12.000 Mulheres raptadas no Quirguistão
António Justo
Preferido o Aborto de Embriões do Sexo feminino
Sociedades machistas ou de ideias arcaicas em que o homem vale mais que a mulher, além de considerarem o nascimento duma mulher como um peso, muitas vezes, também maridos e sogras exercem grande pressão sobre as mulheres para que tragam ao mundo um menino e não uma menina. Muitas vezes, a mulher é obrigada a abortar, sofrendo ela as consequências psíquicas do acto, a ponto de se suicidar, como aconteceu na Albânia a uma mulher de 28 anos. O Conselho Europeu em Estrasburgo constatou na Albânia uma maior percentagem de abortos de embriões do sexo feminino, já fora dos prazos de aborto legal. Com os diagnósticos pré-natais pode ser verificado, além de doenças hereditárias, o sexo da criança por nascer, entre a 12 e a 14 semana de gravidez.
Uma resolução do Conselho Europeu em Estrasburgo, de Novembro 2011 afirma que “a seleção de sexo pré-natal atingiu dimensões preocupantes”. As estruturas demográficas são baralhadas. Muitas famílias fazem uso do diagnóstico pré-natal para recorrerem ao aborto de mulheres grávidas de meninas. Na Europa, também o diagnóstico genético pré-implantatório (PID), é usado em 2% para determinar o sexo.
A relação de nascimentos, em geral, cifra-se numa média de 105 meninos por cada 100 meninas recém- nascidas. Na Albânia são 112 meninos. Esta prática de selecção, embora mais própria de sociedades patriarcais arcaicas, também se verifica na Europa.
Com a relegação do aborto para o sector da saúde, actos contra a humanidade tornam-se irrelevantes para a justiça, dado passarem a não pertencer ao sector dos direitos humanos. A tecnologia moderna dá oportunidade aos pais de, arbitrariamente, determinarem a selecção do sexo.
A Igreja Católica, o único lóbi pelas crianças ainda não nascidas, admoesta a ciência e o legislativo no sentido de universalmente se assegurar a dignidade humana e a integridade física da pessoa, como direito constitucional. A inviolabilidade da dignidade humana é um princípio da cultura ocidental a universalizar.
Hitler, no sentido do darwinismo social, já tinha praticado, a aniquilação de vidas consideradas “menos válidas”, a eutanásia, a esterilização de pessoas e a extinção de grupos ou raças não julgadas úteis à sociedade. Para quem a dignidade humana não é tabu traz consequências tremendas para a sociedade. As pessoas são influenciáveis por objectivos curtos a atingir e facilmente estão de acordo com leis desumanas, como se viu nos regimes de Estaline e Hitler e ainda hoje se constata em vários regimes jurídicos culturais.
Idosos e Doentes perturbam o Negócio
O ministro das Finanças, do novo governo japonês, acaba de afirmar que os idosos doentes devem “morrer rapidamente”, para aliviar o Estado do pagamento de cuidados médicos. „Deus queira que (os idosos) não sejam forçados a viver até quando quiserem morrer… O problema não tem solução, a não ser que os deixemos morrer, e depressa” disse Taro Aso durante uma reunião, em Tóquio, sobre as reformas da segurança social.
Rapto nupcial de 12.000 Mulheres num Ano – A Ponta do Iceberg
Hodiernamente, mulheres continuam a ser raptadas e a não ter direito a escolher o marido em várias sociedades
No Quirguistão são raptadas cerca de 12.000 mulheres por ano (HNA 29.12.2013) por homens que as obrigam a casar.
Sob a pressão da crítica de defensores dos direitos humanos, o presidente do Quirguistão na Ásia Central, assinou uma lei contra o rapto de noivas. A lei prevê uma pena que vai até 7 anos de cadeia.
Em certas sociedades a mulher ainda continua a seu uma presa do homem e da sociedade. Destas coisas os Media não informam por respeito ao direito cultural, como se a barbaridade cultural fosse superior à dignidade humana.
A nossa sociedade facilmente desvia os olhares das próprias iniquidades falando dos crimes acontecidos na Idade Média e não se preocupa com a Idade Média com que vivemos.
António da Cunha Duarte Justo
O problema é que nesses países não há democracia nem religião!
Há uma certa democracia e cerca de 91% da população do país é muçulmana e o resto ortodoxa russa. Há democracias e democracias, como há pessoas e pessoas! A democracia só chega onde a mentalidade das pessoas lhe permita que chegue! O mesmo se dá com a religião!
Pois é…é que a politica se baseia na Religiao…as duas realidades nao se separam. A politica é, em muitos os paises,a obediencia cega ao livro que consideram como sagrado: O Alcorao..a verdade absoluta e que urge obrigar a todos os cidadaos (seja de que religiao for) a cumprir…senao é um infiel a derrubar até que ele, mesmo que inconsciente se converta! Que liberdade religiosa é possivel? que direitos humanos sao possiveis? que respeito pelo outro? tudo deve ser filtrado pelo livro…mesmo que poucos sabem do seu verdadeiro conteúdo…porque se soubessem…menino…!!! será que na Turquia a vivencia islamica é diferente? duvido…pois o aparentar nestas nacoes é mais importante do que o ser-se! Mesmo que se vendam como democráticos e eu me pergunto…permiti-me! é possivel? duvido…mas às vezes me pergunto tb se na Europa temos democracia…quem manda é o capital…mas com uma roupagem atraente que se chama “democracia”. Claro que, como cristao, tenho de respeitar a todos, o que nao significa um respeito de olhos vendados. Tenho grandes “amigos” no meio muculmano…mas eles sabem o que penso e por isso me “respeitam”…porque o amor, a solidariedade para com eles, como pessoas…o nosso próximo, sao valores sagrados que deveriam ultrapassar todos os padroes, politicos ou religiosos. Amigo Justo, um abraco!”
Facebook 30.01.2013
A GRANDEZA DUMA SOCIEDADE OU DUM SISTEMA SOCIAL DEPENDE DO SEU RESPEITO PELA DIGNIDADE HUMANA E DA SUA CAPACIDADE DE TORNAR FELIZ AS PESSOAS E UMA SOCIEDADE.
As pessoas são tão democráticas e tão religiosas quanto a sua cabeça e o seu coração o permitem. Do estado duma democracia ou duma religião se pode avaliar a qualidade das mentalidades subjacentes. Na Idade Média as pessoas eram, com o seu sistema, vítimas da sua mentalidade, tal como as sociedades que ainda hoje se encontram na Idade Média o são e tal como a nossa sociedade moderna o é. Também nós, os dos países da modernidade, somos vítimas duma mentalidade situada capaz de ver a cegueira dos outros mas não a própria. Se o Islão é religiosamente cego nós somos economicamente cegos! Naturalmente que há níveis diferentes. Estes seriam de avaliar pelo respeito pela dignidade humana e pela felicidade duma sociedade. Deveríamos comparar os sistemas por estes dois critérios.
Amigo José Rodrigues, um abraço