25 de Abril

25 de Abril
2007-04-26

O grito e a ânsia do povo português continuam, hoje como ontem, vivos na canção de José Afonso – a melhor ordem do dia:

„Grândola, vila morena
Terra da Fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade…

Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade…
Jurei ter por companheira
Grândola, a tua vontade.”

Este dia da liberdade e da democracia, iniciado pelos capitães de Abril, pretende ser símbolo da dignidade humana a restabelecer, o início dum processo sempre novo alheio à estagnação em ideias, em conceitos ou sistemas.

Esta dignidade humana amordaçada a nível social tinha levado muitos de nós a combater na clandestinidade, em sindicatos e outras instituições, por um dia de aurora como aquele dia do Zeca Afonso e do “movimento das Forças Armadas”. Aquele dia queria persistir em continuar madrugada e à tardinha o Sol não se queria pôr, nele os direitos humanos prometiam florir nos cravos vermelhos para um povo “Zeca”. Naquela alvorada é derrubado um regime autoritário que não tinha lugar para a expressão dos direitos humanos e sociais mais fundamentais.

Por alguns tempos nos sentimos povo no despertar da sua consciência para uma sociedade a caminho nas esperanças partilhadas. Ideologia com fé de premeio ajudam a suportar a ditadura da realidade!

O ardor do sol da esperança era tanto que os cravos começaram a murchar. O povo que se tinha levantado para se pôr em movimento depressa se viu confrontado com o estaticismo dos contra-movimentos ideológicos. Da luta contra o incrustamento dum sistema surgiu a desilusão da instalação dum outro mais flexível mas que peca de erros semelhantes. De facto, a sociedade e o ser humano são processos e não sistemas imóveis. O povo no seu instinto processual viu-se justamente envolvido na defesa dum processamento que não se queria sistema empedernido auto-suficiente e estático. Por isso do mesmo instinto e desejo de mudança do outrora permanece no povo o desejo da mudança do hoje.

Aquela aurora promissora foi porém em pouco tempo ensombrada pelas nuvens ideológicas estáticas que concebem o mundo em termos hirtos de imperialismos. Assim dum imperialismo de estilo americano se quer passar ao outro imperialismo de cunho russo. Os problemas colaterais da revolução tornam-se mais presentes. As vítimas do regime Salazar dão lugar às vítimas do regime soviético (abandono dos pretos colaboradores do sistema português à chacina do imperialismo russo com a incondicional fuga dos portugueses que há centenas de anos viviam e se tinham identificado com o “ultramar”- “os retornados”).

O 33° aniversário da revolução dos cravos constitui uma oportunidade para todos os portugueses participarem na democratização presencializando a revolução dos cravos já demasiadamente encrostada. Outrora houve gente valorosa – não salvadores! – que surgindo dum sistema autoritário soube renová-lo; do sistema de hoje mais aberto e livre, seria de esperar que surjam os transformadores do sistema de hoje. Não chega lutar contra os ópios de ontem, é preciso estar atentos aos de hoje.

Dos cravos é a cor
A vermelha também
Ao jogo das cores
O povo aí vem

Revolução é processo. A liberdade não é pacífica, não o pode ser!

Neste sentido, viva o 25 de Abril, ontem e hoje!

António Justo

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António da Cunha Duarte Justo


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“PERSEGUIÇÃO POLÍTICA AOS EX CABOS DA FAB” – – – 2007-04-26
Constituição de 1988 a Constituição Cidadã como dizia o Deputado Federal Doutor Ulisses Guimarães, consagra preceitos sobre a Anistia até hoje não cumpridos. Foi o povo brasileiro quem a fez, e a sua vontade que se expressa nesses mandamentos, os quais têm esbarrado nas resistências dos intolerantes, que não querem apagar as lembranças da “Ditadura Militar”, e nem encerrar esse nefasto ciclo da nossa tradicional história brasileira, fazendo perpetuar o sofrimento e a injustiça que não é mais tolerável nas estruturas sociais de um novo mundo civilizado, e efetivamente de um estado de direito democrático. Lembremo-nos das palavras do eminente jurista Sampaio Dória: “As Leis constituintes do Estado ao estabelecerem os direitos fundamentais do homem, também instituem garantias para os mesmos”. Os abusos de poder praticados contra esses direitos são inaceitáveis. É preciso opor expressamente barreiras intransponíveis, a todos aqueles que deliberadamente insistem em não cumprir tais mandamentos dos desanistiados. A Injustiça do Governo Federal cometida contra os – 495 (quatrocentos e noventa e cinco), ex-Cabos frágeis e doentes da Força Aérea Brasileira anistiados pela Lei-10.559/2002 durante o ano de 2002, no Governo anterior com suas Portarias publicadas no Diário Oficial da União, até a presente data não foram cumpridas pelo Ministério da Justiça e o Comando da Aeronáutica, e, pior, estão sendo canceladas relembrando uma vez mais a mediocridade e as agruras do período de exceção infelizmente ocorrido no país, isso é uma vergonha para um Governo democrático.

É preciso que entendam que Anistia é medida de interesse público inspirada na necessidade da paz social. “A anistia é um ato político que não pode ser retirado por quem o dá e nem recusado por quem o recebe”, quem diria aquele humilde Líder e sindicalista que foi inimigo dos Comandantes Militares no período da Ditadura, hoje sendo um Presidente democrático, junto com os seus parceiros de Partido receberam seus benefícios de anistiados políticos, inexplicavelmente estar aceitando a pressão dos atuais Comandantes da Aeronáutica imposta aos idosos e doentes ex militares, não querendo anistiar aqueles que foram traiçoeiramente banidos daquela Instituição militar, e expulsos como subversivos pela Portaria 1.104/Gm3/1964, com a Lei do Serviço Militar em pleno vigor. E agora o nosso Presidente passou a ser amigo dos Comandantes Militares, contrariando também a Lei da Anistia Política 10.559/2002, e pisoteando os direitos que a Lei assegura a todos prejudicados pelo o Ato de Exceção no período de 1946 á 1982.
Até quando Sr. Presidente Lula, continuará mais perseguições e a pesada procrastinação dos direitos, de todos ex militares da Força Aérea Brasileira, prejudicados pela Ditadura Militar ocorrida nos anos de 1964 á 1985?

Hidelberto Milanes – Ex Cabo da FAB.

Código Da Vinci e outros sacrilégios em voga

 

Código Da Vinci e outros sacrilégios em voga
2007-03-31

Hoje em dia romances e os filmes policiais têm alta conjuntura. A conjura, sociedades secretas e crime são os melhores condimentos para despertar a curiosidade, a melhor mistura para alienar. Se estes elementos forem confeccionados com Catolicismo, Jesus e fé então a ficção torna-se verdade cristalina para um público aborrecido da vida vivida no mundo factual banal. Um sopro de fantasia na história torna, por alguns momentos, o real suportável!

Muitos desejariam ver o Cristianismo transcrito de novo, como dá a entender o eco ao filme Código Da Vinci. Na época do sexo e da cultura tabula rasa a opinião passou a dogma, tudo em nome da nova barbaridade. Na praça da ideologia o útero da fantasia é mesmo fecundo não faltando gente a dar o peito à criança. Mas, apesar de tudo, a realidade é primeiramente palavra.

O filme pretende reduzir tudo ao comum do sangue e provocar. É óbvio que na lógica do poder adquirido a ideia da linha de sangue de Jesus, com descendentes na actualidade, viria a jeito. A universalidade do cristianismo porém baseia-se na opção. A linha de Jesus transmite-se pela água baptismal e não pelo sangue ou pelo nascimento, como conviria aos vocacionados do poder, aliadas às teorias da conjura.

O Cristianismo, apesar de também ele andar muitas vezes envolvido nas estruturas do poder, é o correctivo do poder desumano, o que sempre dispôs mal os caçadores do domínio dentro e fora dele.

Os vendilhões do templo vivem bem das simplificaçãções e das teorias dos bodes expiatórios. Na sua filosofia alguém tem de ser culpado de tudo, senão Deus, então o diabo, a USA, os comunistas, os fascistas, o governo ou a Igreja católica. O mesmo se dava no nacionalismo social contra os judeus. O povo é facilmente reduzido a Pilatos lavando as suas mãos… e, da culpa, vivem os outros! Na perspectivação da realidade, encurta-se a mesma, tal como fez a Igreja ao acentuar em Maria Madalena a prostituta e não a discípula de Jesus. A imagem de pecadora favorecia mais o negócio da estrutura do que a imagem de companheira. O ser de Madalena engloba contudo os dois pólos da realidade.

Em tempos de globalização, de enxurradas de informação como condutas de desinformação, o povo quer respostas simples que expliquem tudo. Não suporta o vazio do inexplicável nem a seriedade da realidade complexa. Os desiludidos da ciência, ao verem que esta não pode explicar tudo, refugiam-se no asilo da fantasia ou na informação casual. Esta atitude é talvez a reacção adequada às ideias fixas institucionais. Actualmente embora haja muita necessidade de transcendência os temas da política e da Igreja causam dissabor.

As pessoas querem fé mas sem igreja, política mas sem políticos. Por toda a parte aumenta a suspeita nas instituições. Neste processo de individualização as pessoas elaboram a sua religião ou política à la carte recolhendo elementos descontextualizados de cada ideologia do mercado: um pouco de cristianismo, um pouco de espiritismo, um pouco de meditação, de budismo, xamanismo, esotérica, etc. O problema disto é o consumo acrítico e descontrolado do mesmo. Religião quer-se comedida como o sal na comida.

As pessoas ocupam-se do aspecto sentimental da religião. Querem o Diabo como bode expiatório e ver-se reduzidas a pobres Adão e Eva, vítimas da conspiração da vida. Demasiado é o tempo da vida passado à procura do diabo.

A ânsia pelo sentido da vida está cada vez mais presente na sociedade, o que se revela promissor para o futuro. Com os acontecimentos do 11 de Setembro de 2001 o religioso passou a estar mais presente na consciência dos povos, propagando-se indiferenciadamente a suspeita a todas as religiões.

Tal como é próprio de pessoas e instituições, também a arte permanece prisioneira do preconceito fomentando-o. Parece ser a nossa condição: ataque e defesa!

António Justo

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António da Cunha Duarte Justo


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FIDEÍSMO – – – 2007-04-06
Ex.ma senhora Ernestina Matos,

o fideísmo também pode ser uma ideologia, muitas vezes pior do que a política… Devemos crer, está bem, mas de olhos abertos… E quem observar de olhos bem abertos a maior intituição que representa Cristo na terra, encontrará nela muita, mas mesmo muita hipocrisia.
Como já o outro dizia, a religião quer-se como o sal na comida. Nem mais nem menos.

António Borges
Código Davinci e outros – – – 2007-04-03
Código Davinci
Cristo continua a ser o Senhor o Rei, Aquele que passou da morte à vida, Ressuscitoui É a Imagem de Deus, ao querem debruçar-se no Jesus humano querem retirar o seu poderio divino. Aceitá-lo como humano, casado com Madalena e Pai de Judas Iscariotas mesmo que seja um livro de ficção e passado a filme, é levae os leitores e espectadores ao enterramento total de Cristo-Filho de Deus.
E levar ao descédito do cristianismo. Muitos que acreditaram Nele e seguindo as suas pisadas foram mártires no coliseu, o sangue derramado por eles fomentou a esperança, fez brotar e crescer a Fé, vejam como eles se amavam.
Hoje tudo quer levar ao rídiculo e julgo que faltará pouco para levar os cristãos para um gueto. Não nos podemos calar. Cristo Está Vivo e somos testemunhas da Sua Morte e Ressureicção sentimos a Sua Presença no nosso coração e nas nossas vidas, Ele Continua Connosco todos os dias até aos confins e fins dos tempos.
Ernestina Matos

Ernestina Matos
HIPOCRISIA – – – 2007-03-31
Nós não precisamos de políticos, pelo menos políticos como os que temos, nós não precisamos de padres que nos queiram fazer acreditar no que eles lá no fundo não acreditam ( cada padre tem a sua dona de casa e uma porrada de sobrinhos ) nós não precisamos de um papa que se esconde por detrás da sua própria hipocrisia, nós precisamos, isso sim de homens revolucionários,ou seja homens com honra, homens nobres,homens que de cabeça ao alto, homens capazes de dizerem não a um sistema cada vez mais corrupto e podre, homens que lancem o fogo aos palácios da hipocrisia, homens como Jesus Cristo, que segundo se consta também sob desfruir os prazeres carnais. E se Maria Madelena foi sua concubina ou não, que mal há nisso?
Para o padreco matreiro que gosta de espreitar a mulher do tio António por debaixo das saias,enquanto este se encontra a ganhar o pão nosso de cada dia, esse sim, esse não consegue aceitar que Jesus também foi homem de carne e osso e que também talvez gostasse dos prazeres carnais.
O mal não está na carne, meus amigos, o mal está nas vossas almas matreiras

António Borges

Incesto – dois irmãos juntam-se e geram quatro filhos

Incesto – dois irmãos juntam-se e geram quatro filhos
2007-02-28

Na França não há pena judicial para o incesto e na Alemanha espera-se a decisão do tribunal constitucional para se saber se as relações sexuais entre familiares do primeiro grau e o casamento entre irmãos serão peníveis.

É a eterna questão de Édipo que teve 4 filhos com a sua mãe. Na Alemanha avaliam-se em 10.000 pessoas fruto de relações incestuosas.

Em Leipzig dois irmãos que antes não se conheciam juntaram-se e tiveram já quatro filhos. Patrick (hoje com32 anos) que depois duma odisseia passada em lares para crianças consegue descobrir a sua mãe e conhece pela primeira vez a sua irmã Susann (hoje com 22 anos). Meio ano depois morre a mãe e o amor nascido do encontro entre os dois irmãos cimenta-se.

Juntam-se e têm filhos sendo Patrik, por isso, condenado pelo tribunal a dois anos de prisão. Uma vez cumprida a pena de novo têm uma filha agora de dois anos. De novo à pega com a justiça apelou para o tribunal constitucional, aguardando decisão deste.

O seu advogado argumenta que a lei além de constituir uma usurpação do direito fundamental de autodeterminação vai contra a liberdade de opção em questões de sexo e de organização da vida familiar. Para o defensor o incesto não está na origem de problemas na família como antigamente se cria sendo pelo contrário a consequência de problemas familiares. Argumenta também que os riscos hereditários provenientes de relações incestuosas não constituem argumento dado não haver proibição de relações sexuais a pessoas com doenças hereditárias. Patrick já se esterilizou porque quer viver com a irmã.

A tradição comum de todas as religiões considerarem o incesto como tabu corresponde a uma necessidade de protecção importante da família e da espécie.

Em tempos em que todos os tabus sexuais caem ainda faltava este da relação sexual entre pais e filhos e entre irmãos.

A proibição universal do incesto em todas as religiões é importante porque debaixo da proibição se esconde a ideia de protecção, dignidade e respeito. Protecção contra as doenças genéticas hereditárias que resultam de relações incestuosas. Protecção dos filhos e da intimidade e da paz na família. As crianças estariam indefesas perante os pais. Hoje é por demais conhecido o crime com crianças vítimas do abuso sexual de pais e as consequências psíquicas de que as vítimas sofrem.

O ser humano é tanto mais livre quanto mais conseguir não ser vítima ou objecto dos seus instintos e necessidades exageradas. Confunde-se liberdade com libertinagem à margem da responsabilidade social e natural. Dá-se uma desnaturalização do órgão que em vez de passar a existir em função dum organismo ou de um todo, em função duma necessidade telelógica, passa a existir em função de si mesmo como acontece com o tumor canceroso.
Não será que nos encontramos a caminho do embrutecimento? Os nossos avós ainda sabiam que “valores eram verdades morais mergulhadas no sagrado”. Uma sociedade desorientada não quer saber de medidas de orientação para o comportamento e menos ainda de normas. Estas cheiram a responsabilidade ou a bafio religioso.
António Justo

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António da Cunha Duarte Justo

A Economia Nacionalista e a Europa dos Patriotas

A Economia Nacionalista e a Europa dos Patriotas
2007-01-27

Com a vitória da democracia na Europa em 1989, a ideia duma Europa com um rosto social e democrático ganha uma dinâmica nova. Todo o Leste Europeu se sente liberto do jugo comunista com novas esperanças de liberdade e de justiça social.

O ocidente europeu esquece os anseios do povo para pensar apenas em termos de estratégia militar e económica. Esquece os sonhos dos povos passando logo à ordem do dia, ditada esta apenas pela economia. Sem ideais aposta no liberalismo económico e nas leis do mercado como reguladores de todas as necessidades sociais e na capacidade do eixo da Europa (Alemanha, França, Inglaterra e em parte Itália) para puxar o resto da caravana. Consequentemente reduz-se o nível de vida da pequena burguesia e os direitos sociais e tarifários do operariado.

O povo dos países da periferia, que tinha colocado grandes esperanças no processo da unificação europeia, verifica que se melhoram as infra-estruturas do país mas que o melhoramento do nível de vida só beneficiou propriamente os funcionários públicos.

A Polónia dá-se conta do que se passa e protesta. Logo é vista como factor perturbador dum processo económico de carácter anglo-saxónico: fortalecimento da nação à custa do seu povo e da sua cultura transferindo riqueza do povo para as grandes empresas. Estas são a ponta de lança da nova economia na conquista do mundo. Assim nas economias fortes processa-se um empobrecimento do povo; dá-se, a nível popular, um nivelamento de dependência em direcção à plataforma dos pobres das nações da periferia. Pretende-se uma socialização da pobreza a nível internacional, um substrato comum.

À queda das conquistas socialistas no Leste segue-se no Ocidente o processo da derrocada das conquistas laborais e sociais do operariado.

Se o comunismo nunca partiu duma base democrática tendo sido sempre imposto de cima torna-se agora constrangedor passar-se ao ditado do determinismo mercantil.

A periferia é que possibilita o centro
A periferia, uma vez na União Europeia, constata que continuará periferia; não haverá processo dinâmico… As nações mais fortes continuam com o seu nacionalismo económico a vergar a Europa aos seus interesses.

Nos países de leste observa-se uma crescente resistência popular, um cepticismo perante a prática europeia em curso. Aí o povo reage surgindo movimentos nacionalistas, que escandalizam a vizinhança ordeira.

Ao nacionalismo estatal económico das nações ricas contrapõem-se as tendências nacionalistas que fervilham já no subconsciente das nações da perefiria. Nas grandes potências o povo cala porque o governo actua de modo nacionalista. Os cidadãos da Europa rica podem dar-se ao luxo de renunciarem ao patriotismo, conscientes de que os seus governantes defendem com unhas e dentes os interesses nacionais, uma economia nacionalista. Assim é fácil ser-se liberal! Nos países marginais as elites parecem mais na disposição de sacrificarem os interesses nacionais e culturais vivendo do dia a dia o que provoca descontentamentos populares.

Nacionalismo inteligentemente empacotado
Um Facto: Na Alemanha é proibido vender-se aparelhos com consumo excessivo de energia. Em Portugal comprei 3 fogões eléctricos de cozinha para a minha casa, confiando na qualidade alemã. Depois de os ter instalado verifiquei com admiração e consternação, ao ler as instruções em português que havia também um aviso só em alemão. Este indicava que aqueles fugões não podiam ser vendidos na Alemanha devido a consumirem demasiada energia. Inteligência saloia arrogante! Isto é exemplar para o modo de agir duma economia nacionalista e do comportamento dos países da periferia. E isto dá-se em plena União Europa! Para os países ainda menos desenvolvidos irá então o ferro-velho! Na Alemanha teria dado menos dinheiro por um fogão de menor consumo de energia do que dei em Portugal por aquele e com a agravante de que a energia em Portugal é mais cara do que na Alemanha. Seria de esperar dos nossos diplomatas mais atenção à tecnologia e às leis na defesa dos interesses nacionais. (Será este um serviço de Portugal à EDP?!…)

Os cidadãos europeus sentem na prática uma política europeia contra as pessoas. Uma União Europeia só interessada na economia dos mais fortes é bífida e fomentará a demagogia. No fundo temos demagogos de gravata contra os demagogos do pé descalço! Meio mundo a enganar o outro meio.

Não se constrói futuro duradouro baseado apenas numa estratégia da força das instituições europeias e de nações fortes com as outras a elas atreladas. Precisa-se de uma cooperação económica, política e cultural menos hipócrita e nacionalista. Uma Europa forte e justa não pode ser construída apenas com nações ricas e instituições fortes à custa dum povo enfraquecido. O povo paciente e mole tem-se contentado com parolen de liberdade e de mercado. Por quanto tempo? A classe média tem sido sistematicamente expropriada em favor da grande indústria e em benefício dum Estado irresponsavelmente paternalista (comunismo pela porta traseira!) e à custa duma população cada vez mais “proletária”! Não há justiça social nem interesse em dar-lhe resposta. Quer-se uma população assalariada disponível a nível nacional e disciplinada pela concorrência da imigração carenciada importada. Ao nível de Estado exportam-se os produtos industriais de alta qualidade e a nível de nação importa-se a pobreza global. Uma forma de escravidão refinada! Esta imigração barata possibilita, através das suas remessas, às elites das suas nações de origem a compra de produtos tecnológicos caros. A pobreza do patamar baixo anima o mercado! Tudo comércio legítimo, mas muito longe duma justiça humana aceitável. Tudo em nome da democracia, da liberdade, da solidariedade e do liberalismo do mercado. Para iludir o espírito crítico sobre o presente basta, para quem se julga alguém, recorrer a uma crítica apelativa e repetitiva de certos lugares comuns das vergonhas da nossa história e instituições, na omissão benigna do presente!

Na União Europeia, uma tal prática democrática começa a dar já sinais de não convencer e a dar argumentos ao populismo de esquerda e de direita, já pronto para atacar a democracia. Se compararmos o tempo e a circunscrição da democracia com a História e com o mundo bem como a realidade do que acontece fora da civilização ocidental, a democracia correrá perigo de se tornar num episódio esporádico. Além dos problemas de casa criam-se outros promovendo mundivisões alérgicas à democracia em nome da tolerância e dum internacionalismo progressista irresponsável. A ingenuidade política e social é hoje tal que não vê a trave nos olhos dos outros para se preocuparem com o cisco nos próprios olhos. As pessoas do século XXI querem felicidade, não chega o pão e a ideologia.

Não basta que à monarquia hereditária se tenha seguido a alternância partidária no governo. Se se quer uma consciência democrática no povo para lá de preconceitos e de estereótipos é preciso fomentar-se uma democracia plebiscitária em que o povo tenha de reflectir sobre aquilo que decide porque lhe toca directamente e não de abdicar do saber para seguir o patuá dum partido ou ideologia. O plebiscito obrigaria os políticos a descerem ao povoado e a viverem em discussão séria permanente com o cidadão com a consequente humanização da política e dos políticos e a responsabilização do povo. Não é suficiente ópio partidário nem tão-pouco apenas transmitir saber sobre democracia como querem muitos políticos mas de fomentar uma atitude participativa nobilitante. A representação política cederia em favor duma acção, duma consciência política de povo adulto. Porque não seguir o exemplo da Suiça?

António da Cunha Duarte Justo
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“GRITO DE LIBERDADE” – – – 2007-04-24
“GRITO DE LIBERDADE”

Vejam os Homens que gritaram pela a liberdade no período da Ditadura Militar, onde alguns foram presos, outros saíram do País mais depois voltaram. O restante que ficaram foram perseguidos politicamente como: Luís Inácio Lula, Genoíno, José Dirceu, Vivaldo Barbosa, Marcio Thomaz Bastos, e outros, onde todos estão anistiados com seus direitos assegurados pela Lei de Anistia 6.683/1979, Os Cabos da FAB que passaram pela a mesma situação, porém dentro dos quartéis, estão sendo massacrados por estas autoridades, onde algumas ainda estão pertencendo este Governo, muito em particular o Presidente Lula.

É de se admirar o atual governante que não aceitava as imposições dos Generais de Linha Dura da Ditadura Militar, após ser um Presidente da República, muda sua personalidade e maneira de ser, passando agora um grande amigo e parceiros dos Comandantes Militares, para não cumprir a Constituição de 1988, que assegura os direitos dos cidadãos simples e humildes que também sofreram perseguição política no período da Ditadura Militar. Como pode uma “Autoridade Governamental” achar que vai ser eterno, pois de um simples líder metalúrgico perseguido pelo Regime Militar, chegou a Presidência da Republica e hoje, não reconhece os direitos de pessoas simples e idosas, e juntos com seus auxiliares, viola a Lei 10559/2002 para não assumir responsabilidade de pagar pensão àqueles que foram prejudicados no período da Ditadura Militar, onde passou quatro anos do seu governo perseguindo os Idosos e veteranos Ex Cabo da FAB. Será Presidente Lula que vai passar mais quatro anos atropelando os indefesos Ex Cabos da Força Aérea Brasileira? E se continuar assim, com certeza pela as idades avançadas todos irão sucumbir, mais temos plena certeza o que perdemos aqui na terra, ganharemos no Reino do Altíssimo Santo Deus. Será que daqui a uns 10 anos quando partires da terra vai levar esta fortuna, que estais ganhando para os Céus?

Geraldo Barbosa Almeida – Ex Cabo da FAB.
“ANISTIA INTERNACIONAL TEM QUE TOMAR CONHECIMENTO” – – – 2007-04-12
Seguramente, não podemos administrar um País e tentar fazer o melhor, tirando o proveito de pessoas frágeis e indefesas. Exatamente pelas as nossas autoridades tentar fazer o jogo da esperteza com pessoas de idades avançadas, estar indo de contra os princípios éticos, morais, familiares e religiosos. As reclamações feitas nestes Sites, o mundo todo estar tomando conhecimento e ficando envergonhados com a má conduta de nossas autoridades brasileiras, a tecnologia informatizada atualmente é mais eficiente e mais rápida do que uma publicação em jornais, e 40% da População brasileira estar caminhando para as informações informatizadas, é uma vergonha para as nossas autoridades responsáveis das anistias no Brasil, serem criticadas, desmoralizadas, xingadas com ataques pesados por um espaço democraticamente informatizado, e ficarem desacreditados pelos Paises do 1º Mundo, onde 80% já estar informatizados, e tomando conhecimento através deste Site a imundice e a podridão causada pelos os Governantes e seus auxiliares. O que estar sendo relatado pelos os idosos Ex Cabos da FAB, se tivesse publicado em jornais populares, entristeceria todo o leitor brasileiro e a opinião pública internacional, pelo o comportamento deste Governante junto com seus auxiliares em pisotear, massacrar e pressionar pessoas de idades avançadas, simples, humildes e sobre tudo, indefesas e doentes. Tudo isto porque o Ex Ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos e o Ex Comando da Aeronáutica Luiz Carlos da Silva Bueno, apoiados pelo Presidente da República foram desobedientes a Lei 10.559 de 2002. E não cumpriram de forma alguma a referida Lei para aumentar ainda mais os milhares de reais dos que já recebem, com os direitos de pessoas idosas consideradas verdadeiramente abandonadas neste País. Como as nossas autoridades internacionais estão analisando esta questão? “É UMA VERGONHA!”

José Bezerra da Silva
“EX CABOS DA FAB DESABAFAM”. – – – 2007-04-09
“EX CABOS DA FAB DESABAFAM”.

Os Ex Cabos da FAB vem sendo massacrados por este
Governante que de perseguido político durante a Ditadura Militar, passou a ser perseguidor dos idosos Ex militares descumprindo a Lei de Anistia Política 10.559/2002, que ampara todos os cidadãos prejudicados no período de 1946 á 1988, onde anistiou a metade e desanistiou o restante, caracterizando um julgamento injusto e imperfeito com dois pesos e duas medidas, gerando jurisprudência numa classe de Cabos punidos na mesma situação. Quanto tempo ainda vamos agüentar esperar pelo cumprimento desta Lei, desrespeitada há quatro anos por este Governo?

Elizeth Borges Nascimento
“GOVERNO IMPIEDOSO”. – – – 2007-04-05
“GOVERNO IMPIEDOSO”.

Não é possível a Lei da Anistia Política 10.559/2002, que renasce neste País com um Governo plenamente democrático, para perdoar uma parte considerável da população que foram penalizadas no período da Ditadura Militar, agora o próprio “Presidente Lula”, no início do 2º mandato e sabendo que: Os Comandantes Militares por crueldade se apoiaram no Ato Institucional nº. 5, atropelaram a Lei do Serviço Militar com a perversa Portaria de natureza política, e desumanamente, nos expulsaram como Subversivos, onde fomos banidos com uma mão na frente e outra atrás sem direito a nada, e como um Governante de um País democrático, passa por cima da Lei 10.559/2002, rasga a nossa Constituição de 1988, e sem ter nenhuma sensibilidade e impiedosamente, acaba castigando novamente uma classe de idosos Ex Cabos, dividindo em duas partes: os protegidos, e os não protegidos, anistiando uns e desanistiando outros. Os quais dos 6.000 ainda vivos nos dias de hoje punidos pela Portaria 1.104/Gm3/1964, 2880 foram anistiados, e o restante ficaram com os seus direitos cerceados, dando continuidade uma 2ª fase de uma Ditadura agora não militar, mais uma prorrogada Ditadura Civil, os quais a conduta dos militares foi bastante questionada naquele período por este Governante, que continua massacrando os idosos Ex Cabos da FAB, como se fossem os verdadeiros autores da Ditadura, onde descumpriu a “Lei da Anistia Política 10.559/2002” em todo o transcurso do seu primeiro mandato.

Miguel Alves da Costa Ex Cabo da FAB.
“O GOVERNO DEMOCRÁTICO É DO POVO PARA O POVO”. – – – 2007-04-03
A Constituição Federal também chamada de: Carta Magna, Carta Constitucional, Carta Política, é a maior Lei da nação. Nela estão escritas as normas que devem ser seguidas por todas as pessoas que vivem em um País, onde regula a forma de governo até o funcionamento de empresas particulares, diz as responsabilidades e objetivos de cada um, os direitos e deveres do cidadão, enfim, os Paises só podem ser considerados democráticos se a Constituição for religiosamente cumprida por todos, e muito especialmente pelos os Governantes. A Constituição de 1946 garantiu o direito do voto e o povo teve a opção de escolher o sistema de governo: o presidencialismo, Porém após 1964 tudo foi por água abaixo, o Regime de Exceção instalado nas raízes da Ditadura Militar, tirou os direitos mais importantes da população brasileira, o de votar.
Depois veio a Constituição de 1967 que sofreu várias alterações de acordo com a vontade expressa dos governantes militares, que com a decretação de vários Atos Institucionais, o povo já não podia reclamar nada. Mas a democracia acabou vencendo e esse tipo de governo, quando finalmente, chegamos à Constituição de 1988 que é a atual. Ela foi reformadíssima e garante que ninguém seja um fora-da-lei, inclusive os governantes, onde diz que todo o poder emana do povo, que exerce por meio de representantes eleitos diretamente nos termos da “Constituição”. Portanto, o poder do povo é a democracia, e tem o dever de garantir que todos sejam iguais perante a Lei, e que exista a liberdade de opinião, de imprensa, de expressão de pensamentos, de reunião e de crença religiosa.
A nação que consegue dar conta do recado em todos esses sentidos, faz com que as pessoas que nela vivem tenham uma vida decente, mais infelizmente não estar acontecendo com o atual Governo do PT, que estar totalmente fugindo destas regras, e governando o nosso País semelhante a Ditadura Militar, os quais questionou tanto pela perseguição política sofrida naquele Regime, e atualmente como um governante democrático vem violando a Constituição de 1988. a quatro anos do seu 1º mandato, e consequentemente descumprindo a Lei 10559/2002, os quais assegura os direitos líquidos dos idosos Ex militares da FAB, prejudicados pelo o Ato de Exceção através da Portaria 1.104/Gm3/1964, que fortalecida pelo o Ato Institucional nº 5, os Comandantes expulsaram todos como subversivos da Aeronáutica no período de 1964 á 1982.
Estar concretizado a 2ª injustiça aos ex militares da Aeronáutica, uma vez que os correligionários do PT mais sua Excelência o Presidente Lula, de perseguidos políticos pelos Generais de linha dura do Regime Militar, passaram a serem perseguidores de uma Parcela dos Ex Cabos da Força Aérea Brasileira, onde três mil foram anistiados, e o restante que foram punidos na mesma situação ficaram seus direitos espezinhados, concluindo uma tamanha jurisprudência e um julgamento feito revelia com dois pesos de duas medidas, os quais fugiram da esfera jurídica e contrariaram a nossa Carta Magna, onde garante que todos cidadãos são iguais perante a Lei, com a Lei de Anistia política 10559/2002 desrespeitada, Não adiantou nada o “Partido de Esquerda de Cunho Socialista” criticar os Presidentes militares, uma vez que a nossa Constituição estar sendo burlada com flagrante desrespeito e desobediência as Leis que regem este País.

José Maria da Silva Ex Militar da FAB
apatia – – – 2007-02-24
apatia. a doença de que o povo sofre ?
nao seremos nos (todos}apaticos ? infelizmente sinto-me um apatico porque estou consciente e permaneço como um inconsciente que nada ve, porque o que faço para que as coisas mudem é á minha volta, no dia a dia,a cada oportunidade,nos relacionamentos ocasionais,de homem do povo que se sente ultrajado,abusado pelos poderes instituidos,pela forma como sinto que somos manipulados e manietados…pela falta de democracia,pelas descaradas mentiras…torna-se um desespero,um sentimento de impotençia dificil de combater em mim e chego,por vezes, a compreender os ditos extremistas, que o sao, mas nao estará a impotençia,a revolta, o desespero, a raiva,pelas injustiças, etc,etc, por detrás dessas desesperadas reacçoes?…sou um homem do povo inculto que reclama por justiça !!!

aljusto
Economia e Ideologia – – – 2007-02-04
Prezados comentadores
Paulo M.A.Martins
Luis Costa

Muitissimo obrigado pelas vossas ricas abordagens.

Sabem, o governo é a sombra do nosso povo e o povo anda a correr atrás da sombra!…
Todos querem um Estado num estado de graça! Tudo é desculpável. Tal éa nossa apatia!
O turbo-capitalismo por um lado e o pensar correcto pelo outro encontram-se ao serviço da decadencia da pessoa e da nação (aldeia). Logo que possa voltarei ao tema!
Junto uma poesia de Miguel Torga que completa o nosso assunto
Atenciosamente
Antonio Justo

“DIES IRAE”

Apetece cantar, mas ninguém canta.
Apetece chorar, mas ninguém chora.
Um fantasma levanta
A mão do medo sobre a nossa hora.

Apetece gritar, mas ninguém grita.
Apetece fugir, mas ninguém foge.
Um fantasma limita
Todo o futuro a este dia de hoje.

Apetece morrer, mas ninguém morre.
Apetece matar, mas ninguém mata.
Um fantasma percorre
Os motins onde a alma se arrebata

Oh! maldição do tempo em que vivemos,
Sepultura de grades cinzeladas
Que deixam ver a vida que não temos
E as angústias paradas!

Miguel Torga

“Cântico do Homem”

Antonio da Cunha Duarte Justo
A Economia Nacionalista e a Europa dos Patriotas – – – 2007-01-30
Caríssimo Dr. António Justo,

Mais uma vez, teve a generosidade de nos brindar com um lúcido e brilhante apontamento, oportuno e actual, que nos convida a uma meditação e reflexão profundas. Não só o li atentamente, como, também, os dois comentários que se lhe seguem, que eu aplaudo sem reservas.

Pessoalmente, estou à vontade para falar da “dita” Democracia em que vivemos, não só na Europa como na América do Sul.

Como, também, já fui político de primeira linha em Portugal, e arrepiei caminho, a tempo e horas, por discordar e me recusar frontalmente a viver e a alimentar todo um mundo (leia-se: político, económico e social) caracterizado pela mentira, pelo ódio, pela inveja, pela hipocrisia e pelo cinismo…

Infelizmente, as pessoas ( os seguidistas partidários ) na cegueira de alcondorarem um lugar ao sol, nem se importa de servirem de escadotes para outros continuarem a subir e a consolidar as suas posições. A isto, que é, infelizmente, o mais frequente, eu chamo de oportunismo político, porque chegada a oportunidade nem têm o menor pejo de dar uma facada pelas costas e trair: Tudo em nome do bem comum, da Liberdade e da Democracia.

Seria bem interessante, fazer-se uma incursão aos bastidores das actividades (política e partidária) desenvolvida por alguns políticos, seja qual for o quadrante dito ideológico em que se situem,para melhor comparar o que eram antes, o que fizeram e, sobretudo, no que se tornaram depois.

Quais os interesses iniciais e quais os interesses depois… Muito haveria por dizer… o que em nome do Bem Comum, da Democracia e da Liberdade (deles)foi feito e está a ser feito (e vilipendiado)!…

Uma coisa é certa, disso ninguém duvida.

Os ricos continuam, mais ou menos ricos, os pobres, esses continuam cada vez mais pobres, e os novos ricos, que parasitam à custa dos ricos iniciais e dos pobres, cada vez estão mais e sôfregamente ricos!

Em nome de que valores morais e materiais?

Em nome de que interesses inconfessáveis?

Só a título de exemplo, veja-se o cinismo, a hipocrisia e a mentira que reinam em Portugal, com o actual governo… Mas, se olharmos, também, para a América do Sul, onde todos parecem andar deslumbrados, mas desatentos à evolução dos objectivos e realidades inconfessáveis, está a caminhar a passos largos para a criação de uma nova União de cariz totalitária, tendo como motores Hugo Chavez, da Venezuela, um fantoche a anunciar a sua perpetuação no poder, a intensificar a perseguição aos que não concordam e não seguem e não só, e Evo Morales, da Bolívia, com as suas nacionalizações estapafúrdias, oportunistas e incensatas a empurrar o país não se sabe bem para onde, não contando ainda com outros países alinhados uns e indecisos e expectantes outros.

É bom que não esqueçamos que já estamos a caminhar, decisivamente, para o final da era CUBA, sempre muito revolucionária mas que gostaria também de ser capitalista, e, como tal, há que revitalizar e alargar a área de influência e de interacção, face aos Estados Unidos conduzidos por um louco à solta, a concluir o que o pai não teve tempo e oportunidade de fazer…

Enfim, tudo isto em nome do Bem Comum, da Liberdade e da Democracia, mas com filosofias e conceitos antagónicos…

Onde está o centro da VERDADE?

Para uns o que é vermelho, com o mesmo nome, para outros é rosa, é laranja, é azul, é amarelo ou um mesclado de várias cores, enquanto outros, ainda, proclamam que, “de o preto não me comprometo”!…

Assim vai o Mundo em que vivemos!…

Quanto às economias mundiais, à globalização e à mundialização dos mercados, vamos de mal a pior.

Todas, com maior ou menor intensidade, já entraram na GLOBALIZAÇÃO. Os mercados já estão mundializados ou em vias de mundialização. Portanto, enquanto não surgir outra moda, esta é a que temos, e não há nada a fazer!

É a escravatura do século XXI!

É o tempo, em que já só nos satisfazemos com as migalhas que vão caindo das mesas dos novos ricos, depois de, após mais uma refeição, sacudidas as toalhas!…

Todavia, há uma personalidade, para uns controversa para outros aclamada, que dá pelo nome de Luís Inácio Lula da Silva, o actual e reeleito Presidente da República Federativa do Brasil, que não se cansa de apregoar pelos grandes areópagos internacionais a GLOBALIZAÇÃO SOCIAL, mas que parece ninguém dar ouvidos, embora abanando a cabeça que sim…

Todavia, em meu entender, salvo melhor opinião, o Mundo deveria evoluir, isso sim, para uma Nova Ordem Mundial (política, económica, social e cultural),inclusive com a mudança radical de protagonistas e de actores, porque esses que ainda estão e persistem em manter-se na crista da onda, já provaram que, de uma maneira ou de outra, não passaram, não passam de meros fantoches, a parasitarem à custa da Humanidade…

Inclusive, quando nos seus próprios países não conseguiram, não conseguem, operar as mudanças políticas, económicas, sociais e culturais, como poderão ter capacidade e visão para promoverem a mudança no Mundo?

E, hoje, chegámos ao estado de coisas em que nos encontramos, sem novas lideranças fortes, carismáticas, credíveis, coerentes e honestas, porque, efectivamente, ao longo de tantos e tantos anos, foi subraída, com muita habilidade, paciência e perseverança, às grandes massas de povos a nível mundial, uma EDUCAÇÃO com isenção, com transparência e, sobretudo, com honestidade intelectual, e não, como se verifica, e tem verificado, orientada para o desenvolvimento e consolidação de interesses político-económicos onde o social não passa, não tem passado de um mero paliativo, um ópio para não deixar morrer a esperança e a fé dos mais pobres e necessitados.

Quando tive a oportunidade de estudar Ciência Política, entre outras coisas, aprendi que O PODER POLíTICO TEM A SUPREMACIA SOBRE O PODER ECONÓMICO, ou seja, O PODER ECONÓMICO TEM QUE SE SUBORDINAR AO PODER POLÍTICO!

Até parece ser uma verdade insofismável, mas que, na realidade, nos tempos que correm, é uma MENTIRA MONSTRUOSA!

Hoje,qualquer que seja a Nação ou a Economia, é o PODER ECONÓMICO QUE EXERCE A SUPREMACIA SOBRE O PODER POLÍTCO.

Por outras palavras:O poder político é comandado à distância pelo poder económico, enquanto o poder político vai “parasitando” à custa do próprio poder económico e do povo que o elegeu, colhendo benefício de ambos e não só!…

Quando se chega a este ponto, qualquer que seja a Nação ou a Economia, inexoravelmente, mais cedo ou mais tarde, terá que entrar em rota de colisão. E, chegados a essa situação, não há NACIONALISMOS NEM PATRITISMOS que possam resistir – É a RUPTURA, pura e simples, dos sistemas político e económico que prevalecem!

E assim nascem as revoluções! Umas, com as armas apontadas para os trabalhadores. Outras, com as armas apontadas para o capital. E, outras ainda, com um ingénuo cravo na boca de chama de uma qualquer metralhadora ou G3!(O que, em linguagem revolucionária, significa dizer: nem é carne nem é peixe, e até poderá ser oportunismo…).

E, quando nos deparamos com o mundo dividido em matéria de Fé, no meio de toda esta encruzilhada, qual é o papel a assumir pela Igreja Católica ?..

Como diria o outro, E AGORA JOSÉ?…

Embora, tenha a percepção de que já nada poderei fazer para mudar o mundo, muito menos alguma vez tivesse tido essa veleidade, pelo menos, como ESCREVER É LUTAR!, vou continuando com as minhas prosas, porque enquanto LUTAR estou VIVENDO e RESPIRANDO.

Bem Haja, Professor António Cunha, pela oportunidade que nos dá de pararmos uns momentos para reflectirmos sobre tudo quanto nos rodeia, que nos passa ao lado, mas que é de importância vital para os nos destinos, sejam eles individuais e/ou colectivos.

Paulo M. A. Martins
Jornalista
Fortaleza (CE) – Brasil

Paulo M. A. Martins
DEMOCRACIA – – – 2007-01-28
Senhor Justo,

Perante o estado da nossa Democracia actual, europeia, colocam-se, desde já, duas questões:
Será que a democracia como está a ser praticada na União Europeia tem futuro?
E será que vivemos de facto numa verdadeira Democracia?
No que diz respeito à segunda questão, poder-se-á, à primeira vista, dizer que sim. Pois uma das características da Democracia é a liberdade de expressão.
Mas será que a liberdade de expressão é tudo?
Apreciando bem o nosso sistema cada vez mais capitalista, poderemos dizer que a Democracia em si, propriamente, já não existe.
A verdade é que os governos democráticos são, cada vez mais, títeres impotentes nas mãos de um capitalismo a-moralista e desregrado, que só tem como fim o lucro desmedido, nem que para isso se tenha que cilindrar vivos e mortos: “ Geld regiert die Welt “
Por detrás da política, estão os grandes empresários, os grandes consórcios, os grandes magnatas, os chamados homens-sombra, que dizem aos políticos ou queres assim ou fechamos as nossas fábricas e vamos abri-las num dos países do terceiro mundo. Aí não há restrições de ordem alguma: seja no que diz respeito aos direitos dos trabalhadores, seja no que diz respeito ao meio ambiente.
Na europa dos dias de hoje, vive-se um ambiente de medo. O povo trabalhador sente-se totalmente inseguro. Se é que hoje ainda tem um emprego, quanto ao dia de amanhã já pouco se pode dizer. Amanhã, poderá acontecer que “ um grande manager “, um “génio” que estudou economia durante 5 ou 6 anos, que recebe milhões e milhões de euros ao ano, tomará as rédeas da firma, tirará do seu cilindro não o coelho, mas sim a palavra “ racionalizar” e racionalizará aquela firma. Ou seja, porá no olho da rua, quem sabe, metade dos empregados. Homens e nulheres, pais e mães de família que só têm o seu trabalho para oferecer e que precisam tanto daquele emprego para se alimentarem e alimentarem a sua família.
Perante estes factos o que faz o governo? Pouco ou nada. ( aumentará, se calhar, os impostos ) Pois ele encontra-se de mãos atadas perante um bando de abutres que só têm uma coisa em mente: lucro e mais lucro e mais lucro. Encontramo-nos na era do negócio especulativo: o novo Deus é a bolsa de valores. A palavra mágica é a “ racionalização “.
Não quero ser niilista, mas a verdade é que se a Europa não mudar o seu rumo, se os políticos de hoje não quiserem ter coragem para abrir os olhos, se o desequilíbrio entre o povo trabalhador e o patronato ( o capitalismo ) continuar a crescer como está a crescer, quando as pessoas começarem a não ter que comer, então, isso poderá ser o fim da Democracia, a qual ainda é bastante jovem.
– Pois como sabemos, basta darmos uma vista de olhos pela História, nos momentos de grandes crises sociais o radicalismo ideológico floresce por si mesmo.

Luís Costa

INÍCIO DA DEMOCRACIA EM PORUGAL: 25 DE NOVEMBRO DE 1975

 

Faz hoje 45 anos que foi posto fim à ditadura comunista em Portugal que se encontrava ao serviço da União Soviética e iniciada a 25 de Abril de 1974. Assim se inicia a democracia parlamentar pluripartidária em Portugal. As forças democráticas em torno do Coronel Jaime Neves puseram fim ao período instável que se vivia então.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo