A IDENTIDADE DE GÉNERO NÃO É ASSUNTO PRÓPRIO PARA CRIANÇAS

Primeiro está a Dignidade e a Singularidade de cada Pessoa

A Florida nos EUA proibiu, por lei, o ensino da orientação sexual e da identidade de género nos jardins-de-infância e nas escolas primárias.

A lei pretende proteger as crianças e os direitos parentais. Para os estudantes mais velhos, o currículo deve ser mais restrito.

A legislação adverte que as escolas não devem ser usadas para “sexualizar crianças”. Os pais devem poder processar por danos se suspeitarem violações da lei.

Os direitos da comunidade LGBTQJ (gays, bissexuais, trans, queer e pessoas intersex) são assim restringidos.

O exagero do LGBTQJ, com o seu lóbi influenciador da legislação identitária, em todo o mundo, corre o perigo de contribuir, pelas suas actividades, para estigmatizar os homossexuais em vez de os livrar de preconceitos sociais! Querer confundir a regra da heterossexualidade com a excepção da homossexualidade, não ajuda os homossexuais, pelo contrário, porque a razão do respeito e tolerância (quer pelos da regra quer pelos da excepção a ela) vem da dignidade e singularidade de cada ser humano e não se baseia num princípio de igualitarização; a igualitarização (formatação) social indiferenciada só poderá ter sentido e ser válida perante a lei, que deve tratar democraticamente todos igualmente. A dignidade e singularidade de cada pessoa (independentemente das diferenças individuais) é anterior a cada ideologia ou sistema.

Muitos pais confiam totalmente na Escola, não sabendo sequer, que seus filhos, por vezes, se tornam vítimas de ideologias!

Independentemente da altura em que uma criança experimente a sua primeira paixão, importante é que os sentimentos das crianças sejam respeitados e por isso nem professores, nem os colegas, nem mesmo os pais têm o direito de desrespeitar, os seus sentimentos, a intimidade e desenvolvimento da criança!  A intimidade pressupõe confiança que a criança experimenta e provém da segurança e aceitação sentida na própria casa dos pais. Este ambiente familiar fomenta uma base emocional estável que a criança adquire quando sente que é amada e aceite como é.

Cada criança, cada ser humano é um ser especial independentemente do seu sexo biológico e da sua inclinação psicológica.

Atendendo a uma vida social cada vez mais diferenciada, é tarefa da escola impedir qualquer exclusão ou discriminação que ocorra entre os alunos e ensiná-los a lidar com a diversidade individual e social, sem que ela como escola, se torne em portadora de ideologias sociais que vão surgindo com o tempo ou possivelmente inerentes a cada governo.

Há ministérios da educação e escolas que, muitas vezes, levados pelo espírito da ideologia/tempo, confundem humanismo com expressões modernistas ou educação integral com formatação intencional da personalidade.

A educação escolar tem uma função complementar e não de substituir ou ir contra a educação ministrada pelos pais. Doutra maneira surge a luta rival pelas competências entre o Estado e a família, o que não seria próprio de um Estado livre e isento.

António da Cunha Duarte Justo

Teólogo e Pedagogo

Pegadas do Tempo

 

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Publicado por

António da Cunha Duarte Justo

Actividades jornalísticas em foque: análise social, ética, política e religiosa

8 comentários em “A IDENTIDADE DE GÉNERO NÃO É ASSUNTO PRÓPRIO PARA CRIANÇAS”

  1. Tenho um opinião bem própria a esse respeito, enquanto a questão for tratada de forma puramente positivista da lei, nada se altera e apenas vermos crescer mais descriminação, estigmatização e preconceitos. Todos têm de ser tratados e vistos, em primeiro lugar como humanos e não como o “outro” que é diferente…o problema começa ai, que só pela “força” da lei, a mesma não é capaz de modificar comportamentos.

  2. 200 crimes de ódio só em um ano em Portugal contra pessoas LGBT, 6 países pertencentes à Organização das Nações Unidas com PENA DE MORTE, para pessoas homossexuais e no Brasil 237 Mortes violentas em apenas um ano contra homossexuais… a educação começa na escola. A educação é a base de qualquer civilização. Construir novos conceitos através da educação para criarmos gerações melhores não é prática de um lobi gay… lobi esse que não existe sequer e caso existisse até teria toda a razão para existir pelas razões acima publicadas… sem comentários. Pelo menos seis países da ONU têm pena de morte para gays e adúlteras: https://www.dn.pt/lusa/pelo-menos-seis-paises-da-onu-tem-pena-de-morte-para-gays-e-adulteras-10747965.html
    FB

  3. Tiago Santos, o facto das barbaridades e injustiças contra pessoas homossexuais é de condenar redondamente em toda a parte e torna-se inaceitável para qualquer humano que sinta e pense! O que no artigo está em questão é a campanha identitária e certos extremismos de activistas de um lado e do outro que impedem um maior diálogo e compreensão. Um mal não pode justificar o outro! Quanto à pena de morte contra Gays em países árabes é uma aberração contra a humanidade e alinha-se no desrespeito da pessoa humana e que é também transgredido nos EUA e noutros países com legislações de pena de morte contra pessoas que tenham cometido crimes. Infelizmente a humanidade ainda se encontra muito subdesenvolvida de uma maneira geral. É importante que todos nos empenhemos no sentido de a desenvover no sentido de promover a paz!

  4. “Há ministérios da educação e escolas que, muitas vezes, levados pelo espírito da ideologia/tempo, confundem humanismo com expressões modernistas ou educação integral com formatação intencional da personalidade.
    A educação escolar tem uma função complementar e não de substituir ou ir contra a educação ministrada pelos pais. Doutra maneira surge a luta rival pelas competências entre o Estado e a família, o que não seria próprio de um Estado livre e isento.” é isto que as pessoas têm que entender e não permitir.
    FM

  5. Rosarinho Portugal, as pessoas em geral andam muito ocupadas com as dificuldades do dia a dia e não têm oportunidade de ler as orientações e os escritos dos governos; isso deveria competir aos jornalistas mas muitos dos jornais estão dependentes dos governos e forças políticas ou de seus apoios e isso complica a sua capacidade de isenção e a disponibilidade para se apresentar na opinião pública verdadeiramente o que se passa. Além disso, os Estados de cunho socialista pretendem que seja o Estado a orientar, não lhes chega ter o controlo das instituições livres e que por vezes impedem ou fazem campanhas de difamação contra elas!!

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