Categoria: Política
PORTUGAL NA CAUDA DA EUROPA A PRODUZIR MAIS RICOS E MUITOS POBRES
A República habituou-se a viver na e da Pobreza
Prodata (1) revelou que quase metade da população portuguesa é pobre! Há 4 milhões e 400 mil pobres em Portugal. No Link da nota (1) encontra-se bem diferenciada a questão. Na comparação dos 27 Estados-membros (UE27), só a Eslováquia apresenta maiores índices de pobreza ou exclusão social do que Portugal. “Portugal apresenta-se como o Estado-membro com maior aumento dos níveis de desigualdades de rendimento face ao inquérito anterior”.
1, 893 milhões de pessoas tiveram, em 2020, um rendimento disponível por adulto equivalente inferior a 554,42€/mês e cerca de 775 mil pessoas viviam com um rendimento mensal inferior a 369.67€.
Os dados relativos a 2021 referem que 2021 regista o maior aumento anual do risco de pobreza ou exclusão social verificado em Portugal desde 2005 e comparativamente foi mais elevado que os restantes países da UE.
Urge que as elites portuguesas se tornem mais solidárias e patriotas para se poder mudar o “destino português”! A situação deve-se sobretudo ao facto de um vírus crónico se encontrar nas estruturas da República e contra este vírus não se procura vacina; no máximo dispõe-se de alguns remédios e placebos para um país pequeno onde os “infectados” se conhecem uns aos outros!!! Os seus louvadores para não terem de resolver o problema da pobreza atual preferem fazer postagens de uma miséria antiga, que ainda não mudou de rosto. O problema subjacente à pobreza ou exclusão social não se resolverá enquanto os beneficiados do sistema não contarem com os carenciados do lado que não usufruem da mesma sorte. Não nos tornamos melhores encobrindo as nossas misérias, mas sim sentindo-nos como povo e parceiros solidários. Empatia e solidariedade serão o melhor remédio contra o secular “destino português”. Isto corresponde a uma verdadeira pandemia política e social e um testemunho de pobreza para os nossos deputados que não estão conscientes do cancro que deveriam agarrar com as mãos e combater. Preferem mostrar-se grandes no estrangeiro empregando mais dinheiro em armas e ofertas à custa da pobreza da própria população! Esta, porque “bem-educada” não berra, tal como as estatísticas perdidas em esporádicas notícias.
Quanto à economia, Portugal é considerado um país rico por ter uma economia bem diversificada, baseada na iniciativa privada de empresas bem estruturadas, desde grandes multinacionais à pequenas empresas. Fica no ar a pergunta: Para quem produz a economia portuguesa?
Se olhamos para Portugal é notório o facto de produzir relativamente bastantes políticos para altos cargos internacionais. Certamente um motivo para distinção, mas também para nos questionarmos internamente!
Recorde-se Constâncio no Banco Central Europeu, Guterres como Chefe da ONU e Durão Barroso que preside agora à Aliança Global para as Vacinas!
Seria legítima a pergunta: Porque será que quem fracassa nos negócios de Estado em Portugal tem tanto sucesso no mundo? Será que os países ricos gostam dos Estados pobres?
De facto, a política portuguesa não consegue tirar Portugal do impasse económico em que sempre tem vivido, em relação a outras economias da Europa.
Portugueses emigram para melhorar o seu estado de vida e enriquecer outros povos e, por outro lado, políticos portugueses são chamados a ocupar cargos internacionais!
Será que o fracasso na gestão da política de Portugal é motivo de recomendação ou de prémio para os interesses internacionais?
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo:
(1) Observatório Nacional relatório 2022: https://www.eapn.pt/wp-content/uploads/2022/10/Pobreza-e-Exclusao-Social-em-Portugal-2022-REAPN05.pdf
SUBSÍDIO DE CIDADANIA PARA DESEMPREGADOS NA ALEMANA
Mensalidade das necessidades de uma família com dois filhos: 3.038€
Na Alemanha, o chamado “subsídio de cidadão” (1) é de 502 euros por mês a uma pessoa que viva só no caso de ser desempregada; a esta quantia são acrescentados os custos totais de alojamento; no caso de custos de aquecimento, no entanto, pode ser verificado se estes são razoáveis. A legislação tem validade a partir de 01.01.2023. Este subsídio destina-se a quem tem condições de trabalhar e não consegue cobrir as suas despesas de subsistência. Mas há sanções para quem não se interesse pela procura de trabalho.
Um casal com dois filhos com menos de seis anos tem uma necessidade padrão total de 1.538 euros por mês. A família ainda tem direito a 1500 euros pelo aluguer da casa quente (1538+1500 = 3038 euros). Se o rendimento da família (com 2 filhos) for inferior a 3.038 euros, é provável que tenham direito a um subsídio de cidadão. Em alternativa, pode haver um pedido de subsídio de alojamento e o suplemento à criança.
As pessoas com baixos rendimentos e com propriedade podem ter também direito a incentivos apropriados. Se tiver uma casa e de repente se encontrar em situação carenciada, tem direito a um período de carência de um ano, durante o qual não tem de tocar na casa para receber o subsídio do cidadão.
Os proprietários são tratados com deferência mesmo no caso de terem uma casa grande; uma casa até 140 metros quadrados e um apartamento de até 130 metros quadrados são considerados adequados – ou seja, não têm de ser vendidos ou alugados. Para famílias maiores, são adicionados 20 metros quadrados por pessoa.
Além disso, os candidatos a “subsídio de cidadão” não têm de tocar nas poupanças disponíveis livremente (tais como depósitos de poupança e acções) até um valor de 40.000 euros. Este valor aplica-se a pessoas solteiras. São acrescentados 15.000 euros adicionais para cada membro da família.
Solteiros que estejam a receber o subsídio de cidadania, é-lhes considerado como adequado um apartamento com 45 ou 50 metros quadrados a partir do segundo ano. Para cada pessoa extra, são adicionados 15 metros quadrados.
Os membros de uma família que tenham possibilidade de emprego que recebam subsídio de cidadania têm direito a uma viatura idónea até 7.500 euros.
A partir de julho deste ano, os alunos e estagiários que recebam o subsídio de cidadania podem auferir mais 520€ por mês de rendimento sem verem reduzido o subsídio de cidadania.
Os centros de emprego podem dar aos beneficiários do benefício empregos sem grandes perspectivas de emprego, mas em caso de dúvida, deve ser dada prioridade a uma formação contínua.
O subsídio de cidadania é também uma opção para pessoas cujo rendimento do trabalho não é suficiente para cobrir as suas despesas de subsistência. Geralmente, o subsídio de cidadania é concedido por um período de 6 meses a um ano. Em seguida, deve ser apresentado um pedido de prolongamento.
Os pensionistas também não recebem subsídio de cidadania se estiverem comprovadamente necessitados; para eles há subsídios específicos…
É compreensível que muitos refugiados políticos e refugiados da pobreza prefiram ir para países como a Alemanha!
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo
PORTUGAL À VENDA – EDP – O ELDORADO DA CLASSE POLÍTICA
A Câmara de Miranda meteu a Autoridade Tributária em tribunal por não cobrar IMI sobre barragens e deste modo prejudicar as populações onde se encontram as duas centrais hídricas.
O fisco parece encontrar-se em maus lençóis pelo facto de as barragens não fazerem parte do inventário público! Em 2020 a EDP vendeu duas das seis barragens a um Consórcio Francês.
Como a EDP (1) se tornou na negociata interpartidária e em lugar beneficiador dos boys de diversos partidos, Costa resolverá os problemas inerentes à EDP servindo-se dos impostos da generalidade. A EDP constitui uma grande mina (embora suja) da oligarquia portuguesa (2). Os problemas ir-se-ão amontoando até Portugal ser chamado à pedra pela EU e pelos EUA. Será então difícil à irmandade (3) defender-se do controlo de Bruxelas. E se isso, por ventura, acontecer não haverá consequências porque surgirá um novo governo que solucione o problema, como já aconteceu com o controlo da Troika; então tudo será remediado com uma conversa fiada de “culpabilização” pública trocada entre os partidos. O cidadão encontra-se então enredado num círculo vicioso que o condena a ter de ver Portugal sempre adiado. O problema do IMI será fácil de abafar desde que não estejam envolvidos nele os interesses de multinacionais rivais.
Os Estados Unidos andam insatisfeitos com as participações chinesas na EDP porque esta também se encontra activa no mercada dos Estados Unidos. A nossa elite política saberá safar-se, certamente entrando numa negociata, oferecendo uma contrapartida Sines de maneira aos quadros directivos da EDP não serem verdadeiramente afectadas. Arranjar-se-á maneira de as grandes multinacionais serem todas elas satisfeitas.
“No dia 4 de fevereiro de 2022, a China Three Gorges (Europe) comunicou à EDP que detém uma participação qualificada de 20,22% do capital social e dos direitos de voto” da elétrica, diz o documento”. A seguir à CTG, entre os maiores acionistas da elétrica, com participações superiores a 5%, estão a BlackRock (7,38%), a Oppidum Capital (7,20%) e o fundo de pensões canadiano CPPIB (Canada Pension Plan Investment Board) com 5,1% (1).
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo
(1) EDP, empresa de Gás Natural, Eletricidade e Serviços Energéticos em Portugal.
(2) https://www.publico.pt/2022/12/26/economia/noticia/fisco-enfrenta-accao-tribunal-nao-cobrar-imi-barragens-2032538?utm_content=Manhas&utm_term=Fisco+em+tribunal.+O+voo+que+salvou+do+frio+142+vidas&utm_campaign=55&utm_source=e-goi&utm_medium=email
(3) https://www.facebook.com/antonio.justo.180/videos/515634707207940
PERIGO DA HUBRIS PARA QUEM TEM PEQUENOS E GRANDES PODERES
Li algures esta história que me parece uma parábola sobre a doença do nosso tempo em que as nossas elites políticas até já vestem uniformes militares:
HUBRIS
Conta-se que na Roma antiga as vitórias militares eram aclamadas pelo povo com tal intensidade que os generais se sentiam perto dos deuses. Para evitar a soberba incurável, os generais eram seguidos por um escravo que transportava um pendão onde se encontrava escrito [Olha para trás. Lembra-te que és mortal. Lembra-te que morrerás]. “Respice post te. Hominem te esse memento. Memento mori!”
A HUBRIS é uma doença antiga, descoberta na velha Grécia, que atingia, dizia-se, irremediavelmente os detentores do poder. Espalhou-se pelos séculos e foi-se agravando porque os generais passaram a dispensar quem os avisa dos riscos da maleita, preferindo os escravos que, à sua volta, os convencem da imortalidade…
Quando chegará o dia em que não haverá vencedores nem vencidos. Quando chegará a hora em que as populações não se deixem atrair por camuflados?
António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo