O bloqueio económico à Rússia provocou uma explosão de preços nos combustíveis sem jeito nem explicação, dado a Rússia, apesar da guerra, continuar a exportar a mesma quantidade de combustíveis, para a Europa e para os USA.
Segundo o jornal Houston Chronicle, os EUA importam 700.000 barris de petróleo russo por dia, representando 8% das importações dos EUA e 5% das exportações russas de petróleo bruto.
Quem estará a fazer o negócio com a especulação nos mercados? Os Estados veem o assunto com binóculos à distância porque quanto mais cara a matéria prima é mais eles ganham, com o encarecimento através dos impostos!
A interrupção do abastecimento tanto estaria nas mãos da Rússia como está nas mãos do Ocidente. Se a Rússia parasse o abastecimento energético teríamos um desastre económico!
Quem paga a factura é o consumidor final (apenas como exemplo concreto, o ano passado paguei 840€ pelo petróleo de aquecimento de minha casa e agora que acabei de fazer encomenda da mesma quantidade pago 2.500€).
Nos mercados à vista (mercado internacional onde quantidades não ligadas por contrato de petróleo bruto ou gás natural são leiloadas e vendidas ao maior arremesso), o gaz natural já é comercializado a um preço dez vezes maior do que a média dos preços a longo prazo.
Uma boa parte dos grandes grupos económicos internacionais está interessada na proibição da importação de energia russa. Deste modo podem enriquecer mais facilmente com a especulação e falta de concorrência no mercado, o que provoca subidas mastodônticas irracionais. Só os grandes grupos estão empenhados em impedir a comercialização porque ganham com a opção pelo boicote, na política e nos meios de comunicação. A histeria em que a Europa se encontra conduz ao medo e o medo justifica tudo! Naturalmente também não é fácil criar condições que defendam os interesses da Ucrânia.
Por outro lado, com medidas draconianas solidificam-se as posições que impedem o estabelecimento de contratos razoáveis após a guerra! No meio da confusão só os especuladores ganham e o povo, seja ele da Ucrânia, da Rússia ou da Europa é que acarretará com os custos e com o consequente atraso de vida e da História. No fim terá perdido a Ucrânia, o povo europeu, o povo russo e ganhado a Rússia e os USA.
As nossas posições populares, por um lado ou pelo outro, aparentemente ao lado da paz pouco resolvem e fomentam a sustentabilidade da guerra e deste modo a paz é levada pelo vento!
Não há que compreender os guerreiros de um lado nem os do outro, há que cortar-lhes as asas desautorizando todas as lutas sejam elas em terra ou nos Media (Toda a guerra não serve o povo, serve apenas os poderosos: estes não morrem, quem morre são os filhos do povo como soldados!
Urge domar a vontade guerreira e optar-se por conversações e acordos em que cada parte perde algo mas em que o todo ganha!
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo
Não se excite, quando as guerras forem apenas digitais, e ainda mais inesperadas, os bloqueios serão ainda maiores. Mas sempre resta o prazer de procurar os culpados. Dá muito menos trabalho que procurar motivos e superação dos bloqueios. Sobretudo exige coragem para tomar partido, sem ambiguidades por uma das partes. É muito mais fácil analisar que agir. É muito mais fácil ficar no meio da ponte que atravessá-la para um dos lados.
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Manuel António Pereira, estou a vê-lo já fardado!
Bloqueio â Rússia, bloqueio à Venezuela, bloqueio ao Irão, bloqueio a Cuba…
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Carlos Manuel Costa Almeida, sou do parecer que todo o bloqueio económico é guerra que povos fortes podem declarar contra oas populações, portanto uma guerra extremamente injusta. O bloqueio de armas teria uma outra lógica! Isto independentemente de bloqueadores ou de bloqueados!
António Cunha Duarte Justo , já usei farda revoltado contra ela. Não sei rezar, nem acredito, lagarto, lagarto, voltarei a pegar numa arma física (acho-as abomináveis e tenho fobia à hierarquia militar), dizia eu voltarei a pegar numa arma se o conflito se alargar. Não acredito, não é possível. Mas sei de que lado vou estar. Porque primeiro combati ideologicamente, sem ambiguidades, para tentar impedir o alastramento, depois combaterei com as outras armas, com o sentimento de uma tragédia, que vença quem vença, é será irreparável.
Manuel António Pereira já tem muita experiência prática! Penso entretanto que estamos a ser envolvidos numa guerra emocional e a tornarmo-nos vítimas de interesses complexos mas que se apresentam de uma maneira a preto e branco! A guerra é injusta e o importante é sermos pela liberdade e autodeterminação. Eu acompanhei aqui da Alemanha o desenvolver das lutas internas de uma Ucraina transformada em cavalo de troia das potências e a ser o campo de batalha de uma guerra civil instigada por interesses estrangeiros num povo que ainda não tinha ainda encontrado a sua identidade nacional a ponto de se não dever guerrear internamente! Nesta guerra mais que culpados há vítimas de dois imperialismos.
É o preço a pagar. Há ainda lugar a uma indenização á Ucrânia. O povo russo que apeie a Besta.
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Mário Faria, sim, também todos nós estamos já a pagar e muito enquanto nos USA o povo ainda não nota as consequências. Segundo o jornal Houston Chronicle, os EUA importam 700.000 barris de petróleo russo por dia, representando 8% das importações dos EUA e 5% das exportações russas de petróleo bruto.
António Cunha Duarte Justo , continua a ser uma guerra, e continua pedir a coragem de optar. Ou lá porque se conclui (muito discutivelmente) que são apenas dois imperialismos agimos à Pilatos? Quando à “complexidade”, e ao “preto e branco”, enfim, coincide apenas com a versão mais estereotipada que por aí vai, nomeadamente (como eles gostam de dizer), dos stalinistas embalsamados cá do sítio. Razão porque há quem produza racionalizações à prova de bala para se manter apenas numa opção política pronto-a-vestir.
Manuel António Pereira, é isso mesmo, “não há opção política pronto-a-vestir”! Penso entretanto que a Europa deveria preocupar-se mais com a sua vizinha Rússia e não se encostar tanto aos USA. A guerra é na Europa e a Europa deveria estar interessada em acabá-la o mais rápido possível e pouco a pouco tornar-se (incluindo a Ucrânia) num lugar exemplar entre os blocos agressivos. Nós sofremos já as consequências no preço das energias. O povo americano ainda não notou nada. Segundo o jornal Houston Chronicle, os EUA importam 700.000 barris de petróleo russo por dia, representando 8% das importações dos EUA e 5% das exportações russas de petróleo bruto.
— É bom que soframos juntos com o Povo Ucraniano! Essa guerra e seus efeitos também são nossos!… Abaixo a selvageria dos poderosos insanos!…
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Armando Faria , sim, urge sentir com o povo ucraniano! O problema é que enquanto sofremos com o povo ucraniano nos distraímos e permitimos que outros façam o seu negócio explorador à custa do sofrimento dos outros!