Ensino sobre Actividade sexual apenas a partir do 9°. Ano
Segundo relata a InfoCatólica, um grupo de cientistas britânicos aconselhou o governo a rever as orientações sobre Educação em Relações, Saúde e Sexualidade (RSHE) devido aos resultados nefastos que provocavam.
Na sequência das investigações o governo estabeleceu limites de idade para o ensino de temas delicados e não adequados à idade da criança. A teoria da identidade de género não será ensinada nem qualquer discussão explícita sobre a actividade sexual antes do 9º ano.
Numa época em que objectivos da ideologia marxista e maoista são apoiadas por governos e pela imprensa internacional, no sentido de socializar a sexualidade e assim se apoderarem de direitos genuínos familiares de educação das crianças, vai sendo tempo de se analisar o que está por trás de muitas agendas e iniciativas. Tudo o que se fizer para proteger a privacidade, e a saúde física e mental das crianças reverterá em proveito das sociedades futuras. A infância não pode tornar-se em lugar de experimentações e formatações.
A socialização da sexualidade levada ao extremo não passa de uma sedução projectada que começou com o movimento 68 e depois foi expressa pelos Verdes na sua exigência de também as crianças terem direito a sexo, o que depois levou ao abuso e à promoção da pedofilia.
As crianças devem ser deixadas em paz! O que elas precisam é de carinho, respeito e compreensão. Uma criança formatada por objectivos sociais baseados apenas na razão e em princípios ideológicos ou pragmáticos aprende a não ser aceite com consequências pessoais desastrosas e passa a assumir um caracter meramente funcional na sociedade.
A educação familiar nunca deve ser substituída nem diminuída pela educação escolar. Os laços sociais dentro da família desempenham um papel essencial para o desenvolvimento sadio porque são guiados pela vida vivida e não por informações orientadas para um determinado propósito.
Já Darwin reconhecia que, na evolução do indivíduo, o aumento da aptidão genética se dava não apenas através da sua própria prole, mas também através do apoio e inter-relação parental.
A família revela-se como o melhor meio para se conseguir um desenvolvimento eficaz e equilibrado porque para o processo da evolução são determinantes centrais a cooperação e a coesão dos elementos. Isto é confirmado não só pelo senso comum, mas também pelos dados científicos e pelos factos da história do desenvolvimento humano. (O facto de se valorizar a família não significa que se desprezem os homossexuais; em toda a natureza não há regra sem excepção e a excepção confirma a regra sem que seja diminuída; sim, até porque na realidade, uma e outra são obra da natureza e da Criação).
O globalismo e o liberalismo desenfreado, filhos dilectos do capitalismo e do socialismo, tentam equiponderar tudo o que é vida e cultura ocidental pelo nível mais baixo.
O que se torna mais trágico de observar na Europa é o facto de, por um lado, ela ser intimidada pela concorrência geopolítica de novos imperialismos baseados em valores herméticos contra os nossos, e por outro lado, a Europa, em nome de valores universais abstratos negligenciar os seus, servindo, deste modo, contra si os rivais! Sim, porque, , por consideração para com eles, a Europa (em nome do progresso e não do desenvolvimento) passou a demolir activamente a base dos próprios valores culturais que davam consistência aos estados e ao povo, pondo-os à disposição dos polos rivais que se afirmam com valores próprios e não com valores universais.
Passa-se a viver na incongruência de se ser tolerante para com os estranhos e adversários e intolerante para com as próprias populações. O comércio de bens culturais em troca de bens económicos é um falso comércio, uma vez que cultura e economia só podem subsistir juntas; e isto é legitimado com o mesmo equívoco de se se julgar superior a consciência das elites deva ser a determinante do povo e da história, considerando-se o povo para tal como minus habens. Por outro lado, elites político-económicas compensam o seu déficit cultural e racional, defendendo interesses próprios da classe através da luta económica e militar contra os adversários concorrentes à custa dos interesses das populações e da sua cultura (o povo na posição de submerso deixa-se equivocar apoiando as intrigas entre elites adversas pensando que se defendem a si próprios). Na consequência temos as populações a pagar o recibo das elites contraentes e suas malévolas extravagâncias.
Necessita-se uma reflexão sobre um ajuste à nova situação geoestratégica de maneira a ser-se legítimo afirmar dentro da própria civilização os valores que ela gerou e lhe deu rosto no mundo num processo de emancipação e inclusão permanente. Doutro modo a utopia de um humanismo global arruína a nossa civilização devido ao estádio em que ainda se encontram as civilizações hodiernas e suas correspondentes inter-relações. Aposta-se num humanismo global e ao mesmo tempo inserem-se cavalos troianos do adversário no próprio terreno. Não se trata de encapsular a cultura europeia, mas sim de humanizá-la no interesse das pessoas e, portanto, ao serviço da humanidade.
Óbvio seria que nem o Ocidente legitimasse o seu imperialismo com o argumento de que tem um sistema de valores (democracia e direitos humanos) superior às outras civilizações nem outras civilizações tentassem dominar as culturas diferentes em nome dos seus valores politico-culturais.
Uma ideologia globalista em via pretende criar uma rivalidade entre família e Estado no seu sistema educativo de maneira que o Estado, a exemplo de Esparta, além do direito de instruir usurpa também para si o direito de educar, seguindo a pretexto disso agendas vindas de organizações da ONU baseadas num globalismo equívoco!
Precisa-se uma política inclusiva transversal em que geografia, estado, família e indivíduo se relacionem de modo interactivo e vital orgânico e não apenas burocrático de concepção artificial funcionalista.
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo
Gostei o que li. como as palavras. As crianças devem ser deixadas em paz ! O que elas precisam é de carinho, essa parte muito me toca, – respeito e compreensão Obrigada
Oportuna reflexão, cuja partilha agradeço. A Teixeira António Coelho
Dilma Moreira
Até que enfim vejo algo instrutivo na NET, muito obrigado sr antonio
… portanto, importa que a médio / longo prazo não passe a ser excepção, como diz, o que é confirmado não só pelo senso comum, mas também pelos dados científicos e pelos factos da história do desenvolvimento humano.
Uma parte das escolas no Brasil estão indo para esse mesmo equívoco de diversos países europeus, o que é uma lástima. Ideologias funestas dentro das salas de aula.
Cíntia Silva Guimarães, uma pena que isso esteja a acontecer com o Brasil a nível de escolas e de instituiões políticas; isto é grave numa nação tão grande e que poderia tornar-se numa esperança para o mundo. Seguir as pegadas da política pós-guerra da Europa e mais concretamente a da União Europeia é apostar num projecto moribundo. Quem passou a determinar os destinos da Europa, não é a democracia; foram os tecnocratas aliados a oligarcas globaais. Organizações não democráticas como a ONU, organizações mundiais bancárias, NATO, EU, etc são quem determina os destinos do andar do mundo e o que é mais grave com a aparência de democracia. Um engano pegado e disfarçado que não encontra em pessoas da elite quem mostre o abuso…