CHINA

O texto que coloco a seguir chama a atenção para um problema actual real e que hipoteca o nosso futuro. De facto, a China adquire a tecnologia das empresas estrangeiras, as matérias primas e coloca chineses no estrangeiro à frente das empresas, passando o seu estrangeiro a ser apenas consumidor.
Quando deixarão as potências de apostar na exploração? Assim justificam-se umas às outras com a desculpa que é só concorrência esquecendo que assim se eterniza a exploração dos mais fracos!
JÁ PENSOU COMO FICARÁ A CHINA DO FUTURO?
A China do Futuro e o Futuro é Hoje…
A verdade é que agora, tudo o que compramos é Made in China.
……..Eis um aviso para o futuro!
Mas quem liga para esse aviso?
Atualmente …. Ninguém!
Agora é só …aproveitar E APROVEITAR …!
E depois como será para os nossos filhos?
Luciano Pires é diretor de marketing da Dana e profissional de comunicação e avisa:
Alguns conhecidos voltaram da China impressionados.
Um determinado produto que o Brasil fabrica em um milhão de unidades, uma só fábrica chinesa produz quarenta milhões…
A qualidade já é equivalente.
E a velocidade de reação é impressionante.
Os chineses colocam qualquer produto no mercado em questão de semanas….
Com preços que são uma fração dos praticados aqui.
Uma das fábricas está de mudança para o interior, pois os salários da região onde está instalada estão altos demais: 100 dólares.
Um operário brasileiro equivalente ganha 300 dólares no mínimo que acrescidos de impostos e benefícios representam quase 600 dólares.
Quando comparados com os 100 dólares dos chineses, que recebem praticamente zero benefícios…. estamos perante uma escravatura amarela e alimentando-a.…
Horas extraordinárias? Na China…? Esqueça!!!
O pessoal por lá é tão agradecido por ter um emprego que trabalha horas extras sabendo que não vão receber nada por isso…
Atrás dessa “postura” está a grande armadilha chinesa.
Não se trata de uma estratégia comercial, mas sim de uma estratégia de “poder” para ganhar o mercado ocidental.
Os chineses estão tirando proveito da atitude dos ‘marqueteiros’ ocidentais, que preferem terceirizar a produção ficando apenas com o que ela “agrega de valor”: a marca.
Dificilmente você adquire atualmente nas grandes redes comerciais dos Estados Unidos da América um produto “made in USA”. É tudo “made in China”, com rótulo estadunidense.
As empresas ganham rios de dinheiro comprando dos chineses por centavos e vendendo por centenas de dólares…
Apenas lhes interessa o lucro imediato e a qualquer preço.
Mesmo ao custo do fechamento das suas fábricas e do brutal desemprego.
É o que se pode chamar de “estratégia preçonhenta”.
Enquanto os ocidentais terceirizam as táticas e ganham no curto prazo, a China assimila essas táticas, cria unidades produtivas de alta performance, para dominar no longo prazo.
Enquanto as grandes potências mercadológicas que ficam com as marcas, com o design…suas grifes, os chineses estão ficando com a produção, assistindo, estimulando e contribuindo para o desmantelamento dos já poucos parques industriais ocidentais.
Em breve, por exemplo, já não haverá mais fábricas de tênis ou de calçados pelo mundo ocidental. Só haverá na China.
Então, num futuro próximo veremos os produtos chineses aumentando os seus preços, produzindo um “choque da manufatura”, como aconteceu com o choque petrolífero nos anos setenta. Aí já será tarde de mais.
Então o mundo perceberá que reerguer as suas fábricas terá um custo proibitivo e irá render-se ao poderio chinês.
Perceberá que alimentou um enorme dragão e acabou refém do mesmo.
Dragão este que aumentará gradativamente seus preços, já que será ele quem ditará as novas leis de mercado, pois será quem manda, pois terá o monopólio da produção. .
Sendo ela e apenas ela quem possuirá as fábricas, inventários e empregos é quem vai regular os mercados e não os “peçonhentos”.
Iremos, nós e os nossos filhos, netos… assistir a uma inversão das regras do jogo atual que terão nas economias ocidentais o impacto de uma bomba atômica… chinesa.
Nessa altura em que o mundo ocidental acordar será muito tarde.
Nesse dia, os executivos “preçonhentos” olharão tristemente para os esqueletos das suas antigas fábricas, para os técnicos aposentados jogando baralho na praça da esquina, e chorarão sobre as sucatas dos seus parques fabris desmontados.
E então lembrarão, com muita saudade, do tempo em que ganharam dinheiro comprando “balatinho dos esclavos” chineses, vendendo caro suas “marcas- grifes” aos seus conterrâneos.
E então, entristecidos, abrirão suas “marmitas” e almoçarão as suas marcas que já deixaram de ser moda e, por isso, deixaram de ser poderosas pois foram todas copiadas….
REFLITAM E COMECEM A COMPRAR – JÁ – OS PRODUTOS DE FABRICAÇÃO NACIONAL, FOMENTANDO O EMPREGO EM SEU PAÍS, PELA SOBREVIVENCIA DO SEU AMIGO, DO SEU VIZINHO E ATÉ MESMO DA SUA PRÓPRIA… E DE SEUS DESCENDENTES.
Não valorize apenas preço e qualidade!
Valorizem o produto nacional!
Influencie outros a mudarem seus conceitos como consumidor!
Pense num futuro próximo (2 a 5 anos)!
“O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons…”
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Publicado por

António da Cunha Duarte Justo

Actividades jornalísticas em foque: análise social, ética, política e religiosa

8 comentários em “CHINA”

  1. Luís Moreira , o relevante do texto é a validade e actualidade para que Luciano Pires chama a atenção! Entretanto a China já tem, por exemplo em África, mais de 10.000 empresas em 46 estados africanos sem grandes chances para empregos de africanos! O mesmo pude observar em Portugal em duas cidades!

  2. Céu Almeida, esse é um grande problema, na medida em que fomenta o enriquecimento de grupos só adedicados à comercialização em vez de se empenharem no negócio da produção na própria região. Temos um cheirinho das consequências a que isso traz na medida em que agora somos vítimas da guerra económica que fizemos à Rússia donde recebíamos os produtos baratos e não nos preocupávamos em produzir em casa. Vivemos num mundo cada vez mais mercantilista e o povo sofre as consequências quando os políticos também o são.

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