiando a solução do problema. A imprensa portuguesa também só tematiza o assunto superficialmente.

Pessoas lesadas deveriam colocar a questão no Provedor de Justiça Europeia; a queixa é gratuita (2); por exemplo, no Google em Provedor de Justiça Europeia (3).

O recurso ao provedor da justiça seja ele o europeu ou o português é premiado pelo interesse da autoridade em esclarecer o assunto e na intervenção que faz.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

LARANJAS,  TORAJAS  E MANDARINAS ENVENENADAS

O insecticida clorpirifos a provocar a diminuição do cérebro

António Justo

A imprensa alemã e a EU alertam para o caso de laranjas, toranjas e mandarinas contaminados com resíduos de inseticidas.

O uso do insecticida clorpirifos torna-se num perigo para o cérebro e encontram-se resíduos dele nos referidos citrinos e no cérebro de pessoas.

Estudos mostram indicações que já a mínima quantidade de clorpirifos mudam o cérebro;  de facto, áreas importantes do córtex cerebral diminuem e os limites fixados pela  UE não são suficientes para evitar danos.

Por isso, a partir de hoje,  representantes dos Estados-Membros da EU encontram-se em Bruxelas para proibir o uso do insecticida; o problema para tal é que tem de haver unanimidade na decisão e países que exportam citrinos poderão impedir a proibição. O lóbi agrícola está a exercer pressão para que o clorpirifos não seja proibido, informa a HNA de hoje. Também outra fruta se encontra  contaminada.

Estudos independentes (não financiados pelas empresas que vendem os citrinos) provaram que mesmo a menor quantidade de clorpirifos pode causar danos cerebrais. A autoridade reguladora da UE (EPSA) apoiou, para já, a proibição do uso do clorpirifos.

Segundo estudos ,uma em três toranjas e uma em quatro toranjas bem como em laranjas estão contaminadas.

Desde 2005 o uso do clorpirifos foi permitido em partes da EU e encontra-se prolongado até 31 de Janeiro de 2020.; na Alemanha é proibido mas mesmo assim citrinos vendidos na Alemanha acusam restos de clorpirifos. Cientístas da USA já descobriram danos no cérebro de crianças no útero.

Por isso muitas pessoas, com posse,  já compram “produtos biológicos”. Quanto ao consumo dos produtos é importante verificar-se os países de onde provêm. Na Europa há países que não proibiram o uso do insecticida por razões meramente económicas. Neste caso seria necessário consultar-se, na etiqueta ajunta ao produto, a origem dele e informar-se se nesse país  está proibido o uso desse insecticida!

António da Cunha Duarte Justo

In Pegadas do Tempo