OS USA retiram da Alemanha 12.000 Soldados
António Justo
O plano de Trump é castigar a Alemanha e retirar da Alemanha 12.000 dos 36.000 soldados americanos aqui estacionados e transferi-los para outras regiões da NATO (Bélgica, Itália, Polónia). Segundo os planos, mais de metade regressarão, por enquanto, aos EUA e 5.600 deverão ser colocados dentro da Europa.
Num futuro próximo cerca de 2.000 soldados americanos serão transferidos para a Bélgica (Mons).
No passado 15 de agosto foi assinado um contrato com a Polónia onde 1.000 soldados da Alemanha serão juntados aos 4.500 soldados americanos já lá estacionados.
Na sua viagem à Europa o ministro dos negócios estrangeiros dos EUA Moke Pompeo evitou a Alemanha. Os EUA punem a Alemanha porque não tem gastado os 2% do seu produto interno com a NATO e por planear a importação directa de gás da Rússia. (Interessante o facto de a Bélgica, que gasta apenas 0,93% do PIB com a NATO, recebe soldados da Alemanha que, por seu lado, participa para a Nato com 1,39% do Produto interno bruto (isto é: 47 mil milhões de euros). A partir de 2021 a quota dos EUA nos custos conjuntos para a NATO será reduzida dos atuais 22,1% para 16,35% enquanto que a quota alemã deverá aumentar de 14,8% para 16,35% (1).
Os USA e a Polónia pretendem maior colaboração na política externa e uma cooperação económica mais estreita.
A situação europeia sem a NATO seria mais problemática do que é. A UE ainda se encontra dividida em potências: a maior potência militar é a Inglaterra; a maior potência económica é a Alemanha; a França, como potência atómica é militarmente muito superior à Alemanha. Isto tem criado uma situação de rivalidades mais do que união como se viu com o Brexit. A filosofia de defesa europeia ainda parte do princípio de que só a Nato com os USA podem garantir a paz europeia.
A divisão só favorece os interesses de terceiros e impede a expressão do poder europeu a nível de conflitos internacionais.
Com a saída do Reino Unido da UE é do interesse da França unir-se à Alemanha; também por isso se pretende criar o Quartel-General Militar da UE. Von der Leyen já avisou: “Precisamos de um forte pilar europeu na Nato”.
A vontade de Trump será certamente seguida pela próxima Administração americana. O surgir da nova superpotência mundial China obrigará os USA a ter de reorganizar os seus centros de interesse deslocando-os para a Ásia.
Talvez esta seja uma oportunidade para a Europa se reconsiderar e estender os braços para a Rússia e assumir a África como centro da sua influência.
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo
- (1) Tagesschau.de: https://www.tagesschau.de/inland/deutschland-nato-ausgaben-101.html
A aprender.
Mas, quanto à Europa vir a assumir a África como centro da sua influência, penso que seria pouco provável.
Séculos de “ostilidades”
nunca completamente resolvidas.
Mafalda Freitas
FB
Cada bloco procura influenciar para assegurar influência. A aproximaço geográfica e o desejo de pertencer ao grupo dos que influenciam o mundo (alguns também chamam a isso assumir responsabilidade) acrescidos do passado histórico europeu em África, tudo leva a crer no que pode ir na cabeça dos políticos. A retirada paulatina dos americano
Os resultados da Europa em África têm sido e foram uma desgraça..um continente riquíssimo a passar fome.
Vítor Lopes
No meu entender, a África tem sido a grande abandonada e explorada. A África encontra-se em muitos maus lençois devido aos estilhaços deixados pela Europa, especialmente no último século por ingleses e franceses e às rivalidades imperialistas entre USA e Rússia e entre ao imperialismo (hegemonia) do islão sunita e do islão xiita.
Tudo muda e a História prova isso mesmo. Mas, quando será que a Europa vai ocupar a África quando a própria Europa está a braços com a imigração também de africanos? Nas altas esferas da política internacional
o assumir de responsabilidades pode ser só ambição e nada muda para os verdadeiros interessados –
o povo.
Mafalda Freitas Pereira
Ocupar a África já o fez demasiado tempo. Importante seria uma política de apoio que lhes possibilite mais bem estar e liberdade. A África tem estado dividida sobretudo entre os interesses dos USA e da Rússia, entre o sunismo e xiismo; veio acrescentar-se-lhes os interesses chineses; a Europa tem feito má figura e agora que os USA se vão retirando da África, o seu lugar poderia ser ocupado pela Europa mas no sentido positivo para a África.
Concordo com o seu ponto de vista. Seria bom que a Europa tomasse posição em África no sentido que referiu, com a retirada dos USA. Só não sei se a Europa seria capaz de prestar esse tal apoio, se a Rússia e a China continuam por lá com políticas tão desestabilizadoras. E também não sei se a Europa iria conseguir ganhar a confiança dos africanos. De resto, agora, com a situação económica fragilizada por causa da pandemia, não sabemos até que ponto a Europa estaria para já interessada nesse plano.
Mafalda Freitas Pereira
Quando a vida corre mal na Europa então o que será de muitos outros povos? Creio que nenhum poder está interessado em beneficiar o poder dos outros sem tirar proveito deles. O sentido do desenvolvimento será evitar males maiores.
Quanto ao Ocupar a África, a Europa já o fez demasiado tempo. Importante seria uma política de apoio que lhes possibilite mais bem estar e liberdade. A África tem estado dividida sobretudo entre os interesses dos USA e da Rússia, entre o sunismo e xiismo; veio acrescentar-se-lhes os interesses chineses; a Europa tem feito má figura e agora que os USA se vão retirando da África, o seu lugar poderia ser ocupado pela Europa mas no sentido positivo para a África.
António Cunha Duarte Justo pois mas não punha muita “crença” que sejam os mesmos a “ajudar”.. um bando de piratas avarentos..com portuguêsessses incluídos.
Vítor Lopes
Os portugueses abandonaram traiçoeiramente os africanos passando-os das suas mãos para as de russos e cubanos sem sequer perguntarem aos africanos o que queriam! A desolonização mereceria o desfexo mais honroso e profícuo para os portugueses e para os africanos. Por enquanto a História ainda não pode falra disto.
António Cunha Duarte Justo, errado..os portugueses estiveram tempo demais a dominar ” os pretos” ..como ainda se diz por aí.
Vítor Lopes
Falo do presente!
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Não! Falo do presente!