TEMOS GROKO (Grande Coligação) – GOVERNO DE COLIGACAO CDU/CSU E SPD NA ALEMANHA

O sistema Ângela Merkel ganhou e com ela o SPD também! Os militantes com o seu voto de 66%, pela coligação demonstraram que o SPD quer assumir responsabilidade política e ao mesmo tempo permitir-se uma pequena oposição dentro do partido para poder convencer mais eleitores nas próximas eleições.

O partido AfD vê no “sistema Merkel” o coveiro da CDU e do SPD e acusa o SPD de, com o seu voto para um novo governo sob a chanceler Angela Merkel, “obstruir um novo começo político “ na Alemanha, como relata o FOCUSonline.

A Alemanha é demasiado grande para possibilitar revoluções!

MUTILAÇÃO SEXUAL COMO PREVENÇÃO CONTRA INFIDELIDADE MATRIMONIAL E DEFESA DA POLIGAMIA

Sociedades machistas roubam a sensualidade às mulheres

Há sociedades machistas que roubam a sensualidade à mulher. O prazer é reservado ao homem à custa da dor da mulher!

Atualmente é feito o brutal corte do clitoris e dos lábios genitais interiores e exteriores a 8.000 meninas e mulheres, por dia.

Há 130 milhões de mulheres no mundo vítimas de mutilação genital. A maioria com idade inferior a 15 anos.

Esta barbaridade deve-se à tradição patriarcal de sociedades em que os homens querem estar seguros que a mulher terá dores no acto sexual vendo na mutilação da mulher um impedimento à infidelidade matrimonial.

Na Europa também se encontram imigrantes que, às escondidas, praticam tal atrocidade. Muitos deles aproveitam-se das férias na terra para o fazer e as meninas são surpreendidas.

Isto favorece o machismo e a poligamia.

Sociedades machistas roubam a sensualidade às mulheres e impedem-nas de terem rosto próprio!

São perseguidas e vitimadas por sererm raparigas

Diariamente morrem 300 meninas devido a violência perpetrada contra elas. No mundo, 120 milhões de raparigas de idade inferior a 20 anos foram vítimas de violência sexual.

Diariamente 20.000 raparigas de menoridade dão à luz uma criança. 3.000 são de idade inferior a 15 anos.

No mundo todos os dias fogem de suas terras 30.000 pessoas. Dois terços delas são meninas e mulheres.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

Os CATAVENTOS DA DEMOCRACIA

FUNDADO PARTIDO “RENOVAR” NA GRÃ-BRETANHA CONTRA O BREXIT

 

António Justo

O Jornal Notícias titulou: Há um novo partido britânico que promete travar o Brexit; de nascimento recente (19.02.2018), o nome do partido é Renew (Renovar), tem como lema: “Uma nova visão para a nação” e quer impedir o Brexit. Pretende, de maneira mais alargada, ser uma alternativa à atual classe política da UK. Na Europa a classe política encontra-se em plena ebulição (França, Áustria, Itália, etc.).

Esta é certamente uma oportuna iniciativa! Um país da envergadura da Grã-Bretanha necessita de mudança na continuidade e não de ideologias revolucionárias que vivam de ideias peregrinas e do oportuno para poderem fazer dos arrabaldes das ciddades, a Polis!

Os opositores a um novo referendo, sobre a permanência da Grã-Bretanha na UE, têm medo de uma decisão mais preparada, reflectida e consciente, sobre o sim ou o não do Brexit.

O povo é sempre soberano seja no dizer seja no desdizer

Seria sofrer de estagnação querer legitimar a validade de uma decisão tomada numa mera parcela de tempo de circunstâncias específicas em que foi tomada (referendo tornado vinculativo quando o não era e com apenas 52%; tal decisão deveria ter de atingir os 75%, porque se trata de uma decisão que implica sustentabilidade em termos nacionais!).

Geralmente os intervalos entre o tempo não é mais que a distância que vai do erro à verdade, muito embora o tempo continue inocente! A experiência da vida chama a atenção para as circunstâncias que determinam a realidade de um acontecimento ou decisão.

É da essência da democracia não se poder fixar nesta ou naquela posição; tem que estar sempre aberta ao desenvolvimento das pessoas e aos diferentes mandarins dos relevantes sectores públicos que puxam a consciência da manada num sentido ou no outro.

A teimosia e equívoco, de muitas pessoas relativamente à fixação nos resultados de consultas populares, peca por falta de exatidão e por confusão, ao mesclar a decisão de um momento em determinadas circunstâncias com a realidade como se fosse verdade sustentável. Um processo democrático está dependente das vontades e das circunstâncias que as formam. Por isso quem apela para decisões do processo democrático tem que estar atento para não perder o processo!!!

Há que aceitar a realidade do ser humano e da sociedade como processo e viver na consciência de que a vontade popular vira conforme os ventos!

A classe estabelecida no nosso sistema político-social, em vez de barafustar contra novos movimentos (populismos de direita ou de esquerda) ou de temer perder direitos adquiridos, tem que mudar de vida! A classe estabelecida da geração 68 tem de se ir preparando para dar lugar a uma nova burgalidade e uma nova cidadania!

Uma sociedade democrática verdadeiramente esperta, para ser coerente com o seu sistema político partidário, terá que se ir transformando em movimentos cataventos da democracia; o passo seguinte seria o estabelecimento da verdadeira democracia que passaria de democracia partidária representativa para democracia directa!!!

O Brexit é um mal para a Grã-Bretanha e um mal para a Europa. A UE precisa da UK e a UK precisa da UE. A EU é ainda mais importante para a Inglaterra, que bem sabia ir buscar as uvas passas do bolo europeu!

O Brexit constitui um mal para a Alemanha porque a nova constelação da EU, sem a Inglaterra, passa a ser mais influenciável pelos países latinos! Co a saída, a Alemanha não pode contar com a influência deste parceiro maior a seu lado. (Os interesses dos grandes são sempre diferentes dos pequenos!)

Por outro lado, a Europa só se pode afirmar como um todo (EU), num futuro, já presente, de rivalidades incontidas entre civilizações. A não ser que se fizesse marcha atrás no desenvolvimento da História e se voltasse para um ecologismo regional com os seus múltiplos biótopos; diga-se, para uma democratização de economia e de regiões, não baseada só em povo e nações (grupos de nações).

Por vezes tem-se a impressão que anda tudo à procura do Pai Natal! Mais exato seria, em vez de falarmos tanto contra o Estado, contra a EU, exigir-se mais dos eleitos, o que implicaria verdadeira formação política (e não partidária) do cidadão para que a maioria popular se metesse na alhada da política.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do tempo,

ABOLIÇÃO DAS TAXAS DE RÁDIO E TELEVISÃO SOB REFERENDO NA SUÍÇA

A batalha contra as taxas na Suíça será um sinal para a Europa

António Justo

Na Suiça o futuro do serviço público de rádio e televisão encontra-se ameaçado pelos resultados do referendo a realizar no próximo dia quatro de março.

Grande parte da população pretende a abolição das taxas de rádio e televisão. De facto, cada agregado familiar paga 390 euros por ano independentemente de usar ou não rádio e televisão. A partir de 2019 está prevista a redução da tacha para 316 euros.

Os adversários das taxas dizem que a rádio e TV públicas podem ser subsidiadas através de reclames, e de televisão paga por assinatura. Para os defensores da abolição da taxa, o sistema atual é paternalista e vai contra as regras de mercado de oferta e procura, permitindo a influência do sistema político; também condenam o facto de pensões chorudas e ordenados altos absorvam grande parte do capital! Além disso, cada um deveria decidir o que quer pagar; constitui também incómodo o facto de a pública ter alguns reclames e também oferece conteúdos online gratuitos, o que prejudica a concorrência privada.

Em todo o caso, os opositores querem ver reduzida a taxa a para menos de metade.

Os defensores do monopólio vêm na pública a salvaguarda de programas minoritários ou de minorias e de temas mais específicos e uma certa capacidade de trabalho de investigação independente, além da salvaguarda de programas regionais que, doutra forma não sobreviveriam; além disso os privados produzem o que dá lucro, o que teria como consequência a não transmissão de muitos programas por não serem económicos ou por falta de suficientes quotas de visão.

Na Alemanha, desde 2013, todos agregados familiares são obrigados a pagar a taxa. Atualmente a taxa anual é de 210 euros.

O resultado da batalha contra as taxas na Suíça será um sinal para a Europa

Em Portugal paga-se 28,68 euros por ano, através da fatura de eletricidade e além disso pagam-se ainda 0,25% do valor da fatura de telefone fixo, internet e TV por assinatura para a TMDP (Taxa Municipal de Direitos de Passagem), nalguns municípios.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo,

REGIONALIZAÇÃO DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS E DA RIQUEZA

A Alemanha dá Exemplos de Democratização da Riqueza

António Justo

Porque deixam as Câmaras Municipais o sector da electricidade nas mãos dos poderosos?

Democracia bem entendida começa por baixo e implica também a democratização da produção e da riqueza. Em Portugal, ao contrário da Alemanha, as Câmaras municipais acabaram propriamente com o serviço municipalizado da electricidade em benefício de uma política centralista em desfavor das regiões e das instituições locais. Como indicativo de uma política regional de economia de mercado social, apresento o exemplo da Alemanha onde, devido à política das Câmaras municipais, estas arrecadam os lucros obtidos com as energias renováveis, em vez de verem o dinheiro sair da região para multinacionais. A honestidade de uma política democrática pode ser avaliada na riqueza das regiões e pelas medidas empreendidas nesse sentido.

O Estado português, em vez de implementar uma política legislação punitiva para evitar incêndios florestais, poderia optar por uma política económica eficiente mediante legislação positiva fomentadora da produção das energias de biogás, biomassa, lodo de esgotos, incineração de resíduos de madeira etc., como medida de fomento regional.

Desde 2017 todos as habitações da cidade de Kassel (204.000 habitantes) são fornecidas 100% com energia renovável dos serviços municipalizados. Os planeadores entenderam que o futuro estará nas energias renováveis e na regionalização, dando por isso um passo decisivo nesse sentido.

Os “Serviços municipalizados Kassel AG” (sociedade por acções S.A.) da cidade de Kassel conseguem produzir nas suas instalações energia renovável mais que suficiente para fornecer e satisfazer o consumo de todos os seus agregados familiares particulares.

A empresa da cidade produziu em 2017 (um ano) 447 gigawatt horas de energia elétrica ecológica e os habitantes da cidade consumirem 407 gigawatt horas (407.000.000 quilowatts-hora).

O município conseguiu assim superar os seus objectivos da planificação de 2007 onde se tinha proposto atingir o alvo de produzir 80% de energia renovável até 2020, como noticia o HNA 19.01.2018. De facto, 66% da energia resulta das suas 29 turbinas eólicas, o resto vem de energia fotovoltaica (0,2%), hidroelétrica (0,4%), biogás (16,3%), biomassa (6,8%), lodo de esgotos (0,4%) e incineração de resíduos de madeira (10,5%).

Como as redes de abastecimento de baixa tensão se encontram nas mãos das Camaras municipais, estas podem fazer passar a própria energia por elas não tendo de gastar no aluguer das linhas suprarregionais de média e alta tensão. (No caso de uma falha haveria sempre a possibilidade de usar energia hidroelétrica da Noruega.)

Para o fornecimento aos clientes empresariais da cidade, a própria produção ainda não chega, pois só as empresas consomem por ano 777 gigawatt-horas.

 

Lamentavelmente, em Portugal não há verdadeira concorrência de produtores nem de fornecedores de electicidade, por isso, o cliente não beneficiou com a liberalização de antigos monopólios.

Portugal desfez-se praticamente dos serviços municipalizados de electricidade em proveito do grande capital e dos interesses políticos centrais. Uma certa instabilidade política municipal (rotação de partidos) nem sempre favorece planeamentos a longo prazo (que beneficiaria o município e os munícipes), mas essa falha poderia ser superada mediante a cooperação a nível de municípios vizinhos com programas e projectos que vinculem as Câmaras a longo prazo no que respeita à produção de energias renováveis, distribuição e venda.

Em Kassel juntaram-se muitos cidadãos que, em defesa da terra, apostaram nos geradoras eólicas e veem hoje que o investimento local se tornou rentável para as suas acções e por outro lado têm a satisfação de verem a própria terra enriquecida, não tendo de pagar os serviços a sociedades monopolistas ou multinacionais. De facto, os grandes negócios do futuro estão nas energias renováveis e nas águas.

Colocar os sectores rentáveis nas mãos dos poderosos só favorece as oligarquias económicas e políticas a nível central e empobrecem as regiões e paralisam a iniciativa empreendedora local. Empresas semiprivadas, a nível de Municípios ou de grupos de municípios, tinham a vantagem de favorecer as forças activas da região e impediriam o favorecimento dos negócios com empresas multinacionais ou com monopólios nacionais que só beneficiam o centralismo da oligarquia partidária e económica distantes.

Imagine-se que Arouca e os concelhos do interior começavam a organizar, regionalmente, sociedades anónimas mistas para fomento de energias renováveis! Naturalmente a política central teria de criar directrizes estruturais de quadro que impedissem o monopólio da EDP a nível de produção, grandes linhas e fornecimento, que, com o tempo, passa para as mãos anónimas chinesas, etc.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo