É proibido proibir
das costeletas grelhadas o odor
das burcas engradeadas o suor
É proibido proibir
as carnes ostentadas
nas carnes tapadas
É proibido proibir
a presença da ausência
na ausência presente
no convívio do viver
É proibido proibir
a experiência do estranho
no estranho do existir
É proibido proibir
a diferença manifesta
no sentido do viver
É proibido proibir
a proibição de proibir
É proibido proibir
a permissão de permitir
Tolerância é viver
no estranho da diferença.
António da Cunha Duarte Justo