Por António Justo
O problema da fracturação social portuguesa é sistémico e deve-se, em grande parte, à conotação politica baseada no jacobinismo da primeira república e posta em dia na III República, sem uma reflexão ou análise séria sobre a primeira nem a segunda.
Temos uma discussão pública que em vez de circular em torno da política económica e cultural circula em torno de partidos como se o ser e o sentir do cidadão se reduzisse a temas para aquecer um espectador que se deseja com mentalidade de adepto de clube!
A indoutrinação tornou-se tão eficiente porque inconsciente que a consciência pública se encontra condicionada a uma maneira de ver e pensar reduzida a jogadores de pingue-pongue! Vê jogadores mas desconhece a mesa e a bola!
Uma sociedade que não reflecte seriamente sobre o seu passado parece não ter direito a ter futuro! Esta é uma das explicações que explica a crise e o estado descontente português.
A sociedade portuguesa parece viver como um país desconciliado, sem normalidade política e em estado de excepção.
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo