Uma opinião pública açamada e condicionada aos interesses subterrâneos de certos interesses políticos e económicos acoitados desde as caves do Estado até ao seu tecto, continua a confundir a sociedade portuguesa de tal modo que esta, para se sentir imune prefere continuar a não acreditar na gravidade da situação em que nos encontramos política, económica e socialmente nem na maldade que os governa.
A situação é tal que para branquear a própria posição basta afirmar-se contra a posição do outro (Para se ser e ter razão parece bastar pertencer a uma facção). Esquece-se porém que a situação é tão bicuda que implicaria de cada facção o abandono das próprias certezas – uma nova maneira de pensar- para se mudar de vida e poder eleger uma geração nova de políticos e especialistas não gerados nos alfobres da corrupção estatal. É bom ler o seguinte artigo de Paulo Morais sem colocar os óculos da esquerda nem da direita!:
“Ricardo Salgado e José Sócrates são gémeos no mal. Salgado é filho do capital e usou sempre o poder para ganhar mais dinheiro. Por outro lado, Sócrates é filho da política e usou o dinheiro para ganhar mais poder. No final, ambos ganhavam mais poder; e mais dinheiro. Pelo que a investigação das luvas pagas por Salgado a Sócrates, no Processo Marquês, é o corolário lógico de uma longa ligação de cumplicidade.”
Continua em http://ionline.sapo.pt/544709
Boa Leitura!