Portugal 3 – Turquia 0 na Copa da Europa em Dortmund

Portugal – ⚽⚽⚽
Turquia – 0
A selecção portuguesa proporcionou-nos ver um jogo espetacular em Dortmund. Parabéns à equipa pela esta vitória na Copa da Europa!
Deste modo Portugal ficou apurado para os Oitavos de Final do Campeonato Europeu de Futebol, ficando em primeiro lugar no grupo F!
No princípio do jogo os espectadores turcos “prendavam” o jogo da equipa portuguesa com concertos de assobios. Pouco a pouco foram perdendo o pio, ouvindo-se por fim só a claque portuguesa.
Escandaloso foi no jogo da Turquia contra a Geórgia; os adeptos do futebol turco, enquanto o hino nacional da Geórgia era tocado, assobiaram impiedosamente num concerto ensurdecedor de assobios. Em casos como este a UEFA deveria reagir.
Uma outra particularidade do jogo Portugal – Turquia foi o facto de torcedores terem invadido o campo para tirarem um selfie com Cristiano Ronaldo.

O menino turco, Berat, de 10 anos, vestia um traje de treino do clube regional de futebol KSV Hessen Kassel de que é membro e onde treina. Depois de uma boa corrida no estádio  Berat conseguiu tirar um selfie com Cristiano Ronaldo. Neste caso como o garotito era pequeno Cristiano Ronaldo deu-lhe o prémio de um abraço e de um sorriso para a foto.

O jovem turco: https://www.instagram.com/ge.globo/reel/C8hxmrmMjzE/
Portugueses em Dortmund apoiando a selecção portuguesa: https://www.tiktok.com/@espnbrasil/video/7383364779504700677
António da Cnha Duarte Justo
Pegadas do Tempo

SISTEMAS PÚBLICOS DE COMUNICAÇÃO MANIFESTAMENTE TENDENCIOSOS

 

 Informação pública na Alemanha provadamente partidária

Um estudo recente da Universidade de Mainz chega à conclusão que os formatos de informação de serviço público (TV e radiodifusão pública) “se posicionam do lado da sociedade que, para simplificar, pode ser descrito como politicamente de centro-esquerda”.  O estudo está disponível na página inicial da Universidade de Mainz.

Isto observa-se, de uma maneira geral nos países membros da União Europeia e é um dos motivos que na Alemanha proporciona um progressivo aumento de movimentos de direita apesar das campanhas oficiais contra.

Parte-se do princípio que, a nível público, se deve renunciar ao emprego da razão factual na informação porque a sua aplicação poderia promover os conservadores ou radicalismos que poriam em perigo órgãos do Estado.

A informação dos meios de comunicação são de tendência à esquerda e como a maior parte do público está formatada nesse sentido, não nota; entretanto há imensa gente que cada vez dispensa mais as informações oficiais do ritual diário. Lamentavelmente, em desabono dos media privilegiados pelo sistema, cada vez se tornam mais necessários canais de informação alternativos e redes sociais, naturalmente com o correspondente perigo do extremo oposto da possível tribalização da informação e da sociedade; os media e a política reagem apontando apenas para as deficiências deles e não se esforçam por ganhar credibilidade. Como resultado, de uma maneira geral os sistemas públicos de comunicação transferem voluntariamente a responsabilidade para as redes sociais (1).

No discurso público alemão observa-se – de maneira exemplar para os membros da União Europeia – a vontade de se querer posicionar fora do discurso da razão e do diálogo. Domina uma forma de pensar autoritária, em que um lado é o bode expiatório e o outro é aquele que faz justiça. Neste sentido, exige-se uma politização da sociedade criando nela o dever de se posicionar. O impulso social de se posicionar também vai contra a liberdade, mas até a liberdade é também ela categorizada, tornando-se a sua linha de demarcação (fronteira da verdade) a opinião própria ou a opinião do mainstream. A pobreza de espírito chega a ser tanta que até a manifestação da exigência de prudência, moderação e reflexão no discurso público chega a ser apostrofada como reação medrosa.

A desconfiança crescente em relação aos meios de comunicação social e à política deve-se também a uma política governamental errada e ao facto de também os meios de comunicação social fecharem os olhos à ideologia islâmica.

Os media devem tratar os islamistas com a mesma severidade com que tratam a AfD. O objetivo deve ser tornar visível o invisível, mesmo que isso ponha em causa a política de estrangeiros. Em todo o caso, o discurso é injusto para com os estrangeiros em geral, porque os agrupa a todos, apesar de os problemas que os estrangeiros e os alemães enfrentam diariamente serem sobretudo causados por imigrantes islâmicos, que se sentem acarinhados e tratados pelas autoridades alemãs, que não levam a sério as suas agressões.

O povo não está disposto a aceitar a ética de atitude governamental em desfavor da ética de responsabilidade para com todo o povo.

Em geral descreve-se a história dos outros. Por isso sobre estes assuntos não se escreve!…

E muitos dos jornalistas, condicionados ao seu salário e ao insuficiente tempo disponível, cedem à premissa:” Quem dá o pão dá a criação”!

Também por isso, em todos os países,  os partidos do arco do poder se defendem agressivamente  contra partidos alternativos de esquerda e de direita, porque no caso de participarem nos governos, terão direito a ter  quotas de emprego proporcional na  administração publica e em outras instituições, o que proporciona maior perspetiva e sustentabilidade, para os partidos de coligação.

Na Europa, apesar de críticas dispersas aos sistemas públicos de comunicação, o seu papel continua indiscutível. Em toda a Europa se observa porém a necessidade de maior descentralização do sistema público no sentido de se criarem mais órgãos de controlo e de representação democrática, muito embora quando se fala de povo ainda se trate de um abstrato. De facto, pelo que me foi dado observar, o comportamento dos sistemas públicos de comunicação na União Europeia, no que respeita sobretudo à informação sobre a epidemia Corona-19 e ao conflito geopolítico a desenrolar-se na Ucrânia, revelou a abdicação da sua responsabilidade de informação factual e racional crítica; de facto transformou-se em mero altifalante dos governos, da OMS e da NATO. (Na Alemanha, nesta legislatura, tem sido evidente o encosto ao governo).

Esta experiência de disciplinação e controlo popular criou mal-estar físico e psíquico crónico irreparável, no meio das populações europeias. Grande parte da crise que hoje domina a Europa deve-se ao facto de os sistemas públicos de comunicação se terem tornado incapazes de possibilitar um diálogo e uma relação entre Estado e sociedade por se terem identificado com os governos em prejuízo da sociedade civil.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

(1) SISTEMAS PÚBLICOS DE COMUNICAÇÃO NO MUNDO: https://www.intervozes.org.br/arquivos/interliv004spcmepb.pdf

CENTRO DE REFUGIADOS EM VENDAS NOVAS

Salesianos e Jesuítas em Colaboração

O Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS-Portugal) e a Província Portuguesa da Sociedade Salesiana inauguraram o centro de serviço aos refugiados em Vendas Novas, ontem 20/06/2022. O antigo colégio salesiano tornou-se no novo centro de refugiados com capacidade para 120 pessoas.

https://agencia.ecclesia.pt/…/refugiados-inauguracao…/

A maioria dos refugiados vêm do Médio Oriente e África.

Os centros de acolhimento temporário estão sobrelotados e são milhares os pedidos em fila de espera, diz a presidente do Conselho Português para os Refugiados.

“Uma em cada 69 pessoas no mundo estava deslocada em 2023. Nos últimos dois anos, Portugal recebeu mais de 120 mil refugiados, 90 mil dos quais, ucranianos”,  Informa a Renascença: https://rr.sapo.pt/especial/mundo/2024/06/20/refugiados-ha-118-milhoes-de-deslocados-e-portugal-acolheu-63-mil/383117/

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

GALILEIA NAS TREVAS DA NOITE

GALILEIA NAS TREVAS DA NOITE

 

Galileia nas trevas da noite cerrada,

Louca relva cobre o chão, desventurada.

Entre a Judeia e a Samaria, em pranto,

“Deuses” desentendem-se, mascarados de encanto.

 

Na dança da Galileia e Samaria,

Sacrificam-se humanos por miragens de utopia.

A vida se junta aos mortos, em destino cruel,

Figueira sem fruto, maldita a granel.

 

Palmeiras incendiadas, sombras enganadoras,

Narrativas de pó e escombros, clamores.

Justiça contida pela voz dos canhões,

Judeia espera o filho do homem em visões.

 

Montado numa burra, vem chorar,

Filhas de Samaria e Judeia a consolar.

No asfalto negro, o sangue se mistura,

Israel, Judá, Canaã, a eterna ruptura.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

“Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor.”

(Jeremias 17:7)

Rascunho:

GALILEIA NAS TREVAS DA NOITE CERRADA

A loucura relva o chão

Entre a Judeia e a Samaria

Os deuses desentenderam-se

Mascarados na dança da galileia Samaria

Se sacrificamos humanos

Por miragens do deserto – a vida se junta aos mortos

A figueira sem fruto maldita

E agora as palmeiras incendiadas

À sombra de narrativas enganadoras

Do pó dos escombros surgem clamores

De justiça contida pela voz dos canhões

Judeia à espera do filho do homem

Montado numa burra vem chorar

as filhas de Samaria e da Judeia

No asfalto negro se junta o vermelho do sangue

Reino de Israel e Judá e o de Canaã (Palestina),

António da Cunha Duarte Justo

“Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor.”

(Jeremias 17:7)

A DANÇA GEOPOLÍTICA

AO RÍTMO DE INTRIGAS E LUTAS POLÍTICAS

 

Na velha Europa, o coração sangra gravemente,

Ronda a dança bélica que nega a paz urgente.

Jonny, o industrial rico, orgulhoso e frio,

E Joe, sua mulher, loira, de gesto macio.

 

Putinof, senhor das terras, velho e severo,

Seu jovem mordomo, Urcrinof, ardente e sincero.

A vizinhança outrora amigável, agora envenenada,

De inveja nos corações e d’alma dilacerada.

 

Joe, solitária na distância do marido ausente,

Encontra calor nos braços de Urcrinof ardente.

Enquanto Jonny se apressa em negócios sem fim,

Joe derrete em desejos de ternura e cetim.

 

Urcrinof acaricia os cavalos com carinho,

Até os gatos o seguem, em fila, no caminho.

Joe vê-o e de coração, ciumento e amarelo,

Encontra abrigo e alegria no jovem tão belo.

 

O desejo floresce, uma luxúria proibida,

Mas nos serviçais só há frustração contida.

Jonny, ao saber do caso, em fúria encontra razão,

Para despojar Putinof, consumido pela traição.

 

Com amigos e poder, busca vingar a desonra,

Planeja apoderar-se do que Putinof tanto ampara.

A Europa, outrora forte, agora é presa da ganância,

A guerra começa, perde-se a humanidade e a infância.

 

O sangue corre em cidades e aldeias sem cor,

Soldados, mulheres, crianças, ondulam na dor.

A paisagem destruída, terra queimada no chão,

Restam almas de pessoas, em eterna aflição.

 

A Europa, perdida nas chamas de ganância sem fim,

Nenhum resgate à vista, nenhum alívio, enfim.

Talvez surja, escondido nas profundezas da terra,

Um feto, um ventre diáfano, esperança que se encerra.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

 

RASCUNHO:
A DANÇA GEOPOLÍTICA

AO RÍTMO DE INTRIGAS E LUTAS POLÍTICAS

 

Na velha Europa, o coração sangra gravemente,

Gira a dança bélica que nega a paz.

Jonny, o industrial rico, orgulhoso e frio,

E Joe, a sua mulher, loira, de gesto suave.

 

Putinof, o proprietário de terras, rico e velho,

O seu jovem mordomo, Urcrinof, leal e ardente

A vizinhança outrora amigável, agora envenenada,

A inveja nos seus corações, que lhes parte a alma.

 

Joe, solitária e vazia na distância do marido,

Encontrou calor e mais nos braços de Urcrinof.

Enquanto Jonny se apressa em viagens de negócios,

Joe derrete em desejos de ternura.

 

Urcrinof acaricia os cavalos, com calor e carinho,

Até os gatos o seguem em fila devota.

Joe vê-o e o seu coração, pálido de ciúme,

encontra abrigo e alegria junto de Urcrinof.

 

O seu desejo floresce, uma luxúria proibida,

Mas nos serviçais só sentem frustração. (o próprio desengano)

Jonny, que fica a saber do caso,

vê nisso uma razão para despojar Putinof.

 

Com amigos e poder para vingar a desonra,

ele planeia apoderar-se do haver de Putinof.

A Europa, outrora forte, está agora dividida pela ganância,

A guerra começou, a humanidade perdeu.

 

O sangue corre nas cidades e aldeias,

Soldados, mulheres, crianças, na morte repousam.

A paisagem destruída, a terra queimada permanece,

Restam almas de pessoas, transidas de dor.

 

A Europa, perdida, nas chamas da ganância,

Nenhum resgate à vista, nenhuma fuga daqui.

Mas talvez, escondido nas profundezas da terra,

Um feto, um ventre diáfano, uma esperança para o amanhã.

 

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo