BOLSONARO GANHOU PARA ALEGRIA DE UNS E TRISTEZA DE OUTROS

A Luta é grande porque o Brasil promete muito

Por António Justo

Depois de 14 anos no governo, o Partido dos Trabalhadores tem de passar o poder para Jair Bolsonaro (PSL) que no dia 28.10. obteve 55,13% dos votos válidos (57,7 milhões de votos) e Fernando Haddad (PT) 44,87% dos votos, (47,03 milhões de votos).

Como se constata, as forças de interesses, num sistema democrático, alternam-se ciclicamente como é natural em democracia. Bolsonaro utilizou dois tipos de rectórica: o discurso abrasado e guerreiro contra a esquerda e a imprensa, no Facebbok e agora, como vencedor, usa um discurso mais conciliador nas emissoras da TV. Na política concreta a alegria passa depressa, o que perdura de seguida é a realidade triste do povo.

Na consequência da eleição de Bolsonaro, a Esquerda vai sofrer, também, pelos erros que fez durante 16 anos de governo, e a Igreja católica por não o ter apoiado. Bolsonaro tinha-se referido depreciativamente à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) chamando-a “banda podre da Igreja Católica”. Esta que se tem colocado ao lado dos índios, dos pobres e da reforma agrária vê-se agora difamada por quem está interessado em fomentar o capitalismo liberal.  Esta Igreja ao lado dos pobres vê-se polemizada também por seitas interessadas no poder, que apoiaram declaradamente Bolsonaro, como é o caso da “Igreja Universal”.

É lamentável que muita da esquerda moderada se deixe levar pela agenda da extrema esquerda, no seu programa anticristão, e não reconheça o esforço da Igreja católica brasileira, na dedicação aos pobres e com a teologia da libertação.  Quem ataca Deus nega o povo; a esperança não relega a vida para o futuro, a verdadeira Esperança vive agora, produzindo já futuro.

Quem nega o direito de existência ou legitimação séria a um grupo, pelo simples facto de ser religioso ou católico, não se deve admirar vendo depois surgir seitas cristãs, interessadas, também elas, no domínio político e deste modo a tornarem-se a sua concorrência. Os extremismos a que se chegou no nosso palco cultural ocidental preparam o solo para seitas religiosas acordarem e sentirem o cheiro do poder; então a agitação ganhará terreno e os atuais partidos passarão a sofrer com a concorrência que provocaram.  A inteligência destes secularistas deveria chegar a reconhecer isso como natural; para isso basta-lhes a experiência do atuar de grupos islâmicos que usam a sua religião política para justificar a sua intervenção. O pior que poderia acontecer seria o fortalecimento de grupos cristãos politizadores da religião, também eles sedentos em participarem do bolo do poder político no Estado. Os seguidores da agenda ligada à “ideologia do género”, no seu radicalismo e na luta contra o cristianismo ao esbanjarem parte dos melhores bens da cultura ocidental, empobrecem o povo, tal como o filho pródigo. Radicalismo fomenta radicalismo! Não se trata aqui de diabolizar um grupo para se afirmar o outro, mas de trabalharem uns e outros no sentido de um equilíbrio. O extremismo ou a consciência dos ultras expressa-se também na maneira fácil como se designa um grupo de extremista. A exclusão que criticam praticam-na eles também. O meio termo suporta os extremos e por isso é mais forte.

Por outro lado, é compreensível a impaciência da esquerda radical da América latina e da Europa que não quer aceitar uma realidade que contraria a sua agenda de luta cultural. Reagem, como meninos mimados por uma imprensa do sistema que favorece o seu discurso. Por isso os mais espertos empenham-se na difamação dos media virtuais (como o Facebook), onde, em parte, domina o discurso popular emotivo e espontâneo (isto enquanto os interesses organizados não estabelecerem, também nestes meios, o seu controlo). A esquerda radical sente a areia a fugir-lhe debaixo dos pés, por toda a parte, e como são activistas, não suportam passar muito tempo a lamber as feridas, porque a luta pelo poder, além de dar satisfação, é também o seu pão.

É triste ouvirem-se vozes, de muitos boçais da verdade e de donos da opinião dos outros, a quererem denegrir o povo brasileiro, por, desta vez, ter votado na “esperança” de melhorar um país que tem grande peso na América Latina.

Depois de tanto delírio no Brasil e na Europa, durante a campanha eleitoral, em que, entre outros, muitos cães de guarda das ideologias se esfalfaram, vai sendo tempo de se entrar na normalidade do dia-a-dia e de cada um regressar à sua loja, seja ela mais ou menos esquerdista ou mais ou menos direitista! A luta de uns contra os outros, não ajuda ninguém.

Bolsonaro é polarizador, mas ele ganhou contra o poder comunista enfraquecendo assim a agenda cultural socialista que vê contrapor-se-lhe o poder dos conservadores e isso é o que movimenta tanto fervor nas discussões. Em termos de luta, de que a esquerda revolucionária é perita, teria a direita muito a aprender, não fosse ela tão acomodada ao status quo!…

Nos meios de comunicação virtual lêem-se, frequentemente expressões indignas e depreciadoras sobre os eleitores brasileiros. E por sua vez, nos meios de comunicação social séria fala-se dos democratas PT e do extremista da direita Bolsonaro. Onde está a isenção? Se se fala do extremismo de direita porque não se fala do extremismo do PT? Ou não será que a base de orientação da opinião pública torce pela esquerda e esconde o seu extremismo lavando-se na critica ao outro?

Respeite-se o voto do povo brasileiro e dê-se a oportunidade a Bolsonaro de mostrar o que vale, após passados cem dias do seu governo. Então a conversa será mais objectiva porque referida a factos concretos e não a possíveis especulações nem à conjura de medos. O medo está normalmente ao serviço dos poderosos e dos que pretendem o poder, por isso estes fomentam o medo deste ou daquele, disto ou daquilo.  Ao poder interessa-lhe é a caça ao voto.

O Brasil inteiro é feito de uns e de outros! Que cada um regue a sua planta é natural, o que seria mal é se, cada qual, tentasse cortar as raízes da planta do adversário. Talvez um dia, quando percebermos que a realidade completa é feita de complementaridades e que a visão dela é apenas um dos pontos de vista, então passaremos a regar também a planta do vizinho para, como povo e como nação, podermos crescer e progredir qualitativamente. Esta atitude poderia substituir o princípio da luta exclusiva como meio de alcançar liberdade.

Nestas eleições os dois candidatos à presidência eram candidatos representantes de forças extremistas. Portanto, não seria inteligente afirmar-se “satanás” ou “Belzebu” porque o cum quibus da situação é que quem afirma aferrenhadamente um, fica automaticamente na pele do outro.

O desejo do povo é pão, paz, honestidade e união nacional! Importante é uma nova política dentro dos trâmites democráticos em benefício do bem-comum de todo o cidadão. De resto, os erros de uns tornam-se em oportunidade para os outros e, na hora da necessidade, – e ela expressa-se em todas as eleições – o povo não pode pensar porque a fome é que manda.

Um bom princípio é respeitar os outros, mesmo que sua opinião contrarie a minha. Em termos cristãos, cada um é livre de escolher o partido da sua inclinação política porque o imperativo categórico do cristão é a pessoa e a sua consciência individual soberana e livre, no empenho pelo bem de todos. Quanto mais cristãos sem medo se encontrarem nos diferentes partidos, talvez estes ganhem mais humanidade, mais humildade e a cultura mais diálogo, para isso os cristãos terão de tornar-se mais cristãos. Naturalmente o ser cristão ou o pertencer a este ou àquele partido não iliba ninguém do erro, porque antes de sermos crentes ou partidários somos principalmente seres humanos e, de momento, a sociedade parece desenvolver-se mais para o radicalismo do homo homini lupus. Quando chegarmos a tal extremo, então a “troika” oligárquica da ideologia e do capital consolar-se-á, porque, nesse caso, a lei substituirá a moral e o governo de uns poucos confortar-se-á com os rebanhos nos seus latifúndios.

António da Cunha Duarte Justo, Pegadas do tempo

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António da Cunha Duarte Justo

Actividades jornalísticas em foque: análise social, ética, política e religiosa

82 comentários em “BOLSONARO GANHOU PARA ALEGRIA DE UNS E TRISTEZA DE OUTROS”

  1. Os media de grande tiragem ou audiencia todos, ha’ muito que foram sendo comprados por uma elite super rica que prosperou encostada ‘a mafia dos Bancos Centrais. Para essa elite mega rica em papel que breve vai ser so’ isso … papel, o melhor sistema para controlar os escravos e’ o comunismo (desde que seja organizado por eles) portanto a media foi e esta’ a ser usada nao como noticias, nao como comunicacao social mas como propaganda. Quem nao alinhar e’ despedido… o resto, escolas, liceus , universidades sao e teem sido ha’ varios anos as igrejas desta gente, cuja filosofia e religiao se baseia no culto Luciferiano muito em voga nas sociedades secretas tambem. Quem quizer ler a Historia destes grupos mande-me uma mensagem pelo Messenger, que eu envio o texto “longo” que mostra a realidade. A media toda e’ controlada por seis mega corporacoes das elites americana e europeia.
    Walter D. Gameiro

  2. 16 anos de avanços e mal feitos a Mudança era necessária. Ser refém de uma forma de pensar é nocivo.
    Jorge Rosmaninho

  3. Certissimo. O país agora está ni caminho da redenção economica,alguns erros acontecerão,mas da sujeirada administrativa estamos livres.
    Gabriel Cipriano

  4. Lamento chamares cão a quem manifesta sua opinião, por razões e experiência históricas. Lamento não condenares a tomada do poder por uma ideologia de extrema-direita no Brasil, sabendo o que o agora eleito defende, afirma e promete fazer. Lamento que ignores tantas opiniões que vão na direção da crítica acérrima, vinda de pessoas, instituições, governos e meios de comunicação, fora de qualquer extremismo político. Lamento finalmente que daqui a breve trecho tenhas de te retratar por aquilo que não queres agora ver. Lamento !
    Manuel Campos
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  5. E eu LAMENTO profundamente este comentário que mais não é do que um falta de respeito pela escolha que os brasileiros fizeram democraticamente. Este lamentável comentário é a prova de que o que conta para certos “democratas” é apenas a SUA democracia que vá de encontro à sua ideologia. Isso não é democracia. Isso é ditadura ideológica tão própria dos regimes totalitários e tão defendida por certos ditos “intelectuais de esquerda”.
    José Cerca

  6. José Cerca não sou um “certo” democrata. Sou Democrata. Não sou dono da “minha” Democracia. Defendo-a. E por muito má que ela seja, é bem melhor do que a posição fascista do Bolsonaro. Cada um tem a sua opinião. Lamentei e continuo a lamentar. Não condenei. Mas como em tudo na vida: o tempo nos dirá. Oxalá eu não tenha razão na minha opinião! Mas já vi muitos cegos caírem em buracos.
    Manuel Campos
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  7. Pois se é democrata como afirma e se não é cego como invoca (e eu acredito) então RESPEITE a decisão maioritária do Povo Brasileiro e não enverede por um profetismo de desgraça, tenebroso e apocalíptico!
    José Cerca

  8. Caro José Cerca não se trata de desrespeitar a decisão maioritária. Trata-se apenas, baseadado na experiência pessoal e histórica, de não ignorar o que se manifesta óbvio vir a acontecer. Vivi política e socialmente de forma intensa alguns anos no Brasil. Manifesto apenas o que penso e o que, por actos e factos concretos já se anuncia. Só isto
    Manuel Campos
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  9. Acho interessante a forma ligeira e acrítica como o António Justo (AJ) foca este tema. Também o AJ é um guarda de uma ideologia e neste contexto polarizante, conotadamente de direita, onde não esconde a sua simpatia pelo “democrata” Bolsonaro.
    Não precisamos de voltar a falar do sistema corrupto do PT, como se esse partido tivesse sido o único a criar o esquema da corrupção; não vamos falar da violência, da miséria ou dos fossos que dividem os ricos dos pobres; ao que parece são coisas que vêm do passado e não é um exclusivo do PT.
    Esperava uma análise critica, aceitando que o povo brasileiro votou numa mudança extrema e aceita o messias Bolsonaro para redimir a sociedade brasileira.
    Felizmente (ou infelizmente) o presidente eleito tem um grande historial sobre a sua forma de pensar sobre muitos temas da sociedade brasileira.
    Agora só falta acreditar que o presidente eleito é o mensageiro de deus ( como já foi escrito nas redes sociais ); a ditadura militar dos anos 60 a 80 será banalizada, os esquadrões da morte terão a sua legitimidade e a violência será legitimada por mais violência;
    O povo brasileiro votou – votou com consciência que ia eleger uma pessoa sem consciência democrática, sem principios morais e éticos.
    Bom, não vou buscar os anos 30 na Alemanha, basta ver o que se está a passar na Turquia… mas há pessoas que não aprendem
    Alfredo Stoffel
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  10. Caro amigo Alfredo acho estranho que uma pessoa como você fale do meu polarismo quando o partido que você apoia não prima pela abertura aos outros. Eu não tenho partido, tenho uma opinião feita da experiência e que tem uma base grande conservadora e outra de humanismo/socialismo cristão. Se ler bem o texto não pode chegar à afirmação que faz. O facto de não me sentir azedado pela eleição de Bolsonaro não quer dizer que aprovarei qualquer extremismo que ele produza. Penso é que depois de tantas barbaridades e algumas coisas boas do PT a posião do povo brasileiro tivesse de ser condenável por votar num que lheoferece mais esperança do que o PT provou practicamente não merecer. Tal como certamente, como o Alfredo Stoffel, não me pronunciei, durante o governo do PT em relação à sua política embora tenha notado que o que derrotaria seria o seguir os interesses da agenda internacional (anti-ocidente) sem se preocupar muito com grande parte do Brasil.. Mas agora que vi a esquerda em geral a defender a votação no PT então interveni escrevendo sobre o assunto. É interessante que muitos se sintam perturbados quando pessoas da política se declarem cristãos e por outro lado se mostrem tão tolerantes em relação a pessoas públicas praticantes do islão. Porque não era correcto falar dos males do PT e é correcto falar dos males do partido de Bolsonaro? Não sou dos que defendem que males com males se pagam. O povo brasileiro que tinha optado por uma situação extrema PT vota agora por outra extrema. É o seu direito e a História para poder avançar tem de usar tanto a perna esquerda como a direita; doutro modo nem andava nem desandava. Errando é que se aprende! Não temos o direito de só fazer valer os nossos erros para aprender; os erros dos outros são também eles uma oportunidade. Não nos podemos arvorar em juizes da verdade.Nem tão pouco colocar-nos acima da vontade popular brasileira e acusá-lo de ter conscientemente eleito “uma pessoa sem consciência democrática, sem principios morais e éticos”. Caro amigo para não nos deixarmos levar por preconceitos temos que esperar pelos actos e factos do seu governo. As obras é que contam, a conversa pouco adianta. Tenhamos paciência e falemos dele e dos seus actos nas próximas eleições, doutro modo usamos dois peesos e duas medidas: uma para os factos do PT e outra para o que Bolsonaro ainda não fez como governo, mas que o medo quer convencer de vir a fazer.

  11. António Cunha Duarte Justo sim, vamos andando e vamos vendo!
    Tal como o António Justo, não tenho partido, considero-me uma pessoa de esquerda com bases humanistas; não sou crente mas tenho consciência que também eu sou moldado segundo os valores judaico-cristãos. Bem! Numa outra altura podemos discutir este tema.
    Abraço
    Alfredo Stoffel
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  12. Ser opositor a Bolsonaro, para mim, não é ser de esquerda, radical ou não, é ser contra o ódio o despotismo a intolerância, a ignorância… Tudo isto vai para lá da corrupção, e de todos os erros do PT, pois corrupção existe de A a Z. Havia um grande leque de candidatos, este deveria ter sido a ultima escolha de quem preza a democracia. Infelizmente, esta tendência está a espalhar-se, também, pela Europa sendo a tendência: convergir para extremos, acabando-se o meio termo. Apesar de tudo, a democracia, com os seus defeitos, ainda é o melhor sistema defensor da liberdade, conhecido até hoje, ainda não inventaram melhor e não estamos a assistir a nada de novo, mas sim a um regresso a um “déjà vu” que não augura nada de bom!
    A História repete-se, quase como um fatalismo, e não deveria ser assim, mas é o que temos.

    Não percebo este apelo à neutralidade, de opinião, que também inunda as redes. Porque raio devemos ser neutrais, só porque tudo se passa fora de portas. Num mundo globalizado, em que qualquer “efeito borboleta”, tudo afecta, em menor ou maior escala, ser neutral, neste caso, é ser indiferente à liberdade, é tomá-la como adquirida. Bolsonaro não é sequer uma questão de ideologias, é uma questão de carácter e ética – é um homem que não interessa, à partida, ter em nenhum lugar do espectro político: não interessa estar à direita, nem à esquerda, nem ao centro, nem assim, assim. É um ditador, que se anuncia, da pior espécie, e ponto final! E, a ditadores, ensinou-nos a História, que não se pode dar, sequer, o benefício da dúvida, saltem eles de debaixo da pedra que saltarem, onde se abrigam, que nem répteis, à espera da sua oportunidade!
    Tem sido ele o arauto da sua verdade! Foi ele mesmo que tudo disse – uma diatribe muito bem explicada, só não ouviu quem não quis, não foi inventado por terceiros, nem sequer são “fake knews”, como gosta tanto de se dizer, hoje em dia…

    Tenho, para mim, que o Brasil acaba de entrar na “idade das trevas”!… Um resultado que se respeita, pois é o do povo, mas que não se compreende, apesar do generalizado sentimento: “anti-sistema”!
    Esperemos que a sua vontade, agora livremente demonstrada, não fique refém de um poder fundamentalista, a quem os próprios deram voz!
    Não é o simples facto de ele dizer, agora, que vai ser o presidente de todos os brasileiros, que nos devia deixar mais descansados – todos os presidentes dizem o mesmo, em qualquer país, narrativas que normalmente pouco divergem umas das outras, porque até em discursos, deste género, há pouco para inventar, seja em que regime for, depois a prática, no dia-a-dia, é que dita as regras, e os actos falarão por si..
    Elizabeth Seixo
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  13. Quarenta e dois anos de Brasil quarenta de Portugal. Ninguém é salvador da Pátria . Uma coisa é a propaganda pré eleição . Os Brasileiros, e quem vive ou adotou como pátria o Brasil, espera mais do discurso pós eleito que no que se disse pre eleição de qualquer dos lados. O PT sempre enganou com suas promessas vãs .Eliminação da fome foi uma enganação como propaganda. Não foi mais que um naco de pão sem a consistência, que deveria ser de trabalho, infraestrutura . saneamento, educação ,instrução etc., para que essas necessidades fossem resolvidas e as pessoas se sentissem com dignidade..Num país que tem tantos recursos. Eu e tanta gente vai esperar antes de vaticinar o CAUS . Tem uma frase do Sr Lula dentro de um avião com o seguinte sentido : (“vou á Europa e vou falar de trinta e dois milhões de esfomeados , mas eles não vão saber, pois não veem contar” ). Se devo! diria que; sem qualquer preconceito procurem o FORO DE SÃO PAULO e vejam o que lá é explicitado e o que se desejava fazer em especial por meio das palavras do Lula. O que é para este homem a DEMOCRACIA e a LIBERDADE. Roubar sempre se roubou e infelizmente assim continuam os políticos em quase todo o mundo.. Porém aqui foi descarada , a ponto de ser implantada uma organização a partir do presidente Lula que, publicamente se dizia contrário .. Porém Nomeava seus asseclas como incombentes de desvios monetários para os partidos , os famíliares . e os “AMIGUITOS” do mesmo naipe. Quer nas Américas quer na África (“ex. Angola ,Moçambique “) , e qui com o conluio de algum dirigente Português que vocês conhecem melhor que eu. Vamos esperar e vigiar para não acontecer o caus propagado pelos derrotados .Estes são useiros e vezeiros, quando não governam na politiqueira de QUANTO PIOR MELHOR , Nestes últimos anos assim o demonstraram, sempre com pouco PATRIOTISMO se blindando na cortina de fumaça, por eles inventada, “os pobres” a quem verdadeiramente não ajudaram . Apenas se tentam eleger à custa da ignorância do tal naco de pão e promessas não cumpridas, esquecidas e no ato da eleições relembradas como : ” VOU AUMENTAR” isto e aquilo a partir de primeiro de Janeiro quando tomo posse. Coisas que só a partir do parlamento podem ser feitas . Os tais incautos acreditam muito facilmente. Repito, falta discernimento que só a partir da instrução se adquire.. .
    Tomas Gomes
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  14. Mário Lds Botas Para além do cristão ou do materialista está a condição da natureza humana. Naturalmente, a filosofia cristão é mais propícia ao humanismo e a filosofia materialista está mais próxima da luta natural.
    O Foro de S. Paulo pretende, em grande parte, espalhar a agenda ideológica marxista materialista: https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/conheca-o-foro-de-sao-paulo-o-maior-inimigo-do-brasil/?fbclid=IwAR34pq_Ky8eYyK9_6htysechdiuvOSdCRKvWyRlvzr27qoLRaXkzIJwklwI

  15. Deve tratar-se de uma anedota… Entáo organizacóes como a Ponte Atlantica e outras mais que populam o mundo ocidental e influenciam de forma aguda a favor do neo-liberalismo tem todo o direito disso e os” outros” náo o podem fazer ? Devem achar que as pessoas sáo estupidas… na verdade uma boa parte sáo mesmo, porque senáo perceberiam a fineza de como reaccionários esclarecidos medem com as mais diferentes medidas.É sempre a mesma musica… quando o medo invade a s alminhas agarram-se logo as velhas boias de salvacáo – Deus-Pátria- Família e isto se náo cairem nos delírios do fascismo. Enfim …os velhos vampiros ainda respeitavam a Cruz e evitavam o alho. Tinham um certo estilo. Os novos optaram pelo vale tudo.
    Mário Lds Botas
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  16. Sim todos têm o direito de o fazer e ninguém diz o contrário. Os slogans Deus-pátria-familia incomodam muita gente da extrema esquerda, esqueceu-se de Religião, Fátima e do Futebol que também constam da ordem do dia!… Pelos vistos as “alminhas” da extrema esquerda andam muito amedrontadas com os espíritos que fomentaram. Esta é a hora do seu medo, não desanimem porque tal como chegou a hora dos medos dos extremismos de esquerda também chegará a hora dos medos dos extremismos de direita. Este mundo é grande e o Brasil é grande também e tem lugar para todos também. Felizmente democracia não tem partido! A não ser que o cinismo do neo-liberalismo e do extremismo marxista se arroguem o senhorio dela.

  17. Náo me parece que a esquerda tenha assim esse medo de que fala… porque ela está desde o tempo da revolucáo francesa a enfrentar aqueles que acham que por graca de Deus ou por graca própria teem o previlégio de ter previlégios. O decisivo é que os filhos dos “sem dentes”, dos oprimidos, náo percam a coragem de lutar por um lugar ao sol.
    Mário Lds Botas
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  18. Na esquerda encontraram-se e encontram-se muitos cristãos. Felizmente a esquerda não se pode reduzira um só partido nem tão-pouco a grupos extremistas dentro ou for de um partido. A revolução francesa foi a expressão de muitos que lutaram por uma mudança das estruturas do poder. Como se viu a violência não foi irradiada das estruturas, houve mudança de estruturas mas o espírito dos seus legitimadores continuou a alimentar-se da violência. A bondade e a maldade não são apanágio de um grupo seja ele laico ou religioso,progressista ou conservador, a maldade e a bondade encontram a sua sustentabilidade estrutural na natureza humana. De resto, também em toda a idade média houve grupos que se debateram pelos pobres e oprimidos e tudo isto antes de existir as ideias vagas de esquerda ou direita. O verdadeiro comunismo foi xperimentado no princípio do cristianismo pelos cristão e praticado, a nível de comunidades, em ordens religiosas. No século XV e XVI surgiram teólogos à frente de grupos que pretendiam um comunismo baseado na doutrina cristã. Estes movimntos foram muitas vezes perseguidos fugindo para os países baixos, etc. e da Irlanda seguiu o zelo para a América (hoje USA) que depois veio frutificar na constituição americana devido também ao trabalho de grandes filósofos. Daí o espírito da revolução regressou à Europa (também com o apoio dos soldados europeus que ao voltarem à Europa queriam também eles ver implantado na sua terra o espírito porque combateram na América. Não estou contra o desenvolvimento seja ele religioso ou secular, socialista ou capitalista; ( mas não consigo compreender é a maneira como certos grupos querem para eles o monopólio do progresso e do bem) o que importa é que sirva todo o homem e especialmente os pobres e oprimido. Aqui estamos juntos o Mário e eu; mas a metodologia é pode ser diferente.

  19. Ora até que enfim António Cunha Duarte Justo ! Agora é só uma questáo de coragem para aceitar a verdade sobre o perfil psicológico intelectual e espiritual dos muitos bolsonaros que por aó andam espalhados…
    Mário Lds Botas
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  20. O Balsonario é uma resposta de protesto perante o passado. É pena ter que acontecer. Uma chance para o PT de se reformar e se limpar de acusações de corrupção.
    Nelson Rodrigues
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  21. Numa democracia os vencedores e os vencidos devem ser respeitados. Espero que isso aconteça no Brasil mas, pelo andar da carruagem, tenho algumas dúvidas.
    José Bernardo Pinho Dias
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  22. Da minha parte respeitarei como sempre fiz. Só que, do lado perdedor . Sabemos que não será assim porque nunca o foi . Já não o era durante a propaganda eleitoral ,com ameaças não veladas, e que agora continuam em especial pela cúpula do PT ,que são bem conhecidas e certamente não estavam acostumados a proceder dentro da legalidade . É natural que como não sentiam a disciplina , iram provocar e depois como é seu proceder far=se-ão de vítimas .
    Tomas Gomes

  23. António Cunha Duarte Justo O PT não é esquerda radical. Está mais próximo da social democracia ( socialismo democrático ) e bebeu, pelo menos no início, da ” teologia da libertação ” que o Papa Francisco não desdenha, face às brutais e injustas desigualdades em muitos países da América Latina.
    José Bernardo Pinho Dias
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  24. José Bernardo Pinho Dias Uma coisa são as palavras outra são os fatos . Aqui o PT não tem sido honesto ,patriota . Eu em 1976 quando cheguei no Brasil quase me filiei por o partido se dizer o defensor dos trabalhadores, não o fiz porque o meu contrato era só de 2 anos. Não me arrependi porque certamente ira ter decepção pois essa história de defender trabalhador foi mais mentira que verdade.
    Tomas Gomes

  25. Tomas Gomes Mas não é verdade que foram governos do PT que tiraram 30 milhões de brasileiros da miséria ? Concorda com a brutal desigualdade social que existe no Brasil, onde a riqueza está nas mãos de muito poucos e milhões vivem na mais abjecta miséria. Eu fui advogado ( estou reformado ) de sindicatos aqui no Porto e defendi com muito gosto milhares de trabalhadores e tive sempre um enorme sentido da justiça social que bebi na doutrina social da Igreja. Sou inteiramente contra a corrupção que é um cancro de muitas Sociedades. Mas não vejo como solução o neoliberalismo, o qual vai trazer mais injustiça social.
    José Bernardo Pinho Dias
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  26. José Bernardo Pinho Dias O problema não está tanto no estar mais próximo ou mais distante. O problema será ver qual é a concepção de Homem e qual a finalidade que se tem com ele e com a sociedade e com os métodos a chegar lá. Também reconheço que o comunismo é o filho pródigo do cristianismo. Mas temos que estar atentos porque o marxismo está mais interessado em luta, muitas vezes não olhando a meios para alcançar o seu objectivo transformando o indivíduo num meio.

  27. António Cunha Duarte Justo Esse sempre foi o sistema PT fazer do indivíduo o meio de se manterem no governo 16 anos . Aproveitando e mantendo o não descernimento, pela ignorância e o malvado naco de pão .
    Tomas Gomes

  28. José Dias, essa dos 30 mil. , é uma meia verdade , Caso contrário não teríamos a pobreza que temos nessa parte do Brasil em que se dá algo em vez de se proporcionar, estudo, trabalho honrado, infra-estrutura, saneamento , saúde ETC. Isso é uma prática antiga . Dá-se algo se engana a ignorância e nas próximas eleições se cobra o VOTO ainda que não se tenha executado as promeças, mas como se “Doou ” algo isso é o suficiente para se ter o voto
    Tomas Gomes

  29. Tomas Gomes Eu disse 30 milhões, e não 30.000 , que saíram da pobreza no tempo do Lula. Mas continua a haver muitos pobres e não é com o neo-liberalismo do Bolsonaro que vai haver menos pobres. Pelo contrário, eles vão crescer. O Papa Francisco, por quem tenho o maior respeito, disse há dias que muitas ditaduras partiram de mentiras e falsas promessas. Temo muito que o Brasil caia numa ditadura. Odeio ditaduras, sejam de esquerda ou de direita.
    José Bernardo Pinho Dias
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  30. Eu nunca aceitarei qualquer ditadura . É na realidade estes últimos 16 anos no Brasil foi muito mais ditadura que democracia. Porque para mim mentir tem muito de ditadura. Agora sem alarmes falsos , quem votou no Bolsonro vai vigiar e criticar o Brasileiro com falta de instrução tem estado um pouco mais atentoatento.
    Tomas Gomes

  31. José Bernardo Pinho Dias Sim, creio que a teologia da libertação que não descambeie no marxismo é realmente a melhor opção para a América latina, de facto a libertação do homem e da sociedade e a opção pelos pobres e oprimidos é o característico específico do cristianismo que parte do Homem como divino: Toda a teologia terá de tomar em conta a situação em que se encontra; o mesmo se diga da teologia negra que acentua o aspecto do racismo e da opressão. Já a teologia teologia existencial acentua a situação do homem no seu aspecto existencial e já a teologia política preocupa-se com a sociedade e a polis (política) Uma teologia que ficasse só centrada no idealismo ou sega apenas o método dedutivo do saber (intelectualidade) corre o risco de se alhear do homem real e das circunstâncias em que vive. Por isso é necessário que as diferentes teologias que reflectem os diferentes milieux e situações de vida (e culturas) devem-se complementar-se e reconhecer-se umas às outras no sentido da inclusão.

  32. António Cunha Duarte Justo Eu nunca fui marxista. Sou cristão católico e não percebo como é que não se fala dentro da Igreja da doutrina social da Igreja. Não gosto nada que a vida cristã se resuma a rituais e ao fechamento nas sacristias.
    José Bernardo Pinho Dias
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  33. Caro amigo aqui não está em questão o aspecto pessoal ou como uma pessoa encara uma doutrina ou outra. Importante, a um certo nível teológico é a concepção filosófica de pessoa e sua instrumentalização. A pastoral é que está por si mesma vocacionada a viver, in loco, uma teologia prática – relevância teológica da fé, para que o cristão saiba os fundamentos de uma “filosofia cristã” capaz de compreender entre uma antropologia e uma sociologia cristã e por exemplo uma antropologia e socilogia marxista; naturalmente comcom ritos e liturgias tendo em conta as circunstâncias e incluindo-as (só deste modo pode ser “católica”). Por exemplo haverá comunidades que seria urgente haver já padres casados e mulheres diaconisas mas infelizmente, uma teologia demasiadamente europeia, demasiadamente teórica-intelectual, tem impedido uma melhor interpretação do sacerdócio comum a todos os cristãos. Etc. Teria muito a dizer mas a já passa uma hora e meia da meia noite. A circunstância obriga, e como vê a circunstância deve tornar-se parte circunstancial da doutrina.

  34. António Cunha Duarte Justo Eu não me meto a discutir teologia (s) e sociologia dado que em termos teóricos não sei o que António sabe nesse campo. Sou mais terra a terra a gosto de uma vivência do dia a dia de acordo com que o que Cristo nos ensinou. Para mim isso é que é importante. Gostava que a maioria dos cristãos ( católicos ou de outras igrejas ) fossem pessoas que na vida dessem os melhores exemplos de honestidade,de respeito pelo seu semelhante, de justiça, etc.etc. É que muitos, infelizmente, mostram uma coisa quando estão, por exemplo, numa igreja e cá fora são totalmente diferentes.
    José Bernardo Pinho Dias
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  35. José Bernardo Pinho Dias Tem toda a razão ao afirmar que o que importa é a vivência do cristianismo que se professa! Penso porém que em discussões políticas, onde infelizmente a honestidade é rara, se deve exigir coerência não só aos cristãos mas também aos que o não são e que até se usam do cristianismo para o ridicularizar. De facto, a maldade e a bondade são comuns a todos sejam de direita ou de esquerda, cristãos ou não cristãos; o problema vem das filosofias e estratégias seguidas.

  36. Eu gosto que as pessoas sejam coerentes. Custa-me muito ver pessoas que se dizem cristãs e defendem ditaduras e o não respeito pelos direitos humanos ao dizer que se deviam matar já 30.000 pessoas como disse o Bolsonaro, que teve um pastor evangélico ao lado a fazer uma reza. Onde está a separação das confissões religiosas e o Estado no Brasil ?
    José Bernardo Pinho Dias

  37. José Bernardo Pinho Dias Sim isso é uma vergonha. Para o cristão a pessoa é sagrada e como tal inviolável. Também a pena de morte é um uso que nenhum cristão pode legitimar. Quanto ao Estado, infelizmente ele é mais ou menos de quem se apodera dele. Uma coisa é a ética individual e outra é a ética do estado; esta orienta-se por interesses de maiorias. Sem querer desfazer dos evangelicais, penso que muitas vezes abusam do cristianismo politizando-o em demasia. Correm o perigo de não respeitarem o adversário empregando exageradamente os memos trunfos, para propaganda, como os concorrentes do jogo pela luta do poder.

  38. Caro António. Podemos ficar hoje por aqui ? Fui hoje ao cemitério a Arouca onde estão sepultados os meus pais Uma boa noite para si.
    José Bernardo Pinho Dias
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  39. Não é defensável um candidato que pela sua ignorância não se submeteu aos debates, mantendo os eleitores sem possibilidade da avaliação das suas capacidades para o lugar presidencial.
    O que dele se sabe e por ele assumido, é que representa a negação da própria democracia.
    Pelo que se tem visto nas suas execráveis exibições racistas e armamentistas, ele nem merece o meu benefício da dúvida.
    Lamentávelmente, o povo brasileiro irá aumentar o seu sentimento de insegurança e de pobreza. Esperem para ver.
    Jose Antonio Gomes
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  40. Se a esquerda activista não boicotar o Presidente creio que ele proporcionará ao Brasil tornar-se numa grande nação que com o tempo poderá dar cartas aos USA. Primeiro terá de tornar-se forte aprendendo do melhor que os USA têm e evitando os seus defeitos. Mas para isso terá de se aproveitar de uma aproximação aos USA.

  41. Se o PT alguma vez quis Teologia da Libertação , tornou-a libertinagem em em detrimento dos pobres enganando com aquele NACO de pão promeças não executadas, caso contrário a situação da pobreza teria realmente melhorado efetivamente . Com possibilidade de trabalho , infra-estrutura, educação, instrução ETC. Ao contrário enxeram os bolsos deles, da família dos políticos que se venderam . Talvez se praticassem essa teoria ( da qual eu asseito só alguma parte) o Brasil estaria bem melhor.
    Tomas Gomes

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