MORTO O CRÍTICO DO KREMEL, ALEXEI NAVALNY

O crítico de Kremel, Alexei Navalny, depois de envenenado e mais tarde preso morreu sob custódia na Sibéria e atendendo aos media morreu de maneira criminosa!
Parece haver aqui um acto bárbaro e baixo motivado por interesses pessoais. No caso não pode haver sequer desculpa de razões de Estado para justificar tal acção criminosa do regime. Em última análise, Vladimir Putin terá de assumir a responsabilidade na história.
A dignidade humana não conta e o sistema político cada vez se torna mais duro.
Os EUA têm de entrar em conversações com Moscovo doutro modo também a Europa será sacrificada. As sanções ocidentais contra a Rússia tiveram o seu efeito desastroso no Ocidente. O que se precisa são negociações, caso contrário continuarão a morrer pessoas de ambos os lados e os membros da NATO são corresponsáveis. A Rússia tem a bomba atómica e contra a força a resistência sem perspectiva é mortal! Será que os países membros da NATO querem uma guerra sem fim e por isso desactivaram o corpo diplomático? So a diplomacia poderá acalmar a Rússia e travar a decadência russa e europeia.

António CD Justo
Pegadas do Tempo
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António da Cunha Duarte Justo

Actividades jornalísticas em foque: análise social, ética, política e religiosa

11 comentários em “MORTO O CRÍTICO DO KREMEL, ALEXEI NAVALNY”

  1. Não.. não é só isso. A Rússia desde sempre soube viver só. Desde os czares passando pela revolução soviética até putin foi sempre uma carneficina. Não mudou nada. O que muda é o ocidente olhar para o maior território do mundo e aguçar os dentes para tomar conta das riquezas desse território que com as alterações climáticas vai sem dúvida nenhuma ser um dos sítios mais apetecíveis do mundo… é por isso que a Ucrânia está em guerra.

  2. Vítor Lopes , para quem souber alemão e estiver interessado na conferência mais objectiva e competente que ouvi sobre a geopolítica e também sobre a estrategia dos EUA em incompatibilizar a união de estados europeus (Alemanha) com a Rússia porque seriam um perigo para a posição dos Estados Unidos no mundo e os EUA estão interessados em centrar as suas forças na Ásia contra a China e obrigar a Europa a ser seu aliado (De atender também é que o conferentista é porém um homem da NATO). Na Conferência de Segurança de Munique (MSC), o antigo Inspector Geral da Bundeswehr e Presidente do Comité Militar da NATO, Harald Kujat, proferiu uma palestra muito concorrida sobre o tema: “A Guerra Ucraniana, a rivalidade de as grandes potências e a auto-afirmação da Europa”. Na sua palestra, além de uma análise abrangente da actual situação militar na guerra da Ucrânia, Kujat dedicou-se a possíveis soluções, olhou para além do horizonte ocidental-transatlântico e também analisou a actual mudança em direcção a uma ordem mundial multipolar, bem como a actual incapacidade das elites europeias de se adaptarem a esta mudança. O Link: https://www.youtube.com/watch?v=L6dbonhYkDE

  3. Mas é isso que não percebo: a Europa não precisa da ingerência dos EUA .. aliás os EUA deviam ficar isolados ao seu território.

  4. Vítor Lopes , a Europa com as duas grande guerras passou a depender totalmente dos EUA. No Ocidente, processou-se então a tranferência do poder das nações colonialistas europeias para os EUA. Com a guera fria os EUA transformaram-se nos maiores defensores da Europa ocidental instalando as suas bases atómicas na Alemanha e noutros países. Uma Europa sem poder nem vontade de querer poder porque era mais fácil viver encostada aos EUA mesmo com o preço de renunciar à defesa de interesses europeus nota agora, que os EUA tendo uma outra estratégia geopolítica virada para o pacífico confia na Europa como seu melhor guarda-costas na ofensiva contra a Rússia. Deste modo no meu entender os EUA asseguram a integridade do seu tertritório porque no caso de um conflito atómico quem será detruída será a Europa. Trump sob o ponto de vista nacionalista é inteligente porque sabe que se a Europa se quizer tornar independente terá de comprar as bases atómicas aos americanos!

  5. Ricardo Nuno Costa , sim houve um jogo de empurra para diferentes laboratórios! Naturalmente o caso Navalny é muito intrincado atendendo à utilização de uma pessoa para fins de propaganda. Em casos assim abstenho-me de fazer uma avaliação definitiva, para não não me identificar com intrigas políticas.

  6. António Cunha Duarte Justo, aquilo que lhe queria dizer é que o facto de o terem mandado para Berlim (porquê Berlim?, ele é alemão?), teve o único propósito de ajudar a romper as frutíferas relações entra a Rússia e a Alemanha. Aquilo que estamos agora a ver é em grande parte fruto daquela movimentação. Mas obviamente só uma ínfima fasquia dos alemães entendeu o enredo.

  7. Ricardo Nuno Costa , as populações alemãs e europeias em geral ainda não entenderam que a guerra na Ucrânia é uma guerra substitutra e se trata de uma guerra geoestratégica e a intenção de fundo é enfraquecer a Europa. Também falei disso jnum dos últimos artigos e já em 2014 tinha desmascarado isso num artigo. Em maio 2014 escrevi o artigo que foi publicado em vários media:
    UCRÂNIA ENTRE IMPERIALISMO RUSSO E OCIDENTAL
    A Ucrânia, tal comos a região das Balcãs, na primeira grande guerra mundial, dá ocasião ao surgir de uma nova configuração política das potências determinadoras do futuro no séc. XXI.
    A Rússia, ao ser contrariada pelos interesses da EU/NATO na Ucrânia, demostra ostensivamente a sua reivindicação ao direito de ser reconhecida como potência mundial; para tal vira-se para a China e para a América Latina em oposição à política dos países da NATO. Utiliza uma estratégia própria na combinação oportuna de “ vendas de armas, instalações militares e grandes projetos econômicos, de infra-estrutura e de energia”.

    Uma Alemanha interessada em acordos de comércio com o leste, uma EU interessada num acordo de associação, e uma federação russa amedrontada, não são indícios de bons resultados para a Ucrânia; a Rússia sente-se ameaçada economicamente pela EU, militarmente pela Nato e socialmente pelos valores ocidentais de liberdade e democracia. A UE defende os seus interesses económicos e estratégicos na Ucrânia argumentado hipocritamente de pretender a salvaguarda dos direitos humanos e de um Estado de Direito. Infelizmente não usou da diplomacia para saber antepor-se aos combates armados entre a população ucraniana nem teve em conta uma Rússia traumatizada pela queda da União Soviética. A Rússia tem os mesmos interesses na Crimeia e nas zonas orientais da Ucrânia como os ingleses no Gibraltar e nas ilhas Malvinas…
    O futuro irá aproximar ainda mais a Rússia e a China até por razões de afinidade na defesa da integridade territorial e devido à sua extensão e aos povos separatistas….

  8. António Cunha Duarte Justo, tudo correcto. Por isso mesmo nunca me ouvirão replicar levianamente a ideia de que o sujeito foi “envenenado”. Até hoje não há nenhuma prova.

  9. Vítor Lopes , mesmo muito mau! Tudo fruto de irresponsabilidade política. E isto porque o poder político tem prioridade sobre o poder júrídico. Doutro modo os polítoicos também deveriam ser responsabilizados pelos actos que cometem. Como são isentos de responsbilidades, em nome da democracia que os elegeu não se preocupam com as consequências do que fazem porque ainda são cobertos por uma mentalidade da Idade Média!

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