Após um ano sobre a decapitação da estátua de Santo António em Torres Novas (Sto António, o Santo mais popular na Europa e em Portugal), é a vez de outro símbolo nacional ser vandalizado (um dos três momentos que ditaram a nossa independência). Os antidemocráticos wokistas continuam a intimidação. Destroem cultura e símbolos cristãos, como os talibãs. Portugal e a Europa estão a morrer?
A libertinagem conduziu-nos ao nível em que nos encontramos. O problema é que as democracias passaram a ser dominadas pelas minorias e a classe dominante serve-se disso para não ter de serem responsáveis com as maiorias contribuindo também eles para desconstruir o que as maiorias construiram. Da ambiguidade e ambivalência sabe quem manda que delas é que se vive bem!
António Justo
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PROGRAMA DE TRUMP
NO MEU CAMPO
NO MEU CAMPO
No meu campo
cavei regos de esperança
para a água da vida neles passar,
mas a água neles era tanta,
que os regos levava
e eu atrás deles na torrente
à enxada me agarrava
a ver os tubérculos do sonho a resvalar
noite incendiada
tu que o dia apagas e a noite queimas
deixa-me a água nos olhos
para ver o cintilar das estrelas
não me roubes o escuro
só quero amar a lua
aquele rosto de menina
onde o fado descansa.
António da Cunha Duarte Justo
in “Poetas Lusófonos na Diáspora”, Oxalá Editora
ELEIÇÕES PARA O PARLAMENTO EUROPEU
Por Vaidade e em Nome de uma Solidariedade cega Portugal paga por uma Guerra que não é sua!
Em campanha buliçosa para as europeias, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, visitou Portugal e o presidente Francês visitou por três dias a Alemanha; tenor comum das visitas foi o apelo ao fortalecimento da maquinaria de guerra e a quem a apoia.
Zelenky conseguiu de Lisboa mais 26 milhões de euros, a juntar aos 100 milhões de março.
Imagine-se que Portugal em tom de desagravo aos contribuintes portugueses disponibilizava esse dinheiro para o sistema de saúde português ou o pedia a Biden, o único que lucra com a guerra!!!
Sim, estamos a pagar uma guerra que não é nossa, uma guerra sem sentido e já perdida; pagámo-la directamente com dinheiro e outros apoios e indirectamente com o consequente encarecimento de vida.
A indústria militar alemã Rheinmetall está tão contente com a propaganda política de guerra que anunciou ir subvencionar o futebol para que também os que viviam na inocência se tornem cúmplices no apoio da guerra à custa do empobrecimento das populações europeias. A Rheinmetall anunciou ir investir milhões no negócio do futebol, o Borussia Dortmund é o primeiro a ser contemplado! A indústria da guerra e grandes grupos económicos são os que estão por trás da política em via que indirectamente vem proporcionar o reestruturamento das grandes nações à custa do maior empobrecimento das economias marginais.
Causa fastio ver-se por toda a Europa toda uma propaganda manipuladora das populações; e o que é mais triste é ver-se ela vir de cima na defesa dos interesses de elites oligárquicas, sem que se note, porque o sistema internacional é coeso!
Os 126 milhões e outros que já foram servem para fomentar a vaidade da nossa elite política: uma maneira de pôr-se em bicos de pés para serem notados quando elites das potências abanam a cabeça pelo dessentido de gente pobre em relação a eles os estar a ajudar!
António da Cunha Duarte Justo,
Pegadas do Tempo
AS ÁRVORES MORREM DE PÉ
AS ÁRVORES MORREM DE PÉ
Numa vasta floresta, erguia-se uma árvore majestosa e a sua copa estendia-se até ao céu, abrigando a vida que nela se aninhava e dela dependia. Era uma árvore especial, porque entendia a dança das estações e o ritmo da vida como nenhuma outra.
Certa vez, um vento furioso varreu a floresta, sacudindo de medo todas as árvores ao seu redor. Algumas tombaram por terra, outras partiram ao meio, porque não resistiram à fúria da tempestade. Mas a árvore majestosa permaneceu firme, cruzando os braços graciosamente diante dos ventos implacáveis.
Enquanto o vento bradava e as folhas dançavam no ar, os pássaros que viviam na copa chilreavam, confiando no gracioso ondular dos ramos e na estabilidade do tronco da árvore. Sabiam que, mesmo nos momentos mais difíceis, podiam encontrar abrigo e segurança sob os ramos generosos daquela árvore especial.
À medida que as estações avançavam, a árvore experimentava e testemunhava a alegria da primavera, a exuberância do verão, a melancolia do outono e a serenidade do inverno. A cada mudança, ela transformava a sua aparência e encontrava beleza e desígnio divino em cada fase de sua existência. Como filha da floresta reconhecia a vida da Mãe Natureza dançando dentro dela, tentando expressar-se e desenvolver-se.
Um dia, quando as folhas da árvore começavam a murchar e o frio do inverno se fazia sentir na pele da natureza, um caminhante em busca do sentido da sua própria vida estremeceu ao percorrer a floresta onde se tinha perdido. Através da observação, caiu em si mesmo e apercebeu-se de que a árvore se distinguia pela sua soberania e majestade solitária. Surpreendido pela sua resiliência e beleza mesmo perante as adversidades, o caminheiro perguntou à árvore qual era o segredo da sua aura, carisma e longevidade.
Com um suspiro suave, a árvore respondeu: “Conservo-me fiel a mim mesma. À medida que mudam as estações, eu mudo também, sem me perder nelas. Mantenho-me sempre fiel à minha essência, encontro alegria na vida e aceito os desafios com gratidão. Escuto e sigo o eco da Vida que pulsa na floresta. Esta é a minha missão secreta, o meu compromisso com a natureza.”
O caminheiro baixou o olhar e sorriu, reconhecendo a sabedoria da árvore. E enquanto caminhava, ainda à sombra da árvore, começou a refletir sobre o seu exemplo humilde e sublime. O caminhante grato pelo encontro com aquela árvore percebeu a mensagem: “Percorre o caminho da tua vida ao ritmo do teu coração”. Na verdade, quando nos pomos a caminho, entramos em contacto com o todo (o caminho divino), descemos da nuvem da mente e encontramo-nos nos prados vivos e férteis da vida. Vamos encontrar-nos no caminho da vida! Como a árvore, devemos permanecer fiéis a nós mesmos e encontrar alegria e sentido na vida, mesmo nos momentos mais difíceis. De facto, dentro de nós reside a capacidade de nos conhecermos a nós mesmos e, ao mesmo tempo, de descobrirmos o desenvolvimento da natureza nas nossas vidas e, assim, a partir do nós, apreciarmos a partir de dentro a nossa própria adaptação à vida. Então tudo o que nos resta é a gratidão, por sentirmos nela uma realização verdadeira e valiosa.
E assim, a árvore continuou a erguer-se majestosamente, com suas raízes bem firmes na terra e seus braços estendidos para o Céu. Ela sabia muito bem que mesmo quando todas as folhas caem e chega o inverno, a vida continua, cheia de promessas e possibilidades, principalmente para quem permanece fiel a si mesmo e acredita no sentido e significado de um Sol que os puxa e ao mesmo tempo arrasta toda a natureza.
A partir daquele encontro, o caminhante passou a olhar a vida de frente, e só de olhar para ela, aliado à memória da floresta, ele encontra o seu sentido e experimenta nela felicidade e libertação no caminhar.
Assim é, caro leitor! A vida brinca connosco e nós aprendemos a dançar com ela e, com o tempo, a vida também começa a dançar dentro de nós.
Por isso, vivo no que faço e para o que faço, no sentido de honrar a vida e de caminhar com ela e ao mesmo tempo experimentar o sentido da vida vivida!
António da Cunha Duarte Justo
“Flashes de vida”
Poemas de António Justo, http://poesiajusto.blogspot.com/
Em honra de meu pai no 30.12.2016: Pegadas do Tempo https://antonio-justo.eu/?p=9247