Porque queixar-se do Vigor islâmico se o Problema está na Fraqueza político-cultural da Europa?
A migração de muçulmanos para a Europa significa um enriquecimento para a economia das nações fortes e para o rejuvenescimento da população europeia, que tinha uma taxa de natalidade muitíssimo baixa, mas, por outro lado, irá provocar consequências problemáticas de longo alcance na cultura e na política da Europa.
Quem estudar as bases do Islão (Corão, sharia-preceitos e os ahadith-feitos de Maomé contidos na Suna) facilmente chega à conclusão que, o Islão é um estilo de vida; nos moldes ocidentais, o Islão é uma ideologia política camuflada de religião; como tal tem mais perspectivas de autoafirmação sociopolítica do que qualquer outro grupo político ou ideologia. O islão submete toda a vida do humano e da sociedade a regras (sharia) incompatíveis com os valores humanos dos Estados ocidentais que dão primazia à soberania do Estado (democracia) e não a Deus/Allah; por outro lado o islamismo é mais compatível com o poder e mais adequado aos instintos das massas globais; a sua divisa é “submissão” (Islão significa resignação, submissão).
Instintivamente, o islamismo conseguiu amarrar os ocidentais à preocupação de o não ofender nem questionar quando impõe os seus hábitos e costumes de gueto. Os governantes europeus como sabem que os seguidores do islão não se adaptam, adaptam-se eles aos muçulmanos para terem o sentimento de não perderem. Por seu lado, a opinião pública ocidental não se preocupa com os próprios erros nem com a falsidade ou autenticidade da comunidade islâmica ordenando o discurso sobre ela apenas pelo imaginário religioso.
O imperialismo islâmico embora não tenha a força económica do Ocidente conseguirá um dia sobrepor-se-lhe devido à conexão identitária da sua ideologia hegemónica (identificação político-sociológica através do laço da religião que tudo une, legitima e subordina: a essência da pessoa e sua relação com o outro é determinada pelo islão, o resto é considerado infiel. Neste contexto, não é sem razão que sistemas também eles autoritários, como o chinês e o russo, tenham medo dos grupos islâmicos dentro do próprio país: estão conscientes de que as suas ideologias políticas passam, mas as do islão são de natureza político-religiosa sustentável devido ao seu caracter de unidade intrínseca. As diferentes formas de governo mais ou menos moderadas estão sempre sujeitas aos guardiões da religião que se afirma como cultura do contra. A vontade do povo é identificada com a tradição de Maomé e por ele é crivada a “democracia”. Segundo a tradição islâmica, o Estado e a Democracia não podem usurpar a soberania de Allah e substitui-la pela soberania do Estado laico. Neste sentido, a nacionalidade secular/Estado é irrelevante perante o Direito Divino (o Corão e a Suna) que são imutáveis. Por isso os crentes mais conformes com os princípios muçulmanos combatem o secularismo porque a doutrina não permite contextualização que só seria possível se fosse permitida a exegese teológica.
Como religião nascida da guerra e de matriz masculina orientada para o poder serve-se do princípio da afirmação do mais forte conseguindo assim afirmar (‘democratizar’ masculinamente) também no povo o mesmo princípio da subordinação, garantidor de uma ordem social estável apesar de injusta porque contra a feminilidade humana. Também a estrutura familiar está concebida no sentido de expandir o Islão. (O Islão tem a mais valia africana de ter feito das tribos errantes da Península Arábica a civilização árabe: hoje o Islão, expresso no Corão e na vontade de Maomé, é a segunda crença maior do mundo, possuindo cerca de 1,8 bilhão de fiéis sobretudo na Ásia e na África).
Concludentemente não baseia a dignidade humana na pessoa, mas na pertença ao grupo muçulmano (de ideologia superior, comparável à de Hitler no que tocava à elevação da raça indo-germânica em relação às outras); deste modo impede o desenvolvimento das potencialidades revolucionárias do individuo na luta pelo desenvolvimento da pessoa humana, dirigindo essas potencialidades emancipatórias individuais para a afirmação global da comunidade islâmica que justifica o Jihad e os ataques suicidas (Ao contrário da antropologia ocidental, a honra humana não vem da pessoa, mas da pertença à comunidade islâmica que confere a personalidade ao indivíduo). A islamidade une consciência de norma, consciência individual e consciência colectiva de forma intrinsecamente ligadas a Allah e a Maomé não suportando a diversidade e fazendo valer em vez dela a consciência do nós (Ummah). Esta implica a não distinção entre sagrado e profano como expressão da lealdade ao país, à comunidade árabe e ao Islão.
A paz islâmica será possível quando governantes e governados se submetem ao código islâmico na vivência do dia a dia e na promoção da paz e da fraternidade islâmicas no mundo. A fraternidade islâmica não conhece o amor ao próximo, em vez dele afirma o amor e a solidariedade com o irmão muçulmano numa ética do ser bom o que serve o mundo islâmico e mau o que se encontra fora dele (O dar al-Islam – territórios onde se pratica a lei islâmica – identificado com a Ummah, contra o dar al-Harb – “área de guerra” ou seja área não islâmica). Daí a tolerância geral islâmica em relação ao terrorismo islâmico.
O sentimento de pertença religiosa é determinante no Islão, facto que a sociedade ocidental ignora como factor de sustentabilidade e por isso não consegue compreender a dinâmica de grupos como Al Kaida, ataques suicidas em nome de Allah, bem como levantamentos gerais no mundo islâmico quando o Islão é ofendido. O sentimento de pertença tem de passar pelo islão; a Ummah (comunidade dos muçulmanos de todo o mundo) que transcende Estados, Constituições e regiões e a pertença ele implica o sobrepor-se a todos os demais. O problema maior vem do facto de não reconhecer o que não seja islâmico (só ordem mundial islâmica) nem a divisão entre poder religioso e poder secular, factos estes que ajudam a garantir a guerra até ao fim dos tempos (o mundo muçulmano fá-lo em nome de Allah e o ocidental em nome do bem-estar económico).
Neste contexto, as democracias ocidentais estarão condenadas a oscilações cíclicas precárias por razões intrínsecas a elas mesmas porque legitimamente baseiam a afirmação das democracias na dignidade humana e na individualidade, factores estes que criam dificuldades à afirmação de interesses meramente institucionais e que explicam o desequilíbrio entre sistemas autárquicos e sistemas democráticos – daí uma certa lógica no autoritarismo crescente também em democracias. Perante o sistema muçulmano estas democracias tornam-se sistemicamente fracas correndo o perigo de serem dominadas por ele pois este afirma-se e concebe-se como grupo (o órgão ou grupo assume supremacia em relação ao elemento e a expansão global em relação à expressão regional geográfica). A falta de organização orgânica interna das democracias ocidentais (existência de uma orgânica meramente externa a nível de administrações ou elites sem transcendência– sem identidade comunitária cultural popular) levará a Europa a islamizar-se e a perder o seu caracter humanista próprio. (O problema da civilização ocidental de cunho cristão situa-se nela mesma ao identificar o amor indiscriminadamente a Deus-ao Próximo- e a si mesmo, numa visão de humanidade universal de irmãos e não de culturas, civilizações ou formas de governo. Neste sentido Jesus não era cristão, europeu, africano ou asiático e o seu povo era a humanidade.
Segundo a Universidade de San Diego, daqui a 12 anos, 25% da população da Europa será muçulmana. A sociedade islâmica é consistente por si mesma e afirma-se como sociedade paralela controlada pelas mesquitas numa afirmação não inclusiva, mas do contra; na Europa há já cidades onde a maioria da população com menos de 18 anos é muçulmana. Na Inglaterra onde normas da sharia (lei islâmica) já são integradas (paralelamente) no direito inglês, um terço dos estudantes muçulmanos britânicos são a favor da criação de um califado mundial. Em muitas cidades inglesas as prefeituras são já dirigidas por muçulmanos (Londres é um exemplo disso), o que noutras circunstâncias não envolveria medos. Medos são maus conselheiros porque deles surgem lutas instintivas (1)
O problema não deve ser colocado nas pessoas muçulmanas que são inteligentes e apenas sabem tirar proveito dos fortes e das fraquezas da sociedade ocidental. A consciência islâmica leva-os a investir na política porque esta tem grande influência no desenvolvimento da consciência dos povos; o facto de muçulmanos serem individualmente reféns do sistema religioso instiga-os a conceberem um mundo a ser cativo. A questão não é a força do islão, mas a fraqueza da cultura ocidental (2) que ultrapassou o seu Zénite e tem a pouca sorte de gerar governantes e elites irresponsáveis e também elas de ideologias decadentes.
A emigração muçulmana em massa para a Europa sem medidas políticas de integração que fomentem a sua evolução religiosa e evitem a formação de guetos está a ser o maior erro político cometido por uma oligarquia europeia comprometida num progresso desintegrador da cultura europeia que tenta compensar a sua carência reprodutora e o envelhecimento da sociedade com a importação de famílias muçulmanas fecundas que por sua vez são conscientes da robustez da sua unidade cultural, aquilo que justamente os torna fortes.
A queixa, contra um islão consciente do que é poder e como poder se torna sustentável, é, na Europa, reduzido a um lamentar de carpideiras à frente do moribundo. Um grande erro foi a política europeia ter-se orientado apenas por factores de razão económica desprezando o factor cultural próprio e nessa lógica ter fomentado uma política multicultural – uma estratégia asseguradora da construção de barreiras e guetos culturais dentro da própria sociedade – em vez de implementar uma política dialógica intercultural de enriquecimento mútuo para as partes envolvidas (a questão coloca-se só em relação ao Islão porque pelo observar da História todos os grupos étnicos e religiosos integram-se ou vivem sem exigências exageradas).
Nos anos oitenta, como porta-voz dos 35 mil estrangeiros no Conselho de Estrangeiros de Kassel lutei pela afirmação dos direitos dos estrangeiros na Alemanha em benefício sobretudo dos muçulmanos. O contacto directo com a comunidade muçulmana (representantes das associações em torno das mesquitas e imames) permitiu-me, pouco a pouco, compreender a estratégica esperta e coerente do islão e perceber o porquê da decadência da sociedade europeia em relação à sociedade islâmica (trata-se do encontro de duas sociologias e de duas antropologias tão distantes uma da outra com a Idade Média e da Idade Moderna uma da outra: a primeira faz valer a comunidade à custa do indivíduo e a segunda faz valer a individualidade à custa da comunidade); o Ocidente contemporâneo afirma o individualismo contra a comunidade e o islão afirma a comunidade contra o indivíduo: dois extremos, no primeiro domina o relativismo e no segundo o dogmatismo. Para termos um possível exemplo do pior que poderia esperar à sociedade europeia seria imaginar o seu desenvolvimento com o desenvolvimento da Turquia desde 1915 e observar o destino das minorias.
Urge o encontro intercultural e a inter-relação dialogal equitativa de comunidade e indivíduo para corrigir a política multicultural de forças paralelas, para se iniciar um período de inclusão dos valores da comunidade e do indivíduo. O Islão pode aprender da comunidade ocidental e esta pode aprender do Islão.
É interessante verificar que nos inícios dos anos oitenta, nós os representantes dos Conselhos de Estrangeiros nos dirigíamos aos Países Baixos para os imitarmos nas suas medidas progressistas e liberais de acolhimento de estrangeiros para as aplicarmos nas nossas câmaras municipais. Hoje, 60% da população dos Países Baixos considera a imigração muçulmana em massa como o erro político número um pós-guerra mundial.
Nos países de imigração já é possível observar, no comportamento social, as diferentes atitudes dos grupos imigrados de diferentes regiões e culturas em relação à sociedade acolhedora. Daí também a injustiça feita a muitos imigrantes ao metê-los todos no mesmo saco; o mesmo se dará ao considerar todos os imigrantes islâmicos pela mesma rasoura. O pensamento indiferenciado tem sido um erro comum a políticos e populações no que se refere ao tema das migrações.
Desde o Renascimento operou-se uma emancipação progressiva do indivíduo em relação à comunidade. Tal como na Idade Média a comunidade (instituição) abusava do indivíduo, a partir da emancipação renascentista e moderna o indivíduo emancipou-se de tal modo que exteriormente chegou ao exagero de prescindir do seu fundamento que é a comunidade; com a desintegração social em processo e a desconstrução cultural europeia damos início à queda do império ocidental tal como aconteceu com o Império romano. Os muçulmanos, que se encontram estruturalmente na Idade Média beneficiarão da vantagem de se afirmarem como comunidade numa sociedade ocidental já não comunidade, por isso condenada a abdicar e a ceder ao relativismo cultural e à consequente afirmação de egos não orgânicos que se tornarão anonimamente controláveis por supraestruturas globalistas.
Um grande motivo histórico para consolação no suceder-se das civilizações, é o facto de, geralmente, ao expirarem terem dado oportunidade a um passo em frente, dando origem a novas perspectivas! Segundo analistas até as guerras foram factores de grande desenvolvimento humano.
O mundo anda escuro demais, mas isso é uma questão cíclica como a das estações do ano; o pior não será a escuridão, mas sim andar sem ideia do caminho nem saber aonde ele leva. Temos o exemplo da escuridão da noite e verificamos que também ela tem sentido, mas para podermos andar nela temos de adaptar as pupilas ao escuro, que é a outra parte da realidade. O mais importante é saber como caminhar e para onde. Andar às apalpadelas pode ajudar a afinar o sentido de orientação.
António CD Justo
Pegadas do Tempo: https://antonio-justo.eu/?p=8885
(1) https://abemdanacao.blogs.sapo.pt/tag/%22ant%C3%B3nio+justo%22
(2) Cultura em implosão: http://antonio-justo.blogspot.com/2016/10/politica-do-postfacto-etica-entre.html
https://bomdia.eu/e-o-islao-a-caixa-de-pandora-da-civilizacao/
https://bomdia.lu/a-nova-tirania-de-minorias-esta-a-substituir-a-das-maiorias-do-passado/
Hipocrisia política: https://jornalpovodeportugal.eu/2017/07/09/da-hipocrisia-politica-a-inculpabilidade-muculmana-por-antonio-justo/
Incompatibilidade do Islão com as democracias ocidentais: https://abemdanacao.blogs.sapo.pt/o-islao-e-incompativel-com-a-democracia-1764343
https://bomdia.eu/islao-e-a-sociedade-masculinidade-contra-feminidade/
http://vozdenampula.blogspot.com/2011/01/porque-sao-cristaos-os-mais-perseguidos.html
Uma visão assustadora mas possível…
Manuel Henriques , no meu entender, mais do que uma visão trata-se de uma apresentação de uma situação real e ordená-la numa lógica argumentativa de maneira a fazer pensar-se de modo mais lógico sobre o tema. A reflexão que fiz aqui, baseia-se na muita leitura dos princípios político-sagrados orientadores do Islão que são muito coerentes em termos de poder e de tomar partido pela masulinidade do mais forte, a minha análise baseia-se também no contacto pessoal directo com a vida muçulmana organizada (e de gueto), na situação da expansão islâmica actual na Europa e na sua vitalidade reprodutiva, e na análise do agir político europeu, sem fins nem metas, constituindo a sua transcendência e sentido no encosto à Economia dos EUA e à força militar da OTAN e na conversa fiada de uns valores que, embora importantes, se julgam vida encadernada absoluta em constituições que não podem incluir a terra nem a alma. Creio que um factor afastador dos medos de uma catástrofe cultural, será o momento histórico em que a mulher muçulmana ganhe rosto e expressão de maneira a poder sair à rua sem ser observada (então o Islão aprenderá a dominar o excesso quase exclusivo da sua masculinidade e ao integrar a feminidade nele toda a sociedade humana poderá encontrar-se então num ponto de desenvolvimento da consciência que opte já não pela estratégia da confrontação e do domínio mas que chegue a poder elaborar uma cultura de paz ( o mesmo desenvolvimento será necessário na sociedade ocidental)! O islão só poderá ser pacífico quando assumir a feminilidade em termos de igualdade e só as mulheres poderão fazer a revolução. Também a nossa civilização é dominada por uma matriz masculina que, porque mais branda, ilude a feminilidade das mulheres e dos homens de maneira a assumirem através de funções sociais as matrizes masculinas (masculinidade) intrínsecas sem se preocuparem na criação de uma matriz em que feminilidade e masculinidade actuem de maneira inclusiva tanto no homem como na mulher e consequentemente também na sociedade. Vejo aqui, masculinidade e feminilidade numa inter-relação una e vital de energias vitalizadoras numa espécie de diálogo semelhante ao das marés altas e baixas do mar que obedecem a forças gravitacionais determinantes de um mesmo mar. O meu sonho ou visão é a de uma matriz económico-político-social-cultural em que os polos da masculinidade e da feminilidade funcionem de maneira vital inclusiva e não em termos de poder e de domínio polar como é o caso da nossa sociedade e como exemplo extremo a matriz árabe-muçulmana.
Olá, Amigo António Justo.
Como sempre, gostei de ler, com calma e aproveitando para pôr os neurónios a funcionar, o texto que aqui postaste.
Evidentemente, mesmo gostando de te ler, não me obrigo a concordar com tudo o que escreves, é lógico, nem tu ficas melindrado com isso; mas encontrei neste teu texto muitas “ideias” e convicções que comungo contigo, mas que guardo comigo, algumas talvez e também, nada canónicas…
Escrevi guardo, porque nem tenho bases (se calhar, nem coragem) para as poder expressar da maneira magistral como sempre o fazes.
E, continuando a “filosofar para comigo, o melhor não gosta do bom, e ainda bem, para que, assim, se possa evitar muita “palha” que não iria atrasar nem adiantar – seria o meu caso.
Caro Justo, além dos parabéns que aqui te quero deixar, apesar de ainda um pouco distante desejo-te um Bom Natal, para ti e para os teus.
Com um forte abraço
Caro amigo Miguel,
muito agradecido pelo teu Feedback! É gratificante o não poderes concordar com tudo o que escrevo. Isso só testemunha as tuas capacidades intelectuais e fidelidade à lógica do teu raciocínio e experiência. Ideias e emoções comuns fortalecem naturalmente o sentimento de amizade mas a expressão de lógicas individuais próprias são sempre um enriquecimento mútuo e causa de enriquecimento e agradecimento. Nesta lógica também o meu obrigado. Importante seria que surgissem argumentos a favor e contra aspectos da lógica que procurei apresentar. Seria uma maneira de entrarmos num discurso onde nos ajudássemos uns aos outros a aprofundar os temas através de um diálogo, mesmo até em termos de controvérsia: só este poderá melhorar o bom! Na sociedade em geral há um grande medo de se tratar o tema islâmico. As pessoas desenvolvem mecanismos de reação inibidoras e os políticos sentem-se à vontade e isto nem ajuda muçulmanos nem não muçulmanos. Ajudaria muitos não muçulmanos a manter a cabeça fresca baseada em argumentos e não em preconceitos . Doutro modo fica tudo cada vez mais na mesma como o animal hipnotizado pela cobra… Um diálogo sério e justo ajudaria muitos muçulmanos de boa vontade a poderem construir pontes entre as civilizações e muitos europeus a construirem pontes também.
Quanto ao santo Natal e festas natalícias, idem para ti e família.
Abraço justo
Os nossos políticos andam cegos e os nossos netos irão pagar bem caro esta cegueira.
Antonio Cunha , esse é o grande problema; só vivem o momento presente deles sem pensarem no resto!
Bom dia, meu amigo. Seus textos são muito bons. Tenho aprendido com eles. Um abraço fraterno.
Bom dia, amigo; obrigado, tentamos fazer algo no sentido da humanidade e da humanização. Tudo é-nos dado!
Olá caro amigo Justo, foi em síntese extrema o que eu quis referir numa lógica prática de análise ao rumo do progresso ou não, dos acontecimentos atuais…
Grande abraço
Manuel Henriques , muito obrigado pela síntese e pelas possibilidades que deixa de interpretação num assunto que no fundo toca a todos mas que na sociedade actual mesmo na pensante se tornou incorrecto tratar para não suscitar medos ou extremismos nem se cair nas garras da intolerância do pensar politicamente correcto que prefere não querer saber e coloca pessoas que toquem o assunto no canto infernal dos extremismos e de outros ismos! A sociedade encontra-se intemidade de tal ordem que tem medo de se expressar sobr este e outros assuntos sérios que desagradem à política concertada na europa. Forte abraço e o melhor para toda a tua família.
Era tempo de alguem com conhecimento de causa e precisas capacidades percepcionais e analíticas , posicionar claramente os dados fundamentais em cima da mesa .
Mário LdS Botas , para isso pressupor-se-ia uma discussão séria e aberta também a nível intelectual na sociedade! Este é um assunto muito complicado e os políticos não estão interessados em análises que, por vezes, os transcendem e cujos resultados iriam contra interesses de elites políticas e da economia. Por isso tratam-no todos como o gato em torno do leite quente. Limitam-se a tomar uma ou outra medida para ir adiando o problema e ver se se safam de inquietações surgidas do meio do povo. A política enfrenta apenas os problemas do dia a dia que já são muitos (a política está segura que a verdade que fica e orienta as populações são os seus factos criados por ela!) e coloca na agenda do dia alguns assuntos quando dão demasiado nas vistas e põem em perigo o seu poder partidário. Por isso o tema é encarado de maneira mais profunda apenas por um ou outro intelectual sem grande acesso ao público (ou é tratado nas TVs a desoras!). De resto o tema tem sido desqualificado por elites e por correntes populares onde domina a discriminação pela positiva ou pela negativa ou é visto como tabu! Elites políticas partem do princípio que uma discussão aberta produziria mais conflitos e racismo no povo e a credibilidade política sofreria muito com isso.
Absolutamente de acordo …E para complicar as coisas ainda mais , assistimos a uma decadéncia das elites , que váo engrossando as fileiras da mediocridade !!
Mário LdS Botas , muita gente das elites quando desce à terra fazem-no de paraquedas para não sentirem o cheiro a povo. Vivem dos seus e para os seus interesses e estes resumem-se em dinheiro, influência e fama balofa! Com o século XXI iniciamos uma era em que as trevas dominam. Os filhos das trevas vivem no Olimpo onde regem outras regras e uma moral diferente da dos terráquios. Quando descem ao povoado fazem-no como os morcegos que não precisam de olhos nem de ver, basta-lhes os sensores que os levam a viver e orientar-se bem na noite, o seu dia; devido à sua natureza aumentam as trevas e a confusão na sociedade porque não precisam de luz para se orientarem e um mundo perturbado e desorientado dá-lhes mais aso às suas orgias!!
Reflexão exaustiva que ajuda a compreender e abre caminho ao pensamento sobre factos de hoje que assentam em realidades de todos os tempos.
Obrigada.
Mafalda Freitas Pereira , obrigado pelas suas palavras que demosntram clarividência e percepção social e histórica! Obrigado também pela sua paciência não perdendo o interesse perante textos compridos.
Um excelente design que acaba de configurar … O nome que dá à moradia , convida a repensar as imagens que temos no nosso cerebro sobre a qualidade do ser de certos deuses , ( ou elites )…Afigura-se no meu pensamento um renovado convite de rever a substancia espiritual desses “morcegos” elitários … qual a motivacáo orientativa que guia os seus afazeres !
Mário LdS Botas , uma revisão espiritual e mental torna-se de momento impossível atendendo à consciência humana vigente onde aqueles que poderiam ser chamados a ser os titãs da humanidade se degradam todos em meros cães de guarda dos que se encontram no pedestal mais acima! A luta contra os deuses estará perdida enquanto se não descobrir a divindade na ipsidade humana e como tal descobrir-se toda a humanidade como família divina numa vida embora diversificada mas inclusiva! No Velho Olimpo o Titão Prometeu foi severamente castigado pelos deuses do Olimpo por ter elevado a condição dos terráqueos ao roubar o fogo dos deuses e entregá-lo à humanidade; com isto Prometeu deu à humanidade o poder de pensar e de raciocinar! Por isso o saber era antigamente guardado pelas elites religiosas nas bibliotecas e hoje é controlado pelos poderosos através das universidades e do controlo da informação de maneira a as massas não poderem raciocinar e prevalecerem na dependência dos eleitos olímpicos! Ontem como hoje o saber (o fogo) continua na mão dos deuses, só que ninguém nota porque o castigo de Prometeu atemorizou todos os povos (e o povo até é levado a pensar que o tempo dos deuses já passou e por isso emprega as suas forças numa de Maria vai com as outras!). Assim a grande maioria do povo e dos povos limita-se a seguir o que as elites olímpicas combinam entre si fazendo da sua opinião o que o ritual diário da TV (Telejornal e outros narcóticos) possibilitam saber sem compreender! Urge que surjam novos Hércules capazes de libertarem titãs capazes de fazer com que os humanos passem a participar das regalias olímpicas! Desde que Tifão conseguiu escorraçar os deuses do Olimpo eles sofreram uma transfiguração que os transformou em arrivistas que construiram escadas dos poderes e darem a sensação e a ilusão de serem deuses por se encontrarem nalgum degrau mais elevado da escada e pelo facto de a tendência do humano ser a de olhar para o que está mais alto!
Mafalda Freitas Pereira , em geral, a vida hodierna condiciona-nos a ter de andar a correr e muitas vezes a fixar-nos no particular para não corrermos o perigo de nos perdermos no caminho que nos é dado! Além disso comer do fruto proibido que é o saber torna-se doloroso, como se sabe!
António Cunha Duarte Justo, O que se passa no mundo é por demais importante
e se o texto é interessante não é por ser comprido que se perde o interesse na sua leitura.
Está tudo dito…! Em todas as dimensóes ! Resta a procura heroica , a epopeia de encontrar e apoiar aqueles que teem dentro de si a coragem, a energia, as imagens e o chamamento …!
Desculpem todos vós…
Nós “ocidentais”, encontramo-nos já numa situação, em que não nos basta constar os factos (…), mas sim o reagir a eles!
Antonio Eusébio , na época de interpretação postfactual em que vivemos seria mais que necessário observar e analisar os factos dado, o que nos é apresentado, ser a interpretação dos factos e não os factos em si! Senão veja-se a militarização mundial em via que não seria viável sem interpretações post-factum traidoras dos factos reais da chamada realidade em favor da “realidade” criada (Wirklichkeit!).
Quem é o fundamento de quem? Aí doutor, aí doutor. Não confunda as suas crenças com a verdade universal. Sou mais dado a Grotius…
Frederico Carvalhao Gil, a pergunta que apresenta é vaga. Lembro-me de Grotius quando estudei direito eclesiástico em relação com o direito natural universal e da natureza humana. De resto o artigo é mais uma reflexão de caracter político antopológico e sociológico e possíveis maneiras de se praticar uma política mais de caracter intercultural do que multicultural. Trata-se de mundivisões e não de verdades. A verdade ainda anda à procura da mãe!
António Cunha Duarte Justo, Vaga? humm…. Nem numa linha se fez a interrogação, certamente porque se deparou com alguma ideia sobre o fundamento de alguma coisa (talvez, ). Fico contente por ainda se lembrar de Grotius – não fosse a Santa Catarina até simpatizava com ele -, mas pensou muito para além do direito eclesiástico, creio. (Não deve, pois, ser nessa parte da matéria que me fez lembrar Grotius). Não tenho dúvida que a mãe da verdade é uma mulher de vida fácil, mas obrigado por concordar. Mas o querer relativizar (?) a mundividência de alguém como tendo uma relação espúria com a verdade, bom… não vou dizer porque me lembrei de gíria de caserna acerca de opiniões. E resta-me o texto no plano estético. Não gosto! Não é do meu agrado.
Frederico Carvalhao Gil , sim, também é comum dizer-se, gostos não se discutem, embora sejam suportados também eles pelo relativismo! Este já se afirmou na origem do ovo ou da galinha ficando porém o processo na vontade do tornar-se ao afirmar-se!
é prciao converter os islâmicos a Cristo. Vivem numa religião falsa dum inexistente deus inventado por um falso profeta. Apenas Cristo é caminnho, verdade e vida. Maias ninguém. Deus deseja apenaas uma religião, a católica. Por issso enviou o seu Filho pará qué quem nELe acredita se salve e tenha vida Eterna.Deus n deseja multiplas religiões como escreveu o Papa na declaraç de Abu Danhi
Resmalhar , o povo islâmico segue uma religião política e por isso torna-se mais difícil encontrar-se com as pessoas ao nível da consciência.
António Cunha Duarte Justo, o islamismo é um sistema religioso politico militar. Nao é rekigiao verdadeita
Resmalhar , sim, o islão é uma religião política e o crente é visto e definido em função dessa mundivisão!Nós cristãos estamos chamados a respeitar todas as pessoas como filhas de Deus independentemente do credo.