POR SER CLARO E AJUDAR A ENTENDER O QUE ESTÁ EM JOGO NOS EUA E SEM O RECURSO À DEMONIZAÇÃO DE PESSOAS
COLOCO AQUI
A ANÁLISE POLÍTICA DO ESPECIALISTA Doutor Miguel Mattos Chaves relativa às
“Eleições nos EUA – acerca de Donald J Trump
45º Presidente dos Estados Unidos da América
Candidato a ser o 47º Presidente dos EUA.
Há duas maneiras de analisar um País e um Presidente, ou um Candidato a futuro Presidente do mesmo:
a. A 1ª e a mais correcta, em termos técnicos, é analisar como se fosse um cidadão desse país, neste caso, como se fosse americano;
b. A 2ª é analisar como cidadão de outro país.
A minha técnica de análise, que sempre tenho seguido, leva-me à adopção do primeiro método. Isto é partir do ponto de partida de:
– “Se eu fosse Americano, (neste caso) como julgaria o candidato!”
Depois de ter assistido em directo (e sem os “filtros” das Tv’s portuguesas) à Convenção do Partido Republicano em Milwaukee – Wisconsin, através da Fox News (Partido Republicano) e da Cnn americana (Partido Democrata);
Depois de ter relido o Programa do Candidato quando foi candidato em 2015 a 45º Presidente dos EUA;
Depois de ler o Programa que se propõe executar se for eleito em Novembro deste ano como 47º Presidente dos EUA;
Tenho a dizer o seguinte:
NA POLÍTICA INTERNA – Em síntese
1º É a favor dos americanos primeiro, isto é, para ele, eles estão primeiro é para eles que quer governar e a quem quer defender; preocupa-se com as pessoas, não finge, preocupa-se mesmo;
2º Defende a Vida como Valor Supremo, em consequência:
a. Rejeita o Aborto, excepto se: 1. – houver perigo de vida para a Mãe, 2º. – se houver malformação grave do feto, devidamente e médicamente comprovado, e 3º. – se a gravidez resultar de violação violenta e criminosa da mãe;
b. Rejeita a Eutanásia;
3º É a favor da Família natural, nascida do casamento civil, ou religioso qualquer que seja a religião, entre homem e mulher, ou da união entre homem e mulher, mas rejeita a denominação de “casamento” a uma união civil entre homossexuais; nada o move contra os homossexuais. Cada pessoa em liberdade escolhe a sua tendência sexual;
4º Mas é contra a imposição e doutrinação forçada das crianças nas escolas, para as inclinar na crença da “Ideologia de Género”. A Educação pertence exclusivamente à Família. A Instrução cabe à escola. Não cabe à escola “doutrinar” as crianças. Cabe sim à escola ensinar e dar os instrumentos do saber, saber e saber fazer;
5º É contra a Imigração Ilegal, indocumentada, sem autorização, a qual provoca disrupções graves na sociedade; durante o seu 1º mandato diminuiu a imigração; continuou a obra dos seus antecessores de construir o muro entre o México e os EUA. Quando tomou posse em 2016 já havia cerca 1.000 kms construídos, construção essa que começou a partir de 1994. Construiu mais 365 kms. E quer continuar essa obra para impedir mais imigração clandestina.
6º Segundo as suas palavras “(…) se querem vir para os Estados Unidos venham, mas venham legalmente cumprindo as leis deste país (…)”.
7º Quer voltar a dar força e prestígio às forças de segurança do país, para que os americanos vivam em segurança e no respeito pela lei;
8º Quer prestigiar e defender uma vida condigna para os Veteranos que serviram nas Forças Armadas dos EUA; quer prestigiar todos quantos prestam serviço nas Forças Armadas;
9º Baixou os Impostos sobre o Trabalho (de 25% para 17% em média) e sobre as empresas; quer fazê-lo novamente, pois a liberdade das pessoas vem de poderem ter uma melhor vida e poderem escolher livremente onde gastam os proveitos do seu trabalho; e a liberdade de criação de empresas e consequente emprego advém de não terem um Estado a dificultar-lhes a vida e sobrecarrega-las com impostos.
10º Quer voltar a dar a independência energética aos EUA;
11º Quer as famílias americanas a poderem escolher livremente a escola onde põem os seus filhos;
12º Cumpriu enquanto Presidente todas as Promessas que fez na Campanha Eleitoral de 2015, excepto a da reconstrução de auto-estradas dos anos de 1950, de pontes, aeroportos e hospitais, por falta de mão-de-obra e de tempo de mandato e com isso criar mais riqueza e emprego para os americanos.
NA POLÌTICA INTERNACIONAL
(A). – NATO
1º Quer que os Governos dos Países Europeus cumpram a sua quota parte de contribuição financeira para o Orçamento da NATO; não quer os EUA a pagar tudo. Quer os Estados Europeus a pagarem a sua quota parte, ou seja, mais do que têm pago pela Defesa Colectiva do Ocidente.
2º Quer, e desde Eisenhower que todos os Presidentes o querem, que os Países Europeus tenham Forças Armadas e um Indústria de Defesa forte para se defenderem;
3º É contra o facto de os europeus estarem a viver à custa dos EUA em matéria de Defesa;
4º Quer libertar Parte dos milhares de milhões de dólares que gasta na defesa da Europa, para os aplicar na Economia Americana em proveito dos Americanos, e para fazer face à real ameaça – a China.
(B). – DEFESA e SEGURANÇA
1º Fez no seu anterior mandato o primeiro Acordo entre Israel e vários países Árabes da região, para manter a Paz; durante o seu mandato não houve conflitos armados na zona;
2º Manteve em respeito o líder da Coreia do Norte. Durante o seu mandato, depois das reuniões que teve com o mesmo, nunca mais houve um disparo de Misseis por parte da Coreia do Norte. Isto durou até à sua saída de Presidente;
3º Quer acabar com o conflito gerado pelo bárbaro ataque do Hamas a Israel;
4º Quer acabar com o patrocínio da guerra na Ucrânia, pondo a Rússia e a Ucrânia na mesa das negociações para negociarem os termos da Paz e acabar com o conflito.
Quer os Estados Europeus a assumirem as suas responsabilidades nesse processo.
5º No seu mandato como 45º Presidente (2016-2020) avisou os líderes dos vários países que os EUA não tolerariam conflitos armados, com um discurso rude e forte.
Conseguiu-o! Nenhum conflito armado internacional teve início no seu mandato.
6º Quer a Paz.
7º O Adversário dos EUA é a China que, ao mesmo tempo, é o inimigo comum do Ocidente; avisou de forma rude e à bruta que não tolerará quaisquer tentativas de avanços militares desse país na cena internacional.
8º Durante o seu anterior mandato queria puxar a Rússia para o lado da Europa e dos EUA e evitar que a mesma se viesse a aliar à China;
9º Quer restaurar a força e o prestígio internacional dos EUA. Não se preocupa que os outros governantes ocidentais gostem dele ou não, quer respeito pelo seu País!
ECONOMIA INTERNACIONAL
1º É contra a “globalização” selvagem a que assistimos com prejuízo dos cidadãos europeus e americanos e que só aproveita a alguns;
2º Quer que a Indústria, que se estabeleceu na China no auge da “moda” da globalização e noutros Países Asiáticos, regresse aos Estados Unidos para dar Emprego aos Americanos e assim aumentar e enriquecer a Classe Média e diminuir o número de pobres americanos;
Muito mais poderia descrever, mas seria muito longo.
CONCLUSÃO
Os dirigentes políticos europeus estão muito “incomodados” porque:
1º – Ele tem um discurso claro, rude e bruto (como bom americano médio que é) que contraria a vontade destes de continuarem a viver à custa do contribuinte Americano.
2º – Porque defende os Americanos em primeiro lugar e só depois vem o desígnio de ajudar os países europeus. Mas ele é eleito por americanos e não pelos europeus. Ou não?
3º – Põe a nu de forma desabrida e rude, mas honesta, a incompetência e a negligência de boa parte dos dirigentes europeus e a degradação dos Valores Perenes da Humanidade e da Civilização Judaico-Cristã.
4º – O seu lema: “In God we trust” (Em Deus confiamos) incomoda muita gente, sobretudo os Ateus e Agnósticos.
5º – O seu objectivo: “Make America Great Again” (Tornar a América grande outra vez) ainda incomoda muito mais, sobretudo os internacionalistas da esquerda.
Ora o seu Programa posto em prática no seu primeiro mandato, e que prosseguirá no seu segundo mandato, se for eleito, Não é do agrado:
– Dos Liberais dos Costumes,
– Da Esquerda Caviar,
– Da Direita Envergonhada.
Paciência. É a vida!
Tudo tentaram para o destruir! Não conseguiram, pois tem um carácter indomável e Acredita profundamente naquilo que defende e no seu País.
TERMINO:
Não sou americano, MAS se fosse,
– Votava sem qualquer dúvida em Donald J. Trump, para um novo mandato como 47º Presidente dos EUA.
– Como Português, é a minha esperança na recuperação dos Valores da Civilização Ocidental que estão a ser destruídos, de há uns anos a esta parte.
Miguel Mattos Chaves
Doutorado em Estudos Europeus pela Universidade Católica
Auditor de Defesa Nacional (CDN 2002)
Quadro Superior de Empresas
Conservador de Direita, sem filiação em nenhum Partido.”
Pessoalmente gostei muito do texto porque, no que me é dado observar, os massmedia da União Europeia não têm estado interessados numa discussão objectiva a nível de conteúdo sobre Trump ao contrário do que é feito no artigo (nem nos conteúdos do partido democrata), pois têm interesse em dedicar-se à demonização da pessoa de Trump (tal como fazem com outros políticos que não sigam os seus interesses) porque falar da pessoa em vez de falar do programa, embora assuma um caracter baixo, impressiona mais o povo que se deixa orientar mais pelo sentimento transmitido do que pelo programa (o povo em geral não tem tempo para ler os programas dos partidos). É verdade que Trump usa um discurso público rude, mais claro e como tal bastante longe de um falar eufemista e ambíguo mais próprio da burguesia e do socialismo. Também é verdade que Trump usa um discurso público emocional dirigido às populações. Mas este é o recurso público de que fazem uso os imbuídos no poder quer a nível de interesses e concorrentes políticos quer dos media. Com Kamala Harris como concorrente certamente que o discurso para as populações mudará bastante e talvez se dê mais a nível de conteúdos programáticos.
O que está em jogo são as posições de Trump (republicanos) que são contra a globalização nas mãos de uma elite global que condiciona as políticas das nações cada vez mais dependentes de agendas internacionais e é contra a desmontagem da classe média em benefício dos globalistas e defende o humanismo judaico-cristão da civilização ocidental e o regionalismo.
O que importa reter é que os políticos agem com base em cálculos políticos de curto prazo e no mundo ocidental encontram-se duas mundivisões em luta escondidas sob programas encimados por pessoas.
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo
Perfeito!!!! E os crimes de que é acusado? Não fazem parte do carácter, idoneidade, verticalidade duma pessoa? Sem pôr em causa a análise política aqui publicada, e para melhor entender o candidato à presidência dos EUA, seria útil que circulasse uma análise sobre a sua personalidade, no seu todo.
Mafalda Freitas Pereira, no que me é dado observar, os massmedia da União Europeia não têm estado interessados numa discussão objectiva a nível de conteúdo sobre Trump ao contrário do que é feito no artigo (nem nos conteúdos do partido democrata), pois têm interesse em dedicar-se à demonização da pessoa de Trump (tal como fazem com outros políticos que não sigam os seus interesses) porque falar da pessoa em vez de falar do programa, embora assuma um caracter baixo, impressiona mais o povo que se deixa orientar mais pelo sentimento transmitido do que pelo programa (o povo em geral não tem tempo para ler os programas dos partidos). É verdade que Trump usa um discurso público rude, mais claro e como tal bastante longe de um falar eufemista e ambíguo mais próprio da burguesia e do socialismo. Também é verdade que Trump usa um discurso público emocional dirigido às populações. Mas este é o recurso público de que fazem uso os imbuídos no poder quer a nível de interesses e concorrentes políticos quer dos media. Com Kamala Harris como concorrente certamente que o discurso para as populações mudará bastante e talvez se dê mais a nível de conteúdos programáticos.
O que está em jogo são as posições de Trump (republicanos) que são contra a globalização nas mãos de uma elite global que condiciona as políticas das nações cada vez mais dependentes de agendas internacionais e é contra a desmontagem da classe média em benefício dos globalistas e defende o humanismo judaico-cristão da civilização ocidental e o regionalismo.
O que importa reter é que os políticos agem com base em cálculos políticos de curto prazo e no mundo ocidental encontram-se duas mundivisões em luta escondidas sob programas encimados por pessoas.
António Cunha Duarte Justo, muito obrigada pelo seu esclarecedor comentário.
Penso que uma grande maioria do povo lê ou pelo menos tem noção dos conteúdos programáticos dos partidos. Independentemente dos discursos mais ou menos inflamados de uns e de outros, que podem efectivamente influenciar estes ou aqueles, há um factor comum a todos os políticos e na política.
É que para atingirem os objectivos, sejam eles quais forem, atiram para segundo plano os valores essenciais para uma boa governação dos países visando o bem-estar do povo e complexificando a vida do planeta.
Os cidadãos sabem que é difícil governar, mas não ignoram que o poder consente incoerências gritantes e perigosas.
Só um aparte: vamos assistindo a tudo isto com curiosidade, perplexidade e alguma desesperança.