BOAS FESTAS!

Estimadas leitoras, prezados leitores!
Nesta época, em que mais se expressam sentimentos e temas centrados na humanidade, aproveito a oportunidade para vos desejar umas festas natalícias felizes e um Ano Novo próspero. Todos fluímos no todo; todos trazemos o todo em nós e o completamos, à nossa maneira.
De resto, somos mais que as ideias e crenças que expressamos. Onde se encontra uma pessoa lá se encontra um bocado do universo e certamente um vestígio do eterno para admirar.
Com amizade e reconhecimento
António Justo
MUITOS NÃO SABEM!

Muitos não sabem
Que o Menino sonha neles
Muitos não sabem
Que o Infante quer acordar neles
Muitos não sabem
Que são a alva de um sorriso
Muitos não sabem
Que o sol brilha neles
Muitos não sabem
Que o Jesus quer nascer deles
Muitos não sabem
Que Cristo vive porque mora neles
Muitos não sabem
Que o Natal são eles!

António da Cunha Duarte Justo
In http://canais.sol.pt/blogs/ajusto/default.aspx

NATAL NÃO É SÓ UMA “FESTA CRISTÃ “

NATAL É A FESTA DA FAMÍLIA HUMANA

António Justo
Tal como o catolicismo, num acto de aculturação e inculturação, assumiu muitos dos costumes, ritos e festas dos povos com quem esteve em contacto (p.ex.: as celebrações em torno do solstício de inverno), também o mundo secular de hoje assume festas cristãs, nas suas festas irreligiosas, como se observa no Natal onde o aspecto religioso quase não se nota. Se antes se dava uma cristianização de costumes pagãos hoje assiste-se à paganização de costumes cristãos. Assim a nossa atenção perde-se, por vezes, no cheiro da canela, no vinho quente, nos bolinhos, rabanadas, luzes e velas.

Como se vê, pessoas crentes e mesmo ateias aprendem umas das outras muitas vezes, seguindo a força da rotina. Nestas condições a religião corre o perigo de ser banida da vida ou relegada para um sector do cotidiano como o futebol ou o teatro, num pacote do tudo incluído na luta pela existência, pelo dinheiro e pela saúde.

Embora o Natal continue presente de várias formas, a religiosidade é um bem humano fundamental a perseverar e não perder.

No passado, a sociedade ocidental era determinada pela orientação religiosa, por vezes, moderada por alguns grupos irreligiosos. Este facto levava a pastoral eclesiástica a descurar estes grupos que, por outro lado, precisariam de cultivar o seu caracter religioso.
Entretanto os grupos seculares assumem mais relevância o que obrigará a Igreja a encontrar formatos e maneiras de diálogo (por exemplo com a arte e com iniciativas locais) que sejam comuns ao mudo secular e religioso. O padre terá de sair do seu gueto para que não se formem dois grupos (o religioso e o secular), ambos a caminhar paralela e solenemente um ao lado do outro. Será preciso criar sobreposições e pontos de encontro em acções comuns. Quem não reconhece que a realidade acontece no ponto de intersecção dos diferentes interesses, passa a vida a fugir dela ou a combatê-la.

A mensagem do Natal ensina que todo o ser humano veio ao mundo por vontade divina. Deus criou o mundo e viu que o que fez era bom. Quem reconhece no cristianismo um projecto de excelência para o mundo deverá deixar o Espírito Santo actuar nele e deste modo descobrir-se e renascer continuamente. Ele é aberto e não limita, ele chama todos à comunidade da noite da consoada como o pai que não discrimina os nomes dos filhos. O fogo natalício de cada pessoa será a luz que poderá iluminar outros a descobrir o Nazareno e a iluminar a noite do mundo.

Tradição: Um Elo de União

Há tanta gente a queixar-se do estresse natalício ou do consumismo em torno do Natal. Fazem lembrar a parábola do Evangelho das sete virgens prudentes e das sete virgens loucas!

O Natal é uma oportunidade para se romper com a normalidade da vida cotidiana; é o tempo das tréguas e da paz. Depois do tempo do jejum ou do estresse que por vezes nos divide, todos se reúnem em torno de uma mesma mesa, todos juntos não só uns com os outros mas também com as gerações passadas, unidos na tradição de comidas e bebidas e na encenação com velas, e no brilho emocional em tudo colocado na preparação da festa. A arte da rica culinária individualizada, destes dias, é também ela testemunha de carinho, dedicação e ligação às pessoas e à tradição; tudo isto nos demarca do dia-a-dia ou do consumo do supermercado. Esta magia do natal não se deixa reduzir a sentimentalismos nem a lembranças da infância, como quereriam os agentes da razão. Em Belém junta-se a luz das alturas, a luz da razão, à luz do coração.

Saint Exupéry em “O Principezinho” constata que “Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos. ” Alguns, para não terem de chorar preferem ficar no mirante de uma racionalidade fria não se deixando cativar como dizia ainda Saint Exupéry “A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixa cativar…” De facto, o presépio ensina que “Amar não é olhar um para o outro, é olhar juntos na mesma direção…”.

Natal é família
As expressões familiares vão-se mudando mas a família permanece. Na família tudo se junta, passado e futuro, o divino e o humano.
A gruta de Belém dá à luz uma nova luz. Uma virgem torna-se mãe, também para nos dizer que na gruta de cada um de nós Deus pode nascer.
Também Deus não queria viver sozinho, por isso se veio encontrar-se connosco na gruta de Belém para festejarmos e cantarmos com os seres celestes e terrestres o hosana nas alturas. Na metáfora do presépio, na origem da cristandade, participam não só pai, mãe e filho, mas também os anjos, os seres celestes, os pastores, o burro, a vaca e os reis magos. No presépio tudo se encontra e reconcilia para se tornar irmão e poder reconhecer-se no irmão Jesus. Jesus também nasce fora da família apetecida, fora da família da propaganda do chocolate.
António da Cunha Duarte Justo
Teólogo
www.antonio-justo.eu

MUITOS NÃO SABEM!

Muitos não sabem
Que o Deus-menino sonha (perneia) neles
Muitos não sabem
Que o Menino quer acordar neles
Muitos não sabem
Que são a alva de um sorriso
Muitos não sabem
Que o sol brilha neles
Muitos não sabem
Que o Jesus quer nascer deles.
Muitos não sabem
Que Cristo vive porque mora neles
Muitos não sabem
Que o Natal são eles
António da Cunha Duarte Justo
In http://canais.sol.pt/blogs/ajusto/default.aspx

Pegida é uma manifestação popular contra a islamização da Europa

A Alemanha sai à Rua com Medo do Islamismo – uma Iniciativa que pode fazer Escola na UE

António Justo
Em muitas cidades alemãs reúnem-se, às segundas-feiras, milhares de manifestantes protestando contra a “islamização do Ocidente”. Sob o nome Pegida (Patriotas europeus contra a islamização do Ocidente) são regularmente organizadas manifestações; entre outras, a de 15.12.2014, em Dresden contou com 15 mil manifestantes, cidade onde o movimento tem mais expressão.

Fenómeno novo é o facto de a organização e participantes advirem do centro da sociedade. Há um medo difuso que a “Alemanha se abula a si mesma” (Jardins infantis que deixaram de festejar o S. Martinho e lugares em que os tradicionais “mercados de Natal” mudam o nome para “Mercados de Inverno” supostamente para não ferir os sentimentos islâmicos). Desde que a Alemanha também começou a produzir islamistas (550 a combater pelo Estado Islâmico), a sociedade tornou-se mais inquieta, embora a polícia alemã tenha tido até agora conseguido impedir casos de terrorismo interno. É um facto que os extremistas islâmicos têm interesse em dividir as sociedades porque assim torna-se mais fácil para eles motivar e recrutar prole para as milícias terroristas do Estado Islâmico.

Segundo dados oficiais das estatísticas alemãs, em 2013 viviam na Alemanha 16,1 milhões de imigrantes (e descendentes) o que corresponde a 20,5% da população. Cerca de 4,3 milhões são muçulmanos, sendo de origem turca 2,5 milhões. 9,7 milhões de estrangeiros têm nacionalidade alemã ou dupla nacionalidade. Em 2013 imigraram 465.000 para a Alemanha. Além disso em 2013 entraram 110.000 solicitantes de asilo. Em 2014, até novembro, foram registados 155.427 solicitantes e destes foram reconhecidos como refugiados 26.842; muitos dos não reconhecidos continuam a viver na Alemanha.

Embora os alemães façam muito pelos refugiados, o povo começa a insurgir-se contra a islamização do país, também porque este é o grupo que mais exigências especiais apresenta e porque não é propriamente possível ter-se conhecimento sobre a sua vida nos guetos. Radicais salafistas apoiam o Estado Islâmico enviando extremistas alemães para a “guerra santa”.

Paralelamente às manifestações de Pegida são organizadas contramanifestações de outras organizações. Um conflito de potenciais imprevisíveis! Segundo um inquérito 49% dos alemães mostra compreensão pelas manifestações de Pegida.

A classe política está preocupada pelo facto de se poder organizar uma corrente desestabilizadora da política e dos partidos. Por enquanto, estes apelam a que não se deixem infiltrar por forças da extrema-direita. A política tem dormido e permitido a formação de verdadeiros guetos que, também devido à criminalidade entre solicitantes de asilo leva muitos a questionar-se se entre eles não há terroristas. Para complicar, também há alemães que vivem em certas regiões e se sentem como estrangeiros no próprio país. Por outro lado a Alemanha, devido ao trauma da guerra, tem muito medo e com razão, de movimentos populistas.

Razões para preocupação causam também os neonazis que se podem sentir estimulados com manifestações do género (numa casa prevista para refugiados deu-se um fogo com prejuízo de 700.000€ e que se presume ter sido fogo posto). Medos difusos e o medo dos guetos islâmicos parecem justificar a expressão popular de uma sociedade que até ao presente não se preocupou com uma política de imigração séria e em que as muitas mesquitas (na Alemanha há 326 mesquitas e cerca de 2.600 casas de culto, bem como inúmeras chamadas “mesquitas de quintal”) não têm uma panorâmica sobre os seus frequentadores. Os políticos terão de pensar mais sobre a política de imigração se querem servir melhor os imigrados e a população em geral.

A Alemanha tem um problema que a política e os meios de comunicação social reprimiram pois contentavam-se com a designação de racista para quem se manifestasse criticamente contra certas protuberâncias sociais. Com o surgir de Pegida, esta receita, tal como fazer tabu de temas não chegará. Agora que surge uma inflação de manifestações em muitas cidades, admoestando para o perigo da infiltração islâmica, a sociedade-bem envergonha-se sem saber como reagir.

Parte da sociedade maioritária sente-se ameaçada pelo desenvolvimento e pela acção de grupos extremistas muçulmanos. Tipicamente, os vários grupos sociais, em vez de encarar objectivamente o problema, no sentido de dialogar em vez de julgar, opõem-se uns como manifestantes e outros como contramanifestantes, uns contra os outros, com se cada grupo quisesse, à sua maneira, salvar a nação. Este encontro na rua de grupos contrários pode contribuir para a escalação de uma potencial de violência latente há muito reprimido, devido principalmente ao facto de a política ter dormido sem dar resposta para problemas pendentes. Seria irresponsável desqualificar as manifestações como resultado do medo perante culturas estranhas. Este é um processo que, a não ser encarado objectivamente atingirá toda a Europa e simplesmente pelo facto de antes ser um problema reduzido à classe desfavorecida e agora se tornar num problema da classe média, isto é, do centro da sociedade. O medo dos retornados da “guerra santa” excita o espírito de muitos que querem, em paz, conservar os bens e os direitos adquiridos.

Parte dos manifestantes querem ajudar os refugiados muçulmanos, outros têm medo deles devido à sua quantidade e coesão social e outros ainda da extrema-direita e da extrema-esquerda e de permeio Hooligans e fanáticos querem desacreditar as manifestações; entre eles também os há que se misturam entre os manifestantes com a única intenção de fazer barulho e desestabilizar o Estado. Expressões infelizes de representantes islâmicos onde se afirma que a Alemanha é contra o islão juntam mais fogo à chama da irracionalidade. De facto a Alemanha respeita o direito a manifestações e muitos manifestantes da Pegida são cidadãos conscientes e pessoas de boa vontade. De facto, muitos dos manifestantes em algumas cidades fazem parte do resto da sociedade, e o que move muitas pessoas é o medo do seu futuro dado este mostrar-se cada vez mais incerto para muitos e a Alemanha não ter uma política de imigração definida como acontece nos USA e no Canadá. Outros ainda não percebem a razão por que os pretendentes a asilo se dirijam sobretudo para a UE e não em direcção aos países ricos árabes.

Pegida é um fenómeno muito complexo para poder ser equacionado em sentenças políticas. Trata-se, na sua maioria, de ”cidadãos preocupados”; muitos sentem-se estrangeiros na própria terra, ou não vêem as suas preocupações tomadas a sério pela política. Todos os grupos sociais deveriam entrar em diálogo e não só para fazer reivindicações. O facto de em Dresden ter havido 15.000 manifestantes na última segunda-feira preocupa a chanceler alemã que não quer ver “arremetidas” ou propaganda contra estrangeiros que são bem-vindos à Alemanha. Por parte da opinião pública alemã, das igrejas, partidos e organizações há grande apreensão e receio sobre as consequências de um tal movimento que pode servir grupos extremistas.

Deste modo, os terroristas conseguem, com a sua estratégia, em nome do Islão destruir estados africanos e ao mesmo tempo começar a desestabilizar uma sociedade europeia tradicionalmente consensual.
António da Cunha Duarte Justo
Jornalista
www.antonio-justo.eu

Islamistas europeus em Luta pelo “Estado Islâmico” afligem a Europa

Portugal tem 12 Jihadistas, do Brasil não se conhecem Estatísticas
Solução: Apoiar os Muçulmanos democráticos reformistas

António Justo
No Iraque e na Síria encontram-se cerca de 30.000 jihadistas (guerra santa) estrangeiros de 83 países, que se aproveitam da experiência aí feita para uma melhor organização de redes de grupos terroristas internacionais. Estes, quando regressam aos países de origem, fomentam o terrorismo, em nome da resistência islâmica.

Segundo estatísticas da revista alemã Cícero-11.2014, há na Síria e no Iraque 1.000 combatentes da França, 600 da Inglaterra, 550 da Alemanha, 300 da Bélgica, 250 da Austrália, 120 da Holanda, 100 da Dinamarca, 70 dos USA, 50 da Noruega, 60 da Áustria, 30 da Irlanda, 30 da Suécia, etc..

Na Síria já morreu um jihadista português em combate pela instauração do Estado Islâmico (EI). Portugal tem 12 guerrilheiros na guerra santa (jihad), dos quais dois são mulheres (muitas mulheres jihadistas oferecem o sexo para os guerreiros de Alá, talvez no sentido de anteciparem o paraíso dos homens!). Há também jihadistas brasileiros mas não são abrangidos por estatísticas; O Brasil tem redes de recrutamento e propaganda em meios salafistas (fluxo rigorista do Alcorão) e outros grupos islamistas ou talvez jihadistas como: (http://islam-maranhao.blogspot.com). Na Europa abundam as redes de organização, como: Sharia4Belgium ou “Profetens Ummah (Noruega) e na península ibérica especialmente o grupo Sharia45Spain que, além do mais, quer minar as Constituições dos 2 países ibéricos. O recrutamento preferido dos jihadistas processa-se através das suas estruturas logísticas da internet. Este atinge sobretudo a camada jovem atraída e radicalizada sobretudo por grupos em torno dos salafistas, da Sharia e outros.

A Europa está inquieta com os novos mujahedin internacionais. Já se conta, na Europa, com atentados de decapitação e outros. Afeganistão formou uma geração de bombistas nas décadas passadas e agora sucede-se-lhe o Estado Islâmico.

Muitos jihadistas ficam desiludidos, quando notam que na Síria os próprios sunitas se combatem uns aos outros. Por isso no regresso de terroristas islâmicos às nações deveria haver mais diferenciação no seu trato, porque os há que em contacto com a realidade se desiludiram, outros ficaram traumatizados e outros ainda mais radicalizados.

Muçulmanos e não muçulmanos têm medo de Islão

Assiste-se a uma radicalização religiosa e política principalmente da juventude que se encontra desempregada e num vácuo entre a família paterna e uma família a fundar; são pessoas perdidas que não sabem onde pertencem e encontram na ideologia islâmica um sinal a brilhar no seu caminho escuro; a mais fácil forma de sobressair é converter-se ao islão e colocar-se ao seu serviço. O salafismo apresenta um projeto contra a sociedade ocidental, que se serve da música Rapper para, no sentido jihadista lutar contra a corrente e contra o ocidente, como fazem Jihadi John e Deso Dogg, que figuram como estrelas pop. Por isso, os salafistas encontram-se na Alemanha sob observação do Estado! Em nome de uma revolução hegemónica, justificam-se os meios bárbaros e a intenção de chamar a atenção para a causa islâmica. Nas mesquitas prega-se normalmente em turco ou árabe sem preocupação por esclarecer e continua a defender-se a separação em relação aos não islâmicos, apelidados de incrédulos ou infiéis. Nas mesquitas entram à vontade moderados e extremistas.

O islão extremista vive de teorias de conspiração do ocidente, dos judeus e até dos xiitas, contra o Islão (Sunita), e fundamenta-se no Corão e nas Hadith; os imãs nas suas mesquitas, no dizer de gente inside, não se declaram criticamente em relação aos versos do Corão que apelam à violência, não falam do direito a determinar o próprio modo de vida (calam os casamentos forçados), calam a violência da sharia, silenciam o aspecto problemático do uso do lenço e do chador, ocultam a discriminação da mulher, etc. Chega-lhes a jihad, o esforço interior e contra o exterior.

O Flerte cínico cultivado entre Figurantes da Tolerância religiosa

Em muitos dos nossos colóquios universitários sobre o Islão e nas rondas públicas de tolerância ad hoc, os conferencistas falam de permuta de ideias acentuando o lado pacífico do Islão. Ao omitir-se os aspectos críticos, e ao não convidar-se muçulmanos críticos, como referentes, impede-se uma discussão séria, de olhos nos olhos. Peca-se assim por omissão e fomenta-se a intolerância do Islão institucional contra um islao que se quer modernizar e contra muçulmanos críticos que ao criticar versos agressivos do Corão e dos hadith (Hádices) de Maomé, são hostilizados pela generalidade, e chegam mesmo a colocar a própria vida em perigo dentro das suas fileiras islâmicas. A estes, que poderiam contribuir para a evolução do islão tira-se-lhes o tapete. Deste modo, intelectuais não islâmicos tornam-se cúmplices de um islão conservador e segregador porque reservam o mícron aos conformes ou oportunos.

Mulheres e homens islâmicos corajosos, porque críticos de irracionalidades islâmicas, precisam de um palco que permita a modernização do Islão. Quem dá a palavra a estes é verdadeiramente amigo do islão; quem dá guarida e projecção aos conservadores islâmicos e aos falantes suaves islâmicos serve, muitas vezes, a hipocrisia. O islão precisa de reforma e quem precisa de palco público, para motivarem outros irmãos, são os reformistas. O resto é show de mútuas vaidades brilhantes mas um mau serviço ao Islão, porque quer o status quo, não apoia a formação de um islão tolerante. Afirmo isto também devido à longa experiência de convivência e até apoio a grupos islâmicos da cidade.

Nenhuma Constituição de um país civilizado legitima o terrorismo, nenhum país civilizado aceita o facismo; o Corão e as Hádices fazem-no e tudo aceita isso como um dado religioso aceite e indiscutível pelo facto de trazer a etiqueta de religião. Não podemos legitimar o islão como arma aceitando também a premissa islâmica que uma mentira em favor do Islão é uma virtude! É preciso modernizar o Profeta Maomé, não o deixando preso num patriarcalismo avoengo do Antigo Testamento. A ignorância e o oportunismo engravatado perante o Islão contribui para que este não passe da sua idade média nem do referido patriarcalismo próprio de zonas pobres e nómadas.

A jornalista turca de Berlim, Güner Yasemin Balci afirma em Cícero: “Muçulmanos e não muçulmanos têm medo do Islão. O Islão é uma arma carregada, devemos finalmente descarregá-la”.

As causas da violência e do não desenvolvimento no islão vêm-lhe da falta da ausência de pensamento autocrítico e da presunção dos que não querem reformar o Islão para manterem uma atitude de desprezo perante as outras religiões.

Urge ajudar as forças reformistas dos muçulmanos e não manter o Islão institucional em banho-maria como se faz em muitas agremiações, conferências e confrarias.

A honradez é o tesouro mais profundo que cada pessoa tem a guardar, mas na consciência de que a honra que nos é devida se encontra no próximo a respeitar.
António da Cunha Duarte Justo
Jornalista
www.antonio-justo.eu