Warum werden die Christen in der Welt am meisten verfolgt?

Verfolgung der Christen im Wort und Tat

Selbstmordattentat in Alexandria mit 21 Toten

António Justo

Die  Christen sind die am meisten verfolgte Gruppe der Welt. Sie sind Zielscheibe von Rassisten und sogar von so genannten Antirassisten. In der arabischen und asiatischen Welt werden sie mit gewalttätigen Anschlägen und Diskriminierung verfolgt, im Westen mit der Waffe des Wortes. Es ist salonfähig, in der Presse und Öffentlichkeit Anti-Christ zu sein oder die Attacken gegen Christen mit der Vergangenheit zu rechtfertigen. Ein hinterlistiger Kampf von Militanten des Säkularismus gegen das Christentum versucht alles, was an Abscheulichkeiten in der Geschichte bezüglich Ökonomie und Politik geschah, nicht auf die Burger im allgemeinen, sondern auf die Christen zu lenken. Es ist chic, von Antisemitismus, anti-arabischen Vorurteilen zu sprechen, aber es schickt sich nicht, von Anti-Christentum bzw. von Anti-Katholizismus  zu sprechen.

Die Christenverfolgung mit seit 100 Jahren mehr Todesopfern als in der gesamten Geschichte des Christentums wird in den Massenmedien selten thematisiert, was aufgrund der Wehrlosigkeit von Christen nicht auffällt. Ja, in der deutschen Umgangssprache existiert eigentlich gar nicht der Begriff „Anti-Kristentum“. Was nicht in den Begriffen nicht existiert, existiert auch nicht im Bewusstsein. Man verteidigt die einen, während man  gegen den anderen hetzt. Das Anti-Christentum wird in den Medien vernachlässigt. Es scheint dass wer kein Feindbild Islam etc. hat, braucht das Feindbild Christentum. Der Kulturrassismus zeigt sich mitleidig gegenüber der Diskriminierung kleiner Minderheiten anderen Kulturen.


Es wird mit zwei Maßen gemessen. Was in islamischen Staaten geschieht, wird als Werk von Extremisten betrachtet, was jedoch in unserer Kultur in der Vergangenheit an Schlechtem geschah, wird als Werk von Christen gesehen! Es fehlt die Einsicht und die Menschlichkeit. Die Verleumdung von Minderheiten wird als Vorurteil gesehen, die Verleumdung von der Mehrheit wird legitimiert.


Vorurteile gegen Muslime werden geächtet, während Vorurteile gegen Christen  gepflegt werden. Die Medien sprechen in den Überschriften von „Gewalt nach Anschlag auf  Kirche“, die Menschen, die in der Kirche getötet wurden, bekommen eine kleiner gedruckte Zeile.


Warum werden die Christen in der Welt am meisten verfolgt?

Das Christentum ist ein Störfaktor für alle Machthaber, weil es die Interessen des Menschen in der Mitte stellt und Interessen von Ökonomie, Ideologien und Kulturen an zweite Stelle setzt. Alle Machtstrukturen sehen es nicht gern, dass eine Struktur wie die Weltkirche für Menschen ohne Stimme spricht. Viele Machthaber stellen fest, dass immer da, wo Christen waren, die Demokratie, politische und religiöse Freiheit und Menschenwürde angefangen haben zu keimen. Das Christentum ist nicht gebunden an eine Rasse, an eine Kultur, ein System oder eine Idee; sein Ort ist der Mensch, und sein Gott befindet sich in der Mitte jedes Menschen unabhängig von seinem religiösen Bekenntnis. Das stört und wird zur „Bedrohung“ für jeden, der sein Geschäft machen will auf Kosten des Menschen. Das Christentum wird überall verfolgt, weil es mehr als eine Religion ist, weil es nicht einer Kultur angehört, sondern eine Religion, eine Philosophie des Menschen ist. Die Menschenwürde liegt im Menschen selbst und nicht in der Kultur, Religion oder Nation! Der Ort Gottes ist der Mensch und das stört alle Machtstrukturen und Ideologien. So können sie nicht die ganze Macht über die Menschen haben. Deswegen versuchen Machthaber, sich seiner zu bemächtigen oder es zu verfolgen.



Am Weihnachten wurden in Nigeria 86 Christen ermordet; auf den Philippinen verletzte eine Bombe 11 Christen in der Weihnachtsmesse; im Irak wurden die Weihnachtsfeierlichkeiten verhindert wegen Drohungen, und an Silvester wurden 21 Christen ermordet und 97 verletzt in einer Kirche in Ägypten, etc.


Der jüdische Philosoph Bernard Henry Levy stellt fest: „Die Christen bilden heute auf planetarischer Ebene die Gemeinschaft, die auf die gewalttätigste Weise verfolgt wird bei größter Unanfechtbarkeit der Täter.“ Diese Wirklichkeit wird verschwiegen und sogar gerechtfertigt, als ob die ganze Misere der Welt und der ganze Kolonialismus Werk von Christen wäre.


Der Mordanschlag in Ägypten wird zwar dem Terrornetz außerhalb des Landes zugeschrieben, und die ägyptische Regierung tut so, als ob Kopten gleichberechtigt wären. Sie werden aber massiv diskriminiert. Andererseits versucht man, sie durch finanzielle und berufliche Angebote zur Konversion zum Islam zu bewegen, weshalb ihre Zahl stetig abnimmt. Die islamische Welt geht immer in die Offensive, wenn sie mehr als 50 % der Bevölkerung einnimmt, in der Art, dass versucht wird, Minderheiten auf die eine oder andere Art zu reduzieren.

Die Verfolgung der Christen in der Türkei zeitigte „Erfolge“ mit dem Holocaust an den armenischen Christen, so dass die christliche Bevölkerung in der Türkei innerhalb von 100 Jahren von 25% auf 0,1% der Bevölkerung fiel. Eine ähnliche Entwicklung, wenn auch ohne Holocaust geschah in Ägypten und anderen Ländern. Im Irak sank der christliche Bevölkerungsanteil nach dem Sturz von Saddam Hussein von 1,5 Millionen auf weniger als eine halbe Million. Islamische Länder sind entweder die Hölle oder das Fegfeuer der Christen. Aber unsere Politiker glauben nicht an der Hölle, deswegen gibt es für die Christen in Ländern, in denen sie verfolgt werden, auch keine aussicht auf den Himmel.

António da Cunha Duarte Justo

antoniocunhajusto@googlemail.com

PORQUE SÃO CRISTÃOS OS MAIS PERSEGUIDOS EM TODO O MUNDO?


PERSEGUIDOS POR PALAVRAS E OBRAS

Atentados Suicidas em Igrejas mataram inúmeros Cristãos na Época do Natal

António Justo

A perseguição aos cristãos matou mais pessoas nos últimos cem anos do que em toda a sua História anterior. O anti-cristianismo raramente é tematizado nos Meios de Comunicação Social pelo facto de os cristãos não se defenderem e assim não se tornarem públicos. Na linguagem corrente o conceito “anti-cristianismo” não é usado. O que não existe nos conceitos não existe na consciência do povo!…


Os cristãos são o grupo mais perseguido do mundo. São alvo de racistas e de pretensos anti-racistas. No mundo árabe e asiático são vítimas de assassinos, perseguição e racismo. Entre nós são vítimas da arma da palavra ou do esquecimento. Tornou-se chique, na opinião publicada e em conversas privadas, ser-se anticristão, anti-papa ou até justificar-se os ataques à bomba de hoje com o passado, como cruzadas, etc. Uma luta cultural insidiosa de militantes do secularismo contra o catolicismo/cristianismo procura atribuir, tudo o que houve de abominável na história política e económica, aos cristãos e não ao cidadão ou ao governo secular de então. Sem se diferenciar, reduz-se o Cristianismo a um bidé onde se lavam as próprias impurezas.


Tornou-se chique falar de anti-semitismo, de anti-arabismo, anticomunismo, de racismo contra ciganos mas não é chique falar-se de anti-cristianismo ou de anti-catolicismo. Vê-se o argueiro no olho dos outros mas não se nota a tranca que se tem nos próprios olhos. Atacam-se os outros para se defender os seus. O anti-cristianismo é descurado nos Media porque os cristãos não se defendem e porque os extremistas do secularismo iluminado precisam do catolicismo como área de projecção, como terreno inimigo a combater. Quem não tem o Islão e outros como inimigo precisa do cristianismo como adversário. O racismo cultural solidariza-se contra os preconceitos contra minorias de outras culturas e aninha-se na própria cultura numa opinião publicada enegrecedora do Cristianismo e falsificadora dos factos. Vive-se bem da mentira das meias verdades. Facto é que o Homem tem em si partes divinas e partes diabólicas independentemente de seu ser de cristão, maçónico, comunista ou capitalista, etc.

Mede-se com duas medidas. O que acontece de mau nos países muçulmanos é visto como obra de extremistas, porém o que aconteceu de mal na História passada é visto como obra dos cristãos. Na nossa sociedade, a difamação de minorias é vista como preconceito, enquanto a difamação de maiorias é legitimada ou aceite. Falta o conhecimento e humanidade. O preconceito contra o Islão deixa de o ser quando se expressa contra os cristãos.

Os Media nos seus títulos falam de “violência depois do atentado na Igreja”; as pessoas assassinadas na Igreja escrevem-se em letras pequenas e à margem da notícia.


PORQUE SÃO OS CRISTÃOS O GRUPO MAIS PERSEGUIDO NO MUNDO?


O Cristianismo é um factor desmancha-prazeres para detentores do poder e carreiristas. Ele coloca o interesse da pessoa no centro e em segundo plano os interesses de economias, ideologias, culturas e estruturas sociais. Todas as estruturas do poder não se sentem bem ao verificarem que uma estrutura global, como o Catolicismo, se erga, globalmente, como voz das pessoas sem voz. Muitos poderosos, especialmente na África e na Ásia, constatam que onde os cristãos estiveram, a democracia, a liberdade política e religiosa, os direitos humanos começaram, por primeiro, a germinar, apesar da corrupção inerente à pessoa. Isto complica-lhes o domínio.


O cristianismo não pertence a nenhuma cultura, raça, sistema ou ideologia; o seu lugar é o Homem e o seu Deus encontra-se no interior de cada pessoa independentemente de confissões religiosas e da crença em Deus. Isto perturba e torna-se numa “ameaça” para quem quer fazer o seu negócio, sem problemas de consciência, à custa da pessoa. O cristianismo é perseguido em toda a parte porque é mais que uma crença, é mais que uma religião. Ele é a religião, a filosofia, do Homem individual integrado na comunidade universal sempre a caminho e sempre em revelação! Consequentemente a dignidade humana encontra-se no Homem e não fora dele; ela não se encontra na cultura, na Constituição, na religião nem na nação. O lugar de Deus é o Homem e isto perturba todas as estruturas e ideologias. Por isso estruturas e sistemas de poder da humanidade passarão mas o cristianismo não passará. Tudo o que verdadeiramente serve o Homem no seu ser humano, permanecerá, o resto passará. Assim, as estruturas e as formas do poder serão sempre relativas e passageiras e os poderosos encontrarão a barreira do Homem, com a sua dignidade, ao seu poder. As culturas, os partidos, as formas de governo passarão, o cristianismo, no que tem de matriz humana e cósmica não passará. Naturalmente que muitos cristãos e não cristãos só conhecem e se interessam pelo folclore cristão. Esta é também uma realidade humana.

No Natal foram assassinados 86 cristãos na Nigéria; nas Filipinas, devido a um atentado à bomba, foram feridas 11 pessoas numa missa de Natal; no Iraque no Natal houve atentados a casas de cristãos e foram impedidas as missas devido a ameaças de islamistas; na passagem de ano, no Egipto, com um atentado a uma Igreja foram mortos 21 cristãos e 97 feridos; no Paquistão donzelas e mulheres cristãs são violadas por muçulmanos para assim ficarem estigmatizadas como “impuras” na sua cultura. Meninas cristãs de 12-13 anos são violadas por muçulmanos, ficando assim impedidas de casar. Por estes e outros meios se impede a proliferação dos cristãos. O maior problema está no facto de tudo isto acontecer no meio do povo sem uma palavra que se levante em defesa dos inocentes. Segundo o Corão todos os meios que sirvam o Islão são legítimos.

O atentado assassino do Egipto é atribuído a uma rede de terror de fora do país e o governo egípcio fala como se os cristãos coptas do Egipto não fossem discriminados. Por um lado são discriminados e por outro lado, procura-se através de ofertas de dinheiro e de ofertas de perspectivas profissionais levá-los à conversão, como me testemunhava um estudante egípcio na Alemanha. No momento em que os muçulmanos atingem 50% da população duma região ou país, passam à ofensiva, exigindo a independência e discriminando os outros com as suas leis de maneira a torná-los minoria. No sentido islâmico, a História da perseguição muçulmana nos países onde dominam é uma História de “sucesso”, como mostra a perseguição da Turquia aos cristãos com o holocausto aos cristãos arménios. Nos últimos 100 anos, a Turquia conseguiu reduzir os cristãos de 25% da população para 0,1% actualmente. A discriminação no Sudão, no Egipto e muitos outros países segue a mesma lógica. No Iraque a perseguição em curso contra os cristãos conseguiu reduzi-los de 1,5 milhões para menos de meio milhão.


Países islâmicos tornaram-se no Inferno ou pelo menos no Purgatório dos Cristãos embora esses países sejam a sua terra natal. Os nossos políticos não acreditam no “Inferno”, por isso não há uma perspectiva de paraíso para eles, nos países em que são perseguidos.


O filósofo judeu Bernard Henry Levy constata que “os cristãos formam hoje, à escala planetária, a comunidade perseguida da forma mais violenta e na maior impunidade.” Esta realidade é calada e até justificada, como se todo o mal do mundo fosse culpa dos cristãos. Esta realidade tem de ser calada para se ter uma “boa consciência”!


António da Cunha Duarte Justo

antoniocunhajusto@googlemail.com

CORRUPÇÃO ESTATAL EM PORTUGAL


GOVERNO SOCIALISTA SERVE A SUA CLIENTELA A PRETEXTO DO ENSINO

O que o Presidente Cavaco Silva defendia como Solução “equilibrada” revela-se como uma Catástrofe

António Justo

No Centenário da República Portuguesa, socialistas e republicanos aproveitam o ensejo da comemoração, para reforçar a secularização republicana iluminista e marxista. Fazem-no, já não à maneira do Marques de Pombal que perseguiu barbaramente os jesuítas e as suas escolas. O despotismo de cara lavada, através do governo actual, realiza os seus intentos, duma maneira discreta e sistemática, através de decretos e resoluções do gabinete do governo e duma estratégia de infiltração dos seus boys e Girls em toda a instituição de nome e de dinheiro. Criam-se subterfúgios legais de favoritismo para os seus comparsas do partido e para irmãos da maçonaria. A infiltração na administração pública e nos conselhos de empresas públicas e privadas revela-se uma boa estratégia de perpetuação das coutadas da ideologia da nova “Idade Média”, dos donos da democracia! Os dinheiros da Europa deslizam em instituições à semelhança do Parque Escolar, E.P.E., onde irmãos, camaradas e companheiros são providos em nome do serviço público. Este governo constituiu uma empresa chamada “Parque Escolar”, E.P.E. com o fim de concretizar o programa aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 1/2007 de 3 de Janeiro. Ela é responsável pela recuperação das escolas estatais degradadas e pela construção das novas. Como o Estado não lhe paga, ela endivida-se aos bancos (que estão naturalmente em boas mãos!) Mais ano menos ano todos as escolas do Estado se tornam propriedade das instituições financeiras a quem foram hipotecadas. Formam-se assim as parcerias público-privadas que extorquirão o dinheiro ao Estado (contribuintes), quanto quiserem por aluno.

Como exemplo de corrupção estruturada pode-se verificar o Decreto-Lei 72-A/2010, de 18 de Junho, que vem possibilitar concursos relâmpagos para contratos de locação ou aquisição de bens móveis ou de serviços. Este vem possibilitar arranjos de compadrio em favor da Parque Escolar (cfr. https://www.compraspublicas.com/?a=showNoticia&id=2277). Faculta-se, assim. o lançamento de concursos de obras públicas pelas autarquias com prazos de entrega que vão de 24 horas até 72 horas para empreitadas de dezenas de milhões de Euros. Nestas condições só os ‘iniciados’ têm oportunidade de receber a empreitada!


O Banco Europeu de Investimentos (EIB) faz um empréstimo, em curso, de 600 milhões de Euros, ‘em condições favoráveis’ à sociedade estatal Parque Escolar para modernização escolar como revelou Carlos da Silva Costa vice-presidente do EIB e confirmou o Presidente de Parque Escolar, João Sintra Nunes. O programa propõe-se modernizar 332 escolas secundárias até 2015.

O decreto-lei acima referido vem salvaguardar interesses dos amigos da gamela! Só numa sociedade corrupta, disfarçada e favorecedora da corrupção, se implementam práticas e decretos de concessão de empreitadas públicas tendentes a prejudicar o Estado e a favorecer prosélitos. Isto acontece em Portugal à luz da democracia partidária.

Ataque aos colégios com Contrato de Associação como estratégia de implementação de escolas público-privadas resultantes da intervenção da “Parque Escolar”

Numa acção surpresa, pela calada da noite, o Governo de Sócrates quer fazer cessar, através de resolução do seu Conselho de Ministros, a 31 de Agosto de 2011, os contratos simples de patrocínio e associação estabelecidos com estabelecimentos de ensino particular e cooperativo. O Estado tem contrato de associação com 93 colégios portugueses onde os alunos não pagam para estudar. Com esta medida os mais carenciados serão os primeiros a terem de abandonar o colégio escolhido.

O Presidente da república acaba de promulgar o Decreto-Lei n.º 138-C/2010 de 28 de Dezembro, regulamentado pela Portaria n.º 1324-A/2010. Aquilo que o Presidente anunciara como solução “equilibrada” na revisão do regime de contratos entre o Estado e o Ensino privado revela-se uma catástrofe, sobretudo para as escolas com contratos de associação.

O grande ataque em curso é sobretudo aos colégios com Contrato de Associação, isto é, os “financiados” pelo Estado. As elites instaladas não suportam que os meninos e meninas das classes desfavorecidas, que se encontram “mais permeáveis à antropologia cristã” como revela o psicólogo J.A.Fernandes, se tornem seus concorrentes, através duma formação esmerada e concorrente transmitida por escolas privadas. O que, formalmente, se manifesta como um ataque a todo o ensino privado é, na realidade, o ataque ao ensino da Igreja. Já que não podem expulsar os religiosos pela 4ª vez, querem expulsar a Igreja do ensino, sobretudo do ensino aos pobres. A finalidade escondida, é que o ensino passe todo para as mãos de certos privados com lucros chorudos que o povo vai ter que pagar. Neste momento, um colégio com Contrato de Associação custa ao erário público cerca de 4100 € aluno/ano. Os futuros (já existentes) consórcios público-privados, resultantes da “Parque Escolar”, não se contentarão com menos de 10000€ ou mais aluno/ano. Vai ficar tudo na mão de consórcios privados a sugarem os contribuintes. Estes consórcios de escolas público-privados terão nos seus conselhos administrativos os boys e Girls dos partidos e redes supra-estruturais. Assim dão mais um passo no sentido da instauração duma matriz de hegemonia partidária sobre uma democracia nominal! Entre estes privados não pode estar a Igreja, porque se tornaria num desmancha-prazeres. A antropologia cristã não seria favorável ao deboche total.

Dinheiros públicos e da União Europeia encontram os seus canais naturais favorecidos por redes pessoais e estruturais (partidos e maçonaria) e a sua legitimação nos irmãos e companheiros do sector político através de viabilização destes por decretos e leis.

O Governo usa de duas medidas declarando guerra às escolas do ensino público privado para salvaguardar os próprios interesses na sua rede E.P.E. e decreto-lei. O ensino público de administração privada é visto apenas como recurso para suprir os défices de cobertura do sistema público de administração estatal até que os partidos, através de futuros consórcios de escolas público-privados possam garantir o parasitismo grassante em Portugal.

Oitenta mil alunos e dez mil empregados do ensino público de administração privada encontram-se em risco. Esta medida levará colégios, que se dedicam a crianças mais desfavorecidas, a terem de encerrar as suas portas. Os estabelecidos e com poder para pagar os seus colégios não suportam que haja colégios concorrentes onde os mais humildes possam participar duma educação esmerada como a deles.

O socialismo português tem-se revelado contra a liberdade de opção na escolha da escola; quer a educação nas suas mãos à maneira de Esparta. Quer-se tornar o senhor exclusivo da educação e da moral popular, reservando para os do poder, para os do dinheiro, a faculdade de meterem seus filhos em colégios da sua escolha. A Igreja, e com ela o povo português, dormem ao não saírem para a rua em defesa dos interesses do povo, não contestando massivamente o que um secularismo militante tem vindo a destruir, numa sociedade que se quer moderna e aberta.

Devido à conivência entre partidos e aparelho do Estado, onde há mais Estado há mais gastos; falta a concorrência ideológica e qualitativa. Num Estado sem escolas com projectos educativos alternativos, o povo é mais fácil de encurralar, seguindo mais facilmente a vara da ideologia estatal a dominá-lo.

A má informação criou a ideia que o ensino público de administração particular é para pessoas que querem fazer figura de ricos. O ensino, quer público estatal, quer público privado é suportado pelo contribuinte que, ao optar pelo público privado, paga duas vezes através dos impostos o público e através das propinas o privado. O estado deveria, como defensor da liberdade do cidadão, disponibilizar os dinheiros públicos em função da produtividade qualitativa e da redução de custos.

O Estado com as suas escolas é uma coisa e a sociedade livre é outra. O Estado não precisa de apoiar a Igreja nem deve favorecer esta ou aquela fundação; a sua função é defender o cidadão livre com os seus valores e possibilitar a sua capacidade de decisão. Um Estado / Administração ocupado por partidos e organizações afins, de carácter ideológico não resiste à tentação de impor a sua fé secular nas suas estruturas e de se aproveitar dos orçamentos do Estado para se servir a si próprio. Não podem ser os mais fracos nem uma ideologia a determinar a velocidade e a qualidade da aprendizagem. Precisamos dum Estado sem parasitismo partidário e institucional! Já no prelúdio e agora na celebração do centenário da república portuguesa, as redes de jacobinos republicanos, maçónicos e marxistas dão um grande passo em frente no seu enraizamento e domínio das estruturas do Estado. Os moderados e o centro conservador contentam-se em viver das migalhas que caem da mesa daqueles.

António da Cunha Duarte Justo

antoniocunhajusto@googlemail.com


UM PAÍS DE BANANAS GOVERNADO POR SACANAS


Partidocracia contra Democracia

Anmtónio Justo

A nova lei do financiamento partidário, este mês promulgada, instiga os partidos e seus dirigentes à corrupção. No caso de um partido ser condenado a pagar ao Estado milhares ou milhões de euros por suborno ou incumprimento na angariação de fundos para o seu partido, a nova legislação permite que estes sejam declarados como despesas dos partidos que são subsidiadas pelo Estado.

A RR Renascença, com referência ao Expresso escreve: ‘No Decreto n.º 66/XI, a alínea c do artigo 12 passou a incluir “os encargos com o pagamento das coimas previstas nos números 1 e 2 do artigo 29” que se referem às coimas aplicadas aos partidos e até mesmo aos seus dirigentes’.

Caso semelhante de legalização do suborno e apadrinhamentos de projectos é o Decreto-Lei 72-A/2010, de 18 de Junho.

Como pode surgir tal ideia na cabeça de um cidadão normal? Porque promulga Cavaco Silva tal disparate?

O que para o cidadão é lei para o partido e seus dirigentes torna-se excepção. De facto o partido e seus dirigentes são premiados pela infracção e o povo não reage porque ou faz parte do povo ausente ou faz parte das elites que se servem dele.

O comportamento de governo, de partidos e de seus boys ensina: Em Portugal quem não é ladrão e oportunista é ingénuo ou culpado da sua pobreza. Os grandes ladrões serão sempre Grandes e os pequenos ladrões nunca passarão de pequenos adiante! O pequeno resto estabiliza aqueles. Vergonha é que uns e outros se sintam empertigados quando falam de governos africanos, sul-americanos ou quejandas!

Os partidos portugueses, nasceram dos defeitos da revolução / invasão francesa e da continuidade da prática feudal de classes. Reservam para si e para os seus, feudos especiais esclarecidos, os seus terrenos maninhos, onde a lei geral não pega nem o povo grela.

O Presidente da República, como elemento do sistema partidário apoia-o, deixando passar a lei e como cidadão, manifesta reservas, duvidando da sua transparência. Num país do faz de conta, eles têm a faca e o queijo na mão! Um país com cidadãos e instituições adultas não permitiria que se chegasse a tais excessos. Num país de cidadãos honrados, certamente que um partido ou grupo de cidadãos processaria a lei a nível de tribunal constitucional e os partidos seriam colocados nos bancos dos réus. Alguns paridos barafustam tacticamente contra os partidos que fazem passar tais leis; mas de facto não tomam medidas sérias contra a corrupção, porque também eles fazem parte do sistema. Por outro lado o Tribunal Constitucional português não se compreende como garante da Constituição e dos direitos do cidadão. A própria Constituição surgiu de grupos sem a consciência de povo e foi elaborada num período anti-nacional. O funcionamento normal das instituições portuguesas torna-se impossível pelo facto da mentalidade e de todos os sectores públicos se encontram conectados por supra-estruturas discretas que, com a invasão francesa se instalaram no organismo do Estado, em substituição das antigas.

O Rei D. Carlos que conhecia bem os males da Monarquia e da República descrevia assim a nossa realidade: ”Um país de bananas governado por sacanas”!

António da Cunha Duarte Justo

antoniocunhajusto@googlemail.com


Capitalismo de Estado contra Turbo-capitalismo


ECONOMIA CHINESA FERE O CORAÇÃO DO OCIDENTE

António Justo

O regime chinês reúne numa só mão o poder político e económico, tornando-se agora, com o seu capitalismo de estado, numa ameaça para o capitalismo ocidental não regulado. Este passe de rasteira ao capitalismo internacional leva, por seu lado, os estados livres a produzir leis proteccionistas das suas economias para impedirem a fuga do capital, produzido pelos operários, para nações concorrentes. A política de expansão chinesa, permite-se transgredir leis internacionais de mercado e mesmo o roubo de tecnologias.


À maneira capitalista, compra companhias, técnica, know-how (europeu e americano) e as riquezas do solo (África, Austrália e América Latina). Por outro lado, em nome da paz social na China, mantém a sua moeda (Yuan) subvalorizada, beneficiando assim a sua exportação. Pior ainda, o Estado subvenciona as firmas nacionais com créditos baratos e discrimina os investidores estrangeiros no acesso às matérias-primas e na concessão de empreitadas públicas. Por outro lado os mesmos países vêem-se obrigados a comprar produtos chineses por serem mais baratos. Deste modo vão iludindo a contínua baixa do poder de compra do povo ocidental.


A EU já pensa, como fez a USA, em tomar medidas proteccionistas também: discriminação contra discriminação.


Os chineses fazem o que os japoneses fizeram: com os seus estudantes, copiaram as tecnologias nas universidades ocidentais e depois puseram os seus produtos a preços concorrentes no ocidente. Ao contrário dos chineses consideravam os concorrentes como parceiros, respeitando as regras do jogo para os grandes.


Provocaram a Crise têxtil europeia como provocarão a crise automóvel


A revista alemã de finanças “Manegermagazin” de 12/10, já teme o futuro da economia ocidental, descreve a agressão chinesa no sector financeiro internacional. Refere a aquisição ou participação de empresas chinesas no estrangeiro (num valor que vai de um bilião – cem mil milhões- a 14,3 biliões de dólares por firma) das seguintes empresas: Rio Tinto na Argentina, Addax (Inglaterra),Bridas Corp (Argentina), Itaminas (Brasil), Plena Transmissoras (Btasil), Peregrino Ölfeld (Brasil), Penn West (Canadá), Syncrude (Canadá), Volvo (Suécia), Arrow Energy (Austrália), Bauxit Mine (Gana), Reps Brazil (Brasil), Ölfeld Texas (USA), Nigerien Telecom (Nigéria), Fortis-Sparte (USA). Destas firmas 11 são do ramo das matérias-primas, uma da energia, uma automóvel, uma Telecom e uma de Bancos. Todos estes sectores determinantes para o futuro.


Por estes andares, a Europa encontra-se a caminho de se tornar museu enquanto a China se tornará o centro da produção.

A economia dirigida do mercado causa dores de cabeça não só à grandes multinacionais como aos Estados do Ocidente. A China concorre hoje com produtos de terceira categoria com as pequenas e médias empresas ocidentais, amanhã concorrerá com os produtos de primeira classe das multinacionais europeias e americanas.


O monopolista estado aprendeu as regras do turbo-capitalismo seguindo uma estratégia desleal. Mas o que é mal dum lugar pode ser bem do outro.


Será que o capitalismo liberal, para reagir, terá de voltar aos nacionalismos de ontem ou preparáramo-nos para o conflito de civilizações? Este será o caso, segundo a ordem das coisas na História: primeiro deu-se o conflito entre tribos, depois entre nações e o último será entre regiões ou civilizações. O maior conflito que se avizinha, com graves consequências para a escalada dos preços e conflitos dar-se-á no sector das matérias-primas.


Uma economia nacionalista dirigista criará grandes problemas ao capitalismo liberalista internacional e ao globalismo. Avizinham-se tempos altos para as ideologias. À revolução política chinesa segue-se a expansão económica e ao bem-estar europeu o incómodo social.


Na história dos imperialismos aflora-se um novo imperialismo. O critério da sua avaliação orientar-se-á pela participação do povo na produção e no consumo. O certo é que o socialismo primeiro luta pela libertação e quando se encontra no poder luta pela ideologia que reprime a liberdade. Uma perspectiva a partir da precariedade não se preocupa com direitos humanos, com participação popular nem com a corrupção. Todas as nomenclaturas terão o indivíduo como concorrente e corrector.


Semelhante ao Islão, entra nos estados pela porta traseira, para depois, do alto do seu mirante, exigir e ditar condições. Servem-se da fraqueza de sistemas, Estados e firmas para se afirmarem, com as suas companhias estatais, nas partes fracas do Ocidente. Aprenderam depressa a estratégia ocidental, o que irá emperrar a realidade democrática ocidental. Não fosse a História um palco de colonialismos e imperialismos sucessivos e a sua plataforma o sempre povo.


Na sua estratégia de invadir os países do euro, os bancos nacionais chineses concedem créditos mais baratos aos estados em dificuldade, investindo, sobretudo, na construção de estradas, caminhos-de-ferro e aeroportos. Entram em Estados pobres com um mínimo de capital procurando tirar o maior lucro económico e ganhar o máximo de influência política como se viu no último apelo chinês ao boicote da celebração Nobel.


Já aplicou esta estratégia de apoio na Grécia e agora faz o mesmo em Portugal. Esta é uma novidade que poderá ser, numa primeira fase, interessante para economias fracas. Será, mais que isso, um contributo para disciplinar um liberalismo capitalista feroz. De resto ficará a velha praxe: Da luta dos grandes sempre restam algumas migalhas para os pequenos!


A Alemanha é o país da EU que está mais preparado para resistir à concorrência barata chinesa. Apesar disso, os grandes empresários alemães queixam-se e já vêem nuvens no horizonte.


António da Cunha Duarte Justo

antoniocunhajusto@googlemail.com