REMESSAS DOS EMIGRANTES FORAM O MAIOR PROGRAMA DE FOMENTO DA ECONOMIA PORTUGUESA

Disto não se fala!

Segundo os dados do Banco de Portugal os portugueses emigrantes, só a nível de remessas, contribuíram, desde o 25 de Abril com 217 mil milhões de euros para a economia nacional.

Este contributo é, como diz Pedro Rupio maior do que o contributo dos fundos comunitários (130 mil milhões de euros) desde a adesão à Comunidade Económica Europeia até ao ano de 2018.

Mas disto não é conveniente que os Media  falem e não se fala!…

Sem este contributo dos emigrantes os políticos portugueses teriam grandes problemas e os portugueses também!

A vida que nos leva não nos deixa levar nada dela!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

O PARLAMENTO DA UE TRANSFORMADO EM CIRCO ITINERANTE?

110 milhões de euros mensais “para o gato”

O Parlamento Europeu reúne-se regularmente em Bruxelas, mas por interesses políticos e simbólicos, todos os meses se reúne durante quatro dias em Estrasburgo (a 400 Kms de Bruxelas).

O Tribunal de Contas Europeu refere que tal luxo de  deslocação custa à União Europeia 110 milhões de euros por mês. Nessa deslocação mensal estão envolvidas 4.500 pessoas (705 deputados acompanhados dos seus assistentes, pessoal dos grupos políticos e outros empregados). Além dos gastos mensais de 110 milhões há que ter em conta o impacto de clima e do ambiente.

A imprensa alemã  relata, criticamente, que, apesar da pandemia, o parlamento se reunirá lá em Setembro para votar o orçamento de 2021-2027 e o Fundo de Reconstrução.

Nessa sessão parlamentar, naturalmente, (para não dizer cinicamente!) os deputados  queixar-se-ão  da insuficiência orçamental para a protecção do clima e do ambiente.

Os interesses franceses persistem no direito da reunião mensal por 4 dias em território francês, argumentando que a sede do parlamento, de acordo com os tratados, é Estrasburgo.

Por outro lado, ao centralizarem-se todos os serviços da União Europeia na Bélgica, está um só país da União Europeia a ser beneficiado económica e socialmente!

Os interesses legitimam tudo, mesmo que a razão tenha de passar a nadar em águas geladas!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

 

NO REINO DA CONFUSÃO

ISTO DÁ QUE PENSAR E PODE LEVAR A EVITAR EXTREMISMOS

Coloco aqui o seguinte texto que acho típico da esquizofrenia social do Zeitgeist (opensar politicamente correcto = crença política oportuna!)

“Vivemos em uma época onde querem que os padres se casem e que os casados se divorciem.
Querem que os heterossexuais tenham relações sem compromisso, mas que os gays se casem na igreja.
Que as mulheres se vistam como homens e assumam papéis masculinos e que os homens se transformem em “frágeis” como mulheres.
Uma criança com apenas cinco ou seis anos de vida tem o direito de decidir se será homem ou mulher para o resto da sua vida, mas um menor de dezoito anos não pode responder pelos seus crimes.
Não há vagas para os pacientes nos hospitais, mas há incentivos e patrocínio para quem quer fazer mudança de sexo.
Há um acompanhamento psicológico gratuito para quem deseja deixar a heterossexualidade e viver a homossexualidade, mas não há nenhum apoio deste mesmo para quem deseja sair da homossexualidade e viver a sua heterossexualidade e se tentam fazê-lo, é um crime.
Ser a favor da família e da religião é ditadura, mas urinar sobre os crucifixos é liberdade de expressão.” Escrito pelo padre católico Gabriel Vila Verde, atualmente no Brasil.

Este é um bom exemplo da atitude conseguida pelo pensamento politicamente correcto.

Na Idade Média tínhamos os sacerdotes na Igreja que uma vez por semana tentavam modelar as consciências do povo; hoje temos diariamente as TVs a indoutrinar-nos com o pensamento politicamente correcto, moldado já não pela religião mas pela política da ideologia marxista internacionalista aliada ao capitalismo globalista.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

A CIMEIRA ESPECIAL DA UNIÃO EUROPEIA SÓ PRODUZIU VENCEDORES

Europa entre nacionalismo económico e internacionalismo de valores

António Justo

A Cimeira da EU (27 Chefes de Estado e do Governo) aprovou o pacote orçamental e o pacote Fundo de Recuperação que atingem uma soma de 1,8 triliões de euros. O Parlamento europeu parou por agora o pacote orçamental com o objetivo de obter mais dinheiro para a proteção do clima, saúde e estudantes.

Da imprensa alemã trespassa, em geral, um ar de alívio e de contentamento pelo acordo atingido na Cimeira.

Os 1,82 triliões de euros distribuem-se por dois pacotes: o Fundo de Recuperação (uma espécie de “Marshall plan”) que está limitado até 2023 e compreende 750 mil milhões, dos quais 390 mil milhões são concedidos sob a forma de subvenções e 360 mil milhões sob a forma de empréstimos. 70% do Fundo de Recuperação está reservado para 2021 e 2022 e o restante para 2023. Os países devem candidatar-se (propor) a projetos para a agricultura, clima, assuntos sociais e infraestruturas, que a comissão examinará num prazo de 3 meses.

O segundo pacote diz respeito ao orçamento da UE até 2027, que ascende a 1027 mil milhões de euros. Deste surgirão ainda disputas para novas cedências! No parlamento europeu haverá margem para os deputados se dedicarem ao debate ideológico de valores (com a Polónia e a Hungria).

A Grande novidade: Pela primeira vez na história da EU a Comissão da UE foi autorizada a contrair empréstimos em nome de todos os 27 estados membros, o que significa uma cedência a uma União das Dívidas, aquilo que os países do Norte não querem.  A Comissão Europeia pode comprar nos mercados financeiros Obrigações que aí se encontram para venda. Os programas de ajuda são financiados por uma nova dívida dos governos. O reembolso das dívidas deve começar antes de 2027 e decorrer até 2058. Para o orçamento da EU não ser sobrecarregado são criadas novas fontes de rendimentos para a EU. A Cimeira decidiu introduzir um imposto digital (sobre empresas digitais) e um imposto sobre o plástico e por cada tonelada de resíduos plásticos que não seja reciclada, o Estado em causa deverá pagar 800 euros a Bruxelas. Querem também alargar o comércio de emissões ao transporte aéreo e marítimo e reativar um imposto sobre transações financeiras.

O mais importante são os 750 mil milhões de euros que irão ajudar a recuperar especialmente os Estados do Sul da Europa em dificuldades.

Com o Fundo de Recuperação, foi quebrado um tabu criando-se assim o precedente para as transferências de fundos e para a comunitarização das dívidas dos Estados. O reembolso das dívidas do Fundo Corona irá dar muitas voltas e conduzirá um dia à criação de um imposto comum da UE que se prepara assim, passo a passo, para a integração das economias nacionais e uma união fiscal. Surgirão esforços no sentido de tais impostos fluírem diretamente para o orçamento de Bruxelas e assim tornar a UE menos dependente das taxas nacionais de adesão. O poder central ganha independência à medida que controla a economia e a ideologia (correspondentes valores).

Depois do Euro, este é o segundo passo importante para uma união fiscal e para possibilitar integração económica (centralização das economias) dos membros da EU. O problema que os Estados mais fortes ainda têm é não terem conseguido até agora acabar com a prática da necessidade de unanimidade dos Estados membros, no caso de decisões importantes que obriguem todos os membros. A abolição da regra da unanimidade entre os membros constitui o nó górdio que os países fortes querem desfazer! O pobre necessitado não se coloca o problema da soberania! Quando nele o estômago produz rumores todo o organismo se cala!

Apesar do desfalque causado pelo Brexit, conseguiu-se criar um instrumento europeu de apoio temporário para regular os riscos de desemprego a nível regional.

Um outo Novum que surgiu desta cimeira, em consequência do Brexit,  foi a criação de um novo centro de poder formado em torno dos “países poupadores” (Países Baixos, Dinamarca, Suécia, Finlândia e Áustria). O Norte rico que se considera a formiga “frugal” da EU não confia no Sul, qualificando-o de cigarra gastadora. Os cinco questionaram as subvenções que não devem ser usadas para financiar défices orçamentais conseguindo também mais controlo e um desconto nas suas contribuições orçamentais em troca da sua aprovação dos subsídios corona. (O cinismo de Mark Rutte dos Países Baixos, um dos grandes exportadores para a EU, está em conseguir, um desconto de 1,92 mil milhões de euros por ano no seu contributo para a UE (1).

Desta vez não temos troika, mas teremos controlo fiscal certamente mais eficiente no sentido do centralismo! O grupo dos poupados assume a velha posição de Schäuble numa constelação europeia diferente (já sem o Reino Unido, mas com muito nacionalismo). Atualmente a UE vai navegando nas águas de nacionalismos económicos contra nacionalismos de valores.

A soberania deixa aqui de existir, ou melhor, ficará sempre do lado da força económica! O facto é que foi dado mais um passo que revela a intenção de se transformar a EU numa potência mundialmente relevante ao lado dos EUA, China e Rússia.

António da Cunha Duarte Justo

“Pegadas do Tempo”

CIMEIRA DA UNIÃO EUROPEIA EM APUROS

Poupadores contra Gastadores?

Em nome da verdade o problema é o dinheiro. As hostes formaram-se em torno dos países que mais têm de pagar para o fundo de reconstrução (pandemia) e dos que mais receberão apoio especial do fundo , previsto num total de 700 mil milhões de euros para empréstimos e subvenções.


Para mais complicar a complicada União europeia, criou-se na cimeira um novo centro de poder formado em torno dos “países poupadores”: Países Baixos, Dinamarca, Suécia, Finlândia e Áustria que questionam as subvenções e travam os planos da Alemanha e da Franca exigindo também mais controlo.


Os países que teriam de alimentar o fundo de subvenções são a Finlândia com 7,7 mil milhões de euros, Dinamarca com 12,2 mil milhões, Áustria com 14 mil milhões, Suécia com 16,6 mil milhões, Países Baixos com 31 mil milhões, França com 52,3 mil milhões e a Alemanha com 133,3 mil milhões de euros.


Os principais países recebedores seriam (de acordo com a mesma tabela da EU ): a Espanha esperaria 82,2 mil milhões, Itália 56,7 mil milhões, Polónia 36, Grécia 33,4, Hungria 7,3 mil milhões. As noitadas da Cimeira prolongam-se e agora que Bruxelas também quer interferir nas questões internas de Direito de Estado, as coisas parecem complicar-se ainda mais.

António da Cunha Duarte Justo