Segundo o Vaticano, o número de católicos em 2021 aumentou para 1,378 bilhão de pessoas.
Entre 2020 e 2021 aumentaram 1,3%, enquanto na Europa houve pouca mudança.
Na África, o aumento foi de 3% a mais do que em 2020.
Na América e na Ásia, o aumento foi de cerca de 1%.
Na Alemanha, a tendência foi oposta: para o ano de 2021, a Conferência Episcopal Alemã registrou 359.333 pessoas que saíram da Igreja, mais do que nunca.
A Igreja católica na Alemanha tem 21,6 milhões de membros (2022) e uma receita de impostos de 6,73 bilhões de euros em 2021. Em 2022 saíram da Igreja 359.333 católicos.
A Igreja Evangélica na Alemanha tem 19,1 milhões de membros com uma receita tributária de 6 bilhões de euros em 2021. As demissões da igreja foram 380.000 em 2022.
A elevada demissão de membros das Igrejas deve-se sobretudo ao sistema da quebra de impostos pelo Estado (um imposto acrescentado aos fiéis de determinadas confissões religiosas que o Estado entrega depois às correspondentes organizações religiosas).
António CD Justo
Pegadas do Tempo
A maioria é para não pagarem o imposto
Cristina Marques Mendes, é verdade. De facto a igreja alemã ao levantar o imposto da igreja (devido, por um lado a compromissos históricos do período laicista em que os bens da Igreja passaram para o Estado e ao facto do estado alemão obedecer a uma filosofia diferente de organização do estado na base da de uma vinculacao de confiança orgânica (instituições e não indivíduos) uma filosofia diferete por exemplo da do estado francês baseada mais na confiançãa pessdoal-individual! Neste sentido é compreensível que o Estado alemão queira responsabilizar na ordem pública todas as instituiões e representações relevantes e nesse sentido ligou a religião não só através das aulas de religião mas comprometeu-se também com as religiões levantando o imposto para elas. Roma nunca viu com bons olhos a particularidade de a igreja ligar a religião ao aspecto económico porque isto corresponde a uma infidelidade contra o ser do cristianismo e conhecido na Igreja como pecado de simonia! Por isso em questão de doutrina um católico pode continuar católico mesmo que se desvincule do pagamento de impostos.
Cristina Marques Mendes, paguei durante 42 anos o imposto para me considerem católico. Muita boa gente não sabe,que a Alemanha não é um pais totalmente laico.
António Cunha Duarte Justo, eu por exemplo quer queira quer não tenho que continuar a pagar e continuar vinculada á igreja porque se renunciar ao imposto sou despedida ou seja é um motivo para despedimento direto . Eu sou católica tenho fé em Deus mas nos homens que representam a igreja não muita, e se não fosse essa cláusula eu já teria saído da igreja católica aqui na Alemanha á muito tempo.
Cristina Marques Mendes , é uma situação realmente embaraçosa. O poder e a administração ainda tem demasiado poder. A Igreja na Alemanha procura justificar a sua prescrição não católica com o argumento que é depois do Estado o segundo mais empregador de pessoal e grande prestador de serviços. Essa é porém uma perspectiva exterior não conforme sequer à étcia cristão, pior ainda quando se trata de espiritualidade. Eu era empregado do estado alemão (professor de ética e cultura portuguesa) e nunca me pus o problema porque devido no agregado familiar ter quatro filhos estava dispensado de pagar impostos para a Igreja.
António Cunha Duarte Justo eu tenho duas e não estou isenta , vamos a ver no nosso caso como caritas temos o que chamam Kinderzulagen, que já não querem dar aos que entram agora , o caso é para quem não trabalha para a instituição mas só porque é RK é obrigado. E eu e outros como eu é se renegar-mos , como eles chamam austreten.
Cristina Marques Mendes , creio que nessa situação haverá recurso, mesmo dentro da instituição atendendo de tratar-se então de descriminação em favor dos não católicos! Importante é também ver se o contributo é ou não relevante depois de se ver o resultado no jahresausgleich das finanças. Com os muitos católicos alemães que têm saído da Igreja certas instituições da Igreja estão condenadas a implodir por dentro por falta do cum quibus!
Temos que nos reconciliar com Jesus e a Sua Igreja pela reconciliação e perdão
Ernestina Matos, não consigo ver a conexão entre os números apresentados e a sua expressão de reconciliação. Mas compreendo-o num contexto de quaresma em que nos encontramos e que tu vives!
Estamos na quaresma reconciliação e perdão
Brasil – a volta às igrejas está muito forte.
Também se sabe que é a religião mais perseguida hoje. Os países católicos são os mais tolerantes com as outras religiões.
Jorge Rosmaninho, é verdade e há uma razão que motiva os poderosos do mundo a serem contra o catolicismo. Primeiro, o catolicismo é uma instituição que segundo resultados de sociólogos americanos se manterá mesmo quando as outras definharem mas sobretudo porque segundo a doutrina cristã cada pessoa é um filho de Deus e é soberano e como tal não facilmente instrumentalizado por qualquer poder que o quer ver só servo e seguidor. Um estado materialista tem sempre o poder de em nome da democracia escravizar a pessoa humana baseando-se em números e em dados estatísticos (querem substituir a filosofia e a teologia e até a filosofia política submetidas à sociologia e com isto enfraquece-se o aspecto antropológico (a dignidade de filho de Deus, isto é a dignidade que surge do próprio indivíduo com dignidade divina e não exterior a ele!. O catolicismo tem de ser tolerante por natureza da espiritualidade cristã; o problema surge quando “elites” cristãs caem na tentação do poder pelo poder ou se aliam incondicionalmente ao poder. Na China há dois tipos de catolicismo, aquele que se encontra ligado a Roma com a liberdade individual de connsciência e o dos bispos ligados ao regime que vivem mais em concubinato com o regime. Nestas coisas porém nunca se conseguirá situações puras porque o homem é de si feito de terra e céu (isto é, é um ser espiritual mas condicionado ao seu ser limitado) e como tal haverá sempre que fazer no sentido de se alcançar a paz e a verdadeira dignidade entre os homens! Estamos todos condicionados a errar e através do erro proporcionar desenvolvimento.
António Cunha Duarte Justo, Elites cristãs são o demônio que domina.
A China financia o budismo com templos e espalham pelo mundo. O conhecimento para num certo ponto. Assim mantém o povo servo é dominado.
Jorge Rosmaninho, nenhuma sociedade pode viver sem elites. O elitismo como ideologia é naturalmente de recusar porque se pode opor ao pluralismo, se se parte de um pensar em castas, os que possuem o correcto pensamento ou o dos deuses do Olimpo a que estamos habituados. Elitista no sentido de auto-importante, arrogante, sentir-se superior é de se repelir. Importante é analisar a atitude intelectual e moral básica da elite e a função que se esconde por trás dela, que intenções têm e o que pretendem. O pensamento elitário nem sempre é associal, como ideologicamente pretendem alguns partidos ou mundivisões dar a intender. Tudo depende do nível de consciência que o baseia e se se considera parte de um todo que serve ou se serve desígnios de domínio e subjugação ao serviço de alguns. As elites são necessárias em todas as sociedades; a palavra ministro implica o sentido que deveria estar por trás de cada elite ou pensar elitário; ministro significa servidor! Há porém o perigo, como se observa já no zeitgeist social, e no Mainstream, de pensadores políticos (uma certe elite) criarem um pensar indiferenciado – uma certa consciência de trazer por casa nas pessoas, como se tudo pudesse ser determinado democraticamente. Pelo contrário, o que muitas vezes se pensa ter como opinião própria é fruto de elites que atuam como formadoras de opinião pública na política e na sociedade (veja-se o pensar uniforme que dominava a opinião pública relativamente ao Corona 19 e o que domina hoje o pensar público relativamente à Ucrânia-Putin-NATO-EU-EUA!.
O que precisamos é de uma nova consciência das elites, diria de elites invertidas com uma consciência servidora e complementar, porque não há nada de mal nas elites per se; o problema vem do poder que se arrogam e do significado que lhe damos. O exemplo que temos delas é que tem sido geralmente mau mas ai trata-se do abuso do poder pois não servem o bem comum mas apenas os interesses de alguns grupos.
O facto de a China financiar o budismo e templos tal como fazem os estados muçulamanos com as suas mesquitas faz parte de estratégias políticas de poder e de domínio. A presença no meio do povo habitua e convence, com o tempo.
Manuel Adaes , a Alemanha, devido à sua tradição federal e histórica (reunião de várias tribos antigas) manteve nela a tradição de elaborar o poder do estado baseado na participação das várias instituições e grupos relevantes sociais nele! Assim assegura melhor estabilidade política.