PARIS EM ESTADO DE EXCEPÇÃO DURANTE OS JOGOS OLÍMPICOS

16 Dias de Esplendor

Nos Jogos Olímpicos de Verão 2024, a realizar-se de 26 de julho a 11 de agosto em Paris, estão envolvidos 10.500 atletas vindos de 206 nações, a actuar em 32 modalidades de jogos. Os atletas lutam por quase 329 medalhas. O custo total dos Jogos Olímpicos de Paris está estimado em 9 mil milhões de dólares.
O grande evento desportivo garante 16 dias de esplendor, mas com alguns lados sombrios nos bastidores.
Para o conseguir, o coração de Paris foi transformado numa zona de segurança com 44.000 barreiras. Antecipadamente, 12.500 sem-abrigo e refugiados foram retirados da cidade de autocarro. Paris deu assim um exemplo e uma imagem na qual certas pessoas não se enquadram. Pelos vistos um problema real numa sociedade que apregoa a diversidade. O movimento Woke, empenhado na subversão social para criação de uma nova consciência social, preferiu aproveitar-se da grandiosa abertura do espectáculo como palco de instrumentalização ideológica para ridicularizar a religião e assim publicitar globalmente a sua mundivisão servindo bilionários que os subsidiam. Lidar com os sem-abrigo continua a ser uma vergonha amarga.
Dado que já tinham ocorrido vários ataques terroristas em Paris, foi lançada uma nova operação de videovigilância.
A maioria dos habitantes locais foi de férias, sendo substituída pelos turistas. Durante os jogos encontram-se 45 mil polícias, na cidade, além de vários milhares de soldados.
Houve também uma preocupação social; de facto, muitos desempregados de longa duração foram contratados nos estaleiros de construção nos locais de trabalho. Houve também muitos conceitos sociais sustentáveis para o uso posterior dos locais construídos em regiões “depravadas”.
Os próximos Jogos Olímpicos de Inverno serão realizados em Milão e Cortina d’Ampezzo em 2026. Os Jogos Olímpicos de Verão de 2028 serão sediados em Los Angeles, que, tal como Paris, será a sede pela terceira vez.

António da Cunha Duarte Justo
Pegadas do Tempo

OS NOVOS TALIBÃS GERADOS E ALIMENTADOS POR NÓS

Após um ano sobre a decapitação da estátua de Santo António em Torres Novas (Sto António, o Santo mais popular na Europa e em Portugal), é a vez de outro símbolo nacional ser vandalizado (um dos três momentos que ditaram a nossa independência). Os antidemocráticos wokistas continuam a intimidação. Destroem cultura e símbolos cristãos, como os talibãs. Portugal e a Europa estão a morrer?
A libertinagem conduziu-nos ao nível em que nos encontramos. O problema é que as democracias passaram a ser dominadas pelas minorias e a classe dominante serve-se disso para não ter de serem responsáveis com as maiorias contribuindo também eles para desconstruir o que as maiorias construiram. Da ambiguidade e ambivalência sabe quem manda que delas é que se vive bem!
António Justo

POLÍTICOS MUÇULMANOS TOMAM POSIÇÃO PERANTE A BACANAL CONTRA A FÉ CATÓLICA NA ABERTURA DOS JOGOS OLÍMPICOS EM PARIS

Católicos rezam o Terço à frente de Embaixadas francesas

CNA/Catholic Info) informa: O líder supremo do Irão, ayatollah Ali Khamenei, condenou os “insultos” contra Jesus Cristo, referindo que Jesus é uma figura respeitada no Islão. “O respeito por Jesus Cristo (…) é uma questão indiscutível e definitiva para os muçulmanos”, disse Khamenei numa publicação no X. “Condenamos estes insultos dirigidos às figuras sagradas das religiões divinas, incluindo Jesus Cristo”, disse.

O presidente turco, Recep Tayyi Erdoğan, também se manifestou contra a cerimónia, dizendo que pretendia telefonar ao Papa Francisco o mais rapidamente possível para discutir a “imoralidade cometida contra o mundo cristão”. A “cena vergonhosa em Paris ofendeu não só o mundo católico, não só o mundo cristão, mas também a nós e a eles”, disse Erdoğan durante um discurso em Ancara, a capital do país. “A imoralidade demonstrada na abertura dos Jogos Olímpicos de Paris destacou mais uma vez a magnitude da ameaça que enfrentamos”, acrescentou. Os muçulmanos não reconhecem a divindade de Jesus, mas veneram-no como profeta.

A mais alta instituição do ramo sunita do Islão no Egipto também emitiu um comunicado condenando a representação da cerimónia olímpica. “As cenas retratam Jesus Cristo”, referiu o comunicado da Al-Azhar, “numa imagem ofensiva que representa uma falta de respeito pela sua pessoa”. “Al-Azhar, e quase 2 mil milhões de muçulmanos que o apoiam, acreditam que Jesus… é o Mensageiro de Alá O Alcorão diz que Jesus é a ‘Palavra de Alá através de Maria e um espírito dele’”.

O Conselho de Anciãos Muçulmanos, sob a presidência do Dr. Ahmed Al-Tayeb, Grande Imã de Al-Azhar, também emitiu uma denúncia da cerimónia de inauguração. “Este ato vergonhoso demonstra uma total falta de respeito pelas crenças das pessoas religiosas e pelos elevados valores morais que prezam”, referiu o comunicado.

“O conselho rejeita inequivocamente qualquer tentativa de degradar símbolos religiosos, crenças e figuras sagradas”.

Os líderes muçulmanos mostram perceber de simbologias e do que se passa.

“Reparações rezadas por Paris: Católicos organizam Rosário pelo consulado francês em Edimburgo – outro planeado para Londres. Um grupo de católicos reuniu-se em frente ao Consulado Francês, na West Parliament Square, em Edimburgo, para rezar o Rosário em “reparação pelos pecados cometidos” durante a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris. Outra reunião de oração semelhante será organizada para sexta-feira, 2 de agosto, no exterior da Embaixada de França em Londres” , em catholicherald.co.uk.

Pelos vistos os católicos rezam enquanto os seguidores do movimento LGBTQ+ fazem propaganda da sua mundivisão no improvisado altar laico francês. Os representantes do movimento LGBTQ+ (Woke, etc.) para encontrarem maior aceitação e muitos dos seus adeptos pretendem desdizer fazendo uma finta à bacanal de Paris dizendo o dito por não dito.

 

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

CULTURA DECADENTE ABSORTA EM TRIVIALIDADES

Europa a livrar-se de si mesma servindo-se da Arte ideológica como Serva da Política

Premissa crítica: A História ensina que as civilizações só subsistem enquanto o poder político-económico e o poder ideológico-religioso se mantiverem ligados e interagirem de maneira complementar em interacção orgânica e de maneira inclusiva. A União Europeia segue no sentido contrário contrapondo o poder político-económico ao poder cultural, lutando mesmo activamente contra a própria tradição. Deste modo abre as portas ao autoritarismo de elites anónimas deixando a sociedade europeia à deriva e institucionalmente aberta para uma perspectiva de futuro sustentável do tipo islâmico ou do socialismo chinês. É natural e saudável  que o povo brinque, mas essa não deveria ser a missão de quem dirige!

Na União Europeia tudo indica culturalmente que nos encontramos em pleno centro da cultura do declínio apesar do progresso técnico criado; uma leve observação do comportamento de governantes e das populações dá a impressão de todos terem entrado num estádio de puberdade já senil. As elites globais tornaram-se tão distantes do povo que não sentem qualquer obrigação para com o povo (Deus) nem para com as normas sociais ou legais (vivem noutras esferas!). Aboliram a contrapartida (o outro, Deus) reclamando o Olimpo para si e, deste modo, não sentirem responsabilidade humana, nem a consequente culpa ou remorso. Agem de tal modo que o povo passa a ser obrigado a perder a autoestima.

Nas praças públicas da sociedade encena-se cada vez mais uma arte barata que vive do voyeurismo e do exibicionismo que provocam sensibilidades e sentimentos religiosos, com atuações em torno da história bíblica, como são, entre outras, as da actriz Sara Cancerio que como freira nua, procura saciar os gostos da imaginação sexual do seu público e ao mesmo tempo provocar ondas de repulsa nos não consumidores. Não se trata já de corrigir e aperfeiçoar o passado ou costumes actuais, mas, simplesmente, de os destruir sem a responsabilidade de apresentar alternativas. Basta um oportunismo camuflado de ideias peregrinas como as do igualitarismo aliado ao liberalismo do sistema. Para se estar em dia tem de se recorrer aos ingredientes sexo e anti religião.

O Dr. Gabor Maté no seu livro “O Mito do Normal”, Kösel Verlag constata: “Quando uma célula do corpo começa a multiplicar-se à custa de todo o organismo, destruindo os tecidos circundantes e espalhando-se para outros órgãos, roubando-lhe a sua energia, incapacitando as suas defesas e, em última análise, ameaçando a sua vida, chamamos a este crescimento descontrolado cancro. Uma tal mudança maligna pode ser observada no nosso mundo atual. É controlada por um sistema que parece estar direcionado contra a vida. “

Nas velhas monarquias o poder político secular servia-se da arte religiosa para transmitir os valores que davam sustentabilidade ao poder de caracter linear ascendente e nas democracias modernas ocidentais o poder secular serve-se da arte para assegurar o seu poder momentâneo de caracter circular. Na cultura ocidental a arte assume, a passos largos, o papel da religião; nela os governantes, adoptam, nos seus ritos, o papel de acólitos, como se pode ver também no palco olímpico de Paris. E chamam a isto progresso (avanço para onde?)! Neste sentido, surgem, por todo o lado, os novos xamanes que se apropriam das palavras e ritos do passado para os devassar e assim justificar gratuitamente  atitudes dos sublevados  na sua missão de desconstrução da cultura ocidental, recorrendo para isso a preconceitos sobre o masculino e o feminino, numa sociedade contraditória a afirmar-se com uma matriz cada vez mais masculinizada e agressiva.

O ponto fraco da democracia reside no facto de políticos e eleitos se sentirem também chamados a seguir qualquer capricho individualista e  narcisista que lhes apareça, porque em questão de valores perdeu-se o sentido histórico só valendo para eles um momento presente irresponsável que os leva a assumir o papel de tabula rasa onde se impregna o poder mediante a “crença”  de que poder democrático significa seguir os caprichos e as necessidades primárias dos seus súbditos para deste modo poderem  ser reeleitos e manter o poder e, sem exigências, também eles se dedicarem a fazer o que lhes dá na gana. O cinismo da questão está no facto de se querer fazer crer que quem mais ordena é o povo (quando este está condicionado a ter de seguir os actuais ou futuros líderes sociais).

As civilizações subsistem enquanto o poder político-económico e o poder ideológico-religioso se mantiverem ligados e interagirem de maneira complementar em interacção orgânica: o primeiro dá consistência à polis (ao poder geográfico) cuidando do estômago (necessidades corporais e mentais imediatas) e o segundo ao da alma cultural (necessidade de sentido e missão).

O imperador Constantino (Édito de Milão de 313) teve uma ideia genial para conseguir manter o poder político e a unidade do Império Romano, recorrendo à religião cristã, conseguindo assim prolongá-lo até à queda do império romano (476), minado pelas forças bárbaras. A ideia de Constantino encontrou depois  a sua  realização  na fundação do  novo Império do Ocidente com a coroação de Carlos Magno para imperador no ano 800 quando  reuniu  em si o poder político e o poder religioso, condição necessária para a criação da civilização  europeia (a separação institucional do poder religioso e do poder secular, salvaguarda a responsabilidade de o governante não poder agir a seu bel-prazer por haver um outro poder sublime (defesa do Bem, do Belo e do Verdadeiro) a que devia prestar contas; o grande perigo que hoje se observa na civilização ocidental é o facto de o poder político-económico não ter de prestar contas a ninguém (até a nomeação de órgãos independentes como a Justiça, é do encargo dos partidos políticos); o argumento de os governantes terem de prestar contas ao povo é precário  dado a opinião do povo estar, por seu lado dependente das elites que controlam a informação.

Carlos Magno seguia a estratégia de dominar os povos vizinhos com a espada e pacificá-los assimilando-os na cultura cristã implementada através dos conventos (Deste modo possibilitou a formação de uma Europa baseada numa ideia imperial cultural prolongada através das nações!). No seguimento da mesma estratégia e a pretexto da União Europeia dá-se continuação à velha luta entre saxões e eslavos, hoje reactivada entre o Ocidente e a Rússia.

A prática hodierna do poder político-económico renunciar à religião (que lhe possibilitou a sua estruturação) e substituir o seu papel por alguns valores utilitários de caracter apenas racional, baseados numa agenda de valores securitizados na Constituição, conduz necessariamente a um poder económico-político ditatorial ou a contínuos conflitos sociais insuportáveis e destrutivos que conduzem à tribalização da sociedade. Não chegam medidas utilitárias e pragmáticas para se fomentar uma União Europeia digna da Europa, para isso precisa-se de um conceito visionário consistente e de caracter sustentável; seria necessário voltar-se ao ideário dos pioneiros da União Europeia.  A ausência de uma consciência individual (destruição consequente da personalidade (alienada em valores legais) e redução da consciência individual a opinião subjectiva é favorável a um sistema político autocrático) conduz ao caos individual e social e obriga as autoridades a criarem um sistema de manipulação da linguagem pública e de controlo da informação de maneira a termos um sistema autoritário à medida do modelo chinês.

A pretexto da globalização liberal a Europa, que tinha atingido a estabilidade cultural, vê-se confrontada pelas forças político-económicas (autocratas de Bruxelas) que para apressarem a implementação do liberalismo económico global combatem equivocamente as tradições europeias e o cristianismo. (Não me refiro aqui ao cristianismo como fé, mas na concepção de cristandade).

A UE segue sem escrúpulos os interesses do poder e não se importa com o que acontece a outras pessoas e nações através das suas ações e sente-se autarquicamente confirmada pela própria ideologia nas suas ações legais; Boicotam o comércio com os hemisférios fora do seu poder, quando o comércio livre  é considerado o bem-estar de todos os povos, enquanto os boicotes apenas protegem os interesses de uma empresa mundial sociopata que age sem qualquer consciência.

A crise em que se encontram as sociedades actuais e em especial a sociedade europeia  é de alto risco porque expressa uma época de confrontação mental baseada na luta contra a tradição e valores da cultura ocidental. Não a querem ver sujeita ao processo de clivagem ou teste do tempo como se dava no passado.  Querem implantar uma nova cultura criada artificialmente com novas éticas que facilitem o globalismo liberal materialista servindo-se para isso também das novas técnicas biológicas e digitais. Em vez de corrigirem o eurocentrismo e a hegemonia de tradições filosóficas intelectuais, no sentido de uma transculturalidade respeitadora das tradições culturais específicas querem fazer da cultura ocidental tabula rasa e para isso em todas as vertentes artísticas e ideológicas se observa a desmontagem do cristianismo.

António da Cunha Duarte Justo

Pegadas do Tempo

A Empresa C. Spire de tecnologia americana retirou a sua propaganda dos Jogos olímpicos fundamentando-a deste modo: Ficámos chocados com a zombaria da Última Ceia durante as cerimónias de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris. A C Spire retirará a nossa publicidade dos Jogos Olímpicos.
C Spire
@CSpire
We were shocked by the mockery of the Last Supper during the opening ceremonies of the Paris Olympics. C Spire will be pulling our advertising from the Olympics. https://x.com/CSpire/status/1817212284512481485

NA ESTRATOSFERA DA MENTE

A NOVA IDADE

 

Num palco moderno, tudo respira,

A dança dos media que o mundo admira.

Cada mente, uma pedra voadora,

Vê sem olhar, sempre de fora.

 

Nos picos da  cultura agora agonizante

Lobos uivam, alcateia assaltante!

Texto? Quem liga? Só interessa o sabor,

Dos factos transformados em vapor.

 

Num curto-circuito, sem origem nem fim,

A verdade é um jogo, um pobre arlequim. (postfactual!)

Círculos giram, interesses se enlaçam,

E o ego pequeno, a servir quem manda.

 

Humanos reduzidos à mera situação

Submissos à mente, longe do coração.

A cultura tornada fruto de uma mente vazia,

Onde o ego se dobra, em hipocrisia.

 

Neste reino de crime e injustiça velada,

Rebeldia é a luz, a esperança encenada.

Ironia dançante, oculta insubmissão

Na sombra da ordem, espera a salvação

António CD Justo

Pegadas do Tempo

http://poesiajusto.blogspot.com/