O Pentecostes é a festa do Espírito Santo, e é considerado o aniversário da igreja em que é celebrado o envio do Espírito Santo, anunciado por Jesus Cristo, e recorda a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos reunidos em Jerusalém; transformou-os de tal modo que, de repente, falavam em várias línguas e assim levaram a Palavra de Deus a todos os povos. O povo ouviu os apóstolos falar na sua própria língua e todos compreenderam a mensagem. O milagre da linguagem indica que a mensagem é relevante para o mundo inteiro. É a festa do conhecimento e da clareza espiritual.
No cristianismo, Deus aparece em três formas: Pai, Filho e Espírito Santo. A trindade é a fórmula de toda a realidade vivenciada como relação. Deus revela-se ad intra na trindade (Deus uno e trino) e dá-se a conhecer ad extra através da sua criação (1).
Símbolos de Pentecostes, são pombas, rosas e fogo, vento (João 3:8) água corrente, água de nascente (Jo 7:37f; Apocalipse 22:17). A pomba é símbolo de gentileza, simplicidade e inocência.
O Espírito Santo é a terceira pessoa da Trindade e dá testemunho do Pai celestial e de Jesus Cristo. Segundo a espiritualidade cristã, Ele é amor, é a fonte do testemunho pessoal, de revelação e assiste as pessoas nas decisões, protegendo-as do perigo físico e espiritual. O “Espírito Santo” dá sabedoria, fé e amor entre Deus e o homem; ele é o gene divino que tudo vivifica.
Reflexão pentecostal: https://copaaec.blogs.sapo.pt/reflexao-pentecostal-120056
Pentecostes ou o princípio da democracia espiritual: https://bomdia.eu/pentecostes-ou-o-principio-da-democracia-espiritual/
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo
(1) Deus comunica-se e a fórmula trinitária com a criação do filho revela já em si a essência pessoal da comunicação interna na trindade: esta comunicação divina expressa-se na relação pessoal, sendo essa comunicação tão pura que se manifestada num outro eu e não num tu (separado), sendo assim um expressar-se na ipseidade comunicativa . Os padres da Igreja falam também da comunicação divina ad extra que se dá no acto da criação que leva tudo a participar da sua comunicação.