EDUCAÇÃO PARA A PAZ

SÓ HÁ UM POUCO DE PAZ

Não há nem nunca houve educação para a paz porque ela se encontra distribuída pelas diferentes ideologias, partidos e grupos de interesses!
Cada um considera-se em posse da verdade e em vez de a ver repartida também pelos outros julga-se no direito de impor a sua!
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Temo

PLACAS DE MATRÍCULAS DE CARROS DISCRIMINADORAS

Há placas de matrículas de carros em Portugal onde se pode ver a antiguidade ou importação deles. Isto expressa um abuso do Poder e uma discriminação especialmente em relação aos emigrantes.

Penso que essa de uma pessoa poder ver a antiguidade de alguns carros pelas placas das suas matrículas é próprio de um regime que desconfia do cidadão e controla onde se torna supérfluo controlar.

Há cidadãos que agora requerem a mudança de matrícula, o que traz naturalmente mais dinheiro para o Estado embora, por direito, não devesse haver indicação da antiguidade do carro na placa de matrícula. Deveria haver a possibilidade de troca de matrícula sem acréscimo  de custos, porque,  a prática antiga além de não respeitar os direitos da pessoa é discriminatória.
Onde é que já se viu tal, haver matrículas com a indicação da idade na matrícula?!

Uma indicação tolerável na placa podia, no máximo, ser a indicação da região onde o carro se encontra registado.

No caso de carros importados não seria legítimo que a polícia, ou seja, quem for, tenha o direito a indicações públicas e com base na placa de matrícula poder tirar ilações indevidas!

Isto até parece impossível num país da União Europeia que não é a favor de tais medidas, de caracter permanente e em que um carro também  não deveria ser sobrecarregado com impostos adicionais pelo facto de ser importado de um país  da União Europeia..

Só uma análise crítica pode ajudar as autoridades a melhorarem as suas medidas! Há que fortalecer a consciência individual e a capacidade de análise e autoanálise para se não cair no carneirismo ou na necessidade das bengalas institucionais para se ter a consciência de ser alguém!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

250° ANIVERSÁRIO DO GRANDE FILÓSOFO HEGEL

Grande diálogo este que inclui nele a contradição

Georg Wilhelm Friedrich Hegel nasceu a 27 de agosto de 1770, em Stuttgart e morreu em Berlim em 1831 (14.11).

Hegel é um filósofo universal; o seu modelo de filosofia assenta todo ele na razão. Para ele “Tudo o que é racional é real e tudo o que é real é racional. O verdadeiro é o todo”.

Hoje vivemos num modelo de pensamento do “ou… ou”, um pensamento pombaleiro (em prateleiras) que chega a confundir a prateleira com o armário, a parte com o todo.

Não chega formar as pessoas só no sentido de um pensamento devocional, no seguimento de heróis. Importante é sentir-se em processo, num processo inacabado de contínua procura da verdade; diria que as certezas seriam as pedras em que colocamos os pés do pensamento na caminhada em procura do sentido, da verdade/realidade. De Hegel aprendi que tudo é processo, o mesmo que reconheci na teologia e na espiritualidade cristã que floresce na inter-relação pessoal que se expressa de maneira exemplar na fórmula trinitária.

Tudo é procedimento com sentido, não se perdendo no caos nem no acaso. Na dialética procura-se expressar a coisa e o seu contrário ao mesmo tempo (inclui nela a contradição). Assim a realidade é a-perspectiva e, como tal, pode ser sempre observada de uma perspectiva (ponto de vista) diferente. A realidade encobre sempre outros aspectos a descobrir nela! Por isso ela terá tantos rostos como há de humanos racionais.

Segundo o seu biógrafo Sebastian Ostritsch em entrevista (HNA, 27.08) e no seu livro “Hegel: O Filósofo do Mundo “, Hegel encontra-se na fila de Platão, Aristóteles e Kant. “Ele é um filósofo mundial porque pensa o mundo como um todo, não deixando de fora nenhum aspecto da realidade”… “Hegel afirma sempre considerar a sua própria perspectiva limitada. Ele obriga-nos a reflectir sobre as nossas próprias limitações a fim de as ultrapassarmos.

Todo o pensamento sério procura o inteiro. O todo também contém o que falta e a parte que a nossa perspectiva não consegue ver também faz parte dele. O zeitgeist de hoje tem medo disto e perde-se em particularismos e em sentimentalismos!

Para Hegel o pensar é um tipo especial de movimento. “quem se envolve com um pensamento ou conceito no sentido de Hegel e o pensa consistentemente até ao fim, nota que o pensamento muda, torna-se outro pensamento. Os pensamentos são móveis, começam a fluir e formam um contexto fora de si mesmos. Esta é uma experiência incrível”.

Ainda a respeito da limitação Hegel dizia: “Quem quer algo de grande, deve saber limitar-se. Quem, pelo contrário, tudo quer, nada, em verdade, quer e nada consegue”.  E avisava: “A necessidade, a natureza e a história não são mais do que instrumentos da revelação do Espírito”. Daí o muito repetido ditado hegeliano:  “o medo do erro já é o próprio erro”.

A filosofia de Hegel pretende interpretar toda a realidade nas suas manifestações de forma sistemática e integral.

O Prof. Dr Joaquim Teixeira, aposentado da Universidade Católica de Lisboa resume: “Hegel é um teólogo, que quis pensar a Trindade até ao fim… Mas não soube pensar a pessoa como descontínua, singular e única, irredutível ao Sistema. O pior erro foi a tematização do Espírito fora do elemento da Conscilência. Assim, a Wissenschfaft der Logik atraiçoou a Phänomenologie des Geistes. Seja como for, não é um ‘idealista absoluto” como o pintam. Esse é Fichte! Há, nele, muita fanfarra… Por isso, Husserl pôs à entrada do seu gabinete um letreiro que dizia: “Aqui não entra a Dialéctica”.

António da Cunha Duarte Justo

Teólogo e Pedagogo

In Pegadas do Tempo

PROTECÇÃO DO CLIMA

ENCONTRO DA ACTIVISTA GRETA COM A CHANCELER ALEMÃ
 
Greta Thunberg e outras representantes do movimento de defesa do clima tiveram (20.08) um encontro de diálogo com Ângela Merkel.
A Chanceler responde assim ao apelo de uma carta aberta aos governantes das nações.
É um bom sinal de tolerância e de espírito de complementação, quando um pouco de fanatismo se encontra com o pragmatismo.
Uma geração cujo futuro ainda está à sua frente, debate-se contra alguém que se preocupa sobretudo com o presente.
 
Greta expõe a súmula da sua exigência: ”queremos que os líderes tomem medidas e tratem a crise climática como uma crise”.
Merkel responde: “no que diz respeito a enfrentar (o aquecimento global), os países industrializados têm uma responsabilidade especial”.E apontou para o compromisso de Paris!
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo

CARTÃO BANCÁRIO EM VEZ DO CARTÃO DO CIDADÃO?!

Orwell e o grande irmão (“big brother”) dizem olá.

Segundo notificação de EmailOnline (1) a Austrália procede ao” encerramento de centenas de filiais bancárias e dezenas de ATM’s”. Quer-se acabar com o dinheiro, um objetivo já há muito na agenda das oligarquias mundiais.

Esta medida na Austrália é, a pretexto do Covid-19, mais um passo no sentido de controlo total do cidadão.

Pelos vistos vai-se tornando familiar a ideia do cidadão contribuinte ou credor de capital.

Com o tempo dispensa-se o cartão do cidadão, basta o cartão bancário de débito e crédito (2)!

O romance “1984” de George Orwell (publicado em 1949) – revelou-se atual na civilização ocidental e ultrapassado na China (3)!

Agendas internacionais vão-no pondo em prática!

Recorde-se a seguinte frase da peça de rádio “1984”, baseada no romance de George Orwell): “O lema do partido é: Quem controla o passado controla o futuro. “Aquele que controla o presente controla o passado”. Aquele que controla os pensamentos controla a realidade”!

António da Cunha Duarte Justo

“Pegadas do Tempo”

 

(1)   MailOnline: https://www.dailymail.co.uk/news/article-8633457/Australias-big-four-banks-remove-thousands-ATMs-close-branches-coronavirus.html?fbclid=IwAR0tPDFEA7_1-fDiw8xw07JuRcNmTMPBdLBuR-fT1t-12zf4fsWd6aT6Nx4

(2)   Início da Abolição do Dinheiro vivo (Notas) a Nível mundial – Controlo total do Cidadão: https://antonio-justo.eu/?p=3642

(3)   O Estado de vigilância chinês não visa apenas as minorias suspeitas, mas toda a população: https://www.deutschlandfunkkultur.de/70-jahre-1984-george-orwells-dystopie-aktuell-und.976.de.html?dram:article_id=452333

O socialista George Orwell era contra o estalinismo e odiado em estados socialistas. Hoje está muito atual na chamada de atenção para a proteção de dados.