A Força islâmica nos Séculos VII e XXI: Violação, Violência, Roubo, Assassínio e Esperteza
Por António Justo
Quem conhece a História e sabe que o exército de Maomé agiu há 1400 anos exatamente como o ISIS age hoje, pode compreender melhor que as raízes do Islão são completamente diferentes das de outras religiões.
O que o ISIS faz, não é outra coisa senão o regresso nostálgico aos tempos e às práticas de Maomé! Para um muçulmano, Maomé é o modelo de vida a imitar em todos os aspectos. O seu estilo de vida, a sua crueldade, as suas preferências e ódios são normativos para o comportamento dos fiéis. (Por exemplo, Maomé gostava de gatos e detestava cães, detestava música e o tocar dos sinos; esta atitude modelou as predileções de muitos muçulmanos. O ISIS imita o comportamento do seu profeta, na luta contra os “infiéis” assassinando e decapitando os inimigos de sexo masculino e dando as mulheres dos vencidos aos seus soldados como escravas sexuais. (Existem no Corão 27 apelos a matar, dois deles à decapitação.)
Mamé, uma vez, até massacrou uma tribo judaica inteira, que se tinha rendido e apesar disso assassinou todos os homens e apoderou-se das mulheres. Também o ISIS obriga crentes de outras religiões a professar o credo islâmico ameaçando-os com homicídio ou assassinato de seus filhos no caso de o não fazerem. Muitos recitam a crença no islão e são mesmo assim assassinados ou os seus filhos. Também nisto rompem com as regras tal como fazia Maomé!
A judia Safiyya, da tribo dos judeus que se tinham rendido às tropas de Maomé, foi tomada por ele como esposa, depois de ele ter assassinado o marido e o irmão dela no mesmo dia. É óbvio que neste “casamento” se trata de uma violação.
O muçulmano e perito em estudos islâmicos, Prof. Dr. Hamed Abdel-Samad escreve no seu livro “Maomé ” que a razão do sucesso do islão no século 7 vinha do facto de Maomé prometer, aos seus combatentes, as mulheres como despojos de guerra, ou seja, os maridos e os pais eram mortos e suas mulheres e crianças eram escravizadas. O Corão não impressionava quase ninguém, pelo contrário experimentava rejeição. Por isso, Maomé não tinha escrúpulo em empregar a violência e em incluir no seu exército bandos criminosos. Segundo relata o autor, não era o Corão a força que atraia os lutadores da época, mas outros incentivos: as mulheres, as propriedades dos vencidos e o poder.
Um Paraíso sem Deus mas com Sexo sem fim
Quem não tem sorte e morre em batalha adquire o estado de mártir, sendo recompensado com 72 virgens que têm, por sua vez, 70 escravas, cada uma; isto soma um total de 5040 mulheres para cada lutador. É um Paraíso concebido como “bordel celeste”, como escreve Hamed Abdel-Samad e onde não há rasto de Deus. (O paraíso para as mulheres será: estarem à disposição dos homens sem as limitações da menstruação e da gravidez – as virgens, depois de terem tido as relações sexuais com os homens, ficam, de novo, virgens (1).No islão o suicídio é condenado. O assassino perpetrado pelos camicases jiahdistas não é permitido no Islão; é atribuída a qualificação de mártir do Islão àquele que morre em combate pelo Islão.
Astúcia da Política de Casamento para eternizar o Islão
Cientistas do Islão estão de acordo entre si afirmando que o Islão só sobreviveu após a morte de Maomé, também porque os apóstatas eram executados. E uma vez que a religião do Islão se herda automaticamente de pai para filho e os filhos não se podem desligar do islão, está garantida a sua expansão; por outro lado está proibido às mulheres muçulmanas casarem com homens não muçulmanos. Um muçulmano pode casar-se com uma mulher não muçulmana mas um homem não muçulmano que queira casar uma muçulmana tem de se converter primeiro ao islão. Esta estratégia ainda hoje em vigor concorre para o espalhar progressivo do Islão.
Se, no século 7 o Islão, a promessa feita de inúmeras mulheres aos combatentes, como despojos de guerra e a entrega efectiva dessas mulheres a eles, já tornou o Islão tão forte, mais ainda em relação a outros espólios de guerra e ao negócio monetário com a venda das restantes mulheres “capturadas” como escravas; por aqui se pode ver e compreender onde assenta o profundo desprezo pelas mulheres na sociedade árabe e arabizada e como com o seu menosprezo e o comércio com elas contribuiu para o recrutamento de grande número de homens combatentes que viam na sua pilhagem uma grande fonte de poder e riqueza.
A diferença entre a tática de Maomé e o ISIS: O ISIS vende mulheres cristãs, Jesides, e prisioneiras xiitas com numeração através da Internet. Mohammed ainda não tinha estas vantagens técnicas. Estas mulheres sequestradas são violadas todos os dias dezenas de vezes e, em seguida, são consideradas “impuras” e “inúteis”, razão pela qual elas podem ser vendidas. O ISIS, tal como o regime muçulmano do século VII financia-se também com a pilhagem de materiais de suas conquistas. Se observamos a grande parte da história muçulmana, esta passa-se em conquistas religiosas.
O facto de crentes de outras religiões poderem ser crucificados, está previsto no Corão: “O salário, daqueles que travam guerra contra Alá e contra o Seu Mensageiro (Maomé) e se esforçam por espalhar a corrupção no país, deve ser: que sejam mortos ou crucificados ou que as mãos e os pés lhes sejam cortados alternadamente (primeiro o braço depois a perna oposta seguindo-se o outro braço e a outra perna) ou que eles sejam expulsos do país” (Sura 5, 33-34).Também é ordenada a decapitação: ” E quando encontrardes os incrédulos, então fora com a cabeça até terdes feito uma matança entre eles; em seguida, amarrai a quadrilha! (Sura 47: 4-5).
A base do surgimento expansivo do Islão e do ISIS é o assassinato, a escravidão e o roubo. Entre Maomé e o aparecimento do ISIS ficam 1.400 anos em que o Islão se afirmou e manteve com o fomento do medo conseguindo chegar hoje a quase 1,5 mil milhões de fiéis!
Sem uma análise crítica de Maomé, impede-se o desenvolvimento do Islão e consequentemente o progresso de uma grande parte da humanidade. Continuar a manter a mulher como um meio para atingir um fim significa degradá-la ao papel de vítima ao longo de toda a História, significa oprimir metade da humanidade, significa impedir o desenvolvimento da humanidade, significa impedir a interação equilibrada e justa entre os seus dois princípios da feminilidade e da masculinidade. Neste sentido e não primeiramente devido aos muçulmanos, também a sociedade ocidental, embora proclame alto a igualdade de homem e mulher, concebe-a, porém, em termos de sociedade de matriz masculina. A sociedade muçulmana perpetua o patriarcalismo, e a sociedade ocidental aposta na masculinidade (Só que não está consciente disso, tal como acontece com a sociedade muçulmana não consciente do seu patriarcalismo exacerbado).
O caminho mais nobre para o indivíduo e para as instituições, embora espinhoso, é a procura da verdade. Tenho esperança que, com o tempo, se chegue a um estado de consciência em que o lobo e o cordeiro bebam da mesma água e se banhem juntos no mesmo ribeiro.
António da Cunha Duarte Justo
Teólogo e Pedagogo
www.antonio-justo.eu
Muito obrigado pela tua mensagem.
No caso deste teu artigo, gostaria de te dizer que já li este livro “Mohamed, eine Abrechnung”, do Hamed Abdel-Samad, que achei muitíssimo bom e esclarecedor para aspectos que eu não conhecia em pormenor. Nos últimos quinze anos, li o Corão duas vezes: uma vez de princípio ao fim, sem me deter em pensamentos e análises; a segunda vez, sura por sura, com os respectivos “livros”, secções ou partes e os versículos, “meditando”. Para mim foi muito complicado perceber aqueles textos (li duas traduções alemãs – para os fundamentalistas, o Corão só é Corão na versão original, em árabe arcaico!!!), pois é necessário conhecer a mentalidade árabe, mas, mais precisamente, saber da história daquele tempo muito conturbado em toda aquela zona. Procurei apoiar-me em comentários, artigos de opinião, etc., etc. Consegui, com isso, ter uma visão mais clara sobre o conteúdo do Corão em geral. Mas ficaram-se-me muitas “dúvidas”, questões que não conseguia esclarecer, segundo a minha forma de pensar. Depois de ter lido o “Mohamed”, acima referido, fiquei quase esclarecido.
Neste momento, estou a ler outro livro do Hamed Abdel-Samad que se chama “Der islamische Faschismus, eine Analyse”, que acho igualmente muito bom. Já estou quase no fim. Sugiro que o leias também, se já não o fizeste.
Sobre o planeado encontro-convívio, obrigado também, pelo teu “feed back”. Eu tinha sugerido este tipo de eventos à Graça, Claudina e Catarina Brunke que, desde logo o apoiaram. Eu encarreguei-me de elaborar o ficheiro da/s e do/s interessadas/os, o qual será enviado a todas e a todos as/os inscritas/os. Até agora, apenas nove Colegas se inscreveram. Aguardemos! A Graça e a Claudina entrarão então em cena, quando for para fixar data e local. Eu direi sempre qualquer coisa.
Um grande abraço amigo
JAFCo
Muito obrigado, caro amigo JAFCo
Eu, quando era chefe do Ausländerbeirat Kassel (Conselhos de Estrangeiros ), a princípio era pela expansão das mesquitas islâmicas e pelos muçulmanos em geral. Actuava na mesma ideia como chefe redactor de Geminam uma revista da Cidade de Kassel. Tive, no decorrer de 12 anos intensivos, a oportunidade de ver por dentro a estratégia dos muçulmanos através dos Conselhos de Estrangeiros se organizarem mas sistematicamente na defesa do gueto e na organização das sua associações em torno das mesquitas e como se aproveitavam dos Conselhos de Estrangeiros para estabelecerem as suas redes . Ao constatar naqueles meios tanta duplicidade e agressão contra a sociedade alemã, percebi com o tempo o, que tinham uma boa estratégia: inscreverem nos partidos SPD e VERDES: ao ser-se contra o imperialismo escondia-se a fachada fascista muçulmana sem que a esquerda notasse! Verifiquei que os Verdes os lhes faziam a corte e especialmente o SPD, já contando com os votos e o tema “estrangeiros” como aglutinador da esquerda e neste sentido especialmente os verdes. Eu pertencia também ao Verband de todos os conselhos de estrangeiros do Hessen e participei também na organizacao a nível de Bund. À medida que os turcos se deram conta do interesse partidário neles mais se distanciavam dos conselheiros de estrangeiros europeus. Dediquei-me ao estudo do islão para melhor compreender a mentalidade islâmica: a conclusão foi dolorosa: o islão é um fascismo puro com uma matriz de perpetuação do poder através da violência contra o fraco. Não conhecem solidariedade que vá além dos próprios irmãos; aqui são parecidos à maçonaria, com certos mecanismos afins. Falei depois sucessivamente com Oberbürgermeistern da cidade de Kassel pertencentes à SPD e da CDU sobre os problemas que traziam e sobre a formacao sistemática do gueto; todos os políticos não estavam interessados em ouvir ou em defender os interesses de toda a populacao; o que lhes interessava era adiar os problemas de eleicao em eleicao. Era importante para eles que a opinião pública não fosse informada para evitarem a insegurança na população e para não provocar xenofobia e certamente por interesse de estabilização partidária.
Enfim, o que escrevo sobre o islao, procuro que seja objectivo e vem do estudo e da experiência vivida; gosto das pessoas simples muçulmanas mas conheci imãs e as elites turcas e estas não estao nada interessadas que o povo se mude e contacte com os alemaes ou com os outros estrangeiros. Os contactos fazem-nos, mas só com os homens representantes das suas organizacoes. Vêm às igrejas cristãs uns tantos representantes mas não trazem povo seu. Naturalmente também conheci turcos da chicaria estrangeira muito abertos: estes eram geralmente os que se dedicavam à arte.
Grande abraço
Meu caro Justo,
Muito obrigado pela tua resposta, a qual confirma e sublinha aquilo que sinto.
Sabes uma coisa, meu Amigo? O que se está a passar, a meu ver, é o início de uma nova era, uma era que será, certamente, muito longa e atribulada. Todavia, digamos, o início de um novo rumo. Não é, de modo nenhum, uma revolução como a que aconteceu em França, em 1789. Mas é uma agitação que levará a uma mudança de pensamentos, de atitudes e mesmo de crenças. Vai durar algum tempo. Também a Revolução Francesa durou cerca de dez anos. Agora, certamente, muito mais. Isto é um prognóstico meu.
O problema que se põe ainda, no fundo como antigamente, é o analfabetismo das massas, por um lado. Pelo outro, temos os terroristas do EI, mas muitos outros de movimentos afins, com profundos conhecimentos de informática e integrados na “net” e não só. A coisa não vai ser fácil, mas que vai mudar, disso não tenho dúvidas. A meu ver, o Islão tal como existe, tem os “dias” contados. Vai levar tempo: duas, três gerações?
O actual terrorismo islâmico é, no fundo, um ’esbracejar’ de desespero, sentindo a perda das regalias do patriarcado muçulmano, nas suas diversas variantes, devido à cada vez maior aquisição e divulgação de conhecimentos sobre a vida e a Natureza em geral.
Um grande abraço
JAFCo
Exactamente, caro amigo
Também vejo as coisas nesse sentido.
Já há muitos anos que escrevia em artigos que entraremos em tempos de guerrilhas, isto é que passaríamos à democratização das guerras oficiais.
A era ultrapassada da divisão bipolar do mundo e a revolução tecnológica da informática com a internet cria uma nova consciência mundial ou muitos biótopos de consciência. De facto a intervenção do homem no genoma humano é tão explosiva como a viragem da idade média para a moderna. O poder antigamente estava concentrado nas mãos de elites. Hoje ao democratizar-se quem tem poder pode provocar…
Quanto ao analfabetismo das massas penso que continuará hoje como ontem. Acho o de hoje mais perigoso, porque o analfabeto de hoje pensa que sabe e pensa ter de ter opinião; além disso temos um analfabetismo ilustrado que devido à extrema especialização deixou de ser enciclopédico e como tal dependente de uma inundação de informações que o impossibilita de ver as suas origens intenções e fins e a complexidade da realidade e do pensamento. Por outro lado assiste-se à proletarização do ensino, isto é procura-se o eficiente e simples excluindo o complexo. A larga classe média culta ao dar lugar à massa e massificando-se também é um factor também importante a considerar na mudança em via.
Entretanto, a História não anda sempre para a frente como a ideologia progressista e capitalista nos que vender. Também uma grande cultura grega caiu sob a força da romana e mais tarde uma alta cultura latina caiu aos pés dos bárbaros ficando nas escuras até ao século IX-X.
O islão tem os dias contados na medida em que não serve o homem e o que não serve o Homem desaparecerá. O problema vem doutro lado: a coerência da sua matriz do poder é tal que continuará em grupos maquiavélicos inteligentes que operarão em termos de poder. A maçonaria usa em parte a estratégia muçulmana e por isso consegue, a partir dos subterrâneos da sociedade cimentar as elites do poder.
Apesar de tudo isto e independentemente do aspecto da fé, penso que a matriz judaico-cristã conseguirá fazer o melhor caminho com a humanidade dado reconhecer em cada pessoa um ser com a gene divina e como tal como irmã em que cada pessoa é uma mistura de terra e céu à imagem do protótipo Homem-Deus.
Escrevi, como sempre à pressa e por isso não revi se tinha alguma incorreccao.
Grande abraço
Este aspecto levantado é interessante.
Interessante de ser observado porque tanto o judaismo quanto o cristianismo também tiveram suas “fantásticas” demonstrações de violência. Pouco se fala da violência no passado remoto do judaismo. Haviam seguidores do judaismo que eram capazes de cegar um homem, espancá-lo e deixa-lo a própria sorte. Pela GRB sabemos algo do passado pouco conhecido do judaismo, este, pouco conhecido de seus próprios seguidores. O cristianismo de 615 anos atrás também foi violento. Não há maior ou menor violência. Lembro que o tempo de uma religião difere do de um homem. As religiões , felizmente, amadurecem, por isso, penso que o Islã vai ainda mudar muito. Hoje é uma religião de aspectos muito fechados. Mas que não se duvide que também está a serviço da Lei Maior. Enquanto as transformações não lhe ocorrem, a violência continuará. Não foi absurda a morte do clerito xiita na Arábia Saudita, aparentemente por criticar a familia real daquele país?
Saudações,
Vilson
in Diálogos Lusófonos 11.01
Caro Vilson, muito obrigado pela abordagem que fez.
Admiro o seu grande optimismo!
Acho que seria importante o estudo das bases sociológicas antropológicas e políticas que formam a sua matriz de poder!
Quanto ao assassínio do clérigo xiita na Arábia Saudita e à reacção do Irão so o poderá compreender quem estiver dentro dos conflitos entre o xiismo e o sunismo e a luta e a consequente luta na Síria: A Síria tornou-se num campo de batalha da Arábia Saudita, Irão, Turquia, Estados Unidos e Rússia. Bashar al Assad foi apenas um pretexto para a luta entre o xiismo e o sunismo além de outros aspectos complementares dos grupos em terra.
Grande abraço
António Justo
Precisamos separar bem a Religião Islâmica de atitudes de grupos muçulmanos! Falar de Muhammad (SAAS) isoladamente não é justo. No livro de Deuteronômio 18:18 Deus afirmou que enviaria um Profeta semelhante a Moisés(AS), para nós muçulmanos e outros pensadores não temos dúvidas de que esse profeta é Maomé! Se fizermos uma análise da vida deles, podemos encontrar facilmente o que cometeu mais violência!
Outra característica é que os Profetas que antecederam o Profeta Muhammad, foram enviados para determinados povos, e as suas mensagens eram válidas somente por um certo período de tempo.
O que não foi o caso do Profeta Muhammad(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), o último Mensageiro, que foi enviado para toda a humanidade e a Mensagem que lhe foi revelada por Deus, na sua forma final e completa, é válida para todos os tempos, podemos ilustrar isso com alguns versículos do Alcorão Sagrado e da Bíblia a seguir:
“Enviamos Noé ao seu povo…” (Alcorão Sagrado 7:59)
“Ao povo de Samud enviamos seu irmão, Saléh…” (Alcorão Sagrado 7:73)
“E (enviamos) Lot, que disse ao seu povo…” (Alcorão Sagrado 7:80)
“E aos madianitas enviamos seu irmão Xuaib…” (Alcorão Sagrado 7:85)
“Depois destes mensageiros enviamos Moisés, com Nossos sinais, ao Faraó e aos chefes…” (Alcorão Sagrado 7:103)
“E ele(Jesus) será um mensageiro para os israelitas…” (Alcorão Sagrado 3:49)
“Jesus respondeu: Eu fui mandado somente para as ovelhas perdidas do povo de Israel.” Mateus 15:24
E no que tange ao Profeta Muhammad(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), assim nos relata o Alcorão Sagrado:
“Em verdade, Muhammad não é o pai de nenhum de vossos homens, mas sim o Mensageiro de Deus e o postremo dos profetas; sabei que Deus é Onisciente.” (Alcorão Sagrado 33:40)
“E não te enviamos (Muhammad), senão como misericórdia para a humanidade.” (Alcorão Sagrado 21:107)
“E não te enviamos, senão como universal (Mensageiro), alvissareiro e admoestador para os humanos…” (Alcorão Sagrado 34:28)
“… Este Alcorão foi me revelado, para com ele admoestar a vós e àqueles que ele alcançar…” (Alcorão Sagrado 6:19)
“… Hoje, completei a religião para vós; tenho-vos agraciado generosamente, e vos aponto o Islam por religião…” (Alcorão Sagrado 5:3)
E a cada Mensageiro foi concedido um milagre, em resposta aos desafios de seus povos, como forma de confirmar suas Mensagens e assegurar sua veracidade. E esses milagres estavam relacionados com o que a comunidade aonde estava sendo transmitida a mensagem, tinha de mais avançado, sendo a sua vigência por um período de tempo determinado.
Exemplificando isto, na época de Moisés (que a Paz esteja sobre ele), o que estava no auge era a magia, logo, os seus milagres vieram se sobrepondo a estas magias, como transformar o seu cajado em cobra.Na época de Jesus (que a Paz esteja sobre ele), era a medicina que estava no auge, logo, os seus milagres se deram no campo da cura, se sobrepondo ao que a medicina, até então, havia conseguido, como curar o cego de nascença, o leproso ou ressuscitar o morto.
Já no caso do último Mensageiro de Deus, o seu maior milagre foi de caráter universal e a sua duração vai se dar até o Dia do Juízo Final, como é o caso do Alcorão Sagrado.
Como pudemos ver do que já foi dito sobre os Profetas no Islam, eles são considerados pessoas a quem Deus os protegeu da prática do pecado e os fez de modelo moral e exemplo para todos.
Agora, a título d ilustração, vamos ver como são apresentados os Profetas de acordo com a Bíblia:
Gênesis 9:20-22:
Relata-se que o Profeta Noé embriagou-se, ficando nu diante do filho.
Isaías 20:2-4:
Relata-se que o Profeta Isaías andou nu e descalço por 3 anos.
Gênesis19:30-38:
Foi-nos relatado nesses versículos que o Profeta Ló manteve relações sexuais com as suas 2 filhas.
Gênesis 38:15-18:
É relatado o relacionamento sexual entre Judá e sua nora Tamar.
Juizes 16:1:
Relata-se que Sansão dormiu com uma prostituta.
I Reis 11:1-8:
Relata-se que Salomão casou com muitas mulheres que não podia, teve 700 esposas e 300 concubinas. Passou a adorar ídolos, ao invés de Deus, chegando ao ponto de construir um templo para eles.
II Samuel. 11:1-26:
Relata-se que Davi teve relações sexuais com a sua vizinha, que era a esposa do comandante do seu exército, quando o mesmo se encontrava fora, e depois planejou matá-lo para ficar com ela.
I Reis 1:1-4:
Relata-se que, quando a idade alcançou Davi, ele dormia com uma jovem virgem para aquecê-lo.
Gênesis 47:13-22:
Entende-se desta passagem que o Profeta José foi um aproveitador, colaborando com o faraó e que escravizou aquele povo.
Êxodo 32:19:
Relata-se que Moisés quebrou as Tábuas que continham os ensinamentos escritos por Deus. A confirmação que elas foram escritas por Deus está em Êxodo 31:18.
Números 31:14-18:
Relata-se que Moisés mandou matar mulheres e crianças.
Êxodo 32:2-4:
Relata-se que Aarão fez o bezerro.
Gênesis 27:
Relata-se nestes versículos que Jacó roubou a profecia que era de direito de seu irmão mais velho Esaú, que era o filho primogênito de seu pai Isaac, de forma planejada. E também podemos observar que a profecia era hereditária, passando do pai para o filho primogênito, e que podia ser conseguida através da esperteza e de artimanhas, e não como uma benção, que é dada por Deus para aquelas pessoas por Ele escolhidas, dentre determinados povos como sendo as melhores e mais qualificadas para tal.
Mateus 8:21-22:
Relata-se que Jesus se recusa a prestar auxílio a uma mulher, pelo simples fato de ela não ser uma israelita.
Mateus 8:21-22:
Relata-se aqui da exigência que fez para um discípulo que o queria acompanhar. Mas, pediu para que Jesus o esperasse apenas sepultar o seu pai. No entanto, Jesus negou.
Pudemos ver, pelos versículos acima, que os profetas, como descritos na Bíblia, estão longe de ser modelos morais e exemplos a serem seguidos, cometendo os mais diversos e graves pecados.
Logicamente, que nós, muçulmanos, inocentamos os Profetas de Deus de terem cometido tais práticas, respeitando-os e dignificando-os e sabendo que isto nada mais foi do que a tentativa daquelas pessoas que adulteraram os Livros Sagrados, anteriores ao Alcorão, para justificar seus crimes e corrupções.
Pois, ao retratarem os Profetas, que deveriam ser o exemplo dessa forma, eles poderiam fazer muito mais, alegando “que se um profeta que é um profeta o fez então o que dizer de mim.”
Mas no Alcorão Sagrado, Deus; desmentiu a estes derturpadores da palavra de Deus:
”Quando estes cometem uma obscenidade, dizem: Cometemo-la porque encontramos nossos pais fazendo isto; e foi Deus Quem nô-la ordenou. Dize: Deus jamais ordena a obscenidade. Ousais dizer de Deus o que ignorais?” (Alcorão Sagrado 7:28)
“Ó Mensageiro crê no que foi revelado por seu Senhor e todos os fiéis crêem em Deus,
em Seus anjos, em Seus Livros e em Seus mensageiros.
Nós não fazemos distinção entre os Seus mensageiros.
Disseram: escutamos e obedecemos…”
(Alcorão Sagrado 2:285).
Como vocês cristãos ainda tem coragem de falar sobre violência, com um passado desse?
Padre Vossa Reverendíssima, precisa deixar de lado o ódio do seu coração e integrar aos semeadores da paz. Suas publicações estão longe de serem esclarecedoras, elas incitam o ódio.
A paz esteja convosco. Se quiser ver mais sobre o assunto acesse nossa página.
http://www.religiaodedeus.net/profetas_e_mensageiros.htm
Citar Mateus 15:24 sem o epílogo Mt 28, 19-20 não respeitaria a lógica da discussão em jogo nem o contexto da discussão entre os seguidores de Jesus que eram judeus e não judeus. Jesus com o milagre a uma mulher não judia pretende contrariar os preconceitos de muitos dos seus discípulos judeus. Para Jesus o que conta é a fé e as obras, não o credo, a raça ou a cultura. Esta é a inovação da História que torna todos os homens irmãos e filhos do mesmo Deus independentemente dos problemas de identidade ou de identificação de pessoas, povos, religiões e culturas. A mensagem de Jesus acaba com o aprisionamento de Deus numa religião, cultura ou instituição. Por isso o perseguiram as instituições políticas e religiosas.
De facto o texto que referiu termina com a mensagem e a missão universal: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos (Mt 28,19-20)”.
Segundo a profecia de Isaías o Messias seria rejeitado pelos seus
Mateus, preocupado com a integração dos judeus na Boa Nova de Jesus, aberta a todos os povos e que se encontra enterrada no coração de cada pessoa, independentemente de pertença cultural ou religiosa, revela a preocupação inicial de Jesus em se legitimar primeiramente perante os judeus para alargar a sua acção salvadora a todos os povos. Jesus começou por enviar os seus discípulos “às ovelhas perdidas de Israel” aos filhos para depois a estender aos gentios… Também Paulo em Romanos 15,12 cita Isaías, que diz: “Brotará da raiz de Jessé, aquele que se levantará para reinar sobre os gentios; nele os gentios depositarão toda a sua esperança”.
Em Mt 15,24 se mostra a disputa do contexto da mensagem cristã entre os judeus cristãos com uma mensagem universal e os Judeus que pretendia um Messias apenas para as suas tribos.… Jesus na presença das autoridades judias (Escribas e Fariseus), interpretadores e defensores de um Judaísmo institucional estrito, contradiz a posição destes com o caso de uma mulher estrangeira : “E ele, respondendo, disse: Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel” tem um outro contexto e intenção. A estrangeira confessa: “Sim, Senhor, mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus senhores” Mt 15,27”. “Então ela… adorou-o, dizendo: Senhor, socorre-me!” Jesus acedeu ao pedido da Mulher dizendo-lhe: “Ó mulher, grande é a tua fé! Seja isso feito para contigo como tu desejas. E desde aquela hora a sua filha ficou sã” Mt 15,28). Com isto o indicativo da acção divina passa a não ser a pertença a uma raça ou clã mas a fé e a acção. Com isto a missão de Jesus estende-se também aos “cães” (designação dada aos idólatras em Levíticos 11), aos gentios.
A cena em que se passa a frase de Mt 15,24 indica precisamente o contrário da argumentação apontada. De facto Jesus é reconhecido por uma mulher gentia da Cananeia (cananeus eram desprezados pelos judeus – Dt. 7:1,2 – devido à sua idolatria), não judia, e a consciência e missao de Jesus revela-se com isto na missão de Messias universal, como o Enviado de Deus. O “filho de David” reconhecido aqui pela mulher símbolo dos não judeus) faz o milagre que ela pretendia mesmo contra a opinião de alguns de seus discípulos que queriam ver a sua acção reduzida ao povo de Israel. ( “Para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai, que o enviou”(Jo 5,23).
Resumindo: Aqui pretende-se mostrar que Jesus era o legítimo herdeiro das promessas bíblicas contidas no Antigo Testamento e a sua missão não se limitava ao povo de Israel. De facto em Marcos, o primeiro evangelista a escrever, já se encontrava a frase: “Deixa primeiro saciar os filhos” (Mc 7,27). No episódio descrito, uma mulher estranha reconhece Jesus não só como senhor mas também como filho de David, coisa que a oficialidade judia não queria reconhecer. Esta cananeia vê através da fé o que os poderosos da religião não podem ver; ela ao reconhecê-lo como filho de David transcende a disputa judia interna.
Com o seu agir e estratégia de convencer os Judeus de que viera não só para eles mas para todos os povos, para os mais humilhados Jesus com a sua acção mostra que a sua missão não só responde à aliança de Deus com os judeus, mas apresenta a nova aliança de Deus com toda a humanidade; Jesus é o Messias de todos deixando de ser apenas o enviado para os Judeus para se revelar como o Messias de todo aquele que crê. Jesus é universal e não limitado a Israel, como queriam alguns cristãos de facção judia. “Eu e o Pai somos um” Jo 10,30. “E, no seu nome, esperarão os gentios” (Mateus 12:21). A cananeia reconhece o filho de David (um Judeu) como Senhor para todos os povos. Jesus ao atendê-la mostra que o fora e o dentro fazem parte da mesma realidade.
Atos 3:25,26 “E vós sois os herdeiros dos profetas e da aliança que Deus estabeleceu com vossos antepassados. Ele declarou a Abraão: ‘Por meio da sua descendência, todos os povos da terra serão abençoados’.”
Lucas 15:4-6:“Qual, dentre vós, é homem que, possuindo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no campo as noventa e nove e vai em busca da que se extraviou, até que a encontre? …
Deus e o seu falar não se limita a uma raça, a uma língua ou a uma cultura. Jesus envia os seus discípulos a todos os povos. Não é a pertença a um grupo, cultura ou religião nem a família, tribo ou outra descendência que determina a religião nem a ipseidade livre mas apenas a filiação divina porque para Jesus todos são filhos de Deus, mesmo os não cristãos, para o Cristão não há judeus nem pagãos; Jesus usa a ideia do amor ao próximo sem descriminação de tribo, raça ou religião; por isso deu razão ao Samaritano estrangeiro e inimigo dos judeus, para dizer que a verdade transcende o que pensamos dela (muitas vezes não passa da nossa conveniência); o Deus de Jesus cristo não é partidário e não se pode reduzir a mero legitimador de uma cultura ou lei; Jesus é sinónimo de libertação para toda a pessoa e para todos os povos e como cada pessoa é filha de Deus não há instituição nenhuma que se possa sobrepor à pessoa e à própria consciência.
Muitas das afirmações que faz precisam da abordagem hermenêutica e exegética precisando do de aferimento intencional e contextual.
As tábuas da lei quebrada por Moisés Êxodo 31:18 precisam de uma outra abordagem complementar: De facto Moisés quebrou as primeiras tábuas da lei para depois poder receber as segundas directamente de Deus. Isto é interpretado no sentido de nos desenvolvermos para além da lei. Só o encontro directo com Deus ajuda a perceber o sentido das leis e a superá-las. Só assim nos podemos tornar adultos. De facto há aqueles que vivem ao nível de uma consciência da lei mas o Homem com a nova consciência age de maneira superior à lei não precisando dela.
Na interpretação de Mateus 8:21-22 trata-se de uma questão de hermenêutica relacionada com as condições para seguir Jesus (a ipseidade) e os interesses parentais na lógica de “Deixa que os mortos enterrem seus mortos” . Jesus em Mateus 12,48-50 diz: “quem é minha mãe e quem são meus irmãos?” e apontando para os discípulos com a mão disse: “Aqui estão minha mãe e meus irmãos, porque aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos Céus, esse é meu irmão, irmã e mãe. Jesus apela à libertação de todos os laços embora se mantenha em vigor o vínculo matrimonial e o apoio aos pais. Também aqui Jesus poe em questão os vínculos habituais que levam muitas vezes as pessoas a seguir uma vida de submissão à custa do subdesenvolvimento da própria personalidade e de valores espirituais que abrangem toda a humanidade. Jesus insurge-se aqui contra o demasiado poder do clan e da família sobre a pessoa (o filho ou familiar), domínio este que impede o desenvolvimento e a liberdade pessoal (o valor da pessao é fundamentado a nível pessoal e não vem da posição familiar ou social). Com a quebra da subjugação parental Jesus poe-se acima da lei (Tora) que tudo regulava até ao extremo escravizante das pessoas . Por isso diz “quem ama o pai e a mãe mais do que a mim não é digno de mim”, isto é não é digno de Deus. Jesus põe-se aqui em igualdade com Deus. “Eu sou o caminho a verdade e a vida” o que revela uma consciência superior. Para uma pessoa amadurecer tem de se libertar do pai, da mãe, da religião, da raça e da nação doutro modo fica sempre escravo da lei e dos costumes. Jesus apelava aos seus seguidores para serem diferentes de todos os demais (Mt 6.8) que vivem de crenças e hábitos exteriores sem se encontrarem consigo mesmo e sem encontrarem Deus no seu interior, a gene divina que os torna livres e dependentes apenas de Deus.
Jesus ,Mateus, 7:1-5, também disse: “Não julgueis, e não sereis julgados.[ Porque do mesmo modo que julgardes, sereis também vós julgados e, com a medida com que tiverdes medido, também vós sereis medidos. Por que olhas a palha que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu? Como ousas dizer a teu irmão: Deixa-me tirar a palha do teu olho, quando tens uma trave no teu? Hipócrita! Tira primeiro a trave de teu olho e assim verás para tirar a palha do olho do teu irmão”.
A Bíblia do Antigo Testamento tem muito de patriarcalismo e o Corão seguiu a tradição do Antigo testamento sem o Novo Testamento.
Em Mt 5,3-12 Jesus adverte: Bem-aventurados os humildes de espírito de Deus, porque deles é o ‘Reino de Deus’! Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados! Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra! Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados! Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia! Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus! Bem-aventurados os Defensores da Paz, porque serão chamados filhos de Deus! Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus! Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de Mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós”.
Infelizmente, muitos crentes e muitas instituições religiosas não seguem a Mensagem evangélica e usam a religião para dar lugar às suas aspirações de poder, ao seu ódio e para a afirmação do próprio ego. Da discussão surge a luz!