A CRISE CULTURAL EUROPEIA E A NOVA AGENDA DOS PARTIDOS DE ESQUERDA

 

Numa Europa à Procura de si mesma?

Por António Justo

Ponto de partida

Vivemos numa Europa que não sabe o que a Europa quer! A sociedade europeia parece ter chegado aos seus limites. De facto, a sua abertura é tanta que já não se sabe onde é dentro e onde é fora. Toda a sociedade que não se preocupa com a sua definição, com a sua identidade, perde a razão do seu existir. Uma sociedade não se pode definir apenas pelas suas demarcações territoriais, ela precisa também de um tecto cultural espiritual, no caso, precisa de se reencontrar no cristianismo. A moral baseada nos dez mandamentos foi substituída pelo moralismo do pensamento politicamente correcto, da falsa tolerância, do “não deves…” e de um insidioso desenraizamento que se agarra à rotina de uma desgraçada filosofia niilista que reduz o ideário do cidadão à mera satisfação das suas necessidades primárias.

A consequência natural da ausência de um tecto metafísico torna-se visível nas crises de identidade individual, de identidade nacional e de identidade civilizacional. Isto leva socialmente à formação de uma economia dominada por um capitalismo predatório e de uma cultura submetida a um socialismo predatório. No vácuo cultural formam-se bolhas islâmicas e mundivisões mecanicistas que conduzem à arrogância, à insatisfação e à frustração de pessoas humanistas adultas, mais conscientes e sensíveis.

A Insatisfação social e a Situação partidária

Grande parte do povo europeu tem a sensação de que não é senhor na própria casa e tem a impressão de ter uma classe dominante composta de lobos vestidos de cordeiros. Assim, o povo, cada vez mais se afasta da classe política estabelecida e reinante. Em todas as nações alastra o descontentamento social e a desilusão observando-se, na sequência disso um amplo movimento social para o centro- direita e um radicalismo nos extremos.

Os ventos neoliberais que assediam a social-democracia europeia desestabilizam o centro social-democrático de esquerda e de direita, o que leva os partidos andarem agora à procura de noivas nos partidos radicais.

Os grandes partidos do consenso perdem as penas, correndo perigo de se tornarem ultrapassados; por outro lado os partidos das bordas têm-se encontrado demasiado centrados em si mesmos, e, como rastejo acompanhante, assiste-se a protuberâncias sociais no activismo político da extrema-esquerda e da extrema-direita. (A sociedade portuguesa é pacífica e moderada; politicamente é de inclinação republicana esquerda não possuindo extrema-direita).

Reacção apressada à situação

Atendendo à insatisfação generalizada do povo europeu os partidos que antes giravam em torno do centro esquerda reagem querendo perfilar-se com posições ainda mais radicais à esquerda como forma de responderem à acentuação do crescente nacionalismo provocado pelo vácuo cultural criado principalmente por ideologias prepotentes que fizeram das leis as rédeas do povo; essa elite reage agora assustada quando este parece querer beneficiador os partidos do centro direita e favorecer as bordas da sociedade, o que implica maior fragmentação política e social.

Tanto a esquerda radical (comunista) como a esquerda socialista, em vez de agirem reagem, chegando apressadamente à conclusão de que o povo precisa de assédio e de mais estímulo emocional. Para isso as famílias partidárias da esquerda europeia pretendem seguir uma agenda ainda mais virada para um “populismo de esquerda, empático e iluminado”. A agenda de radicalização foi anunciada na Alemanha pelo partido Die Linke (A Esquerda), seguindo-se-lhe o moderado SPD alemão (desgastado pela governação) e por último o Congresso do PS em Portugal. O PS já se encontra demasiado à esquerda (se tivermos em conta o SPD). A experiência do governo de Aléxis Tsípras na Grécia e de António Costa em Portugal parecem encorajar a esquerda a tornar-se mais radical.

Armam-se em escudo protector de uma classe que também exploram e para melhor se perfilarem usam uma posição ambígua em relação aos governos e de alas dentro do próprio partido. Numa época em que as questões sociais não se resolvem só a nível nacional nem partidário, a esquerda parece abdicar da responsabilidade ao acentuar uma estratégia baseada no ressentimento e na inveja e na luta entre os de cima e os de baixo; por outro lado um capitalismo liberal desenfreado dá-lhes razão.

Perante o Zeitgeist (espírito da época) europeu, que de momento expressa a necessidade de corrigir um movimento político progressista a perder cada vez mais as referências da cultura europeia, a esquerda europeia, em vez de reflectir sobre erros e exageros na imposição da sua ideologia, quer reagir mais agressivamente nos debates da sociedade, para assim poder ganhar para si a razão da emoção.

Portugal derrapa à esquerda enquanto a Europa se corrige reorganizando-se um pouco mais à direita. O povo português teria muito a dizer à EU mas a sua elite, enquanto não se descobrir como povo, será levada a viver da ideologia importada, impingindo ao povo gato por lebre, quando no país há tanta lebre!

Como Portugal não tem nenhum partido de extrema-direita, a nova estratégia da esquerda significará para Portugal uma escorregadela ainda mais à esquerda; em relação aos países do centro nórdico europeu, a sociedade portuguesa continua a nível ideológico político um passo à esquerda da Europa.

Quem manda pode e quem pode manda; só manda vir quem não pode ou quem não está consciente de que também pode poder organizando-se!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

 

O PRECEITO DO PRECONCEITO NA DISCRIMINAÇÃO DO GÉNERO GRAMATICAL E DO SEXO

Da “Linguagem sexista” ao Domínio da Consciência social através da Novilíngua

Por António Justo

Cada época, cada grupo, cada pessoa, quer possuir uma identidade própria e para tal constituir a sua narrativa como se só ela fosse a norma; para tal tenta afirmar os próprios vestígios na discrição ou na forma de interpretar e apresentar os mesmos fenómenos da vida humana que se repetem ao longo da sociedade e da História. É uma tendência natural confirmada na natureza ao observarmos cada planta a afirmar-se na procura do seu sol. O mesmo se observa na selva da polis, onde cada grupo pretende colocar o outro debaixo da sua sombra. Se outrora se vivia mais ao sol de Deus-Pátria-Família, hoje procura viver-se ao soalheiro de Dinheiro-Mercado-Ego sexual. Num tempo em que a justiça social e a democracia política e económica já ultrapassaram o seu zénite, a luta das reivindicações passa a ser no campo da gramática.

No Brasil a presidente Dilma para granjear algumas almas com asas da cor do seu género, determinou ser chamada, senhora “presidenta”! Às vezes parece que o erro vale como trunfo, não fosse o português brasileiro!

Neste sentido, a 13 de Abril, mas de forma mais moderada, o Bloco de Esquerda (BE) recomendou ao Governo a mudança do nome do documento de identidade “Cartão do Cidadão” para “Cartão da Cidadania”. Para o BE, a expressão Cartão do cidadão pertence à “linguagem sexista” (1).

Para os lutadores do género, a palavra “Cidadão” no cartão de identidade, torna-se desconfortável, porque favorece um sexo ao apontar para o apêndice terminal masculino da palavra, o que fere a sensibilidade de certas almas habituadas a ver tudo sob o ângulo do sexo, o que as predestina a terem de andar à espreita dele também na morfologia gramatical. Então, porque não voltar à designação “Bilhete de Identidade” por ser de dimensão mais aberta e de forma mais ambígua, dado a terminação da palavra em “e” não ser de provocação tão “sexista” como as terminações em “a” ou em “o” (2)?

Frustrados do Homem e da economia aproveitam-se da sociedade para criarem um novo indivíduo e, com ele, uma “novilíngua”; já que o povo não se muda, tenta mudar-se-lhe a gramática! Vai-se tendo a impressão de não nos quererem cidadãos, apenas nos quererem imaginar indivíduos abúlicos, portadores da sua cidadania. Sabem como é que se faz História e que para tal é necessário mostrar a consciência disso. Por outro lado, que seria dos culpados se não houvesse os inocentes?

A prova de que o que está em jogo para o BE, não é o preconceito nem a discriminação mas sim a conversa em torno deles, vem do facto de não advertirem também para o caso de, no Cartão do Cidadão, se encontrarem registados outros dados ainda mais propícios ao preconceito e à discriminação; entre outros: a idade, o sexo, a medida, a assinatura, a fotografia, o nome; de facto, todos eles potenciam a discriminação e o preconceito.

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Registos a evitar para obstar à discriminação/preconceito

Abula-se a data de nascimento no cartão: a idade é um dos grandes factores de preconceitos e de discriminação; até o comércio e a indústria já se servem da idade para fazerem a sua propaganda adequada ao grupo etário, o que se torna numa afronta ao direito à protecção de dados.

Abula-se o uso da fotografia: através da foto pode-se deduzir qualidades temperamentais e tendências da pessoa para quem sabe um pouco de fisionomia. Através da análise do rosto pode-se chegar ao conhecimento de características psicológicas e seus traços de génio. Até a pele, mais ou menos bronzeada, também pode ser indicativo de pessoa mais ou menos sexy, o que também pode fomentar prejuízo ou discriminação.

Abula-se a assinatura: a escrita à mão também sofre da mesma peçonha porque quem tiver conhecimentos de grafologia pode usá-la como método de interpretação temperamental e de diagnóstico psíquico, podendo descobrir, através da assinatura, indicadores de personalidade. O manuscrito torna-se assim num factor de discriminação e preconceito.

Abula-se o nome: pelo nome pode chegar-se à etnia, religião e, por vezes, até à classe social.

Abula-se a indicação da nacionalidade: é factor de discriminação e de preconceito atendendo à escala do prestígio e de diferentes direitos dos Estados. Além disso os polipátricos ficam na indefinição entre o jus soli e o jus sanguinis.

Abula-se o registo do número do contribuinte: permite o controlo do cidadão e o registo dos três números (n° de identidade, do contribuinte e da saúde) facilitaria um governo espia.

Não falo já de fomentadores especiais de preconceito e discriminação que se escondem atrás do porte e do trajo, devido às consequências que poderiam levar ao estabelecimento do nudismo. Também a indicação de pertença religiosa ou partidária se torna, cada vez mais, num alimento do preconceito a que se pode seguir discriminação positiva ou negativa.

Uma consequência lógica passível de compromisso para o registo civil: substituição de todo o nome por números; seria a medida mais lógica contra o preconceito e a discriminação e o mesmo pacote legislativo teria a vantagem de unificar também o sexo. Depois poder-se-ia passar ao nome de ruas e de monumentos! Mãos à obra, trabalho não falta para os iconoclastas de uma sociedade egoísta e narcisista que só reconhece a própria imagem como ícone. Se continuamos a acção radical do neo-marxismo, a solução será irradiar a pessoa para acabarmos com as máscaras e todos os vestígios culturais.

Neste sentido, seria mais adequado apressar-se a abolição da linguagem e do pensamento; então encontrar-nos-íamos no paraíso terreal sem discriminações percebíveis entre todos os animais; sim, até porque na realidade não há conceito sem preconceito e aqui é que está o busílis de toda a questão! (3)

Conclusão

Fora de brincadeiras, o que aqui está em via é uma estratégia para reinterpretar o mundo e impor um discurso e uma lógica a um povo de cérebro bem lavado e como tal impróprio para vírus e bactérias; como o neo-marxismo já não tem mão sobre a economia procura tomar conta da arena pública assenhorar-se da linguagem do povo e, com ela, da sua consciência. Partem do princípio de que quem tem o poder da interpretação é senhor!

 

Tornou-se moderno ter à mão o sexo para chamar as pessoas ao regaço da ponderação moderna. Quem tiver mão nele tem mão em toda a sociedade. Assim, para quem quer poder, não há nada mais recomendável do que tornar-se senhor do sexo, servindo-se também da sexualização do género gramatical. Trata-se aqui de usar, para o público em geral, o outro pendente da sua doutrinação sexual nas escolas, nas tais aulas de “inocência” sexual para crianças ainda verdes que devem aprender a não ter preferências e assim formarem uma sociedade despersonalizada e sem preferências que esteja preparada para só preferir o que os que dominam a ribalta pública lhes apresentarem.

 

A sabedoria portuguesa costuma recomendar: „nem tanto ao mar nem tanto à terra” e a sabedoria europeia ensina: A virtude está no meio e não se encontra nos extremos! Apesar disso não se pode ser radical contra os extremos porque eles é que aguentam o meio! É certo que no uso da linguagem deveria haver mais equidade e ponderação; para levar isto avante, o melhor meio seria a arte e a cultura em geral mais que as terapias de choque dos políticos.

 

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo, https://antonio-justo.eu/?p=3655

  • (1) Agradeço ao BE a oportunidade que me dá para reflectir um pouco sobre um aspecto da problemática do Gender (género) tão cara ao BE e deste espalhar um pouco de nevoeiro com a minha nortada.
  • (2) A lógica do género sofre de antropocentrismo em questões do trato do género gramatical não tendo em conta, animais, plantas e coisas!… Não perscrutam a injustiça no caso dos sobrecomuns, só com um género gramatical: a pessoa, a criança, a vítima, a criatura, a esquerda… Em tempos de esquisitices também não tratam bem os nomes “comuns de dois” : o/a jovem, o/a artista, o/a presidente, o/a fã, o/a turista, o/a imigrante.

Também os há, os nomes epicenos, com um só género gramatical, e sem diferenciação de sexos: será de obstar ao mal da cobra e do jacaré que englobam na mesma palavra o macho e a fémea; na cobra (macho ou cobra fémea) é discriminado o macho e no jacaré é discriminada a fémea.

Mais uma questão, para os advogados do género resolverem: Nota-se grande falta de lógica do género no emprego do masculino para a palavra tinteiro e o uso do feminino para a palavra caneta, já que, do ponto de vista da “linguagem sexista”, o pormenor está na tinta!…

Na mesma ordem de ideias será de preparar uma moção para o próximo congresso do BE: A mudança do nome “Bloco de Esquerda” para “Bloco do Esquerdo e da Esquerda” para que no partido o sexo feminino não bloqueie o sexo masculino.

O uso do pleonasmo “queridos portugueses (os) e queridas portuguesas” vai ganhando terreno usando-se mais em deferências de cortesias pessoais mas que não fazem parte do uso gramatical.

  • (3) Abula-se o prejuízo da discriminação baseada no preconceito da anti-discriminação!

 

MARTIN SCHULZ REAGE ÀS REACÇÕES DE ERDOGAN À DECLARAÇÃO DO BUNDESTAG SOBRE O HOLOCAUSTO AOS ARMÉNIOS

O presidente turco (segundo relata a imprensa alemã), colocou indirectamente o parlamento alemão nas proximidades do terrorismo.

O Presidente do Parlamento da UE Martin Schulz criticou as expressões do presidente turco contra os deputados de um outro estado dizendo:”Este tipo de abordagem representa a quebra de um tabu absoluto, que eu condeno fortemente “.

O presidente Erdogan, na sequência da declaração do Bundestag do assassínio turco aos arménios como Holocausto, reage de maneira não própria de um presidente de um país civilizado, ao atacar os 11 deputados de origem turca de uma nação amiga como se estes tivessem de ser lacaios da política turca e estar de acordo com um presidente autocrata que rompe com as conversações com os curdos, bombardeia os curdos sob o manto da Nato, persegue jornalistas e a imprensa que o critica e tira a imunidade aos deputados curdos na Turquia.

As frases de Erdogan são suficientes para se reconhecer nelas racismo e para mostrar com que espécie de personalidade a EU faz negociações. A respeito dos 11 deputados alemães de origem turca o presidente afirmou: “Alguns dizem que eles são turcos. Mas que espécie de turcos?”. “O seu sangue tem de ser investigado através de um teste de laboratório”. “Lá deve haver 11 turcos! Isso é que era bom! Eles não têm nada em comum com a identidade turca (“com a turquidade”). Enfim, o seu sangue está corrompido”. Considera-os “o braço prolongado” da organização terrorista PKK na Alemanha. (1)

O deputado Cem özdemir, chefe dos Verdes, que tinha tomado a iniciativa da resolução no parlamento alemão é quem recebe mais ameaças de morte.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do tempo

(1)          Citações traduzidas do HNA

A PROMISCUIDADE ENTRE POLÍTICA E EMPRESAS COMPROMETE A DEMOCRACIA

Paulo Portas, saído há pouco do governo, passa já para consultor da empresa Mota Engil. Embora este mau hábito se repita em Portugal e na Europa é um mau testemunho da democracia. Assim se salta por cima da lei da incompatibilidade da amalgamação de política e economia.

 A política é usada como plinto de políticos para cargos executivos de grandes empresas, o que lembra também a influência das empresas na política; Paulo Portas, embora não vá para o executivo da empresa, ao ocupar o lugar de consultor do Conselho Internacional da Mota Engil não respeita a carência que deveria ser pelo menos de três anos depois de um governante sair do poder.

O serviço que Paulo Portas prestará em benefício da economia portuguesa não deve acontecer à custa da promiscuidade e do tráfico de influências entre política e as estratégias das empresas, o que é incompatível com a Democracia. Hoje as irregularidades que se fazem sob o manto da democracia tornam-se cada vez mais drásticas e atrevidas. O problema maior está no facto de esta ser uma prática cada vez mais generalizada. http://leitor.expresso.pt/#library/expressodiario/06-06-2016/caderno-1/temas-principais/os-sete-trabalhos-de-portas

Constata-se que em política o que vale e fica é o poder; se a população não está atenta a democracia cada vez se transforma mais num pretexto para o poder.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

GUERRA FRIA ENTRE A NATO E A RÚSSIA

Manobra da Nato na Polónia uma Provocação?

Mais de 30.000 soldados, 3.000 veículos, dezenas de aviões de guerra e barcos dos países da Nato encontram-se em manobras na Polónia numa demonstração de força perante a Rússia. Este espectáculo destina-se a atemorizar o governo de Putin interessado em manter para a Rússia as antigas zonas de influência da antiga União Soviética.

Nestas manobras militares, a Nato serve os interesses americanos mais interessados na provocação do que na solução dos problemas. Os interesses genuínos da Europa, que exigiriam mais diálogo e prontidão de compromisso entre a Europa e a Rússia são assim sacrificados aos USA e seus parceiros estratégicos.

O facto de terem sido convidados, para as manobras da Nato, observadores militares da Ucrânia e da Geórgia torna a acção ainda mais provocante. Indirectamente a Nato manifesta o seu interesse de admitir os dois países na zona de influência da Nato sem consideração pelos interesses da Rússia como herdeira da antiga União Soviética.

Os países ao longo da fronteira da Rússia tornam-se cada vez mais em zonas demarcadas de conflito de interesses rivais.

A Nato, devido à influência da Alemanha, viu-se obrigada a retroceder um pouco na sua retórica agressiva, passando a declarar as manobras como exercícios da Nato sob orientação da Polónia.

António da Cunha Duarte Justo