PORTUGAL CONSUMINDO CRÉDITO

Política consumista revela-se já ultrapassada e criadora de Dependência! 

Por António Justo

Na União Europeia, o crédito fiado, produzido pelas máquinas de impressão do Banco Central Europeu (BCE gerando dinheiro sem base nem valor real), tem conseguido impedir revoluções internas nos estados periféricos, como é o caso de Portugal!

Deste modo é sistemicamente impedido também o desenvolvimento dos povos periféricos e das regiões mais fracas política e economicamente. Esta política económica pretende levar a maior empobrecimento das camadas sociais média e pobre (chega-lhes manter satisfeitas as suas elites económicas e políticas); assim, haverá menor consumo, o que terá como efeito periférico a redução do carbono  e a entrada definitiva, da economia atual, na era de uma economia digital!

Esta política de concentrações é especialmente concebida para satisfazer as elites de povos que, com tais modelos económico-políticos, se sentem servidas e servidoras de quem lhes possibilita afirmar-se local e internacionalmente; nesta dinâmica, povos sem cabeça própria nem vontade política, são  condenados a definhar e a tornar-se cativos das próprias elites e a tornar-se factoress de sustentabilidade de dependência total das potências mais fortes.

Investir localmente seria a resposta dos países periféricos à depressão e inflação económica que se avista, mas a classe dos novos ricos identifica os seus interesses com um internacionalismo globalista.

Uma economia globalista favorece apenas povos fortes com muitos milhões de população (consumidores) e os grandes mercantilistas internacionais que os servem. Os povos das periferias económicas passarão a ser cada vez meros satélites de cada vez maiores planetas económicos que tudo sorvem! Agora a Ásia barata produz principalmente para o mundo ocidental! Em contrapartida especialmente a União Europeia importa os futuros trabalhadores (reserva) vindos da África, da América Latina e de outras regiões pobres.

O sistema continuará nos mesmos moldes: o mais forte a rodear-se do mais fraco. Só os mais fracos unidos poderão condicionar um pouco a órbitra dos fortes.

A união dos mais fracos não resiste porém à força de atração dos grandes corpos; esta é a lei dos corpos no universo; também na sociedade o corpo e o elemento fazem parte da mesma realidade regida pelas mesmas leis!

Encontramo-nos a caminho de um colapso da economia e de um colapso da cultura humanista!

António CD Justo

Pegadas do Tempo

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Publicado por

António da Cunha Duarte Justo

Actividades jornalísticas em foque: análise social, ética, política e religiosa

26 comentários em “PORTUGAL CONSUMINDO CRÉDITO”

  1. O esforço que faço é o de lhe explicar o que penso sobre o assunto. Votei B.E. para que este partido apertasse o PS, o BE falhou e, eu como muitos que pensam a política como eu, e conhece o povo, imagino que os esquerdistas conscientes vão dar uma maioria ao PS, isso não será o melhor, esperemos ver para crer.

  2. EUTANÁSIA, IDEOLOGIA DE GÉNERO NAS ESCOLAS, BARRIGAS DE ALUGUER, INSEMINAÇÃO “POST MORTEM”, GANZAS… as maravilhas do marxismo cultural de que nos livramos com a queda do Governo e dissolução da Assembleia. (Isto para não falar do hilariante de ver o partido que mais promove a corrupção, a legislar sobre como a combater! )
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  3. Seria bom se nos livrássemos do marxismo culturalmas não; também o PR sabe porque não! Marcelo pelo facto de ter sido Professor de Direito constitucional sabe bem que no preâmbulo da Constituição se encontra a meta a atingir pela política portuguesa: tornar Portugal um país “socalista”. O povo português se ainda se não deu conta disso é porque anda a dormir!

  4. António, estamos verdadeiramente numa república socialista bananeira. Há tanto que fazer para isto ser um país sério e com futuro…

  5. Uma irregularidade só concebível num país desatento e que em vez de dar tanto tempo de antena aos políticos deveria apresentar matérias temáticas que motivassem o interesse público pelo desenvolvimento do país e não o culto de pessoas de cunho paternalista ou até jacobino!

  6. A não aprovação do OE também acontece noutros países sem que isso signifique crise! De resto, tudo em casa! A situação foi criada e cuidada pela esquerda e agora a “crise” consumada pela esquerda. Costa ao hostilizar a direita sabia que só poderia contar com os seus de casa!

  7. Costa faz certamente coligação com a Direita ou a Direita com ele! Penso porém que ele já não será o homem que levará o PS à frente. Por outro lado descartam-se a tempo de salvarem a imagem porque os tempos que nos esperam serão de maior contenção financeira e de maior produção; doutro modo teremos a UE à espreita e os Estados ricos como a Alemanha terão também eles de aguentar com grande inflação, e o povo alemão certamente não estará disposto a aguentar com a dupla carga da inflação e o subsídio às economias europeias mais periféricas.

  8. O Senhor Presidente da República, depois de ouvido o Conselho de Estado, deverá reunir de imediato com o Chefe do Governo e propor-lhe um orçamento alternativo aos duodécimos que poderão nem chega a fevereiro. A solução está no centro durante alguns meses de acordo com os desejos de alguns MILITARES e com eleições a 25 de abril de 2022. Deste modo o Primeiro-ministro deve continuar a sua governação com um governo de gestão.

  9. O processo humanista está fadado ao fracasso devido a “introdução” do individualismo implantado pelo neoliberalismo.

  10. Resumindo, somos apenas números para contabilizar no consumo, ou seja, se consumes és “útil”. Por isso, a necessidade de nos transformar em indivíduos.

  11. Num Portugal com elites de remediados não haverá remédio que nos consiga tirar da tradicional pobreza sendo o nosso destino de povo ter de viver sempre na dependência! O globalsimo e o homo urbanus desprezam a província esquecendo que ” se o homem do campo não planta o da cidade não janta”. O processo de desenraizamento gera poderes anónimos que na consequência querem apenas produtos (indivíduos) consumíveis!

  12. Ainda, o PPC??? Eu sou do tempo das 3 bancarrotas de governos PS, principalmente, da última, do governo Sócrates…lembram-se ???
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  13. Eu sou do tempo (de ontem e de hoje) em que a conversa fiada de adeptos e adversários partidários desobriga os políticos porque seus temas são pessoais sem interesse por discursos /análises relativos ao desenvolvimento da economia nacional; parece que tudo já conta com bazucas e não contam com bazucadas.

  14. António Cunha Duarte Justo ,o tempo de que falamos foi ainda há pouco.
    Não vale a pena. Temos memória. Passos e Portas roubaram salários e pensões. Roubaram rendimento às famílias portuguesas, puseram milhares no desemprefo, mandaram emigrar outros milhares qualificados. E rebentaram com a economia real por incapacidade de consumo.
    Passos e Portas não são apenas ladrões. São políticos de direita como os que continuam a pavonear-se pelo PSD e pelo PP, gente a quem só interessa poleiro como se tem vistos na pouca vergonha das peixaradas que fazem na praça publica.
    Junte-lhe o Ch que mais parece a Coreia do Norte em temos de votação para o grande líder e o IL o útero que se prepara recolher todos os pingos de falta de carácter do PSD e do PP. O Cotrim está ali para pagar favores.
    FB

  15. Eu não me considero da apregoada direita ou esquerda. Ando com as duas pernas que acho necessárias. Acho graça que muita gente só pensa no que se lhes dá. Interessante seria um discurso sobre a produção que cria riqueza. Portugal não se tem preocupado com produzir riqueza suficiente para o alimentar e prefere viver de mão estendida para os partidos e para a União Europeia. Uma boa dona de casa preocupa-se em ter o orçamento equilibrado mesmo quando os filhitos berram todos quando não recebem o que querem. Um discurso mais adulto não se fixaria em pessoas mas numa análise de empreendimentos e gastos equilibrados sem ter de viver sempre num Portugal dos pequeninos sempre insatisfeitos e sem notar que a causa é de gastarem mais do que produzem. Os seus melhores colocam-lhe a emigração como perspectiva como temos visto no tempo de Salazar e em todo o tempo do regime democrático. Penso que um erro da Direita é não fazer como a esquerda: fazer ofertas à custa dos empréstimos do estrangeiro e não baseados na produção nacional! Costa, para assegurar votantes do serviço público reduziu o horário dos empregados do Estado para 35 horas embora em países como a Alemanha tenham de trabalhar 40 horas. Uma medida mais equitativa seria subir os ordenados e as pensões a todo o trabalhador português. Isso pressuporia porém uma outra filosofia económica. O problema é que teremos sempre a ameaça da “Troika” à porta e quem toma a ameaça a sério é castigado nas urnas de voto!

  16. Orçamento para elites instaladas?!

    Onde é que se instalaram as elites , oh Justo ? A minoria em que tu pensas não é a minha. A elite intelectual, cultural ? Coitada! A elite social?! pobrecita, nas revistas da socialite…a segurar as sobrancelhas com palitos…A elite económica …com as pequenas empresas à mingua ?! A elite militar, a elite religiosa, a elite dos ricos ? Nós fomos perdendo as elites à medida da nossa pobreza e dependência !! Só se te referes ao Ricardo , ao Zeinal Baba , ao Granadeiro, aos do BPP, fugitivos e do PPN e o Sócrates e 1 ou 2 sucateiros….e corruptos! Não temos verdadeiramente ELITES , Justo ! Nem ricos temos, propriamente, a não ser os grandes corruptos ( 20 ou 30) que se sustentam nas tetas do Estado, tetas secas…
    O Orçamento é quase todo para os pobres…dos empréstimos estrangeiros , dos subsídios da UE e dos desgraçados que tenham rendimentos do trabalho ou de rendas e pensões acima de um montante que é salário mínimo na França ou na Alemanha… dos que pagam ,muitos deles, mais de 50% do que ganham !
    O Orçamento vai quase todo para os funcionários públicos ( mais de 700 mil ) e para os pensionistas e pobres …Somos há mais de 200 anos um País pobre , sem grandes recursos , a não ser agora o SOL, a gastronomia e a nossa simpatia (em geral).
    Lá haverá alguns ladrões, Oh Justo, que se governam na ladroagem que enganam o Estado!; políticos corruptos que se governam e governam a família , porque também se “sentem pobres”… Mas não é daí que vem a nossa pobreza … isso é matéria de reflexão ! Mas o principal factor da nossa pobreza é a falta de EDUCAÇÂO !!!!
    Um abraço para ti ,meu caro JUSTO

  17. Caro Amigo
    Muitíssimo obrigado pelo teu muito importante texto, também porque dissesse muito em poucas palavras! Tenho que me penitenciar! A minha generalização ofende alguns da elite intelectual, como aqueles a que pertences e não considera o factor nivelador em via destruidor da classe média para nos tornar mais proletários como determina o Prólogo da nossa Constituição. Aprendi algo muito importante!
    Temos que efectivamente ser povo, continuar a ser um povo realmente paciente e compassivo! Talvez o povo tenha compreendido o que eu não compreendera.
    Sim, a nossa verdadeira pobreza vem da dependência e da falta de informação/formação ou de uma formação sustentavelmente mal formatada!
    Afinal somos todos pobres! E isso üarece legitimar muitos até a roubar sem remorsos de consciência! Contudo, enquanto aquelas que deveriam ser as elites motoras de Portugal não se sentirem bem em própria casa, a pobreza é alargada e mesmo sistémica! Não dá para compreender c como um país com uma das maiores cargas de impostos na Europa tenha um Estado tão pobre!
    Num Portugal silenciosamente descontente teremos que continuar a ser máquinas reprodutoras de emigrantes que vão enriquecer-se fora e deste modo enriquecer o estrangeiro também !
    De facto, a situação é tal que é de aceitar sermos fiéis a nós mesmos, sendo, cada vez, mais na mesma!
    Um abraço rico de afecto e reconhecimento para ti!

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