O ASSALTO À EUROPA E AO CIDADÃO
António Justo
OS novos donos do mundo pretendem acabar com as soberanias políticas, culturais e alimentares que se tornam em estorvo dos seus intentos meramente lucrativos.
Países grandes como a Argentina, o Brasil e zonas latifundiárias como o Alentejo tornam-se presas fáceis da ganância Internacional só movida pelo lucro.
Na argentina dá-se o assalto à agricultura da soja transgénica para alimentação de gado em todo o mundo. Neste país há pessoas com doenças degenerativas em ligação com plantações de produtos transgénicos.
(Veja-se a documentação https://www.youtube.com/watch?v=zlUftsYVbvE).
As multinacionais atacam também o Alentejo aproveitando-se dos latifúndios para produção de milhos transgénicos em torno do Alqueva. A Monsanto (com o seu instituto Dekalb) experimenta variedades de milho (milho geneticamente modificado) em Serpa e se o povo português não estiver atento a face do Alentejo será mudada. A este respeito consultar: https://revistaalambique.wordpress.com/2012/12/14/alqueva-transgenico/
Com o pretexto de se querer acabar com a fome no mundo criam-se multinacionais agropecuárias e químicas como a Monstro, sem consideração pelo ambiente, por pessoas e sua sanidade. Adquirem o monopólio da comercialização de sementes transgénicas e dos agro-tóxicos e impõem as suas regras e condições aos países através da classe política que, ingénua e sempre andar atrás do acontecimento, tem posteriormente de corrigir medidas que levaram ao fomento de doenças degenerativas e cancerosas.
Nas zonas de plantação de Soja transgénica com o emprego dos correspondentes herbicidas e antibióticos registam-se muitos casos de nascimentos com doenças genéticas estranhas. Na Argentina, à medida que aumentam as plantações da cultura transgénica recuam as povoações; constata-se o perigo de transmutações genéticas terríveis em pessoas que vivem perto das plantações, certamente devidas à pulverização com herbicidas e contaminação do meio ecológico (danificado também pela monocultura). Há pesticidas (FOSATO II, ROUNDUP, TRAZINA) da Monsanto e de outras empresas que empregues como cocktails empestam a terra e queimam tudo menos a soja transgénica.
Muitos confiaram ingenuamente na Monsanto e noutras empresas que prometiam mundos e fundos; agora vêem-se pessoas danificadas e doentes abandonadas a si mesmas pela política, pelas empresas e pela ciência. A ciência é, por vezes, usada a favor do negócio mas contra o Homem. As doenças aumentam e a ciência estatística não encontra responsáveis porque não se podem provar muitos dados, por interesses secretos e estudos científicos ausentes ou estudos feitos de encomenda e, como tal, com dados científicos que é fácil iludir pretendendo criar confusão e incertezas. Os negociantes abusam das descobertas científicas sobre a manipulação dos genes e a ciência torna-se responsável também ao deixar o emprego de novos produtos e novos químicos sem investigar as consequências do que descobrem e aplicam. O teste é feito à posteriormente através de populações que servem de cobaias, como se pode ver no caso dos doentes argentinos.
Os Estados deixam-se iludir com investimentos lucrativos sem considerarem consequências maléficas. Permitem a plantação e o comércio a empresas que trazem os transgénicos e a acompanhá-los os herbicidas com direito a monopólio. Tornam assim as agriculturas dependentes de instituições, como a Monsanto, que têm interesses meramente monetários e comerciais. Plantam-se transgénicos em países “inocentes” e com menos consciência de defesa do consumidor. Os interesses das agro-corporações e da indústria transgénica são demasiado poderosos. Os monopólios e cocktails de interesses tornam-se no pior veneno que é a união das corporações económicas e do poder político, à margem do povo, da saúde e do sistema ecológico.
A luta dos poderosos dentro dos Estados é renhida, como consta, a ponto de os USA terem ameaçado boicotar a Champanhe da França no caso de ela não aceitar produtos transgangéticos. As lutas acontecem em escritórios herméticos onde os deuses do olimpo se reúnem para negociarem os seus interesses à margem dos energúmenos da terra.
Já antes tinha dado grande escândalo a plantação do arroz dourado sendo posteriormente proibida a sua comercialização.
Actualmente os USA pressionam a EU para assinar o contato TTIP e CETA; querem quebrar as normas higiénicas e de protecção dos consumidores europeus, dado terem medidas de protecção superiores às dos USA e estas são vistas como impedimento à livre comercialização.
Em nome da globalização, a Europa encontra-se num processo de destruição da sua soberania e do seu património ético-cultural, económico e alimentar por imposição de interesses de multinacionais americanas e internacionais e de ideologias longe do Homem (Monsanto e companhia – o acordo TTIP/CETA em via na EU é um exemplo disso no sentido da simplificação da efectivação dessa tentativa); A Europa, encostada aos USA, encontra-se num processo de autodestruição e de abdicação da soberania política, cultural e alimentar.
Muitos problemas ecológicos e de saúde têm origem na pecuária industrial. Com uma população mundial sempre a crescer, os problemas só terão solução com uma mudança dos hábitos alimentares em que se consumam menos pratos de carne e mais vegetarianos. Este é não só um problema alimentar e ecológico mas também ético. A ciência terá de se compreender como colaboradora do criador em serviço da natureza e do Homem.
António da Cunha Duarte Justo
Jornalista
www.antonio-justo.eu