Investimento em painéis fotovoltaicos preferível a rendas de casa
António Justo
A técnica solar fotovoltaica está já muito desenvolvida podendo adquirir-se grandes rendimentos através da sua exploração. Em Portugal e em países de sol tornar-se-ia mais rendoso fazer investimento na cobertura das casas com painéis fotovoltaicos do que em construir habitações para alugar.
Na Alemanha, que é um país menos soalheiro cada vez se expandem mais os painéis solares nas casas particulares. Na minha cidade de Kassel e redondezas, onde a tecnologia expande e as fábricas de painéis solares abundam, já há a iniciativa de alugarem os telhados das casas particulares para poderem dar resposta à procura de espaços para investidores (HNA 13.1.2010). Kassel é o centro foco da tecnologia e da produção fotovoltaico.
Há particulares que preferem ter painéis solares do que inquilinos, porque aqueles não lhe dão preocupações além de constituir um investimento não menos rentável que o das rendas de casa. A produção de energia nos telhados e a possibilidade de a usar e vender o resto possibilita uma política de democratização dos investimentos.
Na Alemanha, embora as companhias abastecedoras de energia, actualmente só paguem 39,14 Cêntimos por quilowatt hora aos proprietários de casas com energia fotovoltaica, o investimento é muito rentável atendendo a que o custo dos módulos solares desceram 30%.
Dado haver uma garantia de compra da energia por um mínimo de 20 anos, os bancos financiam em 100% as instalações fotovoltaicas. O “crédito solar” em média de 25.000 – 30.000 euros é garantido num prazo de 10 até15 anos com juros efectivos de 4,5%.
Em dez anos a instalação já se pagou a si mesma. O estado alemão subvenciona particulares que consumam também para eles energia fotovoltaica com uma subvenção de 22,76 Cêntimos por quilowatt hora. Deste modo, os proprietários de casas que pagam 17 Cêntimos por quilowatt hora aos fornecedores de energia passam a ganhar com o investimento. O povo ganha e o Estado investe assim na defesa do ambiente.
O governo português favoreceu de início apenas as grandes empresas impedindo assim o investimento a emigrantes contra uma política de energia e financeira favorecedora dos proprietários de casa.
Com a diminuição da natalidade cada vez haverá menos procura de casas perdendo estas, o seu valor comercial.
Vai sendo tempo dos países com muito sol acordarem e fomentarem a energia eólica e a energia solar (fotovoltaica), investindo assim, ao mesmo tempo, no futuro, na defesa do clima e na democratização da economia.
António da Cunha Duarte Justo
antoniocunhajusto@googlemail.com
Onde se lê (HNA 13.1.2010), leia-se
HNA 9.01.2010