MAIOR PARTICIPAÇÃO NAS ELEIÇÕES PROPORCIONOU UM PORTUGAL MAIS EQUILIBRADO

Montenegro condicionado a fazer Coligação com o Chega por Lealdade ao Conservadorismo e para reconhecer a Vontade soberana dos Votantes

As eleições realizadas no domingo (10/3/24) marcam um acerto à direita de Portugal, com a vitória da Aliança Democrática (AD), coligação entre o Partido Social Democrata (PSD) e o Centro Democrático Social (CDS). AD 79 deputados (29,5%), PS 77 (28,7%), Chega 48 (18,1%), IL 8 (5,1%), BE 5 (4,5%), CDU 4 (3,3%), L 4 (3,3%), PAN 1 (1,9%) e ADN 0 deputados. Os quatro deputados da emigração ainda não contabilizados não influenciarão os resultados partidários.

A consciência popular também ganhou passando a percentagem de isenção nas eleições de 48,5% em 2022 para 33,8% em 2024. A legitimação do poder tornou-se maior!

Embora Montenegro tenha negado a coligação com o Chega, em termos de poder e atendendo à votação de grande parte do povo nele, Montenegro teria de rever a sua posição, doutro modo iniciará um governo muito instável e um período ingovernável que faria lembrar o tempo da “geringonça”. Doutro modo só favoreceria a esquerda mais radical ou provocaria novas eleições em que seria castigado. O Chega ao participar no Governo moderar-se-á automaticamente, como se tem a experiência da esquerda (Verdes) na Alemanha; e quer se queira ou não as políticas nacionais são em grande parte determinadas por Bruxelas.

A Aliança Democrática (AD) venceu com o principal candidato Luís Montenegro. Mas o grande vencedor foi o partido CHEGA afirmando-se como terceira força política e o grande perdedor foi o PS, partido no poder, que ficou em segundo lugar.

Uma coisa é votar por convicção ou votar por opção estratégica. O governo PS não permitia convicção e por isso restou a opção de votar noutros; na base desta opção não foi o mero descontentamento que esteve na base dos resultados das eleições; o que motivou o povo a acorrer em maior percentagem às eleições foi sobretudo a necessidade nacional de um país mais equilibrado para não continuar a mancar só para a esquerda. Trata-se agora de defender a liberdade de todos os portugueses e não da verdade acantonada numa só via política.

Depois de tantos anos de ensino populista feito pelo Bloco de Esquerda e tolerado pela imprensa, seria hipocrisia admirarem-se do populismo do Chega! O povo revela-se como mais inteligente perante os populistas de cima como dos populistas de baixo!

Agora que o PS deixou “a casa desarrumada” é hora de a AD a arrumar. Isso, em termos políticos poderia tornar-se num golpe contra si mesma se não tiver em conta o estilo de política partidária do PS: o dilema será implementar a ideologia como fazia o socialismo ou implementar o bem de todos em Portugal com uma política económico-social-cultural equilibrada. A AD tem personalidades, entre elas Paulo Núncio e Isabel Neto que prometem boas perspectivas para o centro direita e para Portugal.

O pior que a casta política poderia fazer seria entrar numa discussão antidemocrática destrutiva-partidária e a AD e o Presidente da República se deixassem levar numa polémica de fazer coligação ou não com o Chega. Depois de tantos anos de solidariedade esperta entre partidos da esquerda, fossem eles extremistas ou não, tornar-se-ia hipócrita uma discussão de não aceitação de uma coligação da AD com o CHEGA e possivelmente IL. Tal como no passado a esquerda foi solidária entre si em defesa do poder e do progressismo socialista, a direita  tem a oportunidade de se unir para pouco a pouco ir criando uma mentalidade popular mais equilibrada e deste modo estabilizar uma plataforma social de abertura ao conservadorismo humanista em Portugal. Só uma sociedade equilibrada entre conservadorismo e progressismo poderá funcionar bem!

António CD Justo

Pegadas do Tempo

Social:
Pin Share

Social:

Publicado por

António da Cunha Duarte Justo

Actividades jornalísticas em foque: análise social, ética, política e religiosa

32 comentários em “MAIOR PARTICIPAÇÃO NAS ELEIÇÕES PROPORCIONOU UM PORTUGAL MAIS EQUILIBRADO”

  1. Dilma Moreira , a dúvida é oportuna: se houvesse uma coligação de PS e AD teríamos um governo estável mas o caracter parlamentar perderia devido à fotrtaleza do governo e certos vícios próprios dos arcos do poder seriam estabilizados. Por outro lado a AD para ter um governo com certa estabilidade precisa do Chega. No meu entender a participação do Chega no governo contribuiria para uma normalização do discurso político português que como se viu durante a propaganda para as eleições foi dominado por preconceitos e mera tentativa de assumir ao poder ou de o manter! Na Alemanha nos inícios do partido dos Verdes havia os mesmos preconceitos contra eles e desde que participaram na governação eles moderaram-se automaticamente e as pessoas viram que eles tinham razão em alguns pontos que apresentavam. De resto em política nem sempre é bom que sejam sempre os mesmos partidos a governar porque se facilita a instalação do seu pessoal na administração e em cargos decisivos do Estado de modo que tudo passa a circular nos mesmo vasos! Por outro lado Portugal tem sido ideologicamente formatado por partidos da esquerda e isso cria nela a ideia de que eles é que são os melhores e que são eles os detentores da liberdade, quando outros defenderiam outros aspectos da liberdade que eles não defendem. Precisamos, em todo o sentido de um Portugal mais tolerantes não só ad extra mas também ad intra. Para isso contribui a diversidade política. Há sempre vantagens e desvantagens e por vezes é melhor arriscar! Muito agradecido pelo contributo.

  2. Essa análise seria certamente, neste cenário, a mais ajustada. Porém, LM tem-se revelado sem sentido do outro, do bem comum e do interesse maior do país.
    Quem afirma o “não é não” e persiste nessa afirmação, sem a humildade e importância de a corrigir, revela exactamente, um carácter anti-democrático e de pessoa egoica. Assim, revela também, não ter perfil para ser primeiro ministro de um país.

  3. Manuela Silva , a inflexibilidade é sinal de se andar em atraso em relação ao desenvolvimento histórico. Em vez de os grupos colaborarem todos procurando integrar de maneira complementar os seus interesses, cada um mantem o seu travão a fundo e deste modo o carro do desenvolvimento do país anda sempre a ziguezaguear e o povo a bater com a cabeça contra as paredes da história!

  4. António Cunha Duarte Justo, a CDU da Angela Dorothea Merkel,assim como SPD governaram em coligação durante muitos anos e funcionou o Bloco Central.Em Portugal não funciona nada,pois as elites portuguesas são medíocres. Um abraço.

  5. Isaura Ferreira , é verdade se considerarmos o aspecto pessoal mas o Santo Padre é uma pessoa pública e como tal sabe que a informação pública de que estamos sobretudo dependentes tem sido tendenciosa e propagandística para que o povo apoie os interesses geopolíticos da NATO à custa de uma Europa sacrificada, por isso é muito oportuna a sua intervenção, porque a sua opinião é muito fundada e assenta em diplomatas (núncios apostólicos) que se encontram em todo o mundo!

  6. A retórica errada (do meu ponto de vista) ocidental de ser imprescindível derrotar a Rússia senão ela virá engolir-nos a todos, leva a que os europeus vão alimentando a fornalha cada vez mais ardente da Ucrânia. Até quando?

  7. Antonio Andrade , exactamente! E o maior problema, no meu entender, vem da política suicida da Europa, em relação a si mesma, dado ter entrado numa guerra de caracter geopolítico que não contempla os seus próprios interesses adquiridos e estes situam-se na Eurásia e não nos EUA (por isso deveria interessar-se por soluções diplomáticas nas mesas das conversações como o Papa sugere). Agora esgota-se numa corrida ao armamento no desejo de se tornar numa EU potência mundial esquecendo que tem ao lado a Rússia e com ela será sempre necessário construir futuro. Os interesses americanos apostam na geoestratégia militar para assegurar interesses económicos e isso é o seu negócio. Que eles façam o seu negócio é natural mas que nós europeus adiemos um futuro melhor e apoiemos os seus interesses sem pensar no nosso futuro é que é lamentável! Porém no meu métier o que mais me assusta é verificar que a informação a que somos submetidos ser orientada por objectivos propagandísticos e de manipulação. Já João no Novo Testamento, dizia no sentido teológico “No princípio era a palavra, a informação” mas isto foi transportado e assumido, à sua maneira, pelo mundo exterior da política secular que procura fazer-se “encarnar” na sua informação e expressá-la como sendo a pura verdade; deste modo manipula o cidadão movendo as águas para os moinhos dela. Por vezes chega-se a ter a impressão que o politicamente correcto, mainstream leva tudo de enxurrada deixando as árvores que se conseguem ainda manter de pé de tal maneira ocupadas em aguentarem-se que não restam forças para um empenho eficiente no bem comum.

  8. António Cunha Duarte Justo ,esta AD nada tem haver com o Dr.Francisco Sá Carneiro,assim como o PS com do Dr.Mario Soares.Actualmente aparecem políticos por essa Europa fora que procuram o bem estar com ordenado fixo.Numa entrevista a TVI,Dr.Ventura está na disposição de enviar militares da Terra de Santa Maria para combater na Ucrânia. Amigo António estamos tramados….

  9. Manuel Adaes , realmente é assim em política, cada qual risca à sua maneira! Infelizmente os políticos não se orientam pela razão nem pelo que seria melhor para o povo. Agem sempre oportunisticamente seguindo depois as ondas do povo que eles propriamente agitaram. Para mim, um partido que se declarasse pelo envio de soldados portugueses para a Ucrânia já seria uma razão para o não eleger! Creio que a Europa cada vez reina mais a maluqueira de elites egomanas e de populações que não têm outro maodo senão segui-las! No reino dos tolos, o fascínio da esperança em victórias partidárias leva ao perigo de transformar os partidos em casas de tolos inconscientes e na consequência só quem se encontrasse na rua, fora dessas casas, é que ficaria com a ilusão de não ser tolo pelo facto de se encontrar debaixo de um maior tecto. Em nome da tolerância tola viva a também a tolice!

  10. Manuela Silva, olhe que neste cenário e por vontade dos portugueses analisando os votos finais de cada partido, em segundo lugar ficou o PS portanto , a vontade dos portugueses seria(e para sermos justos e sérios) AD + PS e não coligação AD e CHEGA. Vamos ser justos.

  11. Margarita Margarida S. Santos, não estamos a falar da mesma coisa. Estamos a falar de partidos com maior proximidade de valores e sentido na sua matriz ideológica. Não confunda.

  12. Manuela Silva, cara senhora eu sei disso, mas estão a dizer o “povo quer” e o que o povo quer vê se pelos votos. Simples

  13. António Cunha Duarte Justo, essa é só mais uma prova de que há certos políticos, que se comportam como se fossem donos de tudo. Fazendo tábua rasa, do que podemos ler nos resultados dos votos.
    Nesta eleição fica claro, que a grande mensagem não é saber quem obteve mais votos, é sim, perceber que pela subida do Chega, há uma mudança de sentido que se pretende para a política …
    Irónico é, virem depois fazer grandes análises, minadas de interesses partidários, e acusações abusivas sobre quem não tem a mesma “voz única”, que reina no país.
    De todo este comportamento, podemos sim futuramente, reforçar o sentido de voto no Chega, ou então, reforçar a percentagem de abstenção, por já não se poder acreditar neste sistema.

  14. Margarita Margarida S. Santos , sim, mas anteriormente o PS declarou que não faria coligação com a AD. Mas no fim de contas impor-se-ão os interesses do poder que se expressam nos partidos, o resto será música de acompanhamento.

  15. António Cunha Duarte Justo, isso aí eu sei. Mas para sermos justos com a vontade do povo é AD+ PS …. sejamos sérios. Tb o PSD a AD não quer coligação com o CHEGA

  16. Margarita Margarida S. Santos , em questões de posiões políticas a seriedade é sempre relativa dado a vontade popular transcender a de cada partido em particular e não é a soma deles que torna a coisa certa! Importante será sempre analisar os partidos sem se identificar com eles e exercitar o espírito crítico em defesa do bem comum e do povo em geral (que por sua vez implica a soma dos interesses todos juntos. O importante é termos cada vez mais cidadãos adultos que embora defendendo os interesses do seu partido a sua lógica fica aquem da razão!

  17. António Cunha Duarte Justo, caro senhor, estamos em uma democracia, correto? Então qual a vontade do povo através dos votos? Acha que alguém tem que interferir na vontade do povo? Eu não acho isso correto, porque o melhor para o povo nem era ter tanto fdp comedor a roubar o povo, a ser deputado em um país tão pequeno. Nem os politicos terem um ordenado tão grande e nem ajudas de custo, afinal só vai para político quem quer e será eleito ou não pelo povo, portanto uma profissão como outra qualquer e não deviam ter tanta regalia e tanta trampa a servir os politicos.

  18. Margarita Margarida S. Santos , compreendi o que quer dizer mas nomeu texto só pretendi dizer que em política, a seriedade não é propriedade de ninguém (muito embora cada um se possa sentir sério) e por isso segundo o espírito democrático haverá que respeitar a vontade expressa em voto, o resto é negócio político e divisão dos interesses mas já sob a perspectiva partidária. Por razões partidárias mais viradas para os interesses do partido e para os seus melhores servidores não acho, tal como a senhora, correcto que o parlamento se transforme, por vezes, em defensor dos próprios ordenados e benesses e políticos ainda se envolvam em situações de corrupção que os beneficia ou quem lhes mete dinheiro no bolso. Pelo facto de Portugal ser tão pequeno torna-se mais fácil a um pequeno grupo tê-lo na mão porque há mais amiguinhos, familiares e camaradas todos conhecidos entre si e pelo facto com mais facilidade de corrupção porque não há gente de fora a observá-los. De resto estou em sintonia consigo sofrendo pela situação ser desesperada. Para se dar um pouco de remédio à situação seria de desejar que houvesse imensa gente séria a querer entrar na política muito embora consciente que ela corrompe se se não estiver muito atento e não tiver uma personalidade forte, doutro modo deixa-se a política mais para arrivistas. Mau é de uma política em que cada um anda à procura de ganhar o seu! Coragem Margarida! O que nos faz sofrer mais são os ideais que temos perante uma realidade nesse sentido provocante. Em questões políticas temos que manter o sangue frio, doutro modo, com as nossas posições ainda servimos o partidarismo e os que sem escrúpulos vivem demasiado bem dele.

  19. António Cunha Duarte Justo, essa é só mais uma prova de que há certos políticos, que se comportam como se fossem donos de tudo. Fazendo tábua rasa, do que podemos ler nos resultados dos votos.
    Nesta eleição fica claro, que a grande mensagem não é saber quem obteve mais votos, é sim, perceber que pela subida do Chega, há uma mudança de sentido que se pretende para a política …
    Irónico é, virem depois fazer grandes análises, minadas de interesses partidários, e acusações abusivas sobre quem não tem a mesma “voz única”, que reina no país.
    De todo este comportamento, podemos sim futuramente, reforçar o sentido de voto no Chega, ou então, reforçar a percentagem de abstenção, por já não se poder acreditar neste sistema.

  20. Manuela Silva , de facto, é do saber público que antes do 25 de abril cercas de 500 famílias portuguesas tinham Portugal na mão, isto é, eram os senhores de Portugal. Depois do 25 de abril continuou a tradição, já vinda da Idade Média, dos donos de Portugal e de um povo mais que ordeiro ordenado; só que com a revolução socialista a tradição dos coutos e dos “senhorios” passou sobretudo para os Abrilistas e seus comparsas; estes estabeleceram-se de maneira sustentável nas instituições relevantes do país e agora com alguns trocados que ofereceram ao povo conseguem iludi-lo justificando-se assim a eles mesmos como senhores e garantes da liberdade e da verdade, que passou por obra e graça marxista e a ser só deles (e opovo acredita também porque os partidos conservadores se adptaram à ideologia e como tal reagem apenas em vez de agirem). Senão veja-se a maneira arrogante comportando-se como se a sua maneira de ver e fazer democracia fosse só a deles. Por isso instituições servidas pelo regime procuram demonizar quem vem concorrer com os detentores do poder. Naturalmente que também o Chega comunga do mesmo espírito de luta como os outros partidos procurando um lugar de autoafirmação onde os outros partidos foram negligentes e certamente também ele faz erros crassos num ambiente em que os políticos agem mais por reação e nos seguimento de agendas e directivas do que em pensamentos refletidamente pensados (Como eles não têm tempo para pensar é necessário um civismo crítico que lhes chame a atenção para eventuais erros e incongruências. O problema manter-se-á enquanto em Portugal e em geral nos povos não houver uma cultura cívica cuidada pois não chega a cultura política demasiadamente dependente de grupos de interesse é necessário povo crítico e atento empenhado na defesa do bem comum e não apenas no bem do partido ou da ideologia.

  21. Manuel Campos, no reino dos tolos, o fascínio da esperançã em victórias partidárias leva ao perigo de transformar os partidos em em casas de tolos e na consequência só quem se encontre na rua fora dessas casas é que ficaria com a ilusão de não ser tolos. Em nome da tolerância viva também a tolice!

  22. É verdade, caro amigo, mas como em política mais que um jogo sério e racional se trata de um “jogo do rato e do gato” entre partidários não é de estranhar que haja pessoas que precisam de um certo apoio da opinião pública ou da parte do poder porque doutro modo teriam demasiado medo de se sentirem sós e de serem comidos pelos gatos. O problema que causa mais confusão entre os ratos será o de haver demasiadas ratoeiras instaldas pelos que se pensam donos ou de fensores do que julgam seu. Importante seria desenvolver-se uma cultura de cidadanis adulta em que ratos e gatos conseguissem viver em harmonia sabendo que uns precisam dos outros. Naturalmente que a democracia tem um problema em si mesma porque ao serliberal e aberta dá oportunidade de ser apoderada por algum grupo antidemocrático como acontece em sistemas marxistas e maoistas (como se vê exemplarmente na China). O problema é que também eles se denominam de democráticos. A democracia só será tão forte como forte for o humanismo e a sintonia inerente aos seus elementos. Por isso é importante investir mais no humanismo e menos no partidarismo porque sendo os valores humanistas assumidos pelo povo automaticamente os partidos serão mais humanos entre si e instalar-se-á uma cultura de menos combate e de mais paz.

  23. Caro Antonio, não foi isso que eu referi acima. A esse comportamento que descreves, chama-se Política normal. Se acompanhares os comentários que por aqui têm surgido ultimamente, verás que, agora “são mais os ratos do que os gatos”. Uns, que já falavam claro, continuam, mas os outros saíram de repente dos buracos e sentem-se entusiasmados a dizer o que antes não tinham coragem de fazer. Claro que o podem fazer – temos Democracia ainda – mas apenas até ao dia em que despertem do sonho. O valor da Democracia é libertar as bocas e os pensamentos, para vermos onde estamos e com quem lidamos. Continuo a defender a minha posição: a Democracia deve ser forte o suficiente para suportar todos aqueles que a criticam. Mas deve ser muito mais forte para acabar com aqueles que querem acabar com ela, sem tolerância.Manuel Campos

  24. Manuel Campos , é verdade, caro amigo, mas como em política mais que um jogo sério e racional se trata de um “jogo do rato e do gato” entre partidários não é de estranhar que haja pessoas que precisam de um certo apoio da opinião pública ou da parte do poder porque doutro modo teriam demasiado medo de se sentirem sós e de serem comidos pelos gatos. O problema que causa mais confusão entre os ratos será o de haver demasiadas ratoeiras instaldas pelos que se pensam donos ou de fensores do que julgam seu. Importante seria desenvolver-se uma cultura de cidadanis adulta em que ratos e gatos conseguissem viver em harmonia sabendo que uns precisam dos outros. Naturalmente que a democracia tem um problema em si mesma porque ao serliberal e aberta dá oportunidade de ser apoderada por algum grupo antidemocrático como acontece em sistemas marxistas e maoistas (como se vê exemplarmente na China). O problema é que também eles se denominam de democráticos. A democracia só será tão forte como forte for o humanismo e a sintonia inerente aos seus elementos. Por isso é importante investir mais no humanismo e menos no partidarismo porque sendo os valores humanistas assumidos pelo povo automaticamente os partidos serão mais humanos entre si e instalar-se-á uma cultura de menos combate e de mais paz.

  25. António Cunha Duarte Justo, isso exigiria um investimento enorme na educação cívica e política. Mas já sabemos como reagem – porque já o fizeram – os circuitos chamados de direitistas e religioso-fundamentalistas.
    Seria bom, seria. Abraço

  26. Manuel Campos , sim, seria necessário e urgente iniciar-se uma política de cultura da paz e não insistir na retrógrada estratégia de resolver a vida da humanidade numa cultura aprimorada para a confrontação passando ao reconhecimento de que na natureza e na sociedade tudo é complementar. No momento em que direitistas e esquerdistas se derem as mãos e cada um, à sua maneira, apresentar propostas que levem ao compromisso de maneira a servir o bem-comum e não fazer depender o bem comum da satisfação de interesses ou concepções meramente partidárias por muito boas que possam parecer. O vírus que permeia todos os partidos e visões de mundo é o veneno do poder pelo poder e do desejo de ter razão sobre os outros equivocando-se razão com lógica, o que leva a lutas insensatas e à rejeição do que é diferente no físico e no espírito! Um abraço amigo, caro Manuel.

  27. Duarte Justo pois visto dessa forma o sr não deixa de ter razão, mas pelo aquilo que tenho visto o povo gosta mesmo é de um país desorganizado ,o cavaco fez autoestradas por todo país e foi criticado o Mário Soares subiu os ordenados aos professores ,que não é nem de perto nem de longe justificado para o que fazem ,aliás os funcionários públicos são oito país teem regalias totalmente exageradas, do chega na minha opinião não passa de mais um putim ou um trump ,até depotados de 20anos tem ,ninguém tem experiência parlamentar nem politica ,como vao negociar com outros países? O nosso país era um país de trabalhadores agora só se põem á espera dos rendimentos estatais ,o meu pai foi presidente da junta três mandatos sem renomeação , e vereador de câmara até falecer e já dizia que estavam a entrar em Portugal cinco milhões de escudos por dia ,e que quandofosse tirado os nossos filhos iriam passar fome e tudo isso iriam pagar juros ,por isso casa que não e bem governada, ou. Seja em vez de tirar horita de trabalho era oito horas como antigamente e os hospitais atendiam as oito horas da manhã ,
    Desculpe mas para mim o chega vai ser como em França sei bem que o nosso país já tem poucos homens com h grande ,com responblidade politica

  28. Dilma Moreira , o que diz também posso confirmar da minha experiência que tive mesmo a nível político. A revolução dos cravos surgiu devido a militares empenhados no socialismo internacionalista e como tal apressaram-se a deportugalizar também o que era bom de Portugal de maneira camuflada; internamente promoveram a confusão da turba nas universidades e os saneamentos ideológicos procedendo à ocupação da administração pública e da imprensa com o seu pessoal. Seguiu-se uma doutrinação popular no sentido de promover na opinião pública a ideia de que o socialismo é a verdade nacional. Até conseguiram colocar no preâmbolo da Costituição como finalidade a atingir um dia ser o socialismo (e um povo politicamente iletrado aguenta isso como sendo letra morta) não se dando conta de que em política só se trata de interesses e de estratégias de os forçar até ao fim. O PS com a esquerda esperta, que sabem como se tomam medidas sustentáveis para estabelecer o poder de maneira perdurável concederam aos funcionários o horário das 25 horas quando por exemplo, na Alemanha, que é rica, os funcionários públicos trabalham 40. Por outro lado têm uma estratégia de fomentar na universidade cadeiras que garantam a doutrinação de multiplicadores, etc. A situação é tão emaranhada como no regime do Estado Novo; só mudou de cor e as adaptações consequentes do desenvolvimento históricos dos povos europeus. As campanhas políticas reduzem-se a lutas ou por alcançar o poder ou por defendê-lo pelos que o têm. É natural que os mais fortes que o têm até procurem difamar em peso o Chega em vez de iniciar uma discussão séria sobre os temas que aborda. Por outro lado, os interesses estabelecidos na UE fazem tudo por tudo por favorecer a esquerda. De uma maneira geral o Chega veio acordar Portugal e isso é certamente uma mais valia. Além disso o Chega vem favorecer uma discussão pública de defesa de valores culturais conservadores; que os marxistas façam tudo por tudo para desqualificar o Chega faz parte da sua estratégia de poder. Quanto ao Chega eu pessoalmente não estou de acordo que ele apoie a guerra na Ucrânia (penso porém que o fará por oportunismo político dado o povo estar doutrinado nesse sentido. Dado a esquerda ter abusado do seu poder também penso que a direita se afirmará mais na Europa.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *