Nova Cidadania – A Cidadania Proletária

Nova Cidadania – A Cidadania Proletária
2007-09-30

Aulas de Educação Cívica – Aulas da Religião do Estado?
Esta semana, Rui Pereira, ministro da Administração Interna, discursou na Escola Superior de Educação de Leiria, sobre as aulas de Educação Cívica e seu significado para ” a mudança de mentalidades e a construção de um Portugal melhor”. O senhor ministro da Administração atribui ao Estado não só a missão de transmitir valores como também a de mudar mentalidades.

Isto corresponde à visão marxista dum estado proletário. Longe de qualquer visão democrática abre-se aqui caminho para o estado nacional-socialista, para o estado estalinista e para toda a forma de governo fascista. Que mentalidade quer ele e que Portugal? Não seria também oportuno a introdução duma disciplina onde se aprenda a ser feliz?!!! Isto traz água no bico. Até faz lembrar os velhos tempos da ditadura. Ou será isto um sinal de que já chegaram com o seu latim ao fim!

O direito de mudar mentalidades não pode ser reduzido a nenhuma forca social ou estatal; a mudança de mentalidade é resultante da competição de interesses, ideias e práticas no seio da sociedade. A intenção anunciada pelo senhor ministro pressuporia uma coarctação da liberdade de pensamento e de expressão. Um estado democrático que esteja consciente dos princípios em que assenta não está legitimado para impor qualquer ideologia nem tão-pouco os valores da maioria.

Que ideologia irá então ser beneficiada? Será que em Portugal a proveniência dos alunos é homogénea a nível social e de mundi-visões?

Um exemplo do fracasso duma tal ideologia que confia na estratégia dum Estado orientador, temo-lo no resultado do montão de cacos partidos deixados pelos sistemas do socialismo real e semelhantes fascismos.

Mesmo o reconhecimento comum de certos valores implica várias interpretações e aplicações em relação aos mesmos.

Em democracia quem mais ordena é o povo, ou deveria sê-lo, e não a ideologia da nomenclatura que não respeita ética nenhuma e muito menos a dignidade humana. Para ela não há povo, apenas conhecem proletários e massa desprezível. Por onde passam deixam sempre o rabo de fora! Naturalmente que têm direito de defender os seus interesses e credos; o problema é se o povo dorme. No fim teremos Estado e massa sem cidadãos.

Boçais, em nome do proletariado e do futuro de Portugal, lá vão iludindo o povo. Convencidos que para este chega um pouco de futebol, de sexo e de pão tornam-se em redutores da vida na sua acção de vulguizar a privacidade humana. Já não lhes chega a praça pública, apoderam-se da administração para imporem a sua ideologia e disciplina.

Uma democracia começa a sofrer gravemente quando a disciplina do povo permite a indisciplina dos governantes.
O que precisamos é dum Estado que garanta e defenda a prática dos valores fundamentais. Não queremos um estado crente apenas interessado em alguns aspectos meramente ideológicos da revolução liberal, da forma de governo republicana ou do exemplo estalinista.

Tirem as mãos dos professores. Não queremos ministros da administração dos professores mas sim ministros dos cidadãos. A preocupação do Governo deve ser gerir e não assumir a função de patrão. Deve naturalmente intervir mas sobretudo como árbitro.

Uma certa visão marxista superficial, mais visível nas periferias da civilização, quer um estado árbitro e jogador. As claques compra-as com benesses e camisolas atiradas à multidão. Esta mentalidade encontra-se ainda muito impregnada nalgus funcionários do partido socialista. Estes em vez de o servir, servem-se dele.
Portugal merece mais.

António Justo

Publicado em Comunidades:

http://web.archive.org/web/20080430103616/http://blog.comunidades.net/justo/index.php?op=arquivo&mmes=09&anon=2007

António da Cunha Duarte Justo


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Nova Cidadania – A Cidadania Proletária – – – 2007-11-10
Caríssimo
Professor António Justo,

Antes de mais, aceite as minhas saudações fraternas.

O tema que, hoje, nos propõe para reflexão é oportuno e actualizadíssimo.

O Partido Socialista, em Portugal, está a assumir atitudes de quem se quer, à viva força, se perpetuar no Poder. Quem sabe, influenciado pelo que está a passar, na Venezuela, com Hugo Chavez e a sua Revolução Socialista, tão aplaudida e elogiada pelo Dr. Mário Soares!

O problema educacional, em Portugal, é, quer se queira quer não, a par de outros de natureza social, um problema gravíssimo, sem solução à vista e, muito menos, a existência de agentes com competência e credibilidade para lhe dar a volta por cima…

O Partido Socialista caminha abruptamente para a assunção da sua verdadeira vocação,a vertente totalitária, depois de todo este pseudo “intermezo” de democracia ao longo de mais de 33 anos!

Só não foi mais cedo, porque, ao longo de alguns anos, encontrou pela frente um Partido Comunista Português que lhe conseguiu fazer frente nos momentos mais decisivos, no início da nossa Revolução dos Cravos.

Pois, quer se queira quer não, os últimos anos de Governo José Sócrates serviram para pôr à evidência o seu nervosismo e a sua vocação “nacional-socialista”, que, na sua origem, aí, na Alemanha, com Adolfo Hitler, até se afirmava democrático e praticava a democracia… Depois, foi o que se viu e, hoje, ainda se enxerga…

Por essas e por outras, não é de admirar o discurso do Ministro da Administração Interna, a que muito bem se refere, e de outras personalidades socialistas…

De resto, com a evolução que se está a verificar em Portugal, a qualquer momento a emissão da RTP pode ser interrompida, com o aparecimento de um funcionário político socialista a dizer:

– Senhores espectadores, pedimos desculpa por esta interrupção. A LIBERDADE e a DEMOCRACIA seguem dentro de algum tempo!… Agora, vamos dar início ao novo Programa de Governo ‘Nacional-Socialista’! A baderna instalada na sociedade civil chegou ao fim!

Com um Primeiro-Ministro, como é José Sócrates, a distribuir computadores, pelas escolas, às crianças a preços mais caros do que nomercado; com o Ministro da Administração Interna a dar aulas de “Formação Político-Partidária”; com uma Ministra da Educação a desvalorizar totalmente o ensino e o aprendizado da Língua Portuguesa e a conduzir o ensino e a educação para o “avacalhamento” total; com o Ministro da Saúde a favorecer a IVG – Intervenção Voluntária da Gravidez (vulgo liberalização do aborto)e a despromover o SNS – Seviço Nacional de Saúde a favor da estimulação da iniciativa privada, com alguns paliativos de permeio, de entre outros, urge questionar seriamente:

PARA ONDE VAIS PORTUGAL?

Mas, como se todas estas misérias humanas não bastassem, esta semana, segundo as notícias veiculadas pela Comunicação Social, o Presidente da República, Professor Aníbal Cavaco Silva, no Chile, onde se encontra a participar a Cimeira Ibero-Americana, veio a público elogiar e aplaudir as virtudes das grandes reformas em Portugal levadas a cabo pelo actual Governo!…

Mas, importa, também, referir o que se passou na Assembleia da República com a aprovação do Orçamento de Estado para 2008.

Onde estão os partidos e os deputados da oposição?

O novo líder parlamentar, Pedro Santana Lopes, andou toda a semana a fazer passar para a Comunicação Social que se iria confrontar o Primeiro-Ministro José Sócrates com algumas questões, fazendo antever que seria um ajuste de contas… Momentos depois, logo no primeiro dia de debates, após o ‘KO – knock out’ infligido por José Sócrates, veio dizer aos jornalistas que o debate lhe tinha corrido mal. E o novo líder do PSD, Luís Filipe Menezes, também não lhe ficou atrás, quando, no dia seguinte, disse que, futuramente, os debates têm que ser acompanhados…

Pelos vistos, o novo lider da bancada social-democrata, Pedro Santana Lopes, não esteve à altura dos seus tão apregoados pergaminhos, e não conseguiu levar a carta a Garcia…

Será que estamos perante “aprendizes da política”?…

Desde quando, um líder parlamentar anuncia e propagandeia publicamente e com antecedência as questões que vai suscitar num debate, mais a mais com o Primeiro-Ministro? Será isto visão de Estado? Ou é a nova forma de conduzir as “coisas” do Estado?…

E, perante esta pequena amostra da “política à portuguesa”, teremos que concluir que faz parte do novo modelo de Cidadania?

No meu conceito, Direito de Cidadania passa por um dever do Estado face a um direito do Cidadão!

Agora, isso sim, assistimos ao relegar dos Direitos de Cidadania para o privilegiar dos chorudos lucros dos Bancos (mais parecendo puros especuladores e obstinados usurários autorizados e apoiados pelo próprio Governo) e não só, em detrimento do exercício da função social do próprio Estado em prole dos Cidadãos e das Famílias portuguesas.

Estamos perante uma, pura e simples, inversão de valores!

Agora, de fuga em fuga para a frente até à “vitória final”, o Partido Socialista oferece-nos este tão deprimente quanto “deslumbrante” espectáculo…

De resto, não é de surpreender, pois é a ascenção da “geração rasca”, como um dia lhe chamou, e muito bem, a Dra. Manuela Ferreira Leite, quando Ministra da Educação!

Portanto, com esta evolução tão “qualitativa”, obviamente, os valores tendencialmente invertem-se ao nível de todos os domínios…

Assim sendo, não lhe chamaria “Cidadania Proletária”, mas, isso sim, “Nova Cidadania – A Cidadania Rasca”!

É que, pessoalmente, tenho um conceito não pejorativo di significado de “proletário”, e, como tal, respeito-o. Eu próprio considero-me um proletário. Pois tenho “prole”, tenho dois filhos, mas que, felizmente, não afinam pelo diapasão do “rasca”.

Caríssimo Professor António Justo, aqui, lhe deixo o que penso sobre o tema que nos propôs para reflexão…

Infelizmente, é a fruta do tempo!…

Melhores dias, se Deus uizer, hão-de vir!

Quando, não sei…

Grande abraço solidário!

___________________

Paulo M. A. Martins
Fortaleza (CE)
Brasil

Paulo M. A. Martins
Nova Cidadania! – – – 2007-10-03
Prezada Rosa Maria Tomás Sá!
Gostei imenso da sua frase: “termos consciência que aquilo que nos aflige não são preocupações isoladas, pois se assim fosse este caminhada não faria qualquer sentido”. É precisamente o que penso ou vivo!
Atenciosamente
António Justo

Não podia estar mais de acordo – – – 2007-10-03
Sem dúvida alguma que tem muita lucidez na sua análise e eu não poderia estar mais de acordo. Coincidência ou não sobre o tema reflectido,esta semana dou comigo a refectir sobre o assunto sem ouvir qualquer noticia ou comentário. Nesta sociedade desprovida de valores a todos os níveis é bom percebermos que há Homens(Mulheres), como o senhor e termos consciência que aquilo que nos aflige não são preocupações isoladas, pois se assim fosse este caminhada não faria qualquer sentido.

Rosa Maria Tomás Sá

Portugal – Povo nas Valetas das Estradas

Portugal – Povo nas Valetas das Estradas
2007-08-17

Caminho de Fátima na Continuação dos Caminhos de Santiago

Um Estado sem respeito pelo povo continua a mandar para a valeta da estrada o seu povo. Um Estado que apenas se preocupa com estradas e auto-estradas para os instalados da vida e para os contribuintes despreza o povo caminhante.

Quem vem da Europa fica confuso ao observar grupos de caminheiros para Fátima em itinerários sem respeito nem consideração pelo peão. Humilhação pura para pessoas de consciência com um mínimo de exigências!

Os peregrinos, acordeirados, nas suas vestes reflectoras fazem lembrar almeidas da Câmara e das Juntas de Freguesia, enfim, um Estado de ovelhas! É uma dor de alma ver-se o povo a caminhar pela estrada nacional nº. 1, a ter de andar pelos IP e IC por falta de caminhos próprios. Uma imagem que se repete e ninguém parece notar. Esta imagem parece ser uma metáfora duma sociedade a quem não é dada a possibilidade de introspecção. Mesmo as coisas mais íntimas são acompanhadas de ruído poluidor.

A pé no asfalto, exposto ao perigo automóvel, comendo o pó das estradas, inspirando o Anidrido Carbónico dos tubos de escape, exposto ao calor das estradas, ao ritmo do ruído automóvel, portugal peregrina para Fátima. É o portugal povo de que se serve o tal Portugal, o Portugal dos instalados, aquele Portugal que só parece conhecer estradas e ruas para carros, ou itinerários sem povo.

A caminho, como se pode observar nas estradas do Norte de Portugal, um Portugal migrante de férias a cumprir promessas que o destino lhe obrigou a fazer. O destino do povo das bermas, do povo das valetas das estradas é fazer promessas para fugir à dor na ânsia pela sobrevivência, o destino dos outros, dos das “auto-estradas” é viver das promessas não cumpridas das campanhas eleitorais! A estrada da nação, na sua maior parte, não contempla peões nem ciclistas, menos ainda peregrinos, para estes reserva-lhe, quando muito as faixas luminosas.

A elaboração do caminho do Norte para Fátima é mais que óbvia. A sua ausência é uma acusação justa ao Estado, à Igreja, às Câmaras e Juntas de Freguesia e aos deputados que não estão atentos às necessidades reais do povo, vivendo uns à custa da sua devoção e outros à custa dos seus impostos e dos seus votos.

Senhor Presidente da República, senhores do Governo, senhores presidentes e senhores Bispos, juntem-se e planeiem em conjunto ruas, estradas e caminhos com árvores, com vida. Realizem o caminho de Fátima, conscientes da sua grande dimensão económica, social e espiritual no sentido de integrar, de maneira digna, o património nacional no internacional europeu, na tradição do itinerário dos caminhos de Santiago. Neles se reflectem o espírito e a cultura dos povos, o espírito universal que é o nosso.

Portugal tal como os peregrinos tem que levantar os olhos para o horizonte consciente de que não há caminho feito mas se faz caminho andando. Peregrinando servimos a higiene corporal e espiritual não ficando parado em nenhuma etapa da vida, ideologia ou crença. A vida é fundamentalmente caminhada, é aventura, arte e mistério. A missão nobre de toda a elite, se o é, é popular. Deus é povo!

Imagine-se que ao lado destes caminhos se juntavam não só paróquias e Freguesias mas também roteiros da arte e centros de veraneio ecológico com artistas e iniciativas ao vivo onde se revivesse o brio das aldeias tão necessitadas da dignidade roubada por uma política proletária que apenas conhece o fomento da cidade Zeca!…

Uma sociedade técnica não pode desprezar o percurso pedonal, a que se deveria ligar a bicicleta e também o cavalo. De trinta em trinta quilómetros seriam necessários albergues dignos e económicos. A Comissão Europeia certamente apoiaria com milhões um projecto que ligasse aspectos históricos, culturais e recreativos dum turismo não só espiritual como alternativo a toda a Europa. Valeria a pena iniciar um caminho iniciático na descoberta do comum das paisagens interiores e exteriores. Neste trajecto não faltariam certamente ligações aos templários. Tudo isto na continuação da descoberta do Santo Grahal.

António Justo

Publicado em Comunidades:

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António da Cunha Duarte Justo


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– – – 2007-10-10
Caro António Justo:
Foi com muito agrado que encontrei este seu texto numa busca ocasional na net.
Deus põe em contacto as almas quando se trata de fazer avançar as boas ideias e obras.
Somos um grupo da paróquia de Carcavelos (Cascais) que nos últimos 3 anos temos peregrinado pelos caminhos de Santiago; desejamos concretizar uma experiência de apoio aos peregrinos, tomando conta de um albergue durante parte do ano.
Eu penso que seria importantíssímo dinamizar o(s) caminho(s) para Fátima, irmanando-os com os de Santiago (não é por acaso que S.Tiago foi sobrinho de Nossa Senhora).
Cumprimentos
Luis Nogueira Ramos

Luis Miguel Nogueira Ramos
Estudante – – – 2007-08-27
Justo: sua escrita é corrosiva. E pergunto a mim por quais labirintos imateriais conseguiu achar meu saite? Obrigado pelo sincero comentario e espero agrada-lo mais com textos meus e imagens trabalhadas por mim ou de referencia historica.
Moro no Brasil, Mato Grosso. Se um dia quiser caminhar pelo “caminho das cachoeiras” estarei ao seu dispor para compartilhar os sentidos abertos.
te abraço
Afonso Alves
dionisios.zip.net

Afonso Alves
Portugal – Povo nas valetas das estradas – – – 2007-08-27
Caríssimo e Ilustre
Professor António Justo,

Antes de mais, quero saudar o seu regresso a este espaço, depois das férias em Portugal.

E assinalar, também, assunto que nos trás à nossa apreciação, por ser mais do que pertinente, ACTUAL!

Infelizmente, temos em Portugal um Poder Autárquico cego, surdo e mudo e, sobretudo, insensível às questões de natureza espiritual, mas que só se lembram que elas existem quando há eleições…

Do Governo da Nação nem vale a pena falar, pois só está preocupado com as altas negociatas, como as “OTAS”, que nem OTA nem DESOTA, e a rejeição das alternativas que lhes estão a tentar impôr… Onde, também, o Presidente da República mais parece andar a presidencializar noutra galáxia que não é Portugal…

Neste ambiente, o que se poderá esperar da Igreja Católica e das autoridades religiosas?…

As questões que coloca são de uma importância plural que, só neste pobre país, passam ao lado, porque os que detêm responsabilidades de planeamento e de investimento, porque são incompetentes e sem sensibilidade, fazem vista grossa…

Depois de aprovada à força, por imposição de um Primeiro-Ministro Socrático e ATEU, como é José Sócrates, a IVG – Intervenção Voluntária da Gravidez com menos de 30% dos votantes, porque as abstenções galoparam para mais de 50%, o que é de esperar?…

É este o País que temos e os governantes incompetentes que estão mais apostados em destruir, fazer terra queimada, do pouco que resta de Portugal…

De um Portugal, cada vez mais, a caminhar para a cauda da Europa, com Malta a ultrapassar-nos, e ninguém tem olhos na cara para ver esta situação gritante e escandalosa… Mas, acima de tudo, está a exercer a Presidência da União Europeia, que se prepara para fazer aprovar a Constituição Europeia ou outro documento equiparado, sem que os portugueses tenham o direito de se expressar em REFERENDO, e o mais grave com a cobertura política do Presidente da República…

É este o Portugal livre e democrático saído da “dita” Revolução dos Cravos, de 25.Abril.1974!…

Quando, paulatinamente, tudo isto se passa num País onde os Governantes, a começar pelo Primeiro-Ministro, cada vez mais mentem e atropelam e postergam os mais elementares Direitos de Cidadania dos portugueses, as questões que acaba de levantar no seu lúcido, competente e inteligente artigo (post), infelizmente, acabam, na óptica deles, por não passar de meros “amendoins” que nem os macacos os querem porque são pôdres…

Perante todo este cenário, afigura-se-me, salvo melhor opinião, que da parte da Igreja Católica se assiste, também, a um cruzar de braços, por conformismo, porque os seus responsáveis parecem permanecer cristalizados…

E eu, a título de exemplo, pergunto:

– Hoje, por onde anda a então voz incómoda de Dom Manuel Martins, Bispo Emérito de Setúbal?

A receber comendas e condecorações atribuídas pelo Governo no 10 de Junho?…

Nunca, em Portugal, a situação política, económica e social, atingiu foros de tão elevado escândalo e imoralidade como a que se está a viver! E a voz da Igreja Católica não se faz ouvir porquê?…

No título do seu excelente, oportuno e objectivo post, refere: “Portugal – Povo nas Valetas das Estradas”, mas, pela leitura que me permito fazer da actual situação, diria: Portugal – Povo nas sarjetas das ruas e das estradas…

É esta a consideração e o respeito que o Primeiro-Ministro, Governo e Presidente da República estão a manifestar pelos PORTUGUESES!

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Paulo M. A. Martins
Jornalista Luso-Brasileiro
Fortaleza (CE)
Brasil

Paulo M. A. Martins
Povo nas Valetas – – – 2007-08-23
Os Presidentes da Câmara deveriam ter mais iniciativa para poderem revitalizar a província.
Também é um facto que os governos seguem uma política de terra queimada para o interior e para o norte. Os deputados são servidores dos seus partidos que ainda não decobriram Portugal.
Só conta Lisboa!
Saudações de Berlin

Manuel Henriques
Saudações da Branca – – – 2007-08-21
Prezado Paulo Santos:
Obrigado pela sua visita. Recordo com muita satisfação a cidade da Branca e o Bar Colinas com tanta atmosfera e nível! Parabéns!
Um abraço
António Justo

António Justo

Código Da Vinci e outros sacrilégios em voga

 

Código Da Vinci e outros sacrilégios em voga
2007-03-31

Hoje em dia romances e os filmes policiais têm alta conjuntura. A conjura, sociedades secretas e crime são os melhores condimentos para despertar a curiosidade, a melhor mistura para alienar. Se estes elementos forem confeccionados com Catolicismo, Jesus e fé então a ficção torna-se verdade cristalina para um público aborrecido da vida vivida no mundo factual banal. Um sopro de fantasia na história torna, por alguns momentos, o real suportável!

Muitos desejariam ver o Cristianismo transcrito de novo, como dá a entender o eco ao filme Código Da Vinci. Na época do sexo e da cultura tabula rasa a opinião passou a dogma, tudo em nome da nova barbaridade. Na praça da ideologia o útero da fantasia é mesmo fecundo não faltando gente a dar o peito à criança. Mas, apesar de tudo, a realidade é primeiramente palavra.

O filme pretende reduzir tudo ao comum do sangue e provocar. É óbvio que na lógica do poder adquirido a ideia da linha de sangue de Jesus, com descendentes na actualidade, viria a jeito. A universalidade do cristianismo porém baseia-se na opção. A linha de Jesus transmite-se pela água baptismal e não pelo sangue ou pelo nascimento, como conviria aos vocacionados do poder, aliadas às teorias da conjura.

O Cristianismo, apesar de também ele andar muitas vezes envolvido nas estruturas do poder, é o correctivo do poder desumano, o que sempre dispôs mal os caçadores do domínio dentro e fora dele.

Os vendilhões do templo vivem bem das simplificaçãções e das teorias dos bodes expiatórios. Na sua filosofia alguém tem de ser culpado de tudo, senão Deus, então o diabo, a USA, os comunistas, os fascistas, o governo ou a Igreja católica. O mesmo se dava no nacionalismo social contra os judeus. O povo é facilmente reduzido a Pilatos lavando as suas mãos… e, da culpa, vivem os outros! Na perspectivação da realidade, encurta-se a mesma, tal como fez a Igreja ao acentuar em Maria Madalena a prostituta e não a discípula de Jesus. A imagem de pecadora favorecia mais o negócio da estrutura do que a imagem de companheira. O ser de Madalena engloba contudo os dois pólos da realidade.

Em tempos de globalização, de enxurradas de informação como condutas de desinformação, o povo quer respostas simples que expliquem tudo. Não suporta o vazio do inexplicável nem a seriedade da realidade complexa. Os desiludidos da ciência, ao verem que esta não pode explicar tudo, refugiam-se no asilo da fantasia ou na informação casual. Esta atitude é talvez a reacção adequada às ideias fixas institucionais. Actualmente embora haja muita necessidade de transcendência os temas da política e da Igreja causam dissabor.

As pessoas querem fé mas sem igreja, política mas sem políticos. Por toda a parte aumenta a suspeita nas instituições. Neste processo de individualização as pessoas elaboram a sua religião ou política à la carte recolhendo elementos descontextualizados de cada ideologia do mercado: um pouco de cristianismo, um pouco de espiritismo, um pouco de meditação, de budismo, xamanismo, esotérica, etc. O problema disto é o consumo acrítico e descontrolado do mesmo. Religião quer-se comedida como o sal na comida.

As pessoas ocupam-se do aspecto sentimental da religião. Querem o Diabo como bode expiatório e ver-se reduzidas a pobres Adão e Eva, vítimas da conspiração da vida. Demasiado é o tempo da vida passado à procura do diabo.

A ânsia pelo sentido da vida está cada vez mais presente na sociedade, o que se revela promissor para o futuro. Com os acontecimentos do 11 de Setembro de 2001 o religioso passou a estar mais presente na consciência dos povos, propagando-se indiferenciadamente a suspeita a todas as religiões.

Tal como é próprio de pessoas e instituições, também a arte permanece prisioneira do preconceito fomentando-o. Parece ser a nossa condição: ataque e defesa!

António Justo

Publicado em Comunidades:

http://web.archive.org/web/20080430103259/http://blog.comunidades.net/justo/index.php?op=arquivo&mmes=03&anon=2007

António da Cunha Duarte Justo


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FIDEÍSMO – – – 2007-04-06
Ex.ma senhora Ernestina Matos,

o fideísmo também pode ser uma ideologia, muitas vezes pior do que a política… Devemos crer, está bem, mas de olhos abertos… E quem observar de olhos bem abertos a maior intituição que representa Cristo na terra, encontrará nela muita, mas mesmo muita hipocrisia.
Como já o outro dizia, a religião quer-se como o sal na comida. Nem mais nem menos.

António Borges
Código Davinci e outros – – – 2007-04-03
Código Davinci
Cristo continua a ser o Senhor o Rei, Aquele que passou da morte à vida, Ressuscitoui É a Imagem de Deus, ao querem debruçar-se no Jesus humano querem retirar o seu poderio divino. Aceitá-lo como humano, casado com Madalena e Pai de Judas Iscariotas mesmo que seja um livro de ficção e passado a filme, é levae os leitores e espectadores ao enterramento total de Cristo-Filho de Deus.
E levar ao descédito do cristianismo. Muitos que acreditaram Nele e seguindo as suas pisadas foram mártires no coliseu, o sangue derramado por eles fomentou a esperança, fez brotar e crescer a Fé, vejam como eles se amavam.
Hoje tudo quer levar ao rídiculo e julgo que faltará pouco para levar os cristãos para um gueto. Não nos podemos calar. Cristo Está Vivo e somos testemunhas da Sua Morte e Ressureicção sentimos a Sua Presença no nosso coração e nas nossas vidas, Ele Continua Connosco todos os dias até aos confins e fins dos tempos.
Ernestina Matos

Ernestina Matos
HIPOCRISIA – – – 2007-03-31
Nós não precisamos de políticos, pelo menos políticos como os que temos, nós não precisamos de padres que nos queiram fazer acreditar no que eles lá no fundo não acreditam ( cada padre tem a sua dona de casa e uma porrada de sobrinhos ) nós não precisamos de um papa que se esconde por detrás da sua própria hipocrisia, nós precisamos, isso sim de homens revolucionários,ou seja homens com honra, homens nobres,homens que de cabeça ao alto, homens capazes de dizerem não a um sistema cada vez mais corrupto e podre, homens que lancem o fogo aos palácios da hipocrisia, homens como Jesus Cristo, que segundo se consta também sob desfruir os prazeres carnais. E se Maria Madelena foi sua concubina ou não, que mal há nisso?
Para o padreco matreiro que gosta de espreitar a mulher do tio António por debaixo das saias,enquanto este se encontra a ganhar o pão nosso de cada dia, esse sim, esse não consegue aceitar que Jesus também foi homem de carne e osso e que também talvez gostasse dos prazeres carnais.
O mal não está na carne, meus amigos, o mal está nas vossas almas matreiras

António Borges

Incesto – dois irmãos juntam-se e geram quatro filhos

Incesto – dois irmãos juntam-se e geram quatro filhos
2007-02-28

Na França não há pena judicial para o incesto e na Alemanha espera-se a decisão do tribunal constitucional para se saber se as relações sexuais entre familiares do primeiro grau e o casamento entre irmãos serão peníveis.

É a eterna questão de Édipo que teve 4 filhos com a sua mãe. Na Alemanha avaliam-se em 10.000 pessoas fruto de relações incestuosas.

Em Leipzig dois irmãos que antes não se conheciam juntaram-se e tiveram já quatro filhos. Patrick (hoje com32 anos) que depois duma odisseia passada em lares para crianças consegue descobrir a sua mãe e conhece pela primeira vez a sua irmã Susann (hoje com 22 anos). Meio ano depois morre a mãe e o amor nascido do encontro entre os dois irmãos cimenta-se.

Juntam-se e têm filhos sendo Patrik, por isso, condenado pelo tribunal a dois anos de prisão. Uma vez cumprida a pena de novo têm uma filha agora de dois anos. De novo à pega com a justiça apelou para o tribunal constitucional, aguardando decisão deste.

O seu advogado argumenta que a lei além de constituir uma usurpação do direito fundamental de autodeterminação vai contra a liberdade de opção em questões de sexo e de organização da vida familiar. Para o defensor o incesto não está na origem de problemas na família como antigamente se cria sendo pelo contrário a consequência de problemas familiares. Argumenta também que os riscos hereditários provenientes de relações incestuosas não constituem argumento dado não haver proibição de relações sexuais a pessoas com doenças hereditárias. Patrick já se esterilizou porque quer viver com a irmã.

A tradição comum de todas as religiões considerarem o incesto como tabu corresponde a uma necessidade de protecção importante da família e da espécie.

Em tempos em que todos os tabus sexuais caem ainda faltava este da relação sexual entre pais e filhos e entre irmãos.

A proibição universal do incesto em todas as religiões é importante porque debaixo da proibição se esconde a ideia de protecção, dignidade e respeito. Protecção contra as doenças genéticas hereditárias que resultam de relações incestuosas. Protecção dos filhos e da intimidade e da paz na família. As crianças estariam indefesas perante os pais. Hoje é por demais conhecido o crime com crianças vítimas do abuso sexual de pais e as consequências psíquicas de que as vítimas sofrem.

O ser humano é tanto mais livre quanto mais conseguir não ser vítima ou objecto dos seus instintos e necessidades exageradas. Confunde-se liberdade com libertinagem à margem da responsabilidade social e natural. Dá-se uma desnaturalização do órgão que em vez de passar a existir em função dum organismo ou de um todo, em função duma necessidade telelógica, passa a existir em função de si mesmo como acontece com o tumor canceroso.
Não será que nos encontramos a caminho do embrutecimento? Os nossos avós ainda sabiam que “valores eram verdades morais mergulhadas no sagrado”. Uma sociedade desorientada não quer saber de medidas de orientação para o comportamento e menos ainda de normas. Estas cheiram a responsabilidade ou a bafio religioso.
António Justo

Publicado em Comunidade:

http://web.archive.org/web/20080430103235/http://blog.comunidades.net/justo/index.php?op=arquivo&mmes=02&anon=2007

António da Cunha Duarte Justo

INÍCIO DA DEMOCRACIA EM PORUGAL: 25 DE NOVEMBRO DE 1975

 

Faz hoje 45 anos que foi posto fim à ditadura comunista em Portugal que se encontrava ao serviço da União Soviética e iniciada a 25 de Abril de 1974. Assim se inicia a democracia parlamentar pluripartidária em Portugal. As forças democráticas em torno do Coronel Jaime Neves puseram fim ao período instável que se vivia então.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo