IMIGRAÇÃO NOS EUA – A SOLICITAÇÃO DE UMA LEI DE IMIGRAÇÃO NA ALEMANHA

Nos EUA vivem 32,5 milhões de estrangeiros e 11,1 milhões de ilegais, (destes, 5,8 milhões são mexicanos, 1,7 milhões da américa central, 650 mil da américa do sul e doutras nações 2,5 milhões) como se verifica do Pew Research Center, US US Grenzschutz, AEP. Clinton começou a construir um muro de 1.000 Km em 1994. Muros dificultam mas não impedem.

A imigração ilegal nos EUA é desde há anos considerada um crime, não só uma infracção administrativa. Muros há também na Hungria, Marrocos e entre a Turquia e a Grécia.

Torna-se sínica a ideia de fechar as portas aos mexicanos e querer enviar muitos dos mexicanos ilegais para o México, precisamente nos EUA cuja parte do território era mexicana antes da formação dos EUA. A longo prazo os mexicanos tornam-se americanos não criando problema de identidade para os EUA. Mais difícil é a questão dos imigrados muçulmanos que concebem a sua vida a partir do gueto e se definem em oposição à sociedade acolhedora. Passadas centenas de anos exigem independência (constituição de estado muçulmano) como aconteceu na antiga Jugoslávia e noutras partes do globo.

Atacar ou defender a imigração torna-se uma questão confusa dado não se fazerem diferenciações nem definições de objectivos a atingir e meios de os conseguir quer para “hóspedes” quer para a sociedade acolhedora. Tudo se move apenas sob o jorro da economia.

Na Alemanha há a exigência de se criara uma nova lei de estrangeiros que facilite a entrada a imigrantes formados e que venham fortalecer a classe média culta. Ter-se-ia uma lei de estrangeiros que diria quem é bem-vindo e quem não. Melhor seria combater as causas do movimento dos refugiados e criar-se uma ordem mundial mais justa. Doutro modo a sociedade continua a jogar com as classes desprotegidas a nível interno e externo (imigrantes a recalcar os desprotegidos da sociedade acolhedora). Temos assim um progresso elaborado a partir da exploração dos grupos precários numa dinâmica de luta entre eles que possibilita a subida de alguns deles.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Espírito no Tempo

“EMIGRAÇÃO PORTUGUESA” – O QUE POLÍTICA E IMPRENSA NÃO ABORDAM

Emigração-Remessas-Aquisição de nacionalidades por portugueses emigrantes

António Justo

Segundo o Relatório Estatístico 2016, em 2015 havia 2.306.321 de emigrantes portugueses, dos quais 1.433.482 na Europa, 775.050 na América e 97.789 no resto do mundo.

As Remessas entradas em Portugal em 2015 foram 3.304 milhões de Euros e as saídas de Portugal 523 milhões de Euros.

Segundo o Observatório da Emigração  em 1970 havia 1.284.269 emigrantes portugueses; em 1980: 1.872.021; em 1990: 1.780.764, em 2010: 2.229.620, em 2013:2.028.597 e em 2015: 2.306.321.

Emigração necessitada é a prova cabal da ineficiência de um regime

Em 2015 registou-se a saída de mais 101.203 emigrantes, dos quais 40.377 permanentes e 60.826 temporários. Este é um fenómeno trágico num Estado vaidoso mas irresponsável para com o seu povo, ao não criar no país as condições de vida para todos poderem ganhar honradamente a sua vida. Constitui negligência e oportunismo político não se agendar uma nova política económica e de parcerias , continuando a viver-se da sangria da nação e das remessas dos emigrantes para equilibrarem o orçamento do Estado. Macabramente, a negligência e a má consciência do Estado em relação aos emigrantes leva a opinião pública a ignorar a sua contribuição ou a menospreza-los.

Emigrantes por países

Na Alemanha, em 2015 havia 110.384 residentes nascidos em Portugal / 133.929 residentes com nacionalidade portuguesa. Tinham entrado 9.195 portugueses. Em 2015 adquiriram a nacionalidade alemã 698 portugueses. Remessas enviadas para Portugal 255.470.000€ e recebidas de Portugal 4.640.000€.

Na Suíça em 2015 havia 216.714 residentes nascidos em Portugal / 267.474 residentes com nacionalidade portuguesa. Entraram 12.325 portugueses. Adquiriram a nacionalidade suíça 3.537 portugueses. Remessas para Portugal: 738.128.000€ e recebidas de Portugal 3.846.000€

No Reino Unido em 2015 havia 140.000 residentes nascidos em Portugal / 219.000 residentes com nacionalidade portuguesa. Tinham entrado 32.301 em 2015. No mesmo ano adquiriram a nacionalidade inglesa 422 portugueses. Remessas enviadas para Portugal 156.226.000€ e recebidas de Portugal 6.635.000€.

Na França em 2015 havia 606.897 residentes nascidos em Portugal / 519.500 residentes com nacionalidade portuguesa (1.346.472 registados nos consulados). Tinham entrado 18.000 em 2012. Em 2015 adquiriram a nacionalidade francesa 3,109 portugueses. Remessas enviadas para Portugal 1.033.120.000€ e recebidas de Portugal 19.030.000€

Nos EUA em 2015 havia 177.431 residentes nascidos em Portugal. Entrada de 857 portugueses. Aquisição da nacionalidade americana 1.690 portugueses. Remessas enviadas para Portugal 210.220.000€ e recebidas de Portugal 9.280.000€.

Na Espanha em 2015 havia 107.226 residentes nascidos em Portugal / 98.751 residentes com nacionalidade portuguesa. Tinham entrado 6.638 portugueses em 2015. Em 2015 adquiriram a nacionalidade espanhola 341 portugueses. Remessas enviadas para Portugal 127.220.000€ e 13.370.000€ recebidas de Portugal.

Na Áustria em 2015 havia 2.615 residentes nascidos em Portugal / 3.213 residentes com nacionalidade portuguesa. Tinham entrado 663 em 2015. Em 2015 adquiriram a nacionalidade austríaca 1 português. Remessas enviadas para Portugal 8.630.000€ e recebidas de Portugal 190.000€.

Na Bélgica em 2015 havia 34.455 residentes nascidos em Portugal / 42.794 residentes com nacionalidade portuguesa. (Registos consulares 61.376       ). Em 2014 entraram na Bélgica 3.594 portugueses. 112 Portugueses adquiriram a nacionalidade belga. Remessas enviadas para Portugal 66.600.000€ e recebidas de Portugal 1.970.000€.

Na Suécia em 2015 havia 3.583 residentes nascidos em Portugal / 2.344 residentes com nacionalidade portuguesa. Tinham entrado 330 em 2015. Em 2015 adquiriram a nacionalidade sueca 66 portugueses. Remessas enviadas para Portugal 10.175.000€        € e recebidas de Portugal 169 €.

Na Holanda em2015 havia 16.868 residentes nascidos em Portugal / 18.704 residentes com nacionalidade portuguesa. Tinham entrado 1.860 em 2015. Em 2015 adquiriram a nacionalidade holandesa 59 portugueses. Remessas enviadas para Portugal 42.760.000€ e recebidas de Portugal 1.620.000€.

No Luxemburgo, em 2015 havia 92.100 residentes com nacionalidade portuguesa e entraram no Luxemburgo 3.525 portugueses. Aquisição da nacionalidade luxemburguesa por 1.168 portugueses. Remessas enviadas para Portugal 86,937.000€ e recebidas de Portugal 1.449.000€.

No Canadá, em 2015 havia 238.369 registos consulares; em 2011 havia 140.310 residentes nascidos em Portugal / 23.765 residentes com nacionalidade portuguesa. Em 2015 emigraram para o Canadá 822 portugueses. Adquiriram a nacionalidade do Canadá 1.484 portugueses, em 2014. Remessas enviadas para Portugal 32.490.000€ e recebidas de Portugal 2.180.000€.

No Brasil, em 2015 havia 670.760 portugueses registados tendo em 2015 entrado 1.294 portugueses. Remessas enviadas para Portugal 19.950.000€ e recebidas de Portugal 231.380.000€.

Em Angola, em 2015 havia 134.473 portugueses registados no consulado, tendo entrado 6.715. Remessas enviadas para Portugal 213.120.000€ e recebidas de Portugal 19.540.000€.

Em Moçambique, em 2015 havia 29.360 registos consulares tendo entrado 4.000 portugueses. Remessas enviadas para Portugal 7.560.000€ e recebidas de Portugal 10.015.000€.

Um Estado, que não se preocupa com a defesa e o crescimento do seu povo e da sua cultura, abdicou de si mesmo, não merece confiança ao contentar-se com uma política de dançarinos do poder no fim da procissão da União Europeia. O regime do 25 de Abril, que antes criticava Salazar pela emigração dos portugueses, motivada principalmente pela fuga à pobreza e pela procura de melhor vida, deveria constatar que também o regime de Abril não conseguiu resolver o problema fundamental que é alimentar e enriquecer o país. Em contrapartida assiste-se em Portugal ao crescimento dos novos-ricos e a uma crescente parte da população a ter de deixar o seu lar, a sua família e a sua pátria na procura do que esta não lhe dá.

O regime de Abril, que canta a liberdade que todos os países europeus têm, não tem, tal como outrora, a capacidade de fazer de um país rico em recursos humanos um país rico na sua produtividade. Pelo contrário continua a viver da ajuda ao seu desenvolvimento pelos emigrantes através do envio das suas remessas. Já não basta aos emigrantes serem obrigados a procurar, noutros países, a vida que o seu país não lhes proporciona e ainda ver as suas remessas mal aplicadas.

A emigração aliada ao reduzido índice de natalidade constituem um abalo demográfico.  É humilhante para o cidadão pô-lo em condições de ter de emigrar e com isto a criar um défice de população que constituirá fraude às gerações que agora trabalham e amanhã não terão quem lhes pague as reformas e é crime contra as gerações vindouras que amanhão terão de pagar os défices do Estado.

Por outro lado, em Portugal vivem 388.731 estrangeiros. Muitos dos imigrantes da europa que chegam a Portugal são atraídos pelo regime fiscal e como tal já fora da idade de ter filhos, aquilo que Portugal mais precisaria para impedir o envelhecimento drástico da população.

 

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Espirito no Tempo

CORRUPÇÃO DEMOCRÁTICA – TRÁFICO DE INFLUÊNCIAS MINA OS ESTADOS

As Regras Anti-Lobby da EU são demasiado fracas

António Justo

Segundo um estudo da Transparency International (TI), mais de metade dos antigos comissários da EU, que deixaram o trabalho na Comissão Europeia desde 2009, encontram-se empregados em organizações de influência e pressão lobistas. T I critica que cargos públicos sejam usados como plinto para empresas e como tráfego de influências.

Dos 485 deputados do parlamento europeu, que depois das eleições de 2014 deixaram o cargo, encontram-se 171 a trabalhar como lobistas para firmas com sede em Bruxelas e cuja finalidade é influenciar a política da EU. Os interesses de política e economia fluem uns nos outros. O ex-presidente da EU, Manuel Barroso, aconselha hoje a Goldman Sachs, a ex-comissária para protecção do clima é conselheira da VW e o seu antecessor Karel de Cucht é conselheiro da Telecom belga etc.

Lobistas são pessoas de influência que trabalham num grupo ou empresa com o objetivo de interferir diretamente nas decisões do poder público (executivo e legislativo).

Os partidos políticos são o lóbi do cidadão mas devido à complexidade da vida política esta exige dos políticos e dos órgãos do Estado, a consulta de conselheiros (lobistas) no processo de tomada de decisões.  Daí surgirem conflitos de interesses.

Firmas com interesses que não os do Estado e da população, estão interessadas em pessoas com influência no executivo e no legislativo, por isso empregam ex-altos funcionários do Estado.

Portugal é ainda um Estado em que a corrupção é estrutural; esta acompanha-nos: desvios de subsídios da EU,  PPPs, a velha questão Sócrates e comparsas e o actual caso escandaloso Centeno-Domingues-Caixa-Marcelo-Parlamento; tudo isto revela uma maratona do ganhar tempo para evitar condenados e um eficiente resultado do tráfico de influências subornadoras do Estado e da cidadania portuguesa.

Cada vez se precisam mais instâncias de controlo para que a democracia e o estado não sejam manipulados por interesses alheios organizados.

TI pretende que se eleve de 18 para 36 meses o intervalo da ocupação para pessoas de altos cargos públicos que passem para o privado e critica o facto de os parlamentares não estarem submetidos a nenhum período intercalar podendo transformar-se imediatamente em lobistas, muitas vezes recebendo ainda os subsídios transitórios.

O comportamento revelado no tráfico de influências no campo político reduz para cinismo a queixa da classe dominante sobre o populismo nascente.  A transparência que não é comum nos estados africanos também não é virtude nos Estados europeus. Parece que vivemos numa sociedade do tudo vale, vale tudo até o mal!

 

© António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Espírito no Tempo

 

CASAMENTOS NULOS SE EFECTUADOS COM CRIANÇAS DE IDADE INFERIOR A 16 ANOS

O Lugar de Meninas menores é na Escola e não no Casamento

António Justo

Segundo informação do Ministério Federal do Interior, na Alemanha são conhecidos 1.475 casamentos com menores  de 16 anos. 361 deles são menores de 14 anos. A maior parte são meninas que se encontram casadas com homens muito mais velhos.

Na Alemanha, os partidos da coligação (CDU-SPD-CSU) concordaram em proibir casamentos de crianças. De futuro, serão anulados os casamentos de pessoas com menos de 16 anos. O projeto de lei do ministro da Justiça Maas, deve ser implementado o mais rapidamente possível.

Na Alemanha a Idade de consentimento sexual atinge-se aos 18 anos. A imigração de países islâmicos representa um desafio ao direito alemão da família. A CDU quer uma lei não diluída por o casamento de menores violar o bem-estar da criança e a decência moral. Assim se quer impedir que o regime patriarcal de casamento discriminador do sexo se volte a instalar na sociedade alemã.

Há temas que se encontram na fila à espera por Godot! Na Europa, o código civil não se encontra ainda adaptado aos costumes de imigrantes muçulmanos, o que provoca por vezes uma certa cumplicidade destes com a Sharia. A tentativa do projecto de lei do ministro Maas é uma medida que tenta opor-se à ” lei religiosa Sharia” que se aplica tacitamente nas nossas sociedades ocidentais na sombra das mesquitas.

Nos países islâmicos a questão do abuso da mulher não é encarada com grande apreciação porque o próprio profeta Maomé se casou com uma menina de 9 anos e a pática da escravização de mulheres e crianças (e a política de casamento) sempre se mostraram como grande factor de expansão e de recompensa económica.

Segundo a UNICEF os países com maiores taxas de casamento infantil são, Níger (com 75%), Chade (72%), Mali (71%), Bangladesh (64%), Guiné (63%). Na Indonésia também há uma grande percentagem de casamentos infantis. Na Índia também há muitos casamentos infantis, tendo este costume sido introduzido aquando da invasão muçulmana.

Muitas famílias dão a filha ao que oferecer mais dinheiro para resolverem problemas económicos. O fenómeno dos casamentos infantis é já muito antigo e anterior ao islão. Os invasores muçulmanos, na sua política de expansão recorriam à escravização como factor económico e praticavam muitas vezes a pirataria roubando mulheres e meninas não casadas o que levou povos e grupos a introduzir no seu meio o casamento infantil como medida de autodefesa e de preservação.

Há países islâmicos que civilmente não permitem o casamento infantil de meninas. Mas estes Estados reconhecem a lei islâmica da Sharia e como os tribunais religiosos têm o poder de substituir o código civil então este torna-se letra morta.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Espírito no Tempo

SALÁRIOS MÍNIMOS NACIONAIS EM COMPARAÇÃO

O Eurosat Statistics apresentou ontem 10.02.2017 as estatísticas sobre o salário mínimo mensal, o poder de compra e os rendimentos médios mensais.

Relativamente à União Europeia, lideram o grupo dos países com salários mínimos mensais mais altos o Luxemburgo 1999 €, Irlanda 1563 €, Holanda 1552 €, Bélgica 1532 €, Alemanha 1498 €… O salário mínimo na Alemanha foi aumentado para 1535€ em 2017.

Portugal encontra-se no segundo grupo com um salário mínimo de 557€. Espera-se que seja acrescentado pelo subsídio de férias e o subsídio de Natal! Nos Açores, o salário mínimo é de 556,50 euros e na Madeira é de 540,60 euros mensais.

No terceiro grupo com os salários mínimos mais baixos registam-se, entre outros, a Letónia /Lituânia cada um com 380 €, a Roménia 275 € e a Bulgária 235 €.
Quem estiver interessado em ver a relação entre salário mínimo e poder de compra pode consultar a tabela 2 (Salários mínimos expressos em paridades de poder de compra padrão (PPS). (Estatísticas sobre o salário mínimo (http://ec.europa.eu/eurostat/statistics-explained/index.php/Minimum_wage_statistics/pt). Interessante é ver também a percentagem de trabalhadores com salário mínimo nos diferentes países.
Torna-se interessante ver também quanto se ganha noutros países fora da EU.
António da Cunha Duarte Justo