TAXA DE POBREZA CRESCEU NA ALEMANHA

 

Discrepância: 12,6 milhões de pobres e grandes excedentes na economia

                                 Estados mais propícios para imigração

António Justo

O actual relatório da Sociedade de Paridade sobre a pobreza na Alemanha, refere que um em cada seis cidadãos é considerado com rendimento pobre. É considerado pobre quem tem menos de 60% do rendimento médio (incluindo apoios, como Abono de Família).

É considerado pobre um agregado familiar Individual (Single) que ganhe 942€ por mês. Uma família monoparental com uma criança é considerada pobre com um rendimento de 1.225€ mensais. É considerada pobre também a família com dois filhos que não alcance o rendimento de 1978€ mensais.

Na sequência desta base de determinação do nível da pobreza, em 2015 havia 12,6 milhões de pobres na Alemanha, isto é 15,7% da população. Em Berlim 22,4% eram pobres; em Bremen 24,8%; em Bremerhaven, em três pessoas, uma é pobre. Abaixo da média encontram-se especialmente a Baviera com 11,6% e Baden Vurtemberga com 11,8%. (Atenção emigração!). O relatório da Sociedade Paritária permite uma visão pormenorizada dos dados sobre a pobreza.

Os grupos de risco de pobreza são os desempregados com 59% de pobres; família monoparental com 43,8%; estrangeiros com 33,7% e pessoas com baixa qualificação 31,5%. Reformados situam-se na média com 15,9%.

Observa-se uma certa irracionalidade no desenvolvimento: por um lado a pobreza aumenta e por outro lado o orçamento federal e a economia alemã registam grandes excedentes.

Torna-se doloroso verificar que no sistema político dos países mais avançados se constate o aumento do número de gente que não pode participar na sociedade. A pobreza traz consigo a exclusão social.

Em relação aos dados há também a considerar que a pobreza do norte não é igual à do sul!

A taxa de pobreza em Portugal é mais complexa e mais difícil de avaliar, também porque a pobreza não é enfeite, o que não motiva a fazer dela tema. Observa-se uma certa preponderância nos diferemtes relatórios que, ano a ano, se publicam com muitas comparações, geralmente tendentes a anediar a situação da pobreza sob o ponto de vista de mera estatística mais ou menos comparada e acomodada.

Em Portugal as desigualdades sociais são mais crassas e a taxa de desemprego é de 10,7%, na Alemanha é de 6,3 %. A dignidade humana passa pelos direitos humanos! O direito ao trabalho é um deles,  ele condiciona  substancialmente a dignidade.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Espírito no Tempo

PRATO VEGETARIANO OBRIGATÓRIO NAS CANTINAS PÚBLICAS PORTUGUESAS

Na Alemanha cerca de 5% da população é vegetariana

Finalmente, na Assembleia da República (3.03) foi aprovada uma lei que obriga à inclusão de um prato vegetariano nos menus das cantinas públicas do Estado. Os clientes passam a ter a possibilidade de escolher um prato sem produtos de origem animal. Esta medida torna-se cada vez mais óbvia. Também em todos os restaurantes de Portugal deveria haver a possibilidade de opção por um prato vegetariano. De facto há muitos portugueses que por razões de saúde ou por princípios éticos procuram, muitas vezes, em vão nos restaurantes um prato vegetariano. Há muitos turistas vegetarianos. Na Alemanha, cerca de 5% da população é vegetariana.

Espera-se que dentro de dois meses o Presidente da República promulgue a lei.

A lei resulta de uma petição de 15.000 pessoas, segundo informa o jornal Público. A lei pressupõe uma grande implementação porque abrange “refeitórios e cantinas de escolas e universidades, hospitais, prisões, lares, autarquias e serviços sociais da administração pública”.

Alimentação vegetariana é mais barata e torna-se numa medida em favor do clima e dos animais.

Quanto às cantinas privadas a lei não constituirá novidade, espera-se.

António da Cunha Duarte Justo

IMIGRAÇÃO NOS EUA – A SOLICITAÇÃO DE UMA LEI DE IMIGRAÇÃO NA ALEMANHA

Nos EUA vivem 32,5 milhões de estrangeiros e 11,1 milhões de ilegais, (destes, 5,8 milhões são mexicanos, 1,7 milhões da américa central, 650 mil da américa do sul e doutras nações 2,5 milhões) como se verifica do Pew Research Center, US US Grenzschutz, AEP. Clinton começou a construir um muro de 1.000 Km em 1994. Muros dificultam mas não impedem.

A imigração ilegal nos EUA é desde há anos considerada um crime, não só uma infracção administrativa. Muros há também na Hungria, Marrocos e entre a Turquia e a Grécia.

Torna-se sínica a ideia de fechar as portas aos mexicanos e querer enviar muitos dos mexicanos ilegais para o México, precisamente nos EUA cuja parte do território era mexicana antes da formação dos EUA. A longo prazo os mexicanos tornam-se americanos não criando problema de identidade para os EUA. Mais difícil é a questão dos imigrados muçulmanos que concebem a sua vida a partir do gueto e se definem em oposição à sociedade acolhedora. Passadas centenas de anos exigem independência (constituição de estado muçulmano) como aconteceu na antiga Jugoslávia e noutras partes do globo.

Atacar ou defender a imigração torna-se uma questão confusa dado não se fazerem diferenciações nem definições de objectivos a atingir e meios de os conseguir quer para “hóspedes” quer para a sociedade acolhedora. Tudo se move apenas sob o jorro da economia.

Na Alemanha há a exigência de se criara uma nova lei de estrangeiros que facilite a entrada a imigrantes formados e que venham fortalecer a classe média culta. Ter-se-ia uma lei de estrangeiros que diria quem é bem-vindo e quem não. Melhor seria combater as causas do movimento dos refugiados e criar-se uma ordem mundial mais justa. Doutro modo a sociedade continua a jogar com as classes desprotegidas a nível interno e externo (imigrantes a recalcar os desprotegidos da sociedade acolhedora). Temos assim um progresso elaborado a partir da exploração dos grupos precários numa dinâmica de luta entre eles que possibilita a subida de alguns deles.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Espírito no Tempo

ALEMANHA A ACORDAR PARA O PERIGO DO FASCISMO TURCO

Importação de conflitos políticos religiosos e sociais

António Justo

No dia 16 de Abril 58,2 milhões de turcos vão deliberar por referendo a favor ou contra a constitucionalização de uma ditadura presidencial na Turquia. 2,9 milhões de eleitores encontram-se no estrangeiro; na Alemanha vivem 1,4 milhões.

O presidente turco Erdogan e seus ministros pretendem continuar a fazer sessões de propaganda a favor da introdução de um sistema presidencial. Como os turcos da diáspora são muito nacionalistas e nas últimas eleições o partido de Erdogan conseguiu na Alemanha um apoio superior a 60%, Erdogan espera destes que votem pelo seu programa de marginalizar instituições democráticas e obter para o presidente poderes que pertenceriam ao parlamento.

Ministros turcos viram impedidos os seus intuitos de fazerem propaganda pela ditadura ao ser-lhes proibidos os comícios de Gaggenau, Colónia e Frechen. O presidente da cidade de Gaggenau não permitiu o evento nas instalações, onde o ministro turco da justiça (Bozdat) ia fazer propaganda pela reforma antidemocrática; o autarca argumentou com a falta de lugares de estacionamento e de segurança para os visitantes que tadicionalmente assumem em grande número nos seus eventos políticos.

O regime de Erdogan persegue a liberdade de imprensa e de opinião e o seu ministro da Justiça tem a lata de declarar a proibição do seu comício de propaganda como “maneira de agir fascista”.

O tom entre a Turquia e a Alemanha é áspero e a agressividade dos representantes do governo turco tornou-se insuportável. Os inimigos da liberdade e da liberdade de expressão na Turquia usam-se e abusam da liberdade de expressão na Alemanha. O governo alemão deveria ter mais consideração pelos inocentes perseguidos na Turquia. A EU torna-se cúmplice ao fechar os olhos ao que tem acontecido e acontece na Turquia. Na EU e seus membros governa o medo em geral e o medo de governos  imprevisíveis. A Turquia permite-se ser arrogante não só por natureza mas como  estratégia (ad intra) porque sabe que dela depende em grande  parte a entrada de mais refugiados na EU e isso é o que mais assusta os polítcos da EU especialmente em ano de eleições importantes.

A sociedade alemã admira-se de tanta arrogância e atrevimento da parte turca que quer servir-se e abusar da liberdade de expressão na Alemanha para defender posições fascistas e ditatoriais em comícios organizados nos guetos turcos; por outro lado a sociedade pensante admira-se pelo facto do Governo Federal se manter bastante mudo em relação ao agir escandalosamente antidemocrático do Governo de Erdogan e à maneira arrogante como se manifestam os representantes do governo turco na Alemanha.

O partido “União de Democratas Turco-Europeus” (UETD) é considerado o escudeiro do AKP de Erdogan, tal como muitas das mesquitas turcas na Alemanha.

Importação de conflitos políticos religiosos e sociais

Na Alemanha, a Turquia e muitos turcos exigem, além de tolerância para a sua intolerância, também o direito a propagarem a intolerância.

Na Alemanha em 1961 havia 6.800 cidadãos de nacionalidade turca. Actualmente os

Turcos na alemanha são cerca de 3,5 milhões; na França são cerca de 1 milhão.

Na Alemanha avalia-se o número de curdos turcos em 800.000 e com os curdos do Iraque, Irão, Síria, Arménia e Líbano chegarão a 1,7 milhões. Nos últimos dois anos terá havido cerca de 150.000 curdos que pediram asilo na Alemanha. Curdos na Turquia não podem usar o seu nome curdo.

Curdos e turcos encontram-se em conflito na Turquia e importam o conflito para a Alemanha, especialmente através de governo turco que se comporta em casa alheia como se estivesses em sua casa.

Conflito Alemanha-Turquia de mãos atadas

A 20.03.2015 é celebrado o acordo da EU com a Turquia sobre refugiados, recebendo a Turquia milhares de milhões de Euros para travar o fluxo de refugiados para a Europa, como refere o HNA. Deste modo a EU torna-se dependente da Turquia. A 31.03 o satírico Jan Böhmermann faz uma poesia contra Erdogan; este mete o satírico em tribunal na Alemanha mas perde a questão. No dia 2.06 o Parlamento alemão decide uma resolução condenando e qualificando de “genocídio”  as barbaridades dos turcos contra os arménios há 100 anos. A 22.06, a Turquia proibiu a visita de parlamentares alemães à Base Aérea de Incirlik e, como reacção, a ministra das Forças Armadas Alemãs visita demonstrativamente os soldados alemães estacionados na Turquia. A 15.07 dá-se o golpe de estado falhado; o presidente Erdogan declara o estado de emergência e organiza um golpe às instituições de Estado aprisionando muitas dezenas de milhares de funcionários do Estado. A 2.09 a chanceler alemã declarou a resolução do Parlamento alemão sobre a Arménia como legalmente não vinculativa. A 15.02.2016 as instalações do Instituto religioso Turco-Islâmica (DITIB) são investigadas pelas autoridades alemãs (Imãs espionaram apoiantes de Fethullah Gülen e mandaram informações para o governo em Ankara. Na onda de atemorização e aprisionamentos de jornalistas, a 17.02 o correspondente turco-alemão Yuecel,  do jornal Die Welt é capturado em Istambul com o argumento de fazer  propaganda pelos curdos na resistência, sendo apelidado por Erdogan como um “agente alemão”.

 

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Espírito no Tempo

“EMIGRAÇÃO PORTUGUESA” – O QUE POLÍTICA E IMPRENSA NÃO ABORDAM

Emigração-Remessas-Aquisição de nacionalidades por portugueses emigrantes

António Justo

Segundo o Relatório Estatístico 2016, em 2015 havia 2.306.321 de emigrantes portugueses, dos quais 1.433.482 na Europa, 775.050 na América e 97.789 no resto do mundo.

As Remessas entradas em Portugal em 2015 foram 3.304 milhões de Euros e as saídas de Portugal 523 milhões de Euros.

Segundo o Observatório da Emigração  em 1970 havia 1.284.269 emigrantes portugueses; em 1980: 1.872.021; em 1990: 1.780.764, em 2010: 2.229.620, em 2013:2.028.597 e em 2015: 2.306.321.

Emigração necessitada é a prova cabal da ineficiência de um regime

Em 2015 registou-se a saída de mais 101.203 emigrantes, dos quais 40.377 permanentes e 60.826 temporários. Este é um fenómeno trágico num Estado vaidoso mas irresponsável para com o seu povo, ao não criar no país as condições de vida para todos poderem ganhar honradamente a sua vida. Constitui negligência e oportunismo político não se agendar uma nova política económica e de parcerias , continuando a viver-se da sangria da nação e das remessas dos emigrantes para equilibrarem o orçamento do Estado. Macabramente, a negligência e a má consciência do Estado em relação aos emigrantes leva a opinião pública a ignorar a sua contribuição ou a menospreza-los.

Emigrantes por países

Na Alemanha, em 2015 havia 110.384 residentes nascidos em Portugal / 133.929 residentes com nacionalidade portuguesa. Tinham entrado 9.195 portugueses. Em 2015 adquiriram a nacionalidade alemã 698 portugueses. Remessas enviadas para Portugal 255.470.000€ e recebidas de Portugal 4.640.000€.

Na Suíça em 2015 havia 216.714 residentes nascidos em Portugal / 267.474 residentes com nacionalidade portuguesa. Entraram 12.325 portugueses. Adquiriram a nacionalidade suíça 3.537 portugueses. Remessas para Portugal: 738.128.000€ e recebidas de Portugal 3.846.000€

No Reino Unido em 2015 havia 140.000 residentes nascidos em Portugal / 219.000 residentes com nacionalidade portuguesa. Tinham entrado 32.301 em 2015. No mesmo ano adquiriram a nacionalidade inglesa 422 portugueses. Remessas enviadas para Portugal 156.226.000€ e recebidas de Portugal 6.635.000€.

Na França em 2015 havia 606.897 residentes nascidos em Portugal / 519.500 residentes com nacionalidade portuguesa (1.346.472 registados nos consulados). Tinham entrado 18.000 em 2012. Em 2015 adquiriram a nacionalidade francesa 3,109 portugueses. Remessas enviadas para Portugal 1.033.120.000€ e recebidas de Portugal 19.030.000€

Nos EUA em 2015 havia 177.431 residentes nascidos em Portugal. Entrada de 857 portugueses. Aquisição da nacionalidade americana 1.690 portugueses. Remessas enviadas para Portugal 210.220.000€ e recebidas de Portugal 9.280.000€.

Na Espanha em 2015 havia 107.226 residentes nascidos em Portugal / 98.751 residentes com nacionalidade portuguesa. Tinham entrado 6.638 portugueses em 2015. Em 2015 adquiriram a nacionalidade espanhola 341 portugueses. Remessas enviadas para Portugal 127.220.000€ e 13.370.000€ recebidas de Portugal.

Na Áustria em 2015 havia 2.615 residentes nascidos em Portugal / 3.213 residentes com nacionalidade portuguesa. Tinham entrado 663 em 2015. Em 2015 adquiriram a nacionalidade austríaca 1 português. Remessas enviadas para Portugal 8.630.000€ e recebidas de Portugal 190.000€.

Na Bélgica em 2015 havia 34.455 residentes nascidos em Portugal / 42.794 residentes com nacionalidade portuguesa. (Registos consulares 61.376       ). Em 2014 entraram na Bélgica 3.594 portugueses. 112 Portugueses adquiriram a nacionalidade belga. Remessas enviadas para Portugal 66.600.000€ e recebidas de Portugal 1.970.000€.

Na Suécia em 2015 havia 3.583 residentes nascidos em Portugal / 2.344 residentes com nacionalidade portuguesa. Tinham entrado 330 em 2015. Em 2015 adquiriram a nacionalidade sueca 66 portugueses. Remessas enviadas para Portugal 10.175.000€        € e recebidas de Portugal 169 €.

Na Holanda em2015 havia 16.868 residentes nascidos em Portugal / 18.704 residentes com nacionalidade portuguesa. Tinham entrado 1.860 em 2015. Em 2015 adquiriram a nacionalidade holandesa 59 portugueses. Remessas enviadas para Portugal 42.760.000€ e recebidas de Portugal 1.620.000€.

No Luxemburgo, em 2015 havia 92.100 residentes com nacionalidade portuguesa e entraram no Luxemburgo 3.525 portugueses. Aquisição da nacionalidade luxemburguesa por 1.168 portugueses. Remessas enviadas para Portugal 86,937.000€ e recebidas de Portugal 1.449.000€.

No Canadá, em 2015 havia 238.369 registos consulares; em 2011 havia 140.310 residentes nascidos em Portugal / 23.765 residentes com nacionalidade portuguesa. Em 2015 emigraram para o Canadá 822 portugueses. Adquiriram a nacionalidade do Canadá 1.484 portugueses, em 2014. Remessas enviadas para Portugal 32.490.000€ e recebidas de Portugal 2.180.000€.

No Brasil, em 2015 havia 670.760 portugueses registados tendo em 2015 entrado 1.294 portugueses. Remessas enviadas para Portugal 19.950.000€ e recebidas de Portugal 231.380.000€.

Em Angola, em 2015 havia 134.473 portugueses registados no consulado, tendo entrado 6.715. Remessas enviadas para Portugal 213.120.000€ e recebidas de Portugal 19.540.000€.

Em Moçambique, em 2015 havia 29.360 registos consulares tendo entrado 4.000 portugueses. Remessas enviadas para Portugal 7.560.000€ e recebidas de Portugal 10.015.000€.

Um Estado, que não se preocupa com a defesa e o crescimento do seu povo e da sua cultura, abdicou de si mesmo, não merece confiança ao contentar-se com uma política de dançarinos do poder no fim da procissão da União Europeia. O regime do 25 de Abril, que antes criticava Salazar pela emigração dos portugueses, motivada principalmente pela fuga à pobreza e pela procura de melhor vida, deveria constatar que também o regime de Abril não conseguiu resolver o problema fundamental que é alimentar e enriquecer o país. Em contrapartida assiste-se em Portugal ao crescimento dos novos-ricos e a uma crescente parte da população a ter de deixar o seu lar, a sua família e a sua pátria na procura do que esta não lhe dá.

O regime de Abril, que canta a liberdade que todos os países europeus têm, não tem, tal como outrora, a capacidade de fazer de um país rico em recursos humanos um país rico na sua produtividade. Pelo contrário continua a viver da ajuda ao seu desenvolvimento pelos emigrantes através do envio das suas remessas. Já não basta aos emigrantes serem obrigados a procurar, noutros países, a vida que o seu país não lhes proporciona e ainda ver as suas remessas mal aplicadas.

A emigração aliada ao reduzido índice de natalidade constituem um abalo demográfico.  É humilhante para o cidadão pô-lo em condições de ter de emigrar e com isto a criar um défice de população que constituirá fraude às gerações que agora trabalham e amanhã não terão quem lhes pague as reformas e é crime contra as gerações vindouras que amanhão terão de pagar os défices do Estado.

Por outro lado, em Portugal vivem 388.731 estrangeiros. Muitos dos imigrantes da europa que chegam a Portugal são atraídos pelo regime fiscal e como tal já fora da idade de ter filhos, aquilo que Portugal mais precisaria para impedir o envelhecimento drástico da população.

 

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Espirito no Tempo