HOJE É O DIA MUNDIAL DA LÍNGUA PORTUGUESA

A Unesco oficializou o dia 5 de maio como o dia mundial da língua portuguesa reconhecendo-llhe assim sua qualidade de língua global. Ela é falada por mais de 280 milhões de falantes
Uma observação um pouco mais atenta de toda a língua portuguesa pode ver estratificado o trajecto todo, de um caminho gratificante e entusiante de povos irmanados num mesmo espírito criativo em processo na construção de futuro.
Origem do Português e do Galego: https://antonio-justo.eu/?p=2787
Dia Mundial da Língua Materna: um património a defender: https://bomdia.eu/dia-mundial-da-lingua-materna-um-patrimo…/
A Língua portuguesa é Irmã gêmea do Galego: https://www.mundolusiada.com.br/…/a-lingua-portuguesa-e-ir…/
Um acordo de empobrecimento da língua e de interesses geoestratégicos: https://antonio-justo.eu/?p=2190

1° DE MAIO É O DIA DO TRABALHO DO TRABALHADOR E DO HUMANO

O trabalho é um direito básico e não só dos trabalhadores

António Justo

O Trabalho é a atividade que possibilita ao ser humano expressar a sua personalidade e a sua honra. Se essa possibilidade lhe for roubada, fica reduzido a mero esboço e é-lhe usurpada a dignidade que lhe vem do trabalho voluntário!

Ao observar a fixação da nossa sociedade no produzir e não no criar compreendo que um dos trabalhos mais difíceis a promover será o de pensar.  A palavra também pode ser um trabalho, uma ferramenta com que se burila a sociedade!

A “quarentena” do Coronavírus além de nos possibilitar tempo para repensar, também pode tornar-se numa oportunidade para construirmos uma sociedade nova em que a solidariedade e a dignidade humana se tornem no seu elemento de sustentabilidade.

Hannah Arendt admoestava: «O que se nos depara é a perspetiva de uma sociedade de trabalhadores sem trabalho, isto é, sem a única atividade que lhes resta».

O trabalho é um direito fundamental e não só dos trabalhadores. A tragédia do desemprego terá consequências sociais mais maléficas do que as do vírus.

Será chegada a hora das organizações de trabalhadores alargarem o sentido da sua luta, não só em defesa dos trabalhadores, mas sobretudo na defesa do direito ao trabalho.

O facto de eu chamar a atenção para a Defesa do Trabalho não quer isto dizer que não seja óbvia a luta por salários mais justos dos trabalhadores. Aqui quero chamar a atenção para um outro problema que é simplesmente o do trabalho: o direito de todos a ter trabalho! Num tempo em que as máquinas e a Inteligência Artificial se encontram cada vez mais a substituir os trabalhadores é preciso juntar os esforços de todas as secções sindicais no sentido de defenderem mais o direito ao trabalho para todos e também de alargarem o leque dos seus temas; cada vez teremos menos trabalhadores e consequentemente de nos focar não só na defesa de interesses sectoriais ou de grupos de quem tem trabalho mas especialmente levar a política a preocupar-se pelo verdadeiro problema do futuro e que se resume no direito ao trabalho e na criação de lugares de trabalho e certamente para poder tal transferir parte dos impostos para os produtos das máquinas totalmente automatizadas!

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

A VOZ DOS MORTOS E A MÁSCARA DOS SEM ROSTO

Disparates ou Má-fé na Interpretação das Estatísticas das Vítimas do COVIT-19

Por António Justo

Segundo as estatísticas de 30 de abril relativas à pandemia, até agora, em Portugal houve 95 mortos por milhão de habitantes, no Brasil houve 26 mortos por milhão, na Alemanha 77, na Espanha 519, na Itália 458, Reino Unido 384, França 369, Bélgica 669, Suécia 244, Áustria 65, nos USA 186, na Rússia 7, Canadá 79, etc.  Estes e outros dados poderiam servir para deles se tirarem conclusões na procura de soluções razoáveis para toda a população. Em vez disso assiste-se a uma luta, de interesses de esquerda e de direita, com o fim de difamar o adversário político. Nestes termos, o que é bom para Portugal é péssimo para o Brasil!

O significado dos números estatísticos vem-lhe da sua interpretação e tanto a anuência como a excitação do povo dependem, em grande parte, dessa interpretação publicada a que está sujeito.  Nessa interpretação não se trata tanto de ver onde está a brasa, mas sim onde se encontra a sardinha!

A interpretação publicada é, geralmente, utilizada como instrumento de defesa de interesses partidários; não se encontra ao serviço da busca da verdade. Daí a necessidade de o cidadão estar atento à manipulação a que está sujeito e, apesar disso, tentar não perder de vista o bem e o mal que políticos provocam com as suas decisões. Numa sociedade mascarada em que quem quer poder se apodera da informação e da sua interpretação, torna-se muito importante descobrir e distinguir as máscaras dos que dão rosto à luta, das máscaras dos sem rosto! O setor dos média encontra-se cada vez mais ameaçado e muitas vezes até ao serviço da desinformação e disto não se encontram isentos também os grandes meios de comunicação social.

Por exemplo os meios de comunicação social oficiais nomeiam diariamente a soma dos infecionados sem subtraírem à mesma o número dos recuperados. Assim causam a impressão no público que o número de infecionados aumenta desmedidamente. Que pretendem os média e os políticos com tal desinformação estatística?

Em nota (1) coloco um Link onde se pode fazer uma análise comparativa de todos os dados estatísticas do Coronavírus relativos a 30 de abril 2020.

António da Cunha Duarte Justo

In Pegadas do Tempo

PERMITIDA A REABERTURA DO SERVIÇO RELIGIOSO NA ALEMANHA

Flexibilização também em Lares de Idosos

António Justo

A partir de sexta-feira (30.04.2020) são novamente permitidos eventos religiosos e, portanto, também os atos de culto. Os templos reabrem ao público desde que se mantenham intervalos nos bancos das igrejas ou 1,5 metros de distância entre as pessoas, haja desinfetantes à entrada das igrejas e se renuncie ao canto comunitário (com excepção de solistas).

A renúncia ao canto e a obrigação de trazer máscaras não foram prescritos, mas as autoridades das comunidades religiosas sinalizaram que as terão em conta.

Devido ao requisito de distância, apenas parte dos lugares na igreja podem ser ocupados. Tornar-se-ia uma situação crítica impedir que fiéis, uma vez à porta da Igreja, fossem impedidos de entrar. O facto de muitos visitantes pertencerem ao grupo qualificado como pessoas de risco também complica uma logística de conceitos de segurança para as comunidades.

Algumas paróquias disseram não começarem ainda com os atos litúrgicos, mas que continuariam a manter as igrejas abertas durante os horários de culto. Alguns bispos já organizaram grupos de trabalho com o encargo da preparação das regras para abertura dos serviços litúrgicos.

A missão de proteger o nosso próximo e a nós próprios faz parte da essência da fé cristã, indicam os representantes da igreja. Por isso há a possibilidade de se frequentar o serviço litúrgico, mas nenhuma obrigação.

A partir do dia um de maio deixa de haver também a proibição de visitas a lares de idosos. Começa-se com visitas de uma vez por semana com a duração máxima de uma hora; e isto por pessoas de referência e com “vestuário de proteção pessoal”, como diz o primeiro-ministro de Hesse!

O Tribunal Administrativo do Estado do Hesse em Kassel recebeu até agora um total de 37 processos, incluindo 26 processos sumários relativos a ordenações Corona 19.

Na Alemanha, em questões de cultura e polícia, a soberania pertence aos estados federados e não à república federal. Daí haver diferentes procedimentos de Estado para Estado. Os presidentes dos Estados federados procuram, em questões de Corona 19, seguir uma linha comum com o governo central!

A Alemanha tem agora 158.768 casos confirmados de infetados com Coronavírus, 117.400 recuperados e 6.161 mortos.

Alguns hospitais pensam já em passar parte do pessoal a trabalho a tempo reduzido, por terem de manter milhares de camas livres para possíveis pacientes do Coronavírus e que não foram ocupadas.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

BRASIDOS DE ABRIL

 SOU O SER NO ESTAR A ACONTECER

Agarrados ao momento na tentativa de ser o “estar aqui”, o ser (existência) absorve-nos no seu eterno retorno, num esforço de mudar o que somos.

25 DE ABRIL

Sou o estar aqui do desejo

Aquele anseio de querer ser

o ser daquilo que não é tempo.

 

Sou o rio da liberdade a correr

Em margens feitas de espaço e tempo.

 

Sou a sombra da liberdade

A pousar na cor de um cravo

de um cravo que não é cor!

 

António da Cunha Duarte Justo