MUITO ACTUAL E OPORTUNO!
“Basta, senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, sois imperador?
Assim é. O roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza; o roubar com pouco poder faz os piratas, o roubar com muito, os Alexandres.”
Pe António Vieira, in ‘Sermão do Bom Ladrão’
Pelos vistos e observando o exemplo da operação Marquês do caso de Sócrates e consórcios a justiça assume um caracter de sustentabilidade perene, através de todos tempos, como anpotava já então o Pe. António Vieira!
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do tempo
Jesus expulsou os vendilhões do Templo. O Padre Antônio Vieira pregou sobre os bons e os maus ladrões. É facto que existiram em todos os tempos. Mas no Séc. XXI, em Portugal, os Alexandres sofisticaram os meios de tal maneira que ladrões e Justiça andam de braço dado. O povo assiste escandalizado e impotente. Não há volta a dar !!!!…
Temos sol e lindas paisagens!
Mafalda, grande parte da população vai comendo o que lhe é dado. Foi educada para assumir uma atitude vulgar caracterizada pela superficialidade e acomodação ao habitual! Uma atitude cristã consciente pressuporia interioridade, liberdade no pensar e no agir, vigilância e voluntariedade!
António Cunha Duarte Justo
com alguma discrepância relacionada com o teu texto , lembrei al go que há muitos anos li . O seguinte :(Vi ontem um bicho na imundice do pátio catando comida entre os detritos . quando encontrava alguma coisa , não examinava , nem cheirava , engolia com voracidade . O bicho não era um cão , não era um gato , não era um rato . O bicho meu Deus , era um homem ).
Francisco, creio não haver discrepância; este será o bicho de que também temos muito de comum e pelo factor comum nos podemos desculpar a nós e desculpar os outros! O poema de Bandeira vem muito a propósito do que está a acontecer na Justiça portuguesa e do que muitas vezes acontece noutras justiças; são um reflexo da situação social! O texto que referes é o bicho de Manuel Bandeira: “O BICHO,
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.”
O bicho, meu Deus, era um homem.
Manuel Bandeira!
Estas são as circunstâncias com que também muito cristão se depara e as vê resolvidadas em Jesus Cristo, na ressurreição dos mortos.
No meu entender o cristianismo toma a sério o facto de o Homem ser simultaneamente criatura e criador!
Em Jesus Cristo, que pode ser proptotipo de criador, criação e criatura para toda a humanidade integram-se estas características. Essa é a nossa vantagem e a nossa ousadia, como S. Paulo diz !
Concordo plenamente!!
É mesmo uma “vantagem e uma ousadia.”
Porque levar tudo isso a sério, é, para um cristão, meter-se numa “santa alhada” !!!