O exército alemão tem 181 mil soldados e pretende alcançar os 203 mil até 2031. Para isso, quer recrutar para o serviço militar pessoas sem cidadania alemã.
Na sociedade alemã nota-se ainda uma relutância no discurso público quanto ao reiniciar o serviço militar obrigatório copulando-o com uma obrigação de serviço social para cada cidadão.
Na França, Espanha, Dinamarca e Eslováquia é possível fazer o recrutamento de estrangeiros.
No debate da Bundeswehr a questão é se os estrangeiros devem proteger a Alemanha. Alguns estão abertos aos cidadãos da EU. Outros falam do modelo francês com a Legião Estrangeira, uma associação em que as equipas vêm do estrangeiro, mas os oficiais são franceses.
As especulações sobre a eventual possibilidade de a Rússia poder atacar um país europeu possibilitam a militarização europeia com um orçamento de 2% do PIB para armamento. Daí a falta de interesse no estabelecimento de conversações no conflito geopolítico entre a Rússia e a Ucrânia.
Parece vivermos em tempos de franco atiradores e na defesa de interesses nacionalistas e de ordenações, mas em nome da Europa, mas na ausência de uma política europeia comum.
António CD Justo
Pegadas do Tempo