Passo a responder a uma pergunta que anda pelo FB sobre o que se pensa!
Estou a pensar numa coisa esquisita!
Quanto mais gente vacinada se encontra no país, mais exigências são colocados às pessoas.
Às regulamentações de observação de distâncias e uso de máscaras, como medidas de protecção contra o Corona 19, agora que 70% do pessoal se encontra vacinado, além da observação das distâncias e do uso de máscaras, exige-se-lhes um certificado negativo de infecção ou, alternativamente, prova de vacina ou de recuperado!
É verdade que a sociedade é complexa, mas deveria ser um dever das autoridades evitarem medidas que incluam arbitrariedade na sua aplicação!
António CD Justo
Pegadas do Temo
Mesmo vacinado, todo o cuidado é pouco. Pessoalmente mantenho distanciamento com pessoas que facilitam demais. Faça férias, mas seja prudente. Beijinhos
Eu, mesmo vacinado, tenho adiado as férias, não porque não seja prudente mas porque apesar da vacina estou sujeito às mesmas regras circundantes. Abraço
Suponho
que não há confiança absoluta na eficácia das vacinas. Os números de infectados estão a subir. Mesmo vacinados podem ser transmissores, mas de qualquer maneira a vacina atenua a doença. Daí exigirem certificados de vacinação máscara , etc. Também atribuem o aumento dos números ao facto de haver pessoas que não quiseram vacinar-se. Com tantas incertezas, o melhor é ter cuidado.
Sim, o mais importante é que não se culpabilize ninguém. A mim só me admira o facto das exigências serem cada vez maiores e naturalmente quanto mais testes houver mais as estatísticas anunciam perigo.
Penso que ainda é cedo para afirmações.
Alguém um dia disse
“há mais doentes porque há mais testes”.
É Verdade, Mafalda! Apesar de tudo isso, o nosso cérebro não deve deixar de funcionar. Na Alemanha com o aumento dos testes viu-se que , a nível de contabilidade, os números também subiram porque quando se faziam poucos testes, menos gente era abrangida (uma questão também de proporcionalidade); isto não significa porém que não tenha havido relamente um relevante aumento de infectados! Para mim a discussão em torno do virus e das normas torna-se difícil atendendo por um lado ao perigo do virus, por outro à arbitrariedade na aplicação de certas medidas e por outro ao espírito de obediência inerente a todas as populações relativamente aos seus governos e consequente informação. Respeito o virus mas isso não me leva a deixar de acautelar-me também de outros virus que circulam na sociedade: entre eles, a divisão e o espírito pidesco que cada vez parece aumentar mais. Como meio de auto protecção e de protecção da sociedade penso por vezes meter a cabeça debaixo do tapete e dizer com Sócrates “só sei que nada sei” mas apesar de tudo não abdico de pensar, como é meu intento no texto irónico que em cima coloquei!
Só sei que nada sei
Rosa, mostras uma atitude de solidariedade para com os que não sabem e uma justificação para o agir e pensar dos que “sabem”!…
Dizer como Sócrates “só sei que nada sei” soa bem, é bonito, faz a apologia dos bem pensantes e
ao mesmo tempo junta-se aos menos dotados.
É uma frase que resolve bem qualquer situação.
A necessária
protecção contra os diferentes vírus que por aí andam não me impediu ainda de pensar.
Por isso as querelas governamen
tais e o tal espírito pidesco não me atingem.
Na verdade o momento é de confusão.
Há exigências e medidas excessivas e arbitrárias. Mas há também massas enormes a contestarem essas medidas; há grupos enormes nas ruas a festejar não sei o quê; há festas “privadas” clandestinas de 300 pessoas desrespeitando as regras…
Sente-se o perigo e é essencial defendermo-nos mas não percamos o discernimento. Não podemos ainda dizer à célebre frase
“Vai dar tudo certo”
Desculpe, Mafalda, mas o que disse não se referia a si! Brinquei com a frase atribuida a Sócrates mas ela só tem sentido na sua filosofia do “conhece-te a ti mesmo” o que pressupunha o enquadramento do saber na ignorância e nesse sentido é que joguei com a frase, chamando a atenção que ao meter a cabeça debaixo do tapete enquadrava o meu saber na ignorância!
Sempre admirei em si a capacidade de pensar e de argumentar mas quando respondo faço-o referindo-me à generalidade e sei que não estou só nesta avaliação. Quanto ao estado de confusão social sou do parecer subjectivo que ela é querida e propagada para levar as pessoas a não terem a que se agarrarem e entrarem socialmente em vertigem e deste modo serem mais facilmente arrebanhadas! Estou convencido que o que acontece ou que o politicamente correcto nos dá a conhecer não é tão inocente como parece; esta é porém uma conclusão em que incluo o meu não saber!. Também sou do parecer que não irá “dar tudo certo”. Exactamente, o “discernimento” ou capacidade de apreender e avaliar as diferenças é o que está hoje mais em perigo, atendendo ao interesse que muitas forças têm que se navegue em águas da confusão!