POVO INSOLVENTE
Os pássaros já não voam
E a terra engole os sonhos
Os judas andam à solta
São Galantes da opinião
Sugam e malham as gentes
Os esponjas da evolução
Traficantes da injustiça
A viver da podridão
Eis a sociedade mórbida
Onde reina a servidão
Já só vingam os vilões
Nos jardins da nação
A viver da podridão
Eis a sociedade mórbida
Onde reina a servidão
Já só vingam os vilões
Nos jardins da nação
O Povo não vive nem morre
É erva de fado no chão
É erva de fado no chão
A paisagem é dos iníquos
Dos impunes a civilização
Dos impunes a civilização
Por entre a rama opulenta
Homúnculos do dia-a-dia
Espreitam a luz já coada
Nas faixas da fantasia
Homúnculos do dia-a-dia
Espreitam a luz já coada
Nas faixas da fantasia
Os pássaros já não voam
E a terra come os sonhos
E a terra come os sonhos
António da Cunha Duarte Justo
www.antonio-justo.eu