Facilitismo ocidental é mau Exemplo para Países no Vigor da sua Juventude
António Justo
“É proibido proibir”,” tudo é relativo!”, “quem manda nos substratos inferiores é a opinião”! Defendem os novos profetas da política, da psicologia e da sociologia, oriundos de povos desenvolvidos mas já virados para o pôr-do-sol da civilização. Nações jovens deixam-se combalir por ideias e práticas de declínio, válidas talvez para civilizações decadentes mas não para nações ou culturas ascendentes à tribuna do desenvolvimento…
Uma rede de elites, a nível internacional, une-se para, do alto do seu mirante, ditar as suas sentenças e impedir o desenvolvimento dos biótopos culturais, tal como fez, na paisagem, uma economia que devastou as florestas naturais. Ao colonialismo económico parece seguir-se o colonialismo cultural. Este parte de areais cerebrais aparentemente anónimos e ávidos de poder! As nações abdicam de si mesmas para estarem atentas aos deuses do Olimpo no seu arrastar das cadeiras. Aqui troveja o deus da sociologia, acolá pontifica o deus da moda, mais além ribomba um deus da universidade com outros deuses da jerarquia. E ao povo, mesmo culto, resta-lhes levantar a cabeça e cacarejar como habitantes dum galinheiro.
Enquanto nações culturalmente conscientes se preocupam em fomentar a qualidade do ensino, observa-se, em certas nações, a tentação de educar para o facilitismo. Em nome duma socialização do ensino, baixam-se os critérios de qualidade e as exigências na maioria dos estabelecimentos de ensino estatal. Por outro lado as classes dominantes, conscientes da importância da qualidade do ensino ministrado inscrevem seus filhos em escolas de qualidade (longe das favelas) ou no ensino privado, vocacionado para a qualidade.
Uma ideologia da igualdade momentânea exige: todo o aluno tem de passar de ano automaticamente, num sistema de ensino indiferenciado. Isto é fraude às classes sociais precárias e menos atentas. Estas só descobrem o dolo e o tempo perdido ao chegarem ao mercado de trabalho.
A divisão do país começa com a divisão da língua!
O MEC (Ministério da Educação e Cultura do Brasil) distribuiu um livro por 4.236 escolas para quase meio milhão de alunos que estabiliza barbaridades do discurso popular falado, como estas: “Os livro ilustrado mais interessante estão emprestado”, “Você pode estar se perguntando: “Mas eu posso falar os livro?”, “nós vai”. Naturalmente que é dever da escola pegar no aluno, com respeito por ele, no estádio onde se encontra, independentemente do nível da linguagem, mais ou menos adequada, por ele usada. É natural que na perspectiva do meio popular a criança ao dizer “nós vai „não comete erro porque seguia o padrão social ambiental. Onde não há ciência não se pode culpar a consciência.
Apesar dos reparos ao livro distribuído, por cientistas da língua, para o MEC, ele corresponde aos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) –normas a serem seguidas por todas as escolas e livros didácticos. O MEC argumenta: “A escola precisa livrar-se de alguns mitos: o de que existe uma única forma ‘certa’ de falar, a que parece com a escrita; e o de que a escrita é o espelho da fala”, afirma o texto dos PCNs.
O MEC parece considerar o ensino um acto colonizador sentindo-se mais propenso a incrementar um analfabetismo funcional. A eterna questão entre educar e instruir!
A escola não pode querer a bagunça da língua nem pode esgotar-se no combate ao “preconceito linguístico”. A vida social, com as injustiças sociais a ela inerentes, só se melhora ajudando os alunos a estarem preparados para enfrentarem a vida social e profissional com dignidade. A fonte do “preconceito” está na injustiça da desigualdade de oportunidades e esta começa pela língua. Quem vai para a escola acredita na ascensão social. Também é natural que qualquer variedade da língua se adequa a uma situação. O aluno deve ser especialmente preparado para se desembaraçar nas situações mais exigentes. A má consciência duma sociedade que discrimina à nascença não remedia a situação recorrendo apenas a eufemismos de linguagem. Apenas se desobriga sociológica e psicologicamente. Facto é que o emprego duma linguagem inadequada pode constituir um erro para a vida pretendida.
Sem esforço não se avança. A água não sobe pelos rios. Para subir tem de se “espiritualizar” em vapor. O mesmo se diga duma pessoa, dum povo ou duma cultura. Criar a impressão que o progresso se alcança sem disciplina (regras gerais), sem vontade de subir, sem liberdade criativa é discriminar pela negativa. Para baixo anda a chuva! Pensar faz doer, o ensino pressupõe uma pedagogia desadaptada da sociedade dominante. Doutro modo como aprenderão os alunos, em tempo útil, a “levar a água ao seu moinho”?
Para andarmos na estrada precisamos de regras (código ou regras de trânsito); para circularmos na sociedade precisamos de conhecer as regras da língua (a gramática). Doutro modo passaremos a vida a andar por carreiros ou por estradas camarárias sem termos a possibilidade de entrar nas auto-estradas da vida social.
As elites hodiernas, sem conteúdos nem ideias humanos, optam pelo simplismo. Para oferecerem aos distraídos da vida têm sexo, diversão e opinião! Isto é de graça para todos; o poder e o melhor pão, esses são para os que se empenharam na sua formação.
No mundo da opinião toda a gente tem razão. Só que a língua é anterior à filosofia e para se” ter razão” não chega a opinião, é precisa a razão que advém da sua fundamentação. No mundo do dogma da verdade da opinião preparam-se as pessoas a ter opinião sem razão e assim a aceitarem a opinião sem destrinça. Nisto está interessado um globalismo que pretende reservar para poucos a capacidade de pensar e vê na formação séria da maioria um impedimento às suas arbitrariedades. Manter um povo na incapacidade de se expressar é o melhor pressuposto para uma ditadura consistente e para impedir a concorrência de possíveis competidores treinados.
A defesa e empenhamento pelo proletariado não podem abdicar da qualidade; não chega o „para quem é, bacalhau basta”.
O Homem define-se e desenvolve-se pela Língua
Na capacidade de diferenciações dentro duma língua, podemos observar a maior ou menor capacidade de expressão dum povo. Ela é como que a sua matriz e dá testemunho do seu maior ou menor grau de desenvolvimento intelectual.
A língua é ao mesmo tempo a minha casa e a minha Ágora. Ela é não só abrigo mas também expressão de relação. Para se abrigar, tanto chega uma palhota, uma favela, como um palácio. Como vivemos num mundo do “homo homini lupus” temos porém que preparar o aluno/a com instrumentos adequados. Antigamente dizia-se: “pela aragem se vê quem vai na carruagem”.
Um espírito decadente e uma proletarização da cultura estão cada vez mais na moda.
Quem defende a proletarização da língua, ao orientar-se por um padrão minimalista e miserabilista, atraiçoa o interesse do proletariado. Este tem de exercitar o seu intelecto e aprender formas mais complicadas de entender uma realidade complexa. A cúpula da pirâmide não desce à base proletária; esta é que tem de se preparar e consciencializar da subida. “Para cima só os anjos ajudam; para baixo todos os diabos empurram!”
Em geral reconhece-se que a matemática e o latim são grandes meios auxiliares de estruturação do cérebro e do pensamento.
O ensino sério duma gramática coerente é certamente o primeiro instrumento de organização e ordenação mental que não deve ser recusado ao povo, seja ele o mais pobre e alheio à cultura oficial! Regras não inibem a criatividade. São pelo contrário o seu pressuposto. A criatividade ordena o caos. Pressupõe inteligência e esforço!
Um país que ainda não atingiu o apogeu do seu desenvolvimento não se pode deixar orientar pelo relativismo decadente vigente nos povos ocidentais interessados em não caírem sozinhos.
Um país como o Brasil, para assumir a liderança do continente sul-americano tem que arrogar-se responsabilidade apostando sobretudo na formação do povo. O relativismo decadente assumido em política de língua pode ser um sinal de que o Brasil não se quer preparar para assumir tal posição! O país não se pode perder em repetir experiências de povos decadentes. Deve ter a coragem de errar por si para aprender; tem de crer para poder!
” Mesmo o mais corajoso entre nós só raramente tem coragem para aquilo que ele realmente conhece”, Nietzsche (citado em JORNAL DE OLEIROS).
Boa noite Brasil!
António da Cunha Duarte Justo
antoniocunhajusto@googlemail.com
www.antonio-justo.eu
Meu caro:
O que queria o meu amigo que acontecesse num país onde existiu durante 8 anos um Presidente da República que disse (e eu ouvi mais do que uma vez, quando ele não tinha discurso escrito à frente para ele ler). “Nós vai… nós vem” 8na verdade a pronúncia nordestina dele era até, quanto ao pronome pessoa nós,a de “nóis” ?
Claro que muitas as pessoas cultas no Brasil o criticaram e são contra o tal “nós vai… nós vem”, mas quem manda no Brasil é o PT e o PMDB (partido que agrega antigos “coroneis” como José Sarney, de mãos dadas com trabalhistas do PT). O Brasil é assim, governado por uma aliança estranha entre uma esquerda tipo BE e uma direita mais à direita que o nosso CDS.
Um abraço amigo,
não te inquietes, com o nosso acordo ortográfico ficamos todos meios brasileirados, né?! Bijou, moça, oi garota, moço, só se for de recados, mas como Brasil potência mundial em ouro e novelas, ainda temos Vilma a oferecer emprego ao pobre e ex 1º de PORTUGAL José Sócrates(sócras), ah cada uma?!
Mas José Serrasé igual a Lula da Silva e Vilma porque apesar de não ser do P.T, foi a favor do aborto,logo quem é contra a vida de um embrião, feto,´nem é de esquerda nem direita é tudo o mesmo, nadica de nada, pois tem tica de galinha
É só dizer que Brasil é Terra de Vera Cruz, tendo a Cruz de Cristo como Bandeira, com ou sem bandeirantes, a Vilma não só é completamente ateia dizendo que nem Cristo a derrubava do poder achando que A Virgem Maria, para ela era uma deusa como Iemanjá, imagem oposta à Imaculada Conceição Raínha de Portugal, corroada por D João IV de Bragança, ainda hoje no Brasil existem familiares de D PedroI Imperador do Brasil e de D Pedro II que pobre dando tanto a esta nação, teve que ser exilado para França onde morreu com 77 anos e aí surgiu a República que trouxe para Portugal o Bernardino Machado, sogro de Aquilino Ribeiro, que ao entrar em Lisboa trouxe as ideias republicas que culminaram com o assassinato de D Carlos I e seu filho herdeiro ao trono Luis Filipe , estes morreram nas mãos de Alfredo Costa e o professor primário Manuel Buiça de Vinhais- Bragança, que logo de seguida são mortos. Em 1 de Fevereiro de 1908 às cinco da tarde as Raínha D Amélia de Orleans e Bragança ficou como Raínha Mãe e o Rei D Manuel II, assim a decadência permaneceu tanto no Brasil como em Portugal o Estado continua pobre, nestas Republicas de bananas e de amendoim,, a Igreja foi expoliada , mas continua viva, pois é a Voz daqueles que não têm voz. Salientar que a nossa República foi proclamada em 5 de Outubro de 1910, tudo parecia um mar de rosas, mas os espinhos surgiram logo em 1914 -1918, 1ª Guerra Mundial, 1926 Salazar entrou em 28 de Maio, morreu em 1970, mas conseguiu enrequecer o Estado como primeiramente como Ministro dad Finanças e depois Presidente do Conselho de Ministros, mas que apesar de tudo e do isolamento de Portugal , conseguiu que nós não entrássemos na 2ª Guerra, mas como já no tempo de D Carlos houve corrente de independência da ilha de Moçambique, Gudunhana, os portugueses, perguntavam a António de Oliveira Salazar, o que se faz com Angola? Resposta Angola é nossa, surge durante 13 anos de guerra colonial, que matou muita gente, destru
iu famílias, mas que agora depois da”, democracia”- 1974, 1975 Indepência de 1975 é realizada e África é para ser governada pelos africanos, mas que pena a mortandade hoje é pior e mais em grande número do que a guerra colonial! os angolanos morrem à fome mas os governtes têm dinheiro para pertóleo, diamantes, festas, Angola a duas facções, o Povo e a classe governante