A Armadilha do Diálogo e da Compreensão

Dado que tanto terroristas como muçulmanos pacíficos baseiam o seu agir no Corão que é o fundamento imutável e obrigatório da fé, dos valores, do agir e do direito não pode haver diálogo entre as culturas sem o conhecimento do livro Corão. Consequentemente terá que ser permitido falar do conteúdo do mesmo…
O diálogo não é uma questão de somenos importância reservada a ingénuos ou a bonzinhos que confundem diálogo com engraxar ou com o jogo do empisca.
O futuro das democracias na Europa dependerá da maneira como reagirmos ao Islão.
A obrigação obsessiva em que se sentem os europeus para a compreensão conduz à armadilha da compreensão. Um diálogo aberto ajudará o Islão e todos os outros.
Para o diálogo não é suficiente a afirmação de que o Islão é uma religião pacífica. Alguns apelam para o tacto no trato com os muçulmanos. Ora, eles não são crianças, o que se necessita no diálogo é veracidade, sinceridade e abertura. Doutro modo o diálogo torna-se em campo de acção de hipócritas e oportunistas. A dor, a sombra de hoje anuncia o sol de amanhã… Um diálogo universal, num mundo global só é possível sob a plataforma da razão. Já antes de Jesus, a Bíblia reconhecia “ Muita sabedoria, muita aflição e quem aumenta o saber, aumenta a dor”….
A “guerra santa” não é racionalmente sustentável. Àqueles que misturam alhos com bugalhos apresentando as cruzadas como espécie de guerra santa isso é perverter a realidade. As cruzadas nunca foram santas nem com base no evangelho. Também não foram guerras de conquista mas sim de reconquista. (Lembre-se a acção de D. Henrique e seus homens na fundação de Portugal). Além disso vivemos hoje.
Hoje, só o Islão defende o direito de defender a religião, a fé com a espada. Daí a oportunidade da frase do imperador bizantino: “mostra-me o que Maomé trouxe de novo e encontrarás coisas más e desumanas, como o direito de defender pela espada a fé que pregava”. Os extremistas do Islão tornaram-se a expressão da religião, pervertindo assim o todo.
A indústria da informação não está interessada em ouvir o que se diz. Ela está preocupada no como ouvir, como utilizar, dizendo-se o mesmo dos destinatários. Observa-se uma cumplicidade mútua.
Amigos, podemos fazer história mas não na continuação da guerra com outros meios. Não precisamos de esperar pelas catástrofes para nos mudarmos, para aprendermos. Rememos contra a catástrofe contra a violência, talvez com palavras duras mas com um coração manso no sentido de servir no seguimento da luz… a luz da possibilidade real.

António Justo

António da Cunha Duarte Justo

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António da Cunha Duarte Justo

Actividades jornalísticas em foque: análise social, ética, política e religiosa

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