O ESTADO DA SAXÓNIA NA ALEMANHA PROIBE O USO DA LINGUAGEM IDEOLÓGICA DO GÉNERO NAS ESCOLAS

No futuro, os caracteres especiais para línguas neutras em termos de gênero não serão mais usados nas escolas saxãs.
A Saxónia teve a coragem de pôr cobro à política de penteamento cerebral em voga. A estratégia é confundir as pessoas para se desorientarem, perderem a capacidade crítica e assim seguirem o pensar politicamente correcto ou poderem ser levados por qualquer ideia peregrina. Na baralhação não há quem se entenda e quem se ri são os que lançam os foguetes ao verem o pessoal a correr atrás das canas!
Esta medida escolar pressupõe um retorno a um estilo de escrita claramente estruturado. A linguagem querida por activistas de gênero ignora o masculino genérico pressupondo nele uma discriminação teórica que na realidade não existe.
Em vez disso, a negação do gênero genérico leva a resultados obscuros: na verdade, a palavra professora também não seria uma forma feminina, porque o “professor” está nela!!!
Esta será uma história sem fim porque após introduzida a linguagem do gênero para igualdade dos direitos humanos ter-se-ia de começar a trabalhar pela igualdade de direitos dos animais também masculinos agredidos pelo feminino genérico: a cobra, a ratazana…
Muito já foi alcançado em nossa sociedade pela igualdade de gênero e são feitas tentativas para abolir todas as formas de discriminação factual.
O bom senso saxão seria uma boa orientação.
António da CD Justo
Pegadas do Tempo

PENSANDO EM TEMPOS DE COVID-19

Nesta era do medo em que vivemos, quando se fala da vacina contra o Covid-19, de política ou de temas considerados tabus, é muito provável que a discussão escorregue para águas ideológicas e os interlocultores façam uso do insulto ou da depreciação como arma.

As pessoas que não são vacinadas são, muitas vezes, apelidadas de “estúpidas”, “irresponsáveis”, “ignorantes” ou “anti-sociais”! Esta atitude ameaça tornar-se num veneno para a sociedade, embora se saiba que viver de imagens inimigas ancoradas em opiniões fixas não ajuda ninguém e testemunham a falta de exercício do pensamento.

Na falta de argumentos muitos recorrem à difamação, quando o que se precisa é de um diálogo objectivo, respeitoso e construtivo na ciência, na política e na sociedade!

Dizer mal das pessoas não vacinadas e pressioná-las a agir destrói a confiança, também no nosso sistema de saúde. Nem a todos é dado ter confiança e ela não pode ser forçada nem imposta.  

Em democracia, é evidente que as pessoas não estão sujeitas apenas à vontade inflexível da maioria; em muitas questões, a decisão pessoal é soberana. O direito a tomar decisões próprias implica o respeito pelos outros.

Também é claro que a liberdade verdadeira tem a responsabilidade como companheira!

António CD Justo

Pegadas do Tempo

 

A POLÍTICA MULTICULTURAL DA UNIÃO EUROPEIA BENEFICIA O GUETO ISLÂMICO

Imigração continua a ser um assunto tabu no discurso público

Não é justo generalizar os perigos trazidos à sociedade e à cultura de um país por imigrantes!

Estou farto de ser tratado como “pessoa de contexto migratório” e deste modo ser envolvido na generalidade dos muitos crimes praticados na sociedade alemã e que são comprovados e excessivamente realizados por imigrantes de cultura árabe!

Não mereço ser discriminado pela negativa ao ser metido no mesmo saco! Como referência chegaria a minha pessoa e o ser português!

Para se ser justo com imigrantes, a imprensa e os multiplicadores sociais poderiam diferenciar  entre imigrantes e imigrantes: é um facto que certos problemas sociais e culturais vêm mais da migração muçulmana e de imigrantes traumatizados pela guerra; de facto, a cultura e a sociedade islâmica afirmam-se, em regra, através do Gueto e da contraposição da sua cultura em relação à cultura onde se introduz! A excepção de alguns só confirma a regra!  

Por que será que para se encobrir e desobrigar parte do grupo maioritário, que é o muçulmano, se recorre, na opinião pública, a uma generalização dos problemas deste grupo utilizando, para isso, a designação “pessoas de contexto migratório” como qualificação abstrata para englobar todos os imigrantes e seus descendentes e assim não se poder saber a origem específica de quem é quem.

Porque esconder o erro em vez de valorizar a virtude?  Porque não dar preferência a uma política intercultural que seria inclusiva e, em vez disso, se persiste em continuar a manter na ordem do dia a política multicultural que é exclusiva, sendo esta mais propícia a introduzir cavalos troianos?

A política multicultural, na prática, só beneficia a cultura árabe e isto sob o pretexto de se querer fomentar a multicultura. A quem serve esta política? Aos imigrantes não!

Porque não sermos mais justos também para com os migrantes/exilados se, o que está na base da sua boa ou má recepção, são interesses não declarados, isto é, a falta de mão de obra para a economia europeia e compensar a falta de população jovem de Estados com fraca quota de fertilidade, etc (Deste modo, através de uma política de informação confusa, fomentam-se agressões contra estrangeiros quando o que está em jogo são interesses de grupos da sociedade acolhedora, interessados em ter clientes ou em ter os estrangeiros como massa de manobra barata a poder ser usada como arma na concorrência.

Que os grupos muçulmanos se fechem em Guetos não é de criticar porque desse modo defendem os seus interesses culturais para a posteridade. A chamar à responsabilidade seria a classe política europeia, a economia e ideologias a ela atreladas. Mal dos imigrantes e do povo quando são instrumentalizados para encobrir a exploração em jogo, que não é, na sua essência diferente da de séculos passados!

Já chega da cega política multicultural! Esta só interessará à cultura árabe e a uma ideologia internacionalista com a finalidade de desestabilizar a cultura ocidental! É dever das elites de cada país – legitimadas pelo povo para defenderem o bem-comum –  assumirem responsabilidade e, para tal, criarem regras e condições que levem a evitar que se instalem cavalos troianos nele; para isso seria necessário questionar o nosso sistema económico e o agir da classe política (Que mudou? Antes os senhorios viviam das terras arrendadas e dos servos da gleba, e hoje os Estados ricos vivem da exploração dos habitantes de outros países!)! Facto é que os coitados serão sempre as pessoas da gleba, o povo seja ele nacional ou imigrante.

O Zeitgeist do pensar politicamente correcto europeu, para defender a classe dominante, tem criado tabus na comunicação social (e até dentro do pensamento!) tornando perigoso falar-se em público de temas como este e assim serve um poder e um senhor não declarado à custa da pessoa humana e da própria tradição. Entretanto incorre na contradição de, para aceitar outras culturas, se ver obrigado a negar a própria (negação da cultura que deu origem aos valores de humanidade e democracia, que pretende impor lá fora)!

Chega de discursos de embalar! O discurso sociopolítico tem que começar a tomar a sério o islão e a própria cultura! Chega de criar ilusões e enganos! Ilude-se o povo com esperanças balofas que a situação das mulheres muçulmanas melhorará e que a cultura muçulmana evoluirá! Facto é que através dela e das medidas de combate ao terrorismo a liberdade do cidadão é cada vez é mais coartada.  A cultura muçulmana, enquanto não se abrir ao outro, será muito boa para ficar em casa.

O socialismo islâmico aliado ao princípio base da evolução, que é a afirmação e confirmação do mais forte, tem em si a coerência necessária para um futuro sustentável! Erra quem pensa que, em geral, as mulheres islâmicas pretendam a emancipação (há, de facto, algumas excepções devido a “contaminações”)! O espírito do islão implica a sujeição e esta está antropológica e sociologicamente internalizada tanto em homens como em mulheres (daí não se poder esperar grande contributo das mulheres muçulmanas para a igualdade de Homem e de mulher, à maneira da mundivisão ocidental)!

Esta é a tragédia que confirma o futuro e justifica a posição dos Talibã, EI e outros movimentos extremistas islâmicos. E nós vamos falando destas coisas enquanto outros usam e abusam delas!

Não falo do que ouvi dizer, falo do que experimentei e sei, também na minha qualidade de ex-porta-voz do Conselho de Estrangeiros de Kassel.

A imigração pode, porém, tornar-se num grande enriquecimento social e cultural de cada país.

António CD Justo

Pegadas do Tempo

BALANÇO DA INTERVENÇÃO NO AFEGANISTÃO

Há aspectos positivos e negativos a registar, dos 20 anos de presença estrangeira no Afeganistão:

Os escolares (apenas meninos) passaram de 900.000 para 9,5 milhões (quase 40% deles meninas), segundo imprensa alemã.

A esperança de vida dos afegãos aumentou de 56 anos em 2001 para recentemente 63 anos.

O abastecimento de água foi instalado em aldeias remotas de montanha.

As redes de telemóveis e smartphones estão agora amplamente difundidas.

O radicalismo foi controlado.

E certamente a melodia cativante da liberdade ficou no consciente de muitos!

 

O Ocidente falhou e os Talibã esfregam as mãos de contentamento!

Os radicais islâmicos são encorajados em todo o mundo (Ai de Nigéria, Mali…!)!

A confiança ficou abalada.

A China e a Rússia ficam reforçadas.

3.500 soldados estrangeiros perderam ali a sua vida e muitíssimos mais sofrem hoje danos psicológicos.

Estima-se que 45.000 membros das forças de segurança afegãs teriam sido mortos.

Depois de 2009 foram registados 40.000 civis mortos.

Dezenas de milhares de combatentes talibã perderam as suas vidas.

Com a retirada dos USA ficaram tantas armas no Afeganistão que, certamente, tornarão a próxima guerra civil muito mais dura.

No que toca à Alemanha, 400 cidadãos alemães continuam a ser mantidos reféns pelos Talibãs no Afeganistão.

Muitos milhares de afegãos que trabalharam para instituições alemãs não puderam ser evacuados. Assim os Talibã passam, necessariamente, de adversários a parceiros de negociação.

No dizer de Jim Banks, membro da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, “os USA deixaram 85 biliões de dólares de equipamentos americanos nas mãos dos Talibã, 75 mil veículos, mais de 200 aviões e helicópteros, mais de 600 mil armas. Os Talibã têm agora mais helicópteros Blackhawk do que 85% dos países do mundo. Eles têm visão nocturna, equipamentos de protecção corporal e, incrivelmente, dispositivos biométricos que têm impressões digitais, scaners de retina e informações biográficas de todos os afegãos que estiveram ao nosso lado ao longo dos últimos 20 anos. Não há nenhum plano desta administração para recuperar essas armas”.

Na consequência, a guerrilha tornar-se-á mais feroz na África! Aí passarão o estados europeus a ser mais envolvidos! Os USA intensificarão os seus interesses na região asiática!

As guerras nunca levam à paz!

 
António CD Justo
Pegadas do Tempo