ENTRE MEDITAÇÃO E ORAÇÃO

Na Procura do Eu e do Nós

Quando se acompanha o desenvolvimento de uma criança torna-se desconsolador verificar como à medida que esta vai adquirindo aptidões comportamentais e sociais, ao mesmo tempo vai perdendo muito do brilho da sua individualidade original enquanto a máscara da pessoa vai sendo configurada. À medida que se perdem dons e carismas (a Graça) esvai-se a individualidade.  Os hábitos adquiridos e os cargos vão substituindo as atitudes individuais e então passamos a ser determinados pelo exterior e não por nós mesmos. Uma educação de caracter funcional concorre em grande parte para a alienação individual ao passarmos mais a tornar-nos portadores de hábitos, funções e crenças. A dignidade, não vem do serviço ela assenta nos próprios dons. O serviço, a profissão só lhe poderá dar mais brilho. Não é fácil de aguentar a tensão entre o nosso ser individuo e o nosso ser sociedade e manter o equilíbrio de tal modo que o indivíduo seja a base para a sociedade e não se torne a sociedade o conteúdo do indivíduo/pessoa.

Na natureza, tudo cresce de dentro para fora, do interior para o exterior. A árvore não nasce a partir dos ramos, a semente é que traz em si a potência da árvore. Não deve ser a sociedade a determinar o comportamento e o ser do indivíduo, mas o indivíduo a descobrir nele mesmo a sociedade e numa relação transcendente servir a sociedade. O Grão (a semente) é símbolo da “Palavra de Deus” e da ipseidade criativa e criadora.  É por isso que Jesus disse: “A menos que o grão de trigo caia na terra e morra, ele permanecerá um único grão. Mas se morrer, dá muito fruto (Jo. 12:24). “E algum caiu em boa terra; e brotou e deu fruto a cem por um. Ao dizer isso, Jesus bradou. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!” Não basta ficar-se pelas impressões sensoriais que percepcionam o mundo exterior!)…

Trata-se de envolver o próprio corpo e interiorizar a palavra de Deus, sem esforços nem objectivos fixos no espírito de liberdade do “Seja feita a Tua vontade.” O esforço estará em criarmos silêncio em nós e em torno de nós, calando as ideias e pensamentos, para podermos abrir a porta da dimensão espiritual e assim lograrmos ouvir a voz da intuição (o canal divino da voz universal). Chegados aí a palavra de Deus identifica-se com o mais interior de nós mesmos. Neste estado passaremos a superar a polaridade que nos domina no dia a dia e então vivenciamos a serenidade que surge do húmus da humildade que até torna mais produtivo mesmo o terreno mais ressequido pela torreira do orgulho/arrogância.

Nesses momentos (poucos ou muitos) poderemos melhor compreender o que Jesus dizia, “a vós foi dado conhecer o mistério do “reino de Deus”; mas aos outros em parábolas, para que não vejam se já o veem, e não entendam se já o ouvem”. Sim, trata-se do acontecer vivencial integral num momento místico (certamente muitos já terão tido a experiência mística do encontro unífico onde o elemento quase se dissolve no todo – diria a experiência trinitária – seja num momento de oração de admiração e contemplação seja na observação de um pôr do sol ou no sentir a imensidão do mar ou num momento ou acto de sobrecarga energética à imagem do encontro de energias que produzem o “relâmpago” iluminador). Nesse momento abstraímos do nosso ego para entrarmos numa relação do nós Humanidade-Universo-Deus. Nesse momento tornam-se irrelevantes confissões, mundivisões, morais e as questiúnculas existenciais.

Ao entrarmos em comunhão, na relação eu-tu-nós, à imagem  da relação pessoal trinitária, em que as três pessoas englobam toda a realidade criada e não criada (veja-se o mistério Jesus Cristo que engloba o divino e a criação), tudo aspira a uma relação pessoal interligada e personalizada no amor (por isso costumo designar o mistério da Trindade como a fórmula de toda a realidade, pois é o que experimento ao meditá-lo); na Trindade expressa-se a pessoa na medida em que se expressa em relação com a outra num todo! Tudo se encontra interligado, incarnação-morte-ressurreição, o mundo espiritual e o cosmos astral e humano: como humanos somos como que micro-cosmos resumos do todo em relação com o todo. A elaboração de conceitos numa visão reducionista leva à percepção materialista do mundo e da realidade e a um exteriorismo que assenta numa concepção mecanicista e materialista da realidade e da vida. A matéria sem o espírito é como o corpo sem o sangue.

É verdade que um corpo inerte também produz rebentos, mas nesse sentido ficar-nos-íamos pela químico-física de Lavoisier do “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, portanto,  numa perspectiva apenas terrena do elemento e não do todo porque se no “mundo nada se cria, tudo se copia” será importante pormo-nos à procura do original.

Por isso seria do bem comum e do interesse de cada um que todos construíssem as suas individualidades numa base que possibilite comunidade apesar das diferenças e possíveis contradições em que os limites ou fronteiras pessoais possam tender a formar fronteiras mas que a partir da experiência do nós, essas fronteiras  passem a assumir um caracter da osmose, possibilitando a passagem do amor que tudo une entre tudo e todos!

António CD Justo

Teólogo e Pedagogo (a carapaça exterior)

Pegadas do Tempo

NO ADEUS À DEMOCRACIA PREPARADO PELO NEOLIBERALISMO

Estados Unidos e China aproximam-se sistemicamente à custa do humanismo

Até à queda da União soviética a Democracia ocidental era tomada um pouco a sério pela classe política e económica devido à concorrência que havia entre o sistema ocidental (liberdade e democracia) e o sistema comunista (dictatorial). Isto levou a Alemanha a criar o sistema da Economia Social de Mercado que pretendia um estado de bem-estar geral; foi iniciado na Alemanha em 1948 e possibilitou prosperidade europeia em toda a população que nele tinha também um elevado nível de segurança e justiça social.

Com a queda da União Soviética e com a união da DDR à BRD (e a EU) em vez de se tentar seguir no sentido da boa vontade inicial da Rússia (Construção de uma Casa Comum) a euforia da victória do sistema capitalista sobre o comunista perturbou as mentes dos dirigentes ocidentais levando-os a desregular a Economia Social do Mercado e a afirmar-se como polo hegemónico. A partir daí o capitalismo neoliberal tem-se tornado num polvo com tentáculos em todo o mundo (só lhe interessando o lucro e produzir dinheiro, ao não ter em conta o sentido da vida e da sociedade perdeu, deste modo, o próprio sentido e a responsabilidade holística), tornou-se um monstro que se alimenta a ele mesmo e que precisa de criar conflitos para mais engordar; esgota-se no método da competição sem respeito pela liberdade, justiça ou segurança social e provoca antagonismos regionais para ter acesso e domínio das matérias primas em várias regiões do globo (tenha-se presente o que está na base do que acontece em África, Ásia e na Ucrânia).

Com a queda do Muro de Berlim, em 1989, surgiu o globalismo liberalista com consequências danosas para os sistemas sociais (saúde, etc.) mesmo para a Alemanha onde a Economia Social do Mercado tinha surgido. Na reunificação das alemanhas, a Alemanha ocidental submeteu a Alemanha Oriental ao capitalismo liberal e deste modo atraiçoou a ALEMANHA e iniciou o enterro da social-democracia que resguardava uma boa relação entre produção e distribuição social.  Entretanto a democracia e os governantes foram reaproveitadas em serviço do capitalismo liberal (veja-se: Nações Reféns do Sistema Polvo dos Dinossauros das Finanças (1). O poder deste, ao assumir expressão global, tornou-se de tal maneira sobre potente que superou os próprios sistemas democráticos devido ao domínio  que tem sobre a democracia e governantes; empresas multinacionais chegam a ter sob o seu jus  o poder judicial supranacional de regulação nas relações entre elas e até podem submeter à sua ordem os Estados que não criem o enquadramento legal favorecedor dos ditados das multinacionais entre elas. O Estado é rebaixado ao papel mero garante da estrutura da economia dominante. Neste sentido os Estados delegaram parte da sua soberania em multinacionais. O capital é rei sem conhecer nação nem povo, por isso não é solidário com ninguém, falta-lhe a humanidade. O capital dos neoliberais não tem crença, não tem cultura, basta-se a si mesmo, devastando para ele os valores humanos e tradicionais. Na sociedade já se nota à simples vista a desmontagem de valores constituintes da personalidade humana e das nações. Enquanto socialmente se fala muito da defesa de direitos de grupos específicos aproveita-se a ocasião para desmontar a personalidade individual em geral, numa de tornar a pessoa humana apenas em portador de direitos não inatos, mas de direitos que o Estado lhe concede!

O Comunismo está para o regime chinês como o capitalismo liberalista está para os regimes democráticos ocidentais.

Os cartéis criados pelos governos para impedirem a concorrência desleal, semelhantemente ao que acontecia nas organizações sindicais em relação ao patronato, foram fabricando funcionários cúmplices, de maneira a os seus núcleos dirigentes fazerem parte do sistema político partidário. O problema inerente ao sistema é não se partir do princípio do bem-comum e da autorrealização pessoal, mas sobretudo do princípio competitivo arrivista de tentar subir na escada social imitando os papeis dos que se encontram num degrau da escada mais acima. Em vez de se investir no fomento de uma sociedade sem necessidade de escadas continua-se a construir uma sociedade baseada no ter e não no ser!

Os detentores do poder sabem que as ideias regem o mundo e para que os seus intentos se tornarem mais eficientes servem-se da técnica de estimular sobretudo sentimentos nas populações através dos Media na consciência de que  as emoções são energias serviçais. Sabem que quem ocupa o coração de uma pessoa não precisa mais de se preocupar com a cabeça; a eficiência desta realidade pode ser verificada no pensar único das populações relativamente à Ucrânia, Covid-19, etc.

Os lóbis funcionam como influenciadores dos membros dos partidos eleitos. Assim não temos verdadeiras democracias dado os partidos servirem outros interesses que não os do bem-comum (Poder político e poder económico vivem em concubinato, porque divorciado do povo. Por outro lado, as democracias e comunidades de base são inutilizadas, passando os grandes constructos, como Banco Mundial, União Europeia, EUA, Reino Unido, etc., a concentrar o poder nas cúpulas tornando todos os outros sub-parceiros irrelevantes. Dá-se ao mesmo tempo a concentração das grandes indústrias e serviços em entidades globais ao cuidado das grandes potências sob o manto de sociedades de acções anónimas (sem responsabilidades!). O liberalismo económico globalista destruiu toda a entidade relevante de responsabilidade pessoal ou estatal. Assim passamos a ter uma aproximação dos sistemas democráticos ao sistema chinês. Se na China o partido comunista (com 80 milhões de sócios) domina o povo e confere unidade ao sistema, no ocidente acontece (ainda meigamente) o mesmo com a diferença que o papel do comunismo foi assumido pelo capitalismo turbo. Neste sentido está-se a legitimar o fomento de autoritarismos e oligarcas a nível político para que o sistema funcione sob o manto da democracia; por outro lado fala-se ambiguamente de valores, democracia, de partidos, etc.

A classe política, em vez de enfrentar ou controlar as aberrações do neoliberalismo que destrói povos e nações e provoca muita insatisfação e desespero no popular, concentra-se só nos interesses partidários desviando a insatisfação popular para a discussão política partidária simploriamente reduzida a uma questão de extremismos de direita ou de esquerda (no mero interesse de ilibar o sistema partidário doentio). Desta maneira, o sistema vigente, meramente partidário e de interesses corporativos, vai levianamente enganando o povo que alimenta com discussões de interesses partidários ou de moralidade individual que eles próprios criam para, evitando mudança e reforma,  prolongarem o seu poder na administração da miséria que a política cria em cumplicidade com um neoliberalismo bastardo (os seus fins justificam os meios e as populações não o podem notar porque eles mesmos controlam a informação pública/publicada).

Um sistema que poderia disciplinar os partidos seriam as ONGs (movimentos sociais não governamentais), o problema que estas trazem consigo é obedecerem a agências e agendas também elas supranacionais e como tal acarretam o perigo de manipulação dirigida como acontece com as grandes multinacionais económicas e com os blocos ideológicos e como se observa já hoje em algumas ONGs . De momento penso que só o surgir de diversas ONGs a partir dos cidadãos poderão salvar um sistema democrático de caracter holista e humano no sentido original do cristianismo antes de prevalecer nele o caracter de cristandade.

Oportunisticamente os socialistas vão seguindo o modelo chinês que conseguiu concorrer com sucesso com as altas esferas do capitalismo ocidental. O Capitalismo chinês, como empresário estatal, consegue assim afirmar-se no futuro perante os países capitalistas (países do bloco dos EUA) que no seguimento das pegadas da China financiam as grandes multinacionais com o dinheiro do povo (impostos) e deste modo desfalcam indirectamnete a própria democracia ao adoptar uma política centralista favorecedora do neoliberalismo e assim ir amparando o cadáver da democracia.

O capitalismo terá de abandonar a filosofia anglo-americana para poder voltar à social-democracia europeia (reconciliação entre operariado e patronato) no sentido de a humanizar mais e de se tornar num modelo de aproximação e elevação humana de todos os povos. Neste sentido seria de grande proveito criar-se uma síntese complementar dos bons valores e costumes das civilizações ocidentais e orientais e abandonarem a estratégia errada de apenas se contradizerem para assim darem oportunidade aos maliciosos do poder. O triste espetáculo a que assistimos na Ucrânia mais não é do que o estrebuchar do capitalismo liberal ainda iludido pelos EUA.

O capitalismo tem andado de braços dados com o colonialismo que vive da exploração dos mais fracos (a África é um exemplo disso, mas disso não se fala porque o calar favorece o nosso colonialismo económico maléfico beneficiador do nosso bem-estar democrático!).

É de observar que tanto o sistema estabelecido político como o liberalismo económico procuram viver da rectórica dialética vivendo do combate contra experimentos como os da Itália, Polónia e Hungria que do outo lado extremo alertam para o extremismo do sistema neoliberal que a União Europeia segue. Estes países são também eles atacados quer pela esquerda jacobina quer pelo neoliberalismo pelo facto de se atreverem a questionar (à sua maneira) o neoliberalismo e por ainda quererem preservar o cristianismo como elemento moderador da sociedade ocidental (como se deu outrora na Alemanha na união de sindicalismo e catolicismo – doutrina social da Igreja – para se implantar a social-democracia). Assim se distrai o povo gastando a pólvora onde ela não tem efeitos porque o problema é sistémico e serve sobremaneira as elites.  Os partidos instalados e o neoliberalismo orientam o discurso público para o assunto que lhes interessa isto é, o discurso partidário; nesse sentido empurram a discussão dos problemas para a extrema direita e/ou para a extrema esquerda; para esse combate hipócrita basta  seguir uma estratégia moral maniqueia  apostando numa  polaridade enfatizada na política e na sociedade, embora se saiba que somente superando mental ou espiritualmente  a polaridade se  pode alcançar a paz e a serenidade. Não falhamos por causa de como as coisas são, mas por causa de nossas expectativas sobre elas, falta-nos uma percepção/perspectiva holística. Não são as coisas que nos incomodam, mas a importância que damos a elas! Este trabalho de dirigir o factual e também a importância a lhe dar revela-se como factor de sustentabilidade de um sistema elitista ultrapassado porque centrado só nele mesmo embora saiba que não é certo tirar o pão dos filhos” (o que há de maior valor) e deixar apenas algumas migalhas que caem da mesa para o povo (Mat. 15:21-28)! Sabem que a vida se constrói segundo as nossas convicções e por isso tratam de criar no público convicções mentais superficiais sabendo que o mainstream não consegue discernir.

 

A democracia não morre pelo facto de eleger alguns autocratas ela morre por ela mesma ao não questionar o próprio regime tornado questionável nos seus fundamentos, o que pode preanunciar os sintomas da queda de civilizações. Um facto sustentável na história é que o povo continua, à imagem de Jesus, a ser crucificado no madeiro da História! A classe política e económica têm procurado influenciar a sociedade, a escola e a família no sentido de mera funcionalidade social. A política foge aos problemas dizendo que apenas é  necessário democratizar a sociedade, a família (porém o acento não deveria ser colocado no democratizar porque em termos de poder democratizar significa propriamente domar e a questão não está no método mas na atitude e intenção), o acento deveria ser posto em humanizar o poder e na sequência a humanização da democracia, da família, da escola… Doutro modo procuramos dar soluções demasiado ocasionais e ideológicos para problemas mais complexos! Não chega actuar-se apenas sob o caracter técnico administrativo da perspectiva elitária mas acentuar a acção, a criatividade e a humanidade partindo da base da sociedade e das instituições.

O exemplo que a nossa classe dirigente tem dado especialmente a partir do Corona-19 tem sido no sentido de desumanizar a sociedade e as instituições.

A violência aumenta em todo o mundo porque a matriz político-social-económica que nos pauta é patriarcal-machista-colonialista-materialista (veja-se muitos dos comportamentos individuais e sociais e as guerras na África e na Ucrânia). Os gorilas do poder económico-político-ideológico vivem bem e vão-nos ocupando com problemas emocionais ou de subsistência para não nos darmos conta do que verdadeiramente acontece. Se bem observamos a situação, as nações, os governos e o povo foram todos transformados em pedintes da economia internacional (tudo endividado ad eternum – propriamente só o poder económico anónimo determina o comportamento de governantes, cidadãos e da democracia); para ajudar, a nível ocidental, observa-se a desmontagem cultural.

De facto, os políticos não têm poder real, dependem da gestão das organizações relevantes para o sistema e a relevância da relevância vem da economia que decide. Os momentos de crise favorecem as multinacionais (e blocos como EUA, EU, China, Rússia) porque numa crise existencial (para tal alimentada) a população não pensa, pois sente-a intensivamente e age apenas segundo o que sente!

A Matriz masculina (machista) consegue dominar todas as secções da vida quer a nível masculino quer a nível feminino (Os próprios movimentos feministas, embora necessários, seguem também eles a matriz machista e deste modo até a feminilidade assume princípios agressivos da masculinidade exacerbada,  em vez de masculinidade e feminilidade entrarem numa relação de complementaridade de estratégia interactiva integradora das energias da feminilidade e da masculinidade nas pessoas e nas instituições.

A Índia preside o G20 desde dezembro e quer uma nova ordem mundial para remodelar a globalização. Na sua presidência, gostaria de uma mudança de paradigma e colocar as pessoas em primeiro lugar na agenda mundial. Para isso, também quereria que a oferta global de alimentos, fertilizantes e produtos médicos fosse despolitizada. Assim, a Índia quer diminuir a imposição do Norte procurando mais envolvimento do sul global, “cuja voz muitas vezes não é ouvida… o nosso tempo não precisa ser marcado pela guerra”; no dizer do primeiro-ministro Modi o lema da G20 deveria ser: ” Uma terra, uma família, um futuro”. O protecionismo económico e o domínio geopolítico de Biden, no estado atual do mundo, estão levando o Ocidente ao fracasso. É calamitoso e desumano pensar que, na realidade, os membros do G20 controlam mais de 80% do produto interno bruto mundial e 75% do comércio mundial quando representam apenas 60% da população mundial.

No meio de tudo isto será de não esquecer que o medo não é bom conselheiro e só apoia os fortes. O medo não deixa filhos e mata a esperança!

A Europa meteu-se numa guerra que é consequência do globalismo liberal iniciado pelo seu bloco; ao sentir os sinais de falhado aproveita-se da guerra na Ucrânia para disfarçar a derrota do globalismo liberal que irá dar lugar a um mundo um pouco mais justo porque da guerra, certamente, resultará um modelo multipolar!

Penso que uma tarefa significativa para a EU seria tentar desatrelar-se do modo de ser anglo-americano e aterrar em terra própria voltando a empenhar-se na velha Economia Social do Mercado.

António CD Justo

Teólogo e Pedagogo

Pegadas do Tempo

(1) O novo Cavalo de Tróia – Nações Reféns do Sistema Polvo dos Dinossauros das Finanças: (2011) https://www.noticiaslusofonas.com/view.php?load=arcview&article=29646&catogory=Opini%E3o

Los 2.325 billonarios del mundo: https://dialogosdelsur.operamundi.uol.com.br/asia/56638/los-2-325-billonarios-del-mundo

NAS PEGADAS DA ECONOMIA SOCIAL DO MERCADO : https://www.gentedeopiniao.com.br/opiniao/nas-pegadas-da-economia-social-do-mercado-bonus-de-9-700-a-cada-trabalhador

ECONOMIA CHINESA FERE O CORAÇÃO DO OCIDENTE: https://antonio-justo.eu/?p=1632

Taiwan e Ucrânia na Situação de Cavalos troianos de Interesses imperialistas rivais: https://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2022/08/taiwan-e-ucr%C3%A2nia-na-situa%C3%A7%C3%A3o-de-cavalos-troianos-de-interesses-imperialistas-rivais.html

O POVO FALA DE POLÍTICA E OS POLÍTICOS FALAM DE NEGÓCIOS: http://abdic.org.br/index.php/675-o-povo-fala-de-politica-e-os-politicos-falam-de-negocios

Pobreza de um mundo dividido entre socialistas e capitalistas: https://bomdia.eu/alemanha/pobreza-de-um-mundo-dividido-entre-socialistas-e-capitalistas/

SALÁRIOS MAIS JUSTOS PARA AS MULHERES: https://abemdanacao.blogs.sapo.pt/tag/alemanha

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